O Presente do Corno
Aquele não era um pedido comum. Sussurrado no meu ouvido, com a boca ainda úmida do nosso beijo de despedida, foi uma faísca que incendiou toda a minha existência.
"Hoje, quando eu sair... quero que ele goze em cima da minha buceta. Bem aqui," guiando a mão dele até o volume quente e macio da minha buceta, coberto apenas pelo tecido fino da calcinha. "E eu vou vestir a calcinha de volta, vou ficar toda melada, com o presentinho dele escorrendo por dentro. E vou trazer para você. Para o meu corninho"
Um calafrio percorreu minha espinha, uma mistura de êxtase e de uma submissão avassaladora. Eu, um homem hetero, seguro da minha masculinidade em todos os aspectos da vida, transformava-me em cinzas diante do desejo libertino da minha esposa. Ela, a mulher que eu amava, a mãe dos meus filhos, era, na intimidade das nossas fantasias, a minha putinha sagrada, a deusa que eu tinha o privilégio de servir.
"Sim," foi tudo que consegui dizer, minha voz rouca.
O sorriso que ela deu foi pura malícia. Um sorriso de quem sabia o poder que tinha sobre mim. Beijou-me mais uma vez, com uma língua invasiva e promissora, e saiu, deixando para trás um rastro do seu perfume e a minha ansiedade latejante.
As horas que se seguiram foram uma tortura deliciosa. Cada minuto era um século. Sentado no sofá, tentando distrair-me com a televisão, minha mente não parava de criar imagens. Eu a via com ele, quem quer que ele fosse. Via-a rindo, seduzindo, deixando-se conquistar. Via as mãos dele, que não eram as minhas, explorando o corpo que eu conhecia tão bem. Via a boca dele nos seios dela, que eu chupara tantas vezes. E depois, o clímax da minha agonia imaginada: eu via ela, de pernas abertas, recebendo a semente de outro homem, a porra quente jorrando sobre os lábios inchados e úmidos da sua buceta, como ela havia pedido.
A minha própria excitação era um paradoxo doloroso. Meu pau estava duro como rocha, pressionando contra a minha roupa, um fio de lubrificante já manchando a cueca. Era a prova física de como aquele jogo de poder, de entrega, de cornificação, me dominava por completo. Eu era totalmente hetero, sim, mas o ápice da minha masculinidade, naquele contexto, era servir ao prazer dela, mesmo que isso significasse consumir os restos do prazer de outro.
Quando a chave girou na fechadura, meu coração pareceu parar.
Ela entrou com uma aura diferente. Havia uma energia carregada, sensual e triunfante ao seu redor. O vestido que usava era o mesmo, mas agora parecia mais justo, como se abraçasse um segredo sujo. Seus olhos brilhavam com um misto de cansaço e vitória.
"Estou em casa, amor," disse ela, a voz um pouco mais grave, mais rouca.
Levantei-me, meus membros trêmulos. Ela veio até mim, e o cheiro mudou. Sob o seu perfume habitual, havia agora um aroma musk, terroso, animal. O cheiro de sexo. O cheiro dela misturado com o dele.
"Missou o seu corno?" ela perguntou, pegando a minha mão e colocando-a na sua virilha.
Através do tecido do vestido, senti o calor. Um calor úmido, vivo. A calcinha dela, escondida sob o vestido, estava encharcada. Eu podia sentir a maciez do tecido molhado, a promessa do que estava por vir.
"Missou," sussurrei, minha voz falhando.
"Quer ver o seu presente?"
Eu só consegui acenar, a boca seca.
Ela me levou pela mão até o quarto. A luz suave do abajur criava sombras dançantes nas paredes. Ela parou no centro do quarto, diante de mim, e lentamente, com uma teatralidade que me deixou louco, começou a levantar o vestido.
Primeiro, as coxas, que estavam ligeiramente brilhantes, como se tivessem sido limpas às pressas, mas não completamente. Depois, os quadris. E então, eu vi.
A calcinha era de renda preta, minúscula. E estava completamente saturada. A renda escura estava pesada e translúcida em alguns pontos, manchada de branco cremoso. Veias espessas de sêmen haviam secado, formando pequenos fios entre as suas pernas e o tecido. Era a imagem mais obscena e excitante que eu já tinha visto.
"Ele gozou muito," ela comentou, como se estivesse falando do tempo. "Foi dentro do carro, no estacionamento. Eu abri as pernas e pedi. Ele jorrou tanto que escorreu pelas minhas coxas. E eu, como uma boa esposa, vesti a calcinha de volta para trazer para você. Para o meu marido."
Ela deu um passo à frente. O cheiro agora era intenso, inescapável. Um aroma salgado, primal, doce e ácido ao mesmo tempo. O cheiro do sexo dela e da semente de outro homem.
"Deita na cama, corno."
Obedeci, deitando-me de costas. Minha ereção era uma dor latejante.
Ela veio até a beira da cama e, com um movimento lento e deliberado, puxou a calcinha para baixo, até os joelhos. Não a tirou completamente. Então, subiu na cama e posicionou-se de joelhos ao lado da minha cabeça.
"Olha o que a sua putinha trouxe para você," ela sussurrou, e então, com os dedos, pegou a parte frontal da calcinha, a parte mais pesada e manchada, e esfregou-a diretamente na minha boca.
O choque foi elétrico. O tecido estava frio e pegajoso em alguns pontos, ainda morno em outros. O gosto invadiu meus lábios, minha língua – um gosto complexo, inconfundivelmente salgado e amargo, o gosto do prazer dela e do orgasmo dele. Um nojo primal tentou surgir, mas foi imediatamente dominado por uma onda de puro êxtase submissivo. Eu fechei os olhos e gemí, um som profundo de entrega total.
"Gostou, corno? Gostou do gosto do presente que eu ganhei?" ela perguntou, esfregando a calcinha com mais força, fazendo com que o tecido melado se abrisse e mais do conteúdo cremoso se espalhasse pelos meus lábios.
"Sim...", gemi, minha voz abafada pelo tecido.
"Então abre a boca. Abre bem."
Eu obedeci, como um filhote de pássaro faminto. Ela pegou um pedaço da calcinha, a parte central mais saturada, e enfiou na minha boca. O tecido rendado encheu minha cavidade oral, e o sêmen, misturado com o seu próprio mel, inundou o meu paladar. Era avassalador. Era a essência mais íntima da sua traição consentida, e eu estava a consumindo.
"Chupa, corno. Chupa até tirar todo o gosto. Até limpar a sua calcinha."
Eu comecei a chupar e a morder o tecido obedientemente. Minha língua trabalhava, coletando cada gota, cada fio daquela mistura proibida. O gosto era intenso, marcante, e com cada lambida, uma nova descarga de prazer percorria o meu corpo, indo direto para o meu pau, que pulsava numa dor deliciosa. Eu era o lixeiro do seu prazer, o altar onde ela depositava os seus pecados mais doces, e aquilo era a minha comunhão.
Ela observava, com os olhos escurecidos de desejo e poder, uma mão livre descendo para acariciar os próprios seios por cima do vestido.
"Está gostoso, não está? O gosto de outro homem na sua esposa. O gosto de como ela é uma vadia para outros, mas volta sempre para o seu corno devoto."
Eu só conseguia gemir em resposta, minha boca ocupada na tarefa sagrada de limpar a sua calcinha. As lágrimas de emoção e êxtase welled up nos meus olhos. Eu estava completamente dominado, reduzido à minha função mais básica: servir ao seu desejo.
Depois de alguns minutos, ela puxou a calcinha da minha boca. Estava visivelmente mais limpa, embora ainda houvesse vestígios.
"Agora, lambe," ela ordenou, estendendo a calcinha na minha frente. "Lamba por fora. Quero ver a sua língua limpando toda a porra que está grudadinha."
E eu lambi. Como um animal, passei minha língua por toda a renda preta, capturando os últimos resquícios secos de sêmen, limpando os fios brancos que ligavam as partes da renda. O gosto ainda estava lá, concentrado, e cada lambida era uma afirmação da minha posição. Eu estava a adorá-la da maneira mais profana e sagrada possível.
Quando a calcinha estava finalmente limpa, apenas úmida da minha saliva e do resto do seu próprio mel, ela a jogou de lado.
"Agora," ela disse, descendo do corpo e posicionando-se sobre a minha cara, de cócoras. "Está na hora de você limpar a fonte. A buceta da sua esposa ainda está cheia dele. Lamber tudo. Até não sobrar nada."
Ela baixou o corpo, e a sua vulva, inchada, vermelha e gloriosamente melada de porra e do seu próprio prazer, encontrou a minha boca. O cheiro era intensíssimo, o gosto, uma explosão dos mesmos sabores que eu tinha chupado da calcinha, mas agora direto da origem, puros e potentes.
Eu mergulhei a língua dentro dela com um fervor religioso. Lambi, chupei, explorei cada dobra, cada centímetro da sua pele sensível. Eu podia distinguir o gosto do seu orgasmo do gosto do orgasmo dele, e a mistura era a coisa mais erótica que eu já experimentara. Eu estava a reivindicá-la, a limpá-la, a reconsagrá-la como minha, através do ato mais humilhante e submisso.
Ela gemeu alto, seus quadris contraindo-se contra o meu rosto. "Isso, corno... lambe tudo... faz de mim sua novamente, limpando a porra dos outros de mim..."
O meu próprio orgasmo aproximava-se, inevitável. Minhas mãos agarravam suas coxas, puxando-a com mais força contra a minha boca. Eu estava enlouquecido, intoxicado por ela, pelo seu sabor, pela sua depravação.
De repente, ela ergueu-se, virou-se e, num movimento fluido, engoliu o meu pau com a boca. A sensação da sua boca quente e hábil, depois de ter a minha língua mergulhada na essência da sua noite, foi a gota de água.
"Vou gozar!" gritei, em um alerta.
Ela não se afastou. Pelo contrário, levou-me mais fundo. E eu explodi, jorrando na sua garganta em jatos poderosos e intermináveis, meu corpo a tremer violentamente, enquanto a minha língua ainda saboreava, no ar, o presente que ela me trouxera. Foi a maior gozada da minha vida, um cataclismo de prazer que nasceu da minha total submissão.
Quando acabou, ela deitou-se ao meu lado, um sorriso de satisfação de tigre nos lábios.
"O seu presente estava bom, corno?" ela perguntou, acariciando meu rosto ainda molhado.
"Era tudo que eu queria," sussurrei, exausto e completo, sabendo que, naquele jogo perverso, eu era o mais sortudo dos homens.