Voyeur o Início

Um conto erótico de GHOST RIDER
Categoria: Heterossexual
Contém 507 palavras
Data: 02/11/2025 17:22:34
Última revisão: 02/11/2025 18:19:10
Assuntos: Heterossexual, Voyeur

A casa estava mergulhada no silêncio denso das três da manhã. Do lado de fora, apenas o som distante de um cão latindo quebrava a calmaria da rua. Marcos acordou com a boca seca, uma sede que parecia ter arranhado sua garganta. Ele se sentou na cama, o corpo jovem e esguio movendo-se com o cuidado de quem não quer despertar os fantasmas da noite.

Descalço, ele abriu a porta do seu quarto sem fazer ruído e caminhou pelo corredor escuro, iluminado apenas por uma fresta de luz da lua que entrava pela janela da sala. O quarto da mãe, no fim do corredor, estava com a porta entreaberta, algo incomum. E foi ao passar por ela que ele ouviu.

Não era um som alto. Era um murmúrio baixo, um ritmo suave e constante que ele não conseguiu identificar de início. Parecia... o ranger ritmado da velha cama de mogno dela. A curiosidade, mais forte que a sede, o fez parar. Ele prendeu a respiração e se aproximou, espiando pela fresta.

O que ele viu fez seu estômago gelar. À luz fraca do abajur, ele viu as costas de sua mãe, os ombros subindo e descendo. E sob ela, o corpo de um homem. Um homem que ele nunca tinha visto na vida. O rosto dele estava virado para a porta, os olhos fechados, a boca entreaberta. Era um completo estranho.

Marcos recuou como se tivesse tocado em fogo. O ar lhe faltou. O copo d'água foi esquecido. Sua mente, turva de sono e choque, só conseguia formar um pensamento: Joana.

Ele não correu, ele flutuou até o quarto da irmã, no lado oposto do seu. Abriu a porta com um clique que pareceu um trovão e a sacudiu pelo ombro. "Joana. Acorda", ele sussurrou, a voz trêmula.

Ela resmungou, virando-se. "Que foi, Marcos? Me deixa dormir..."

"Joana, é sério. Acorda. Você precisa ver uma coisa."

Havia um pânico contido na voz dele que a fez abrir os olhos. Ela conhecia o irmão. Marcos, sempre na dele, introspectivo, nunca era de dramas. Se ele estava assim, algo muito sério tinha acontecido. Ela se sentou, o cabelo comprido caindo sobre o rosto. "O que foi? Aconteceu alguma coisa com a mãe?"

Marcos não respondeu. Apenas pegou a mão dela, a pele dele fria como gelo, e a puxou para fora do quarto. Ele a guiou em silêncio pelo corredor, parando a uma distância segura da porta entreaberta. Apontou com o queixo e sussurrou: "Escuta."

Ela ouviu. O mesmo ritmo, os mesmos murmúrios abafados. Os olhos de Joana se arregalaram no escuro, primeiro em confusão, depois em compreensão. Ela olhou para Marcos, e ele viu no rosto da irmã o reflexo do seu próprio choque. Naquele instante, no corredor mal iluminado, com os sons do segredo da mãe ecoando no silêncio, eles não eram mais o irmão e a irmã que viviam vidas diferentes. Eram os únicos dois cúmplices de uma mesma descoberta. Um laço invisível, forjado no choque e no tabu, acabava de se formar entre eles.

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Comentários

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"... À luz fraca do abajur, ele viu as costas de sua mãe, os ombros subindo e descendo. E sobre ela, o corpo de um homem...."

"... O rosto dele estava virado para a porta, os olhos fechados, a boca entreaberta. Era um completo estranho."

estou com dificuldade para entender qual era a posição dos dois.

"costas da mãe ombro subindo e descendo"

leva a crer que ela estava montada, porém no trecho "E SOBRE ela, o corpo de um homem"

significa que o cara estava por cima.

ora bolas se ele estava por cima ou era papai e mamae ou de quatro ele montado sobre ela.

uma maneira seria ela de 4, ele montado por cima,porém ela teria que estar com a cara colado no colchão para poder ter a vista de suas costas, entretanto seus ombros não se moveria para cima e para baixo, apenas para frente e para tras conforme as estocadas.

poderia ser de 4 porém os dois de costas para porta, porém o prota disse que o rosto do comedor estava virado para porta.

se for papai e mamae, não tem como ser, pois nao daria para ver suas costas, como narrado pelo prota.

ah não ser que seja frango assado, porém ela não estivesse deitada, mas sim sentada na conta, podendo ver suas costas, ao mesmo tempo que poderia ver o rosto do comedor, contudo ele não estaria exatamente SOBRE ela, estaria a penetrando a sua frente.

eu to achando que na verdade é ela por cima montada sobre ele.

ao invez do autor escrever "E SOBRE ela, o corpo de um homem"

acho que ela tinha intenção de escrever "e SOB ela, o corpo de um homem..."

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Era sob mesmo... sempre passo num corretor, e dessa vez me derrubou!!!! Obrigado, já editei

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