Sexo com condutor da minha VTR parte 2

Um conto erótico de E.leffa
Categoria: Heterossexual
Contém 873 palavras
Data: 14/11/2025 15:21:40
Assuntos: Heterossexual

A chuva continuava caindo pesada quando Edina atravessou o pátio novamente, deixando a ambulância para trás. A manta ainda caída sobre seus ombros balançava com o vento frio que cortava o ambiente. Rafael ficou parado na porta da viatura por alguns segundos, como se estivesse tentando lembrar quem era antes de entrar ali.

Porque dentro daquele veículo, por um instante perigoso, ele não tinha sido o homem controlado que sempre foi.

E isso o assustava mais do que ele admitia.

Ele decidiu respirar fundo e voltar para a sala de descanso. Mas, quando entrou, Edina estava ali — de costas, mexendo em algo no armário, completamente tranquila, completamente no controle. O barulho da chuva parecia diminuir apenas para que ele escutasse o próprio coração.

Ela se virou devagar, já percebendo a hesitação dele.

— Rafael… — disse com um tom suave, porém certeiro. — Você está fugindo de você mesmo.

Ele franziu a testa.

— Eu não estou fugindo.

Edina deu um passo na direção dele.

Depois outro.

E mais um.

Parou tão perto que, se ele respirasse mais fundo, sentiria o perfume dela misturado com o cheiro de chuva.

— Está sim — sussurrou. — Mas já não adianta mais.

Ele tentou desviar, mas ela segurou o olhar dele como quem segura alguém pela mão — firme, intensa, sem dúvida alguma.

— Rafael… — repetiu, dessa vez num tom que parecia atravessar a armadura dele. — O que você sentiu naquela ambulância não foi fraqueza. Foi verdade.

Palavras perigosas.

Ele procurou alguma resposta racional, mas o corpo parecia ignorar qualquer lógica.

Edina inclinou a cabeça como se estivesse estudando cada detalhe da resistência que ainda sobrava.

— Por que você tem tanto medo de se permitir? — perguntou, aproximando o rosto. — Acha que vai perder o controle?

Ela sorriu.

— Mas o controle já escapou.

Rafael fechou os olhos por um instante. Quando abriu, algo neles havia mudado: não era mais recusa. Era rendição silenciosa, involuntária, inevitável.

Edina viu.

E sorriu como quem sabia que a peça final do jogo havia caído exatamente onde ela queria.

— Vem cá — disse ela, dando um passo para trás, chamando-o sem tocar.

E ele foi.

Pela primeira vez, Rafael não discutiu, não resistiu, não desviou. A chuva batia no telhado com força, ritmada, como se marcasse o compasso de tudo que acontecia ali.

Edina caminhou até a sala da base onde ficava o esconderijo de materiais, um espaço estreito, quase sempre vazio. Abriu a porta devagar e entrou. Rafael a seguiu sem pensar, apenas sentindo.

Era isso: sentir.

Coisa que ele evitara por tanto tempo, mas que agora o engolia por completo.

Dentro do pequeno depósito, a luz era fraca, amarelada, e a chuva parecia ainda mais distante — como se eles estivessem isolados do mundo.

Edina encostou-se na prateleira, cruzando os braços, o olhar fixo nele.

— Agora você não está mais lutando, né? — perguntou ela, com um sorriso leve, consciente da vitória.

Ele balançou a cabeça negativamente, respirando fundo.

Ela se aproximou lenta, profundamente tranquila, como quem sabia que aquele momento era apenas consequência natural de tudo que havia construído.

— Diga, Rafael… — começou ela, suave como uma provocação eterna — quando foi que você percebeu que não conseguiria mais resistir?

Ele hesitou.

— Quando você… chegou perto de mim na ambulância.

Edina sorriu de canto, satisfeita.

— Eu sabia. Sua respiração denunciou tudo.

Rafael finalmente encontrou coragem — ou fraqueza, dependendo do ponto de vista — e disse:

— Não consigo parar de pensar em você desde então.

Ela aproximou o rosto do dele devagar, sem tocar, deixando apenas o calor dos dois se misturar no espaço minúsculo entre suas bocas.

— Eu sei — respondeu Edina, com um prazer quase visível nas palavras. — E você não tem ideia do quanto eu gosto disso.

O controle agora era absoluto.

A rendição, completa.

Rafael não tinha mais barreiras — Edina havia arrancado cada uma, com cuidado, com estratégia, com intenção.

Ela colocou a mão no peito dele, sentindo a respiração acelerada.

— Está vendo? — sussurrou. — Não foi tão difícil assim. Você só precisava admitir o que já estava aqui dentro.

Ele a encarou profundamente, a tensão nos olhos se transformando em desejo transparente.

— Eu tentei… — disse ele, quase culpado.

— Eu sei que tentou — respondeu Edina, tocando o rosto dele com suavidade calculada. — E foi exatamente isso que me fez querer você ainda mais.

O mundo fora daquele depósito deixava de existir.

O som da chuva era apenas trilha.

O plantão parecia suspenso no tempo, como se estivesse parado para servi-los.

— Você caiu na minha teia, Rafael — murmurou Edina, os dedos roçando levemente o queixo dele — e agora eu quero ver até onde você aguenta ficar preso nela.

A frase atravessou qualquer defesa que pudesse restar nele.

— Eu não quero sair dela — respondeu ele, sincero de um jeito quase doloroso.

Edina sorriu, com a satisfação intensa de uma predadora que vê a presa finalmente parar de correr.

— Eu sabia — disse ela. — Sempre soube.

Ela segurou o queixo dele, ergueu seu rosto e completou num tom baixo, profundo, irresistível:

— A partir de agora, Rafael… você é meu.

E, naquele depósito, com a chuva dominando o dia e o mundo reduzido ao desejo que ele insistiu em negar por tanto tempo, Rafael finalmente aceitou aquilo que já tinha sido decidido por ela desde o primeiro olhar:

Ele estava perdido.

E Edina adorava cada segundo disso.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Enfermeira da ZN Poa a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaEnfermeira da ZN PoaContos: 2Seguidores: 0Seguindo: 0Mensagem

Comentários