Era madrugada e eu estava nu deitado ao lado de Isaac que exigia que eu passasse a noite com ele; se por um lado a ideia era atraente, por outro havia riscos que eu não pretendia correr; tentei em vão negociar com ele porém Isaac se mostrava irredutível exibindo uma expressão impositiva, mas não agressiva … percebi que não havia escolha e acabei me rendendo enquanto ponderava o grau dos riscos iminentes. Isaac me cobriu com seu corpo e nos beijamos demoradamente enquanto nos esfregávamos com nossas peles ainda untadas pelo óleo e também pelo suor; repentinamente ele saltou para o lado e me fez girar o corpo ficando de bruços. Ele novamente se deitou sobre mim esfregando sua pistola no meu rego denunciando uma nova ereção pulsando sobre mim.
Meu selo pulsava dolorido temendo ser arregaçado mais uma vez e antes que eu pudesse me preparar Isaac se ergueu, dedou meu orifício e em seguida partiu para um ataque massivo enterrando o bruto dentro de mim com golpes contundentes até estufar meu rabo; ele não perdeu tempo e iniciar um novo e luxurioso castigo desferindo movimentos contumazes ao mesmo tempo em que mordiscava o lóbulo da minha orelha me chamando de sua putinha; e estava alienado da realidade envolvido no êxtase de ser usado por Isaac relevando a dor, o cansaço muscular e até a mim próprio sentindo como se fosse apenas um objeto de prazer e ao mesmo tempo aquele que usufruía do uso e abuso.
Isaac me castigou mais uma vez fodendo com uma eloquência quase assustadora proferindo palavras que variavam da pura obscenidade até uma aparente desvelo sem perder o ritmo de seus movimentos e mesmo com seu peso sobre mim podia sentir meu membro enrijecido pulsar com insolência … a dor, a ardência, a fadiga muscular não era suficientes para me resgatar daquele momento de libido exacerbada de um macho cujo comportamento denunciava uma carência tanto física como emocional; nossa cópula se alongou por muito tempo e somente chegou ao fim porque meu parceiro capitulou ejaculando dentro de mim entre grunhidos e resmungos provocando e mim o ápice correspondente em um gozo libertador; Isaac se entregou a derrota deixando seu corpo pesar sobre o meu.
Estávamos tão suados que qualquer movimento representava uma esfregação inebriante que provocava vontades que não podiam mais ser correspondidas diante do torpor que já invadia nossas mentes. E quando a manhã do novo dia surgiu diante de meus olhos embaçados pude me descobrir sozinho sobre a cama; levantei cambaleante saindo pelo apartamento em busca do meu parceiro não demorando a descobrir que ele havia partido sem se despedir …, sobre a bancada da cozinha, ao lado de uma cafeteira expressa jazia um bilhete. “Te espero aqui hoje a noite. Quando sair a porta se tranca automaticamente. Mandei trazerem seu carro para cá, ele está na vaga externa destinada a visitantes. Beijos. Isaac”, dizia o texto escrito em letra cursiva.
Depois de tomar o café que estava pronto, tomei uma ducha, me vesti e voltei para casa; ao chegar percebi que dera sorte pois minha esposa também não dormira em casa, o que me deixou mais aliviado; troquei de roupa e fui trabalhar sendo que no caminho tinha a mente agitada com tudo que acontecera na noite passada e principalmente com a mensagem de Isaac que soava como uma exigência para que eu estivesse de volta na próxima noite ... seria apenas para servi-lo? Seria para uma relação casual? O que será que Isaac queria de mim? Logo após o almoço conversando com Afonso decidi que não iria ao encontro Isaac e ele reagiu me aconselhando a não fazer isso. "Se você não aparecer se prepare para ser stalkeado dia e noite ... se ele quer, ele consegue!", foi a resposta de Afonso quando lhe perguntei o que aconteceria diante da minha negativa para Isaac.
A resposta foi preocupante, me levando a pensar que havia caído em uma cilada da qual não escaparia facilmente e diante disso resolvi ir ao escritório de Isaac para pôr os pingos nos "is", antes que fosse tarde; avisei a ele que iria ao seu encontro e ele não respondeu; assim que entrei na recepção a atendente me cumprimentou avisando que ele estava a minha espera.
Isaac me recebeu com um abraço pedindo que nos sentássemos no sofá; tomei a palavra esclarecendo minha posição sobre o recado que ele deixara no apartamento querendo saber o que ele esperava de mim, ou de nossa relação, se é isso que ele tinha em mente; desfiei um rosário de razões e dúvidas com ele ouvindo atentamente e quando terminei Isaac deu um sorriso discreto respondendo que ele queria aproveitar ao máximo a nossa relação enquanto ela durasse e que em nenhum momento teve a intenção de me obrigar a coisa alguma; não sei porque, mas sua resposta, bem como seu tom de voz não me convenceram, pois eu sentia algo oculto; fingi me dar por satisfeito informando que precisava voltar para casa.
Isaac me acompanhou até o hall de elevadores e antes de nos separarmos ele quis saber se eu o veria naquela noite; confesso que tive vontade de recusar, mas minha libido se impôs e eu respondi que sim; Isaac então se antecipou sugerindo que eu o esperasse para que fôssemos juntos para o apartamento e por conta disso não voltei para casa enviando uma mensagem para minha esposa que demoraria a chegar. Pouco mais de meia hora depois rumávamos para o nosso destino, cada um em seu carro, e mal havíamos entrado no apartamento, Isaac tratou de me agarrar sufocando minha boca com seus beijos ávidos e espevitados apertando minhas nádegas por cima da roupa com suas mãos ansiosas.
Não demorou para que estivéssemos nus sobre a cama entre mais beijos e carícias incitantes; tomei a frente empurrando Isaac para que ficasse de barriga para cima permitindo que eu abocanhasse sua ferramenta que, como de costume, estava tão rija que pulsava aparentando ter vontade própria; estendido sobre o corpo de Isaac deixei que ele se divertisse apalpando minhas nádegas, dando apertões e tapões que me excitavam ainda mais; com o bruto azeitado me pus de quatro sobre a cama enquanto ele espalhava meticulosamente gel lubrificante no meu rego dedando o orifício que mesmo ainda um pouco dolorido vibrava com a provocação.
Isaac arremeteu com a mesma impetuosidade de antes não perdendo tempo em socar forte e profundo causando em mim um amálgama de sensações difusas que iam da dor ao prazer, do medo ao tesão, da expectativa ao desfrute; recebendo o luxurioso ataque de Isaac experimentei mais uma vez nova ereção que pulsava no mesmo ritmo das socadas que recebia impondo que eu gemesse de prazer estimulando meu parceiro a prosseguir naquele doce e delicioso castigo que flagelava meu selo anal com minha mente sendo capaz de afastar toda a dor concentrando-se apenas no prazer que me era propiciado. E depois de um bom tempo sendo enrabado senti que meu parceiro se aproximava de seu ápice que veio após uma socada forte e profunda com ele mantendo o bruto dentro de mim enquanto me banhava com seu sêmen.
No momento seguinte acompanhei meu parceiro obtendo um gozo profuso ejaculando sobre o lençol sem que fosse preciso qualquer manipulação ao mesmo tempo em que o membro de Isaac ainda pulsava dentro de mim sugerindo que permanecia rijo enquanto ele apalpava minhas nádegas apertando-as com avidez sugerindo que nossa diversão ainda não chegara ao fim. Entretanto e sem aviso, ele sacou o membro vindo a se deitar sobre a cama me convidando para ficar ao seu lado; permanecemos imóveis olhando para o teto sem trocar palavras ou comentários, apenas saboreando as sensações que ainda vicejavam em nossas mentes como memórias inesquecíveis.
Notando que, de vez em quando, eu olhava para o relógio do celular Isaac quis saber se eu estava com pressa ao que respondi que sim e também que não; diante de seu olhar aturdido expliquei que meu sim dizia respeito ao fato de não ter a intenção de passar a noite com ele, ao mesmo tempo em que o não significava que em meu âmago poderia passar dias com ele dentro daquele apartamento; Isaac sorriu feliz com minha resposta e disse que eu estava livre para ir ou ficar. Tomei uma ducha revigorante e me vesti encontrando com ele nu na pequena cozinha preparando um café; tomamos a bebida com direito a beijos e carícias, e confesso que me surpreendi ao tocar o bruto que se mantinha tão duro quanto antes.
Antes que eu saísse Isaac perguntou mais uma vez se eu não queria passar a noite com ele e eu repeti a mesma resposta; ele então arrematou afirmando que caso eu fosse não precisaria voltar e que jamais eu encontraria alguém como ele … tive vontade de rir, porém me contive e fui embora com a certeza de que aquele adolescente que eu conhecera ainda existia dentro de Isaac e que manter uma relação com ele significava um retrocesso que eu não desejava para minha vida; dias depois me encontrei com Afonso e contei o acontecido; ele me fitou com aquela típica expressão de quem conhecia bem a história de Isaac e depois de um breve silêncio perguntou se eu não gostaria de afogar minhas mágoas em sua companhia … a única condição era da participação de Augusto. Eu estava tão irritado que pela primeira vez aceitei a condição.
Cheguei ao apartamento de Afonso no dia combinado e assim que entrei dei com dois homens pelados sacudindo suas pirocas rijas exibindo um sorriso maroto; Augusto com sua magreza contrastava com o apêndice fino e comprido que possuía, bem diferente de Afonso cujo membro tinha dimensões bem interessantes … não demorou para que eu estivesse nu ajoelhado com os dois machos à minha frente esperando pela minha boca ávida; segurando os pinguelos pela base alternei-os em minha boca mamando um e masturbando o outro ouvindo o coro de gemidos agudos e prolongados dos machos que se rendiam diante da minha habilidade oral. Precisei assumir para mim mesmo que a diversão a três era algo muito excitante e não me descuidei de dar a eles a mamada que mereciam … é verdade que a imagem de Isaac espreitava minha mente, mas eu sabia que tinha que esquecê-lo definitivamente.
Sobre a cama na posição de frango assado com as pernas elevadas e flexionadas me preparei para receber Afonso dentro de mim com o membro rijo, lubrificado e preparado; com duas estocadas contundentes ele estufou meu cuzinho passando a movimentar-se num delicioso entra e sai ao mesmo tempo em que Augusto se mantinha de joelhos ao meu lado oferecendo seu membro para ser novamente saboreado; com Afonso me empalando e com a piroca de Augusto dentro de minha boca procurei abstrair de tudo mais me entregando de vez à luxúria que o prazer podia me proporcionar; os dois parceiros trocaram de posição mais de uma vez e somente se deram por felizes quando o gozo sobreveio enchendo meus buracos com uma boa carga de sêmen quente e espesso que foi acompanhada pelo meu gozo manipulado.
Nos quedamos estatelados sobre a cama sendo que Afonso não perdeu a oportunidade de trazer meus lábios próximos aos dele para que nos beijássemos demoradamente sem darmos atenção para Augusto que ainda usufruía do orgasmo que experimentara havia pouco tempo. A certa altura, Afonso me perguntou se eu estava arrependido e eu de pronto respondi que não, pois embora não fosse afeto a esse tipo de diversão descobrira algo realmente estimulante. “Tudo bem, mas … não era isso que eu queria saber … falo sobre o Isaac!”, emendou ele com uma expressão enigmática. Naquele momento a pergunta dele fez a imagem de Isaac surgir em minha mente como um fantasma assolando meu âmago; preferi não responder pedindo por mais um beijo.
Eu, Afonso e Augusto nos despedimos depois que eu tomei uma ducha e me vesti, sendo que Afonso perguntou se repetiríamos aquela diversão a três … fingi um ar de mistério e ao final respondi que tudo que é bom pode e deve ser aproveitado. Por alguns dias fiquei pensando no evento do tipo “Threesome”, e acabei concluindo que melhor que perder tempo pensando em alguém que não valia a pena era aproveitar tudo que a vida pode nos oferecer; encontrei Isaac casualmente algumas vezes e sempre que nos olhávamos eu sentia que ambos perdêramos uma chance que jamais retornaria; em uma dessas ocasiões trocamos alguns beijos fortuitos, porém sem aquela chama interior que jamais se apaga; meus encontros com Afonso e Augusto também se tornaram escassos e novamente fui acometido pela abstinência sufocante chegando a ponderar a ideia de ligar para Isaac, o que mitiguei a duras penas lembrando daquele membro cuja rigidez parecia não ter fim.
