Saí do bar do Seu Reinaldo com o coração na mão, o sol poente tingindo o céu de laranja sangue, o ar quente do bairro grudando na pele suada como uma sentença. Era tanta coisa que tinha rolado – a Marcela nua na piscina, o Cezar nos pegando, as drogas, o sexo louco com minha mãe – que eu não sabia mais o que fazer, o mundo girando rápido demais, o medo me sufocando como uma corda no pescoço. Pedalei pra casa, as pernas tremendo, a bike rangendo no asfalto rachado, o vento batendo no rosto não aliviando nada. Cheguei no sobrado simples, o portão enferrujado rangendo, e vi minha mãe na cozinha pela janela, de regata branca fina marcando os seios grandes, mamilos escuros apontando, short jeans curto abraçando as coxas grossas, a bunda redonda balançando enquanto mexia algo no fogão. Mal consegui olhar na cara dela, a culpa queimando como ácido no estômago. “Eu comi minha mãe, porra, e o pior, eu tinha gostado pra caralho”, pensei, o pau traindo a memória, pulsando na cueca apesar de tudo.
Entrei sem cumprimentar, o silêncio pesado, joguei a mochila no chão e fui pro quarto, deitei na cama dura, cobrindo o rosto com o braço, tentando apagar as imagens: ela cavalgando, esguichando na minha barriga, chupando meu pau sujo de porra com fome insaciável. Mas ela veio atrás, o passo leve no piso frio, o cheiro de sabonete e comida caseira invadindo. “Filho, precisamos conversar”, disse, sentando na beira da cama, a mão quente no meu peito, os olhos castanhos cheios de arrependimento, o rosto negro brilhando sob a luz fraca do abajur. “Foi um erro, Leandro. Não sei o que aconteceu comigo, uma loucura, uma vontade que não era minha. Me desculpa, eu sou tua mãe, não devia...” A voz dela tremia, lágrimas nos olhos, e eu pensei, “Ela mal sabe que foi o comprimido rosa do Cezar, aquela merda química transformando ela numa vadia faminta”. Mas fiquei quieto, o segredo pesando como chumbo. “Tudo bem, mãe, acontece. Eu também não me controlei, foi... intenso e mal”, murmurei, a voz rouca, o pau endurecendo de novo só de lembrar o calor da buceta dela.
Ela riu, um riso nervoso que descontraiu o ar carregado, limpando uma lágrima. “Filho do céu, você não puxou teu pai não, teu pau é enorme, me arrombo !” Eu ri, o gelo quebrando, “Mãe, a senhora também é muito boa de cama, bonita pra caralho, não consegui me controlar, estava muito gostosa.” Ela corou, rindo mais, mas os olhos sérios. “Combinamos: nunca mais, filho. Foi um erro, apesar de gostoso vamos esquecer.” Assenti, o alívio misturado com uma dor estranha – tinha sido proibido, mas divino. Ela me beijou na testa, saiu, deixando o quarto vazio, o silêncio me engolindo. Fiquei ali, olhando o teto rachado, o coração dividido entre culpa e vontade residual de repetir.
Anoiteceu, a lua cheia iluminando o bairro como um holofote acusador. Marcamos o encontro com Júlio e Fernando num cybercafé escondido, lugar fétido de fumaça e teclados sujos, neon piscando, ventilador zumbindo como inseto moribundo. Eu, Mayer e Zé chegamos primeiro, sentamos no fundo, sombras dançando nas paredes descascadas, o Mayer com o notebook aberto, dedos nervosos no mouse, o Zé suando, batendo o pé no chão pegajoso. “Porra, manos, e se o Cezar descobrir? Ele mata a gente”, sussurrou o Zé, olhos arregalados. Mayer, o líder natural, “Calma, véi, temos aliados agora.” Júlio chegou, uns 40 anos, japonês descendente, olhos amendoados afiados como lâminas, cabelo curto grisalho, terno cinza impecável, cicatrizes no rosto contando histórias de violência – fiquei sabendo que Cezar tinha quebrado ele anos atrás. Sentou rígido, “O que querem, pivetes?”
Eu puxei a frente, a voz tremendo no início, mas ganhando força: a descoberta dos vídeos pornô da Marcela, o churrasco virando orgia, Cezar nos pegando pelados, a ameaça de morte ou trabalho forçado, as drogas rosa pras mulheres, azul pros homens, o sexo insano com familiares. Júlio ouviu impassível, punhos cerrados sob a mesa. “Depois de largar a Marcela, jurei nunca mais. Cezar destruiu tudo – minha carreira, minha paz... Como promotor, só ajudo com provas sólidas: amostras químicas, gravações, testemunhas.” Tirou do bolso um gravador minúsculo, disfarçado de botão, “Usem na demonstração pro irmão dele. Gravem cada palavra.”
Fernando chegou logo depois, óculos grossos, camisa social amarrotada, cara de nerd genial, olhos espertos atrás das lentes. “Engenheiro elétrico e de sistemas de segurança ja chegou com ideias. Posso hackear câmeras, fornecer microfones, mas Cezar é esperto, ex-militar, paranoico.” Contou sua história: largou Solange há 3 anos, ela fingia ajudar o pai com “favores sexuais”, mas por trás era uma puta voraz, traindo com qualquer um. “Cezar usa isso tudo.” Expliquei o plano do Cezar: droga rosa fazendo mulheres darem pra qualquer um, expandindo pra gangues, clubes, festas; a azul masculina deixando paus duros por horas. Júlio arregalou os olhos, “Então era isso. Será que usou na Marcela?” Completei, “E na gente, azul.” Júlio assentiu, “Essa eu já vi em operações antidrogas e pessoalmente. Precisamos de mais provas pra eu entrar na justiça – mandatos, prisões.”
Fernando coçou a cabeça, “Preciso invadir a borracharia dele, mas falta acesso.” Mayer interrompeu, voz firme, “Meu tio já chega, ele é da polícia, agente secreto.” Mal disse, a porta rangeu, e Anderson entrou como um furacão controlado – quase dois metros de puro músculo negro reluzente, corpo esculpido por anos implacáveis em seis artes marciais: jiu-jitsu pra imobilizar, muay thai pra chutes devastadores, krav maga pra luta suja, boxe pra socos precisos, taekwondo pra agilidade, capoeira pra ginga mortal. Parecia um titã saído de lenda, olhos castanhos flamejantes com intensidade que gelava o sangue, cicatrizes sutis no pescoço, colete à prova de balas sob a jaqueta preta. Cumprimentou Mayer com um abraço de urso, apertos de mão que quase esmagaram os nossos. “O que é tão sério que não podia falar por telefone, sobrinho?”
Explicamos tudo de novo, vozes baixas no café lotado de viciados em games, o ar carregado de tensão. Anderson ouviu sem piscar, veias saltando nos braços cruzados. “Então é isso. Droga sintética militar, chantagem sexual, tráfico em expansão. Posso ajudar – tô de férias, mas minha parceira Mayara me cobre na operação secreta, ela me deve uma grande.” O plano surgiu como uma estratégia de guerra: Júlio vasculharia arquivos judiciais, abriria brechas pra mandatos de busca; Fernando forneceria equipamentos – câmeras escondidas, drones miniatura, hackers pra invadir servidores; Anderson faria vista grossa em operações, infiltraria como comprador falso na demo, nos protegeria com força letal se necessário. “Se Cezar mexer um dedo, eu quebro ele”, grunhiu, os punhos cerrando, e eu imaginei o combate: Cezar fortão vs. Anderson titã, socos voando, chutes quebrando ossos, uma luta de filme que faria Hollywood corar.
Nos despedimos na calçada escura, apertos de mão firmes, olhares determinados, mas o medo latejando nas veias. “Cuidado, moleques, Cezar pode não perdoa traidores”, avisou Anderson, sumindo na noite com Mayer. Pedalei pra casa, a lua testemunha, o vento frio cortando como lâmina, o coração batendo descompassado. Cheguei, jogei a bike no quintal, entrei quieto. Deitei na cama, o quarto escuro, o silêncio opressivo, e fiquei pensando em tudo: a orgia na piscina, o squirt da minha mãe melando o sofá, as ameaças do Cezar, a rede de aliados frágil. “E agora? Estamos encrencados pra caralho. Se Cezar descobrir, ele mata não só a gente, mas nossas famílias. As drogas, as provas, a demo... um erro e acabou.” O suor frio escorreu pela testa, o sono não veio, só o terror crescendo, o futuro incerto como um abismo. Mas no fundo, uma faísca de esperança – com Júlio, Fernando e o titã Anderson, talvez a gente derrubasse o monstro. Ou morrêssemos tentando.