CAPÍTULO 9: EQUAÇÕES NOTURNAS
O sábado à noite chegou como um suspiro cansado após um dia inteiro de batalha contra integrais triplas e equações diferenciais( e resistindo às tentações de Madeleine). Minha mente estava um campo de guerra — cadáveres de teoremas por todo lado, a fumaça de exaustão mental subindo dos livros espalhados pela mesa da sala.
20h47. A República Trovão respirava um ar pesado, o silêncio só quebrado pelo zumbido da geladeira e pelo teclado de alguém digitando no quarto ao lado. Eu estava destroçado no sofá da sala comum, os olhos ardendo, o corpo pesado como se tivesse carregado tijolos o dia inteiro. Cálculo III, Física II, Álgebra Linear — uma trindade sagrada do sofrimento engenheiral.
Foi então que a porta do corredor rangeu. Madeleine entrou na sala, trajando apenas shorts curtíssimos e uma camiseta velha do ITA que devia ser de algum ex-morador. Seus pés descalços faziam um som suave no piso de madeira.
Madeleine: "Tu as l'air fatigué." (Você parece cansado.)
Ela não esperou resposta. Foi direto à cozinha abrir uma garrafa de vinho tinto — a mesma que havíamos começado naquela noite tensa dias atrás.
Eu: Cansado é eufemismo, Madeleine. Meu cérebro parece um processador superaquecido.
Madeleine: "Le remède est dans la bouteille." (O remédio está na garrafa.)
Ela encheu duas taças e veio sentar no mesmo sofá, mas não no outro canto — sentou-se perto o suficiente para que seu joelho roçasse no meu. O toque era leve, mas suficiente para fazer todos os meus neurônios — já exauridos — reagirem como se tivessem levado um choque.
Eu: "Não sei se vinho é a solução para exaustão mental."
Madeleine: "En France, le vin est la solution pour tout." (Na França, o vinho é a solução para tudo.)
Ela ergueu a taça num brinde silencioso. Seus olhos no crepúsculo do fim de tarde que entrava pela janela pareciam mais azuis, mais profundos. O cansaço do meu corpo começou a se transformar em outra coisa : uma tensão familiar, perigosa. E é evidente que eu já estava começando a perder a batalha.
Eu: E aí, conseguiu resolver aquela série de Fourier que o professor passou?
Madeleine: "Bien sûr." (Claro.) "Mais ce n'est pas de maths que je veux parler ce soir." (Mas não é de matemática que quero falar esta noite.)
Ela bebeu um gole, seus olhos fixos nos meus sobre a borda da taça. O joelho dela pressionou o meu um pouco mais — desta vez, definitivamente intencional.
E eu senti — com a clareza de um teorema — que esta noite seria sobre uma equação muito mais complexa do que qualquer uma que havíamos resolvido durante o dia.
Madeleine: O que você costumava fazer sábado à noite, depois de uma rotina intensa de estudos e compromissos!?
Eu: Quando eu estudava no Protagon, dividia estudo com trabalho de meio período na loja do meu velho.
Madeleine: Oh, sério!? E no que ele trabalhava!?
Eu: Meu pai tem uma loja de materiais de construção. E minha mãe é funcionária pública. Depois da escola eu ajudava meu pai com a contabilidade do estabelecimento, além de supervisionar, conferir, analisar se as notas vinham com alguma divergência processual, documental, entre outras coisas. Era foda. O velho pegava muito no meu pé pra eu ser o melhor . Acredita que Matemática era meu ponto mais fraco nos estudos!?
Madeleine: Deixa eu adivinhar: E ele obrigava você a lidar com números o tempo todo, e você errava no ódio, tentando corresponder aos anseios dele!?
Eu: Exatamente. Quando eu comecei a estudar Funções de Trigonometria, eu peguei um ódio fodido, quando tirei 6 e precisava recuperar porque a nota mínima era 8.
Madeleine: Mon Dieu! Como você fez!?
Eu: Geísa. Ela foi minha salvação. Cheguei a oferecer dinheiro pra ela me salvar, com aulas particulares.
Madeleine: A nerd da turma… normalmente as nerds encantam pelo intelecto, quando lhes falta … você sabe. E o que lhe atraiu nela, além da inteligência.
Eu: Tudo que você tem, ela tem. A gente foi criado morando na mesma vizinhança, mas depois eu me mudei pra dois quarteirões depois de distância. Estudamos na mesma escola por bastante tempo. Mas no último ano, ela estava deslumbrante. Espetacular. Na primeira aula particular, eu lutei pra prestar atenção na matéria. Eu só conseguia… olhar pra aqueles seios cossênicos maravilhosos.
Eu senti que Madeleine não tava curtindo o papo, ela abaixou a cabeça, olhando pra taça de vinho, acenava positivamente pra tudo que eu dizia. E eu fiz de propósito. Eu não queria aproximação naquela hora.
Madeleine: Quando foi a primeira vez de vocês!?
Eu: Naquele dia.
Madeleine: Gente do Céu! Como assim, hahahahahaha!?
Eu: Ela estava de vestido com estampa florida, cabelos escovados, decote acentuado, e eu não sabia que ela já tava afim de mim. Mas nunca havia demonstrado antes. Eu comecei a seduzi-la. Ela resistiu, fez charme , mas não aguentou muito tempo. Foi incrível.
Madeleine: E por causa dela, você está aqui.
Eu: Ela me ajudou muito a chegar aqui. E a gostar desses livros e dessa matéria.
Madeleine: A força do amor… por falar nisso, nosso período de adaptação já acabou. Eu nunca vi você ligando pra ela.
Eu: Tô esperando o relógio marcar 22h. A tarifa é um pouco mais barata. E eu tenho que falar rápido.
Madeleine: Aqui no Brasil, as coisas são muito complicadas nesse sentido. Ainda bem que não é assim em todo o lugar. E você, mocinho, ainda não tomou um gole de vinho. Se não quiser, dê pra mim.
Eu: Ah, desculpe. Não queria fazer uma desfeita. Você tá sendo muito legal comigo.
Madeleine: Eu quero ser… muito mais legal. Mas você não me dá bola.
Eu: Madeleine, pára com isso.
Madeleine: O que te garante que essa garota tá se guardando , pensando em você , rejeitando as investidas de outros garotos!?
Eu: Além do que ela sente por mim!? Nada. Sabíamos que esse processo doeria bastante. Evoluir é dor. Viver nesse mundo é dor.
Madeleine: Então deixa eu ser o seu remédio… ou sua droga pra aplacar essa dor! Siga seu coração, pombinho!
Eu: Ela é meu coração.
Madeleine: Você tem um talento nato… pra jogar um balde de água fria numa mulher!
Eu( cheguei perto do ouvido dela) : Então esfria, meu anjo. Esfria. Eu já estou sob muita pressão.
Madeleine: Alivia comigo… eu preciso tanto!
Eu: Você é impossível.
Madeleine: Você vai ver que eu…sou inevitável.
Madeleine recuou. A minha sorte é que ela calcula muito o que ela faz antes de atacar no momento oportuno. Deu tempo de respirar. Aquilo não tava certo. Eu não estava sendo totalmente sincero com a Geísa. Mas eu deveria enfrentar meus problemas sem querer ela duvidasse de mim. Mas até quando!? O período de adaptação estava acabando, e logo ela também viria para São Paulo. Mas era uma eternidade.
Deu 22h. Já fiquei perto do telefone pra ouvir o toque a qualquer momento. Os segundos pareciam pancadas dentro da minha cabeça. 22:01h . O telefone toca.
Madeleine: "Ta princesse t'appelle." (Sua princesa está te chamando.) "Je vais te laisser... parler avec ton remède." (Vou deixar você... conversar com seu remédio.)
Ela se levantou, mas não saiu completamente - ficou na porta da cozinha, ouvindo, observando, esperando.
Eu : Alô, amor?
Geísa: Jorginho! Tô aqui há uma hora esperando seu ligação! Como foi o estudo? - sua voz era pura luz e cada palavra me atingia como um soco de culpa.
Eu: Sendo bem sincero? - eu podia ver a silhueta de Madeleine me espreitando - coi pesado, linda. Mas valeu a pena. Tô aqui pensando em você.
Geísa: Só pensando? Ou sentindo também? - ela flerta inocentemente, sem saber da tempestade a centímetros de distância.
Eu: Os dois... sempre os dois com você.
Geísa: Conta então: o que você está sentindo agora? Lembra da última vez que nos vimos? Do jeito que você me beijou.
Enquanto ela descrevia memórias íntimas, meus olhos encontraram os de Madeleine na penumbra. Ela balançava a taça de vinho lentamente, um sorriso de serpente nos lábios.
Geísa: Jorge? Você tá aí?
Eu: Tô, amor... é que... a linha tá ruim.
Mentira. A única coisa ruim era minha resistência desmoronando. Madeleine deu um passo à frente, seus olhos PROMETENDO ESQUECIMENTO.
Geísa: Então vou falar mais baixinho... lembra do que eu fiz naquela noite? Quando você…
Foi quando Madeleine agiu. Não violentamente, mas com precisão cirúrgica. Ela chegou até mim, ajoelhou-se frente ao sofá, e suas mãos encontraram meu zíper enquanto meus dedos trêmulos seguravam o telefone.
Geísa: Jorge? Você ainda tá me ouvindo?
Eu: Tô... tô, amor... continua…eu tô tentando não gemer pra ninguém ouvir. Imagina que constrangedor, hahahahahahahaha! - e eu gritava no mudo, pedindo pra Madeleine parar com aquela loucura.
E enquanto a voz inocente de Geísa sussurrava promessas de amor ao meu ouvido, Madeleine CUMPRIA as dela : com um silêncio eloquente, mais poderoso que mil palavras,curvou-se sobre mim, baixou a minha bermuda e cueca e engoliu meu pau, imponente como um farol no mar.
Eu: Amor… você precisa vir logo pra São Paulo. Eu juro que não tô aguentando mais, é sério!
Geísa: Amor, eu também! Fique fiel. Pela gente! Eu também me sinto na mesma situação que você. Imagino o quanto você deve ter suportado , ainda mais num lugar que,mesmo sendo minoria, tem mulheres! A minha mãe me falou muito sobre. Se aparecer alguém, alguém realmente interessante, você vai me contar. Eu quero ter a chance de lutar pela gente!
Eu: Geísa… você vai ter!
Reuni minhas últimas forças e chutei Madeleine pra longe.
Eu preciso te contar muita coisa. A primeira delas é que eu não estou alojado dentro da Instituição. Eu não consegui vaga. Lutei até o fim por estar lá. Estou numa república…
Geísa: Meu Deus, você não me disse isso antes.
Eu: Porque as coisas não estavam tão graves como ficaram agora.
Geísa: Eu quero saber!
Eu: Tem uma intercambista que veio da França e veio parar justamente na minha República. Ela estuda comigo, na mesma turma. É uma garota super inteligente, talvez mais sinistra que o Cavalieri, o 01 da turma. Dos calouros que têm na turma, por dormirmos na mesma República, ela é a mais próxima de mim. Mas nos últimos dias, essa garota partiu pro ataque em cima de mim - nessa hora, o rosto de Madeleine se fechou, como se uma tempestade estivesse vindo.
Geísa: Eu não tô acreditando no que eu tô ouvindo, Jorge!
Eu: Você não queria a verdade!? Fala agora, isso tudo aconteceu essa semana!
Geísa: Tá, eu … eu pedi. Pelo menos você tá jogando limpo comigo.
Eu: E na República Trovão, tirando o fato de que cada um tem seu quarto e regras para convivência, aqui não tem só homens, amor. São pessoas que estudam não só na minha universidade, mas em outros campus. Eu não conheço ninguém além dela. Tá muito complicado. Eu tô te contando por…
Madeleine tomou o telefone das minhas mãos e apertou o gancho. Eu puxei minha bermuda, fechei o zíper, Levantei-me e bradei:
Eu: QUAL É O SEU PROBLEMA!?
Madeleine: O problema é que VOCÊ É UM HIPÓCRITA! É assim que você faz comigo?
O telefone caiu no sofá com um baque surdo. Madeleine estava diante de mim, transformada. Seus olhos azuis não eram mais pools de sedução, mas lagos congelados de fúria.
Madeleine: "HIPÓCRITA! Tu me désires, ton corps me désire, mais tu parles d'elle comme si j'étais invisible!" (HIPÓCRITA! Você me deseja, seu corpo me deseja, mas você fala dela como se eu fosse invisível!)
Eu: Eu estou construindo um futuro. E você não tava nesses planos. Tudo que tá acontecendo aqui não deveria estar. Entenda isso! Eu te acho realmente muito desejável. Mas minha mente e meu coração é dela!
Ela avançou, o vinho derramando da taça em sua mão trêmula, manchando o piso de madeira como sangue.
Madeleine: "Je suis là, chaque nuit, à quelques mètres de ton lit! Et tu parles de fidélité?" (Eu estou aqui, cada noite, a alguns metros da sua cama! E você fala de fidelidade?)
Seu dedo apontou para minha bermuda, ainda mal fechada, a evidência física da minha traição pendurada como um fantasma entre nós.
Madeleine: "Ça, c'est ta fidélité? Ta bouche dit non, mais ton corps crie oui!" (Isso, é sua fidelidade? Sua boca diz não, mas seu corpo grita sim!)
Eu: Madeleine, você não entende...
Madeleine: "Non, c'est TOI qui ne comprends pas!" (Não, é VOCÊ que não entende!) "Je t'offre mon corps, mon âme, et tu me traites comme une option!" (Eu ofereço meu corpo, minha alma, e você me trata como uma opção!)
Ela chegou tão perto que senti seu hálito quente, vinho e raiva.
Madeleine: "Dis-lui la vérité, Jorge! Dis-lui que tu as joui dans ma bouche pendant qu'elle parlait d'amour!" (Diga a verdade a ela, Jorge! Diga que você gozou na minha boca enquanto ela falava de amor!)
💔 AS CONSEQUÊNCIAS
Eu recuei, esmagado pelo peso daquela verdade. Minhas pernas tremiam. A sala parecia girar.
Eu: Sai da minha frente, Madeleine. Agora.
Minha voz saiu mais firme do que eu esperava. O choque da situação havia me feito um estalo.
Madeleine: "D'accord." (Está bem.) "Mais sache une chose: je ne serai jamais ton option de secours." (Mas saiba de uma coisa: eu nunca serei sua opção de reserva.)
Eu: Não foi você mesma quem falou que não ligava de ser a outra!? Hipócrita!
Ela pegou a garrafa de vinho restante e arremessou contra a parede. O vidro estilhaçou, manchando a parede de vermelho como um crime scene.
Madeleine: "C'est fini entre nous." (Acabou entre nós.)
Eu: Nunca teve um nós. Eu sei que tô muito errado, aqui. Errado com ela. Errado com você. E sei muito bem que se ela não me quiser mais, você também não vai mais querer a mim. Sabe por quê!? Porque você deixou bem claro que não se respeita e não sabe lutar da maneira correta. Você chega , como cordeirinho, finge uma coisa que não é pros outros e depois solta suas garras de loba. Agora, que eu não tô cedendo, você se coloca como vítima e quer me destruir. “Os comprometidos são muito mais interessantes.” Não foi isso que você disse nas entrelinhas?
Ela saiu, deixando para trás o silêncio, os cacos de vidro, e o cheiro doce de traição e vinho, sobrando para mim juntar os cacos de vidro, secar o vinho derramado… quer saber? O vinho derramado e a garrafa quebrada estavam mais inteiros do que eu !
Epílogo: O contra-ataque.
Geísa olhou para o telefone desconectado, seu coração batendo forte. Algo estava muito errado. “Eu me sinto perto e distante, ao mesmo tempo dele. Essa garota tá mexendo com a cabeça do meu namorado! Eu não sei o que fazer… DROGA! DROGA!”
Rosane: O que é que foi , garota!?
Geísa: Mãe! Tem alguma coisa acontecendo com o Jorge!
Rosane entrou no quarto, ainda segurando uma xícara de chá. Atrás dos óculos dela, o olhar era sóbrio, penetrante.
Rosane: O que foi, filha? Vocês discutiram!?
Geísa: Pior. A ligação caiu do nada. Ele estava me contando sobre uma francesa na república dele... e do nada, a linha caiu.
Rosane sentou-se na cama, seus olhos de mãe instantaneamente alertas.
Rosane: Descreve exatamente o que aconteceu.
Geísa contou tudo: a voz tensa de Jorge, o barulho de fundo, a interrupção súbita.
Rosane: Querida, liga de volta. Agora.
Geísa discou. Ocupado.
Rosane: "Liga para o telefone da república."
Geísa ligou. Ninguém atendeu.
Foi quando Rosane pegou seu celular, seus dedos voando sobre as teclas com determinação mortal.
Rosane: Vou ligar para o Luís Carlos. Ele tem o número do dono da república.
Geísa: Mãe, não! Não quero criar caso!
Rosane: Não é “criar caso", filha. É defender seu território.
Seus olhos brilharam com uma luz que Geísa conhecia bem - a mesma luz de quando Rosane a pegou com Jorge no quarto meses atrás.
Rosane: Essa francesa não sabe com quem está mexendo. Nem você, nem o Jorge.
Enquanto Rosane discava, Geísa olhou pela janela. A noite em São Paulo nunca lhe pareceu tão ameaçadora. Ela sentiu, no fundo da alma, que a guerra tinha começado.
E Rosane? Rosane já estava em modo de combate.
Luís Carlos ( atende o telefone ) : Pronto!
Rosane: Luís, a gente precisa conversar!
Luís Carlos: Ei, peraí, tá querendo me assustar uma hora dessas!? O que houve?
Rosane: Você tem o telefone da República Trovão!?
Luís Carlos: Tenho, mas se trata de alguma urgência!? O que houve com a Geísa!?
Rosane: Não é a Geísa. É seu filho.
Luís Carlos: Rosane, quer por favor ir direto ao ponto!? Eu tô parecendo corno, o último a saber da traição.
Rosane: Jorge está com problemas! Ele não tem falado nada com você!?
Luís Carlos: O Jorge , até onde sei, tá passando um período complicado de adaptação, nem conseguiu um alojamento dentro da Instituição, mas está nos arredores dela, nada longe.
Rosane: Ele não falou de nenhuma aluna intercambista que tá tentando acabar com relacionamento dos nossos filhos!?
Um momento de silêncio segue do outro lado. Rosane olha para a filha .
Luís Carlos: Rosane, eu sei de tudo que está acontecendo com o meu filho. Sei que essa Madeleine é uma garota muito atraente, segundo ele mesmo disse. Sei também que esse período distante da Geísa está sendo muito difícil para ele, mas você quer que eu faça o quê!? Que vá na Academia tirar o Jorge porque ele está sentindo a tentação na pele!? Todo homem precisa de autocontrole, disciplina. Quando ele foi pra lá, conversamos muito no caminho, sobre tudo.
Rosane: Mas é da minha filha, que estamos tratando também. Me dá o telefone da República.
Eu: Ué, você não tem!?
Rosane: Eu não consigo ligar pra República. Me dá o número do responsável pela República. Eu vou fazer uma visitinha e tirar essa história BEM A LIMPO. Com o Jorge, e com essa francesinha de quinta categoria!
Continua.