Pouco a pouco meu contato com Afonso foi se distanciando não por vontade de ambos, mas sim como consequência das atribulações e compromissos cotidianos aos quais não podíamos nos furtar; nessa época Augusto, que conseguiu meu número sem autorização de Afonso, andou me procurando, não escondendo a intenção de me fuder, o que me deixou um tanto desconfortável já que não tinha a mínima intenção de me dar ao desfrute com ele … não sei explicar, mas alguma coisa em Augusto me incomodava e mesmo não querendo saber do que se tratava eu o evitava, mesmo quando ele tentou me oferecer dinheiro em troca de uma enrabada; ao ler sua proposta não sabia se gargalhava ou resmungava antes de responder, pois se tratava de uma forma bastante deselegante de obter o que almejava e por isso não respondi acabando por bloquear o sujeito.
Alguns meses depois, quando a abstinência já me atazanava novamente, Afonso me ligou querendo saber se eu me lembrava do Isaac, conhecido como “o ruivo”; imediatamente as lembranças inundaram minha mente. Isaac era um judeu de ascendência europeia que na época de nossa adolescência era um sujeito corpulento de pele branca e sardenta com cabelos ruivos encaracolados que ele mantinha compridos à moda dos roqueiros da época; me lembro que ele era um metido a dono do pedaço sempre assediando tanto rapazes como moças e mais de uma vez foi flagrado invadindo o banheiro feminino e trepando com alguma fêmea afoita ou mesmo algum colega cuja sexualidade ainda estava desabrochando; enfim o sujeito era um safado descarado que sempre escapava de reprimendas flagrantes graças à influência financeira de sua família conhecida na região por sua prosperidade e respeito.
Afonso logo me fez voltar à realidade comentando que encontrara Isaac querendo saber se eu aceitaria um almoço para comemorar os velhos tempos; embora minha relação com Isaac jamais tenha sido das melhores, até por conta de um certo distanciamento que eu procurava manter temendo suas represálias sempre truculentas e ofensivas, eu ainda guardava na mente a forma intrigante de como ele me observava exibindo um olhar que eu nunca fui capaz de decifrar e por conta de tudo isso acabei aceitando o convite para o almoço; combinamos então para o dia seguinte em um restaurante que todos nós conhecíamos.
Ao chegar no restaurante fui recebido por Afonso que já estava a minha espera com uma mesa reservada; ficamos conversando animadamente até que ele apontou para a entrada anunciando a chegada de Isaac. O sujeito não havia mudado muito, apenas sofrera os efeitos do tempo, mas mantendo suas características inesquecíveis; Isaac estava mais corpulento com o rosto exibindo rugas típicas de pessoas com a pele branca expostas ao sol e ainda mantinha os cabelos cor de fogo na altura dos ombros embora uma certa calvície já desse os primeiros sinais de sua presença. Ao ver Afonso ele acenou de volta caminhando em nossa direção; os dois trocaram um abraço efusivo cheio de sorrisos e quando Afonso me apresentou o rosto de Isaac pareceu se iluminar.
Imediatamente, ele me deu um forte abraço afirmando que estava feliz pelo nosso reencontro. Nos sentamos e fizemos nossos pedidos conversando sobre os velhos tempos com muito entusiasmo; vez por outra eu percebia o olhar intrigante de Isaac dirigido a mim, mas preferi fingir que não estava percebendo, porém com o passar do tempo aquele olhar se tornou mais inquietante; a certa altura do almoço, Afonso pediu licença para ir ao banheiro e foi nessa hora que Isaac se aproximou com a intenção de dizer algo; com um tom de voz quase sussurrando ele me disse que Afonso lhe revelara minhas preferências e isso o interessou ... no início fiquei fulo da vida pela língua solta do meu amigo, e cheguei a pensar em abandonar o almoço sem dar maiores satisfações ... porém antes que eu pudesse reagir dessa maneira, Isaac segurou meu braço, exibindo um olhar que me deixou ainda mais confuso, pois parecia mostrar uma sinceridade incontestável. Respirei fundo e perguntei a ele a razão desse interesse repentino por mim, já que nossas memórias adolescentes não eram das melhores.
Isaac respirou fundo com ar desalentado e logo depois explicou que no curso de seu segundo casamento descobriu uma atração em se relacionar com homens, e por conta disso o envolvimento com um de seus parentes, com ele sempre exercendo o papel ativo veio à tona, repercutindo muito mal em sua família e principalmente em seu casamento; ele conseguiu contornar a situação familiar, entretanto o rompimento conjugal com o acordo de jamais revelar essa faceta lhe custou uma pequena fortuna que ainda hoje ele ainda batalhava para compensar.
Confesso que as palavras e o tom de voz embargado de Isaac acabaram por me sensibilizar, pois senti uma empatia imaginando se a mesma situação acontecesse comigo. Ao notar o retorno de Afonso, Isaac sacou um cartão do bolso e me entregou sugerindo que em breve conversássemos melhor e com mais privacidade. Terminamos o almoço e nos despedimos na porta do restaurante sendo que Isaac logo pegou seu carro e partiu, sendo que Afonso permaneceu indicando que estava ansioso por saber se o encontro rendera alguma coisa melhor e já perguntando a queima-roupa.
Antes de responder, dei-lhe uma bronca pela ousadia de revelar minhas preferências, mesmo sendo com alguém conhecido e depois desconversei imaginando que deveria primeiro estreitar meu contato com Isaac a fim de saber quais suas reais intenções. Naquele mesmo dia eu e Isaac trocamos algumas mensagens pelo whatsapp, mas logo chegamos a conclusão que precisávamos conversar pessoalmente, e assim marcamos um novo encontro para o final da tarde do dia seguinte e Isaac insistiu que fosse em se escritório situado em um prédio comercial não muito distante do meu trabalho; relutei um pouco, mas acabei cedendo … afinal, a curiosidade ardia dentro de mim!
Ao descer do elevador no andar indicado por Isaac observei as portas envidraçadas ostentando placas vistosas cujo nome comercial indicava que ali estava situada um holding e também comprovando o quanto meu amigo havia prosperado na vida; uma loira novinha me atendeu na ampla recepção afirmando que eu era esperado e já me conduzindo para a sala de Isaac que usando trajes bem formais e sóbrios me recebeu com um forte abraço me convidando a sentar no confortável sofá de couro que ficava na parede lateral da sala; depois de um café tivemos uma longa conversa que mais parecia um desabafo de um homem que amealhara ao longo da vida mais frustrações do que realizações no campo pessoal em confronto com tudo que obtivera no campo profissional.
Quando ele me perguntou como eu lidava com essa postura enrustida, confesso que tive vontade de gargalhar, mas me contive, pois não queria ofendê-lo de maneira alguma; comecei respondendo que eu e minha esposa tínhamos uma relação aberta desde o momento em que ambos descobrimos os vastos horizontes da bissexualidade procurando saborear as guloseimas que a vida poderia nos oferecer e a partir de então a vida se tornou euforicamente intensa; prossegui explicando que eu não me sentia um “enrustido”, mas apenas uma pessoa com direito a escolhas dentro de sua privacidade; disse também que jamais procurei um parceiro habitual optando pelos relacionamentos casuais e espontâneos sem vínculo, mas com toda a intensidade que o momento permitiria … arrematei afirmando que a vida é feita de experiências, de riscos, de frustrações e também de tristezas profundas exigindo que adotemos um comportamento seguro sobre o que sentimos e sobre o que queremos.
Isaac me ouviu com muita atenção e eu percebia em seus olhos uma curiosidade inquietante de quem encontrara eco nas minhas palavras; em sua vez disse que se casara duas vezes e em ambos tivera várias aventuras extraconjugais que não se mostravam suficientes para saciar o desejo que queimava em seu âmago e que ele não conseguia compreender corretamente; sua descoberta aconteceu durante uma viagem de negócios a Tel Aviv onde encontrou um primo distante que lhe serviu de guia na cidade durante a sua estadia e pelo qual sentiu algo diferente … algo tão vibrante e intenso que somente encontrou na cumplicidade entre quatro paredes a suplicante satisfação que perdurou e se prolongou perigosamente … o resto segundo ele foi discórdia e desastre.
Eu podia sentir em suas palavras uma mágoa e também uma dor pela perda do relacionamento com seu primo e a medida em que ele descrevia as várias aventuras homoafetivas que tivera desde então que não foram suficientes para compensar a perda … se por um lado toda aquela conversa tinha uma face tristonha, por outro a descrição com riqueza de detalhes serviam para estimular minha libido descobrindo em Isaac alguém com quem valia a pena se aventurar, mesmo que fosse apenas algo casual e passageiro. Repentinamente, estávamos nos beijando com uma volúpia desmedida e não demorou para que Isaac abrisse sua calça expondo o membro em ponto de bala! Caí matando abocanhando o bruto e mamando com a voracidade típica de um esfomeado.
Estava delirando com aquela peça em minha boca já fazia algum tempo quando Isaac me afastou sugerindo que tirássemos a roupa ali mesmo ... infelizmente percebendo o adiantado da hora disse a ele que não teríamos tempo para isso e tornei a tomar a piroca na boca mamando até ele ejacular com profusão impondo um esforço para reter e engolir toda a carga. Nos recompusemos e descemos até o Hall de entrada do edifício para uma despedida lacônica, mas, mesmo assim, promissora e eu fui embora com um pressentimento de que eu e Isaac estávamos apenas no começo, embora eu ainda tivesse algumas restrições fruto das lembranças que ele deixara gravado em minha memória por conta de sua grosseria e truculência ... e foi assim que semanas depois recebi uma mensagem de Isaac me convidando para conhecer o lançamento de seu novo empreendimento no ramo da construção civil: um edifício residencial de alto padrão situado em um bairro nobre, evento que ocorreria no sábado a tarde; aceitei de pronto sem imaginar que pudesse haver segundas intenções no convite.
Cheguei ao local indicado no WAZE por volta de umas quatro da tarde e logo percebi uma enorme agitação de pessoas de um lado para o outro, todos aparentando se tratarem de compradores potenciais; encontrei Isaac e Afonso conversando animadamente; ofereceram-me algo para beber e optei por água e depois refrigerante; o evento se prolongou avançando noite adentro e só perdendo força por volta de umas oito da noite momento em que eu e Isaac pudemos conversar mais à vontade dentro do ambiente decorado que ficara em exposição com Afonso entretido com um dos rapazes do serviço de Buffet. Isaac não demorou para ir direto ao assunto dizendo que se precisávamos terminar o que começara anteriormente, mesmo que fosse algo passageiro.
As palavras de Isaac, a princípio, me deixaram sem ação e também sem palavras; embora a atração fosse mútua, ainda havia resquícios da adolescência e de seu comportamento abusivo, e uma coisa que aprendi na vida é que as pessoas somente mudam por amor ou por dor e no caso dele tinha a impressão de que nada havia mudado, apenas ocultado; após alguns minutos em que nos entreolhávamos em silêncio eu tomei coragem para dizer que o convite era tentador e que ficara interessado; Isaac não deixou que eu terminasse de falar sugerindo que fôssemos para um apartamento que ele tinha nas imediações e eu acabei cedendo …
Dentro do carro dele meu celular vibrou anunciando uma mensagem de Afonso. “Eita, sujeito sortudo! Mas, fica esperto, parceiro … ele vai te levar pro matadouro, ele é uma máquina de foder, meu amigo!”, dizia o texto que me causou certa preocupação, mesmo sabendo que não havia como desistir. Chegamos ao edifício em poucos minutos e Isaac entrou pela garagem me convidando a acompanhá-lo até o elevador; assim que entramos ele veio para cima de mim me empurrando contra a lateral pressionando seu corpo contra o meu enquanto sua boca caçava a minha; foi um beijo de estupenda lascívia que foi seguido por outros quase me deixando sem ar com sua mão para levando a minha até sua virilha onde descobri um volume inquietante. Ele quase rasgou minhas roupas tentando me despir e ao conseguir me empurrou para o sofá enquanto também se despia; Isaac tinha um corpo opulento com uma barriga pouco discreta, um peito liso e sardento e uma virilha coberta de pentelhos ruivos encaracolados dotada de um membro de dimensões um pouco acima da média em especial pelo calibre que eu não havia observado com a devida atenção.
Ele se sentou sobre meu peito esfregando o bruto em meus lábios me chamando de putinha e exigindo uma mamada; ele ainda mantinha o mesmo jeito grosseiro e um pouco abusivo, mas diante daquela pistola linda eu não resisti, tomando-a na boca e mamando com desmedida avidez.
Em certos momentos Isaac segurava minha nuca golpeando contra minha boca impedindo que eu reagisse e não se cansou disso por algum tempo o que resultou em certo desconforto; quando se cansou disso ele se levantou me trazendo com ele; caminhamos para o quarto onde ele se incumbiu de untar todo o meu corpo com um óleo aromático pedindo que eu fizesse o mesmo com ele; depois disso começamos a nos esfregar um no noutro com ele beliscando meus mamilos enquanto trocávamos beijos infindáveis; naquele momento Isaac mudou seu comportamento se tornando mais amável e carinhoso, ofereceu seus mamilos proeminentes para que eu os saboreasse e não perdi a oportunidade de fazê-lo ouvindo seus gemidos.
Ainda em pé continuamos em uma provocação feita de beijos, lambidas e esfregações com ele roçando seu membro contra o meu elevando a temperatura entre nós o que me fez capitular indo para a cama e me pondo de quatro esperando que ele viesse me fuder bem gostoso … e foi exatamente o que aconteceu; Isaac estapeou vigorosamente minhas nádegas até que as sentisse em ardência e logo a seguir começou a esfregar o bruto no rego entre elas vasculhando em busca do botão do desejo; me segurando pelas nádegas Isaac me penetrou com força e profundidade, mas procurando manter um ritmo mais eloquente e menos aviltante; obtendo êxito em me arrombar ele tornou a estapear minhas nádegas que me deixaram arrepiado e enlouquecido de tesão; socando impiedosamente, Isaac exibia uma postura de macho alfa e suas palavras chulas e expressões humilhantes deixavam isso bem claro.
Desfrutando de um prazer alucinante e também de uma ereção impressionante eu pensava que Isaac, para mim, ainda era uma incógnita e mesmo diante de seu desempenho ambíguo eu não conseguia senti-lo como agindo naturalmente; confesso que foi a foda mais delirante que já havia experimentado em minha vida e o desempenho do macho era algo realmente instigante, pois Isaac se usava de uma destreza capaz de me provocar dor e prazer em intensidades distintas e em momentos alternados, algo que jamais havia compartilhado com outro parceiro e assim foi até o momento em que ele se contorceu vigorosamente projetando seu corpo para frente e enfiando o bruto bem no fundo do meu rabo grunhindo e ofegando … senti os jatos de esperma sendo projetados dentro de mim estimulando meu gozo que explodiu despejando sêmen sobre os lençóis.
Ambos gemíamos com voz embargada e respiração entrecortada com o membro de Isaac ainda enrijecido enterrado dentro de mim indicando que o nosso périplo ainda não chegara ao fim. Ele então me fez deitar de lado tomando o cuidado de não sacar o bruto e ergueu minha perna, empurrando meu corpo possibilitando uma penetração um pouco mais profunda; fiquei impressionado quando ele retomou a cópula com sua ferramenta tão dura quanto antes golpeando de modo alucinado. Isaac socava com tanto entusiasmo como se foda tivesse acabado de começar e dado a sua veemência comecei a sentir meu orifício arder e minhas articulações doerem, pois o sujeito era mesmo insaciável ampliando a eficiência de seus golpes com uma dedicação única; e mesmo com as gotas de suor prorrompendo pelo seu corpo lambuzado de óleo Isaac não me dava trégua socando sem parar … a certa altura ele, com tom irônico, me provocou exigindo que eu implorasse por um novo gozo libertador e eu me limitei apenas a sorrir o que o deixou fora de si desferindo golpes cada vez mais rápidos e profundos até que incapaz de resistir por mais tempo Isaac capitulou tremelicando e contraindo involuntariamente seus músculos culminando em um novo gozo me encharcando com seu sêmen quente e viscoso; ofegante ele sacou o bruto meia bomba e desabou ao meu lado … acabamos adormecendo e quando acordei notei que já era madrugada alta; quando tentei me levantar Isaac me segurou de olhos fechados anunciou que eu passaria a noite com ele ...
