Lailinha

Um conto erótico de Julio
Categoria: Heterossexual
Contém 2414 palavras
Data: 10/11/2025 21:35:09
Última revisão: 12/11/2025 01:11:28

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Às 00:50h em ponto, o celular tocou.

- Diga Del - era o marido da Cris, sua cunhada.

Júlio imaginou logo o pior, incêndio, assalto, batida de carro, doença, desastre. Àquela hora Júlio ainda estava na oficina adiantando serviços atrasados: na cabeça de Margá sua esposa o marido demorava assim porque estava fodendo.

Quem lhe dera!

Sem uma pessoa no administrativo e no financeiro da empresa, o Júlio é que se fodia todo dia!

Tinha acabado de jogar a embalagem da pizza que havia comido na lata de lixo, quando o celular tocou.

- Cara, o carro morreu aqui no meio do nada, será que podia dar um socorro?

Por reflexo, Júlio olhou para os dois lados da rua, não havia mais ninguém no comércio a não ser os caramelos revirando o lixo.

- Vai precisar de mais de uma pessoa? Foi grave? - ele perguntou imaginando algum acidente, prevendo dor de cabeça.

Del suspirou do outro lado falando de maneira mais arrastada e baixa:

- Julião, preciso que seja tu cara. Você vai entender quando estiver aqui. Sei que estou extrapolando mas... Não fala com a Margá por favor... Acho que foi alguma coisa com o motor só não identifiquei.

Júlio respirou fundo, catou umas ferramentas que não estavam na picape e seguiu o GPS. Todo macho da cidade conhecia aqueles lados: no mínimo Del comeu alguma puta e ficou preso na estrada, Júlio imaginou dirigindo vagarosamente.

As pousadas e os moteis ficavam mais afastados em uma cidade como àquela os dois viram sinônimos “pequenas pousadas grandes moteis” quase na saída da cidade. Mas Del morava no sentido oposto, vivia com a esposa e a enteada a mais de vinte quilômetros, na cidade vizinha e a não ser que estivesse pegando alguma mulher das redondezas, era estranho que seu Oroch morresse ali.

Júlio, mecânico desde os quinze, nunca vira um Oroch dando pau assim mas pensou “para tudo há uma primeira vez”.

Del piscou com os faróis da Oroch, e o Júlio estacionou.

Ao manobrar no acostamento e saltar do carro, Del veio em sua direção, apertaram as mãos, Del apontou para o veículo mais abaixo. Eles tinham mais ou menos a mesma idade, Júlio com 42, completaria 43 no final daquele ano.

Del era galego, branco, olhos verdes, alto e robusto. Boa pinta.

O capô estava para cima, e uma música pop vinha de dentro do veículo.

- Boa noite... - Júlio disse por costume sem esperar reconhecer a voz de quem respondesse.

O rosto que apareceu pelo vidro do parabrisas lhe tirou um pouco do eixo. Era a enteada do Del, sobrinha de Margá sua esposa, filha da Cris a esposa dele. Julio o encarou, encarou a mulher, e uma tensão criou-se entre todos.

Mas Laila tinha dezoito anos, o mecânico ponderou lembrando até mesmo o nome da menina para quem havia dedicado até aquele momento nenhuma atenção. Júlio calculou baseando-se no nascimento da menina, três anos mais velha.

Rafael, o primeiro filho de Julio, nasceu três anos depois de Laila. Era embaraçoso pensar que aquela dentro do veículo dividiu os cueiros com seu filho e agora estava ali.

- Era isso então - falei.

Del coçou a barba por fazer e brincou com uma típica tirada safada das suas:

- Isso aí meu chapa é viciada em leite na goela - e gargalhou vendo que tinha arrancado um sorriso sincero do mecânico - acostumei ela mal.

O problema no Oroch era fácil de resolver e não levou mais do que quinze minutos, ainda assim porque os dois ficaram de conversinha. Houve um momento que a menina desceu do carro dizendo que precisava mijar. Linda, novinha, o corpinho no ponto!

- Mas vieram parar aqui? - Júlio disse.

Del coçou a cabeça:

- Fogo, fogo meu camarada, pegamos um motel ali embaixo, e quando estávamos voltando, o carro morreu. Tenho horas aqui tentando ajuda.

Realmente o posto mais próximo ficava a uns bons quilômetros quase dentro da cidade.

- Vocês são loucos - Júlio disse com uma pontinha de inveja do amigo. - Mas está feito. Cuidado e juízo da próxima.

Júlio acenou para a safadinha iluminada pela lanterna do celular e o farol. Laila acenou de volta.

Antes de virar-se e seguir para o carro, Júlio emendou:

- Tenho um apartamento fechado - principiou para Del - se quiserem dormir por lá...

Del abriu um sorriso de orelha a orelha "uma mão lava a outra" eles pensaram.

Júlio voltou a picape, ele estava com essa chave do apartamento no porta luvas, tinha comprado a pouco menos de um ano, era de segunda mão como parte da quitação de umas dividas de cliente na oficina. Mas de vez em quando Júlio levava mulher para lá, e por isso havia um colchão de casal no chão e um ventilador de mesa e uma geladeira " para que mais?".

Del percebeu a ruga de duvida na cara do mecânico, porque a Cris, sua esposa embora enfermeira com longos turnos noturnos, podia estranhar a falta da filha e do marido ao mesmo tempo:

- Laila inventa que vai dormir em uma amiga - Del respondeu safado - e eu fiquei preso na estrada. Compreendeu? Amanhã cedo deixo a chave na oficina.

Era incrível! Eles com certeza já tinham feito isso antes. O esquema ali era antigo. Mas o sono já estava encostando e a uma hora daquela Margá devia estar ansiosa dentro de casa.

Como prometido, por volta das sete e quarenta da manhã seguinte, Del mandou mensagem avisando que deixou a chave na oficina. Júlio respondeu com um joinha mas logo a comichão apareceu. Sua vontade era questionar sobre aquele caso com a Lailinha, o mecânico buscou pelo instagram da moça, e suas fotos o deixaram ainda mais interessado.

Margá estava na cozinha quando Júlio entrou em busca de café, e disse de forma displicente com o calendário da geladeira na mão:

- Puxa!

- Que foi? - ela respondeu.

- Cê não vai acreditar ontem eu disse a um amigo que Rafa já estava com dezoito, acho que confundi o nascimento dele com aquela sua sobrinho, como chama mesmo? A filha da Cris?

- Você é um caso sério, Layla, deve ser porque eles fazem aniversário no mesmo mês e dia, e na época que ele nasceu a Lailinha estava aqui com a Cris, lembra? Foi na época do divorcio. Mas quem tem dezoito é a Layla. Rafael completou quinze…

Menos mal, Júlio pensou, ela era maior de idade.

Mas os dias foram se acumulando, trabalho e mais trabalho, alguns meses correram. Até que em casa num final de uma sexta-feira, pronto para sair novamente para bater um baba com a galera.

Margá pergunta:

- Lembra da Laila filha da Cris?

- Que tem? - Júlio respondeu amarrando a chuteira.

- Passou para administração na estadual daqui - disse orgulhosa - mas não tem onde ficar ofereci nossa casa.

Júlio a encarou demoradamente sem acreditar que Margá tinha mesmo feito isso sem consultar ninguém antes. Logo em seguida porém Julio desarmou os ombros e disse que estava tudo bem só se preocupava com a privacidade dos meninos e da própria Laila.

"Até que seria uma boa aquele rabinho rebolando para cima e para baixo por aqui..." ele pensou consigo.

A conversa esfriou aí mas não morreu não, ainda no futebol, entre uma partida e outra fermentou umas ideias.

Mandou mensagem para Del:

“Aquela novinha é caso sério?”

Porque por uma camaradagem entre homens não queria atravessar o amigo:

“Nada, só desafogo”, Delmiro respondeu.

Assim que chegou em casa, Júlio se fez de ofendido com para Margá e a vinda da sobrinha dela para a casa deles. Mas como benevolência da sua parte oferecia um apartamento que estava vazio, onde a menina poderia ficar o tempo que precisasse.

- Mas no inicio Julio, ela vai ficar aqui com a gente. Aliás que apartamento é esse? As casas do centro estão todas alugadas. Que apartamento é esse que eu não sei?

- É um que comprei faz pouco tempo. Não quer também não se fala mais nisso. Foi de uma permuta de dividas.

- Calma homem...

No dia seguinte, sábado, chega mensagem do Del: "Cuide bem da minha bezerrinha hein!", Júlio respondeu com um emogi de sobrancelhas erguidas.

O padrasto de Lailinha porém tinha mais coisa a dizer e o fez sem reservas: "Julião, essa princesa é uma joia rapaz, você vai ver mas não se esqueça dos amigos hein? Olha lá, eu empresto mas não dou."

Júlio ficou um pouco aborrecido com as insinuações, "espera aí quem disse que eu tentaria alguma coisa?", apesar de estar ardendo de vontade de comer. Não respondeu mais nada.

A ressaca estava foda, mesmo com óculos escuros short folgado e cueca velha estava foda e ainda teria trabalho na segunda. Os meninos davam de pinote na piscina do clube enquanto Júlio e uns amigos assistiam a um jogo morno no telão do restaurante do clube.

Margá ficou em casa sofrendo da sinusite crônica. O remédio dopava ela de um jeito que só tinha força para levantar no dia seguinte.

Júlio saía com os meninos Rafa e Peo para evitar que eles vissem a mãe naquele estado. Mas gostava de ficar folgado sem se preocupar com nada. Os meninos sabiam se virar e conheciam bem o clube. Então ele podia ficar na sua, sem aborrecimento. No final da tarde, retornavam para casa.

Não naquele domingo no caso de Júlio pelo menos.

Na mesa estavam: Túlio, trinta e sete anos, pardo, barriga de cerveja, barba feita e cabelo em dias, ergueu o chope em direção a área da piscina.

Tulio cuidava de um par de mulheres aparentemente jovens, deviam ter no máximo vinte e dois, uma morena com uma bela raba, e outra loira perfeita, peitão, bundão e o rostinho de traços finos.

- Conhece? - ele quis saber.

Júlio negou não sabia mesmo. A morena tinha feição conhecida mas a loira Julio tinha certeza, nunca tinha visto antes. Tulio encheu outro copo para si mesmo enquanto o do mecânico ainda estava pela metade.

- São um espetáculo, - Júlio comentou.

Geraldo sentou-se ao seu lado com um prato imenso. Gordo, quase sem pescoço podia ser contratado como dublê do Tony Ramos de tanto cabelo que tinha.

- Servidos? - e riu.

Julio indicou o par na piscina e o Tulio não o deixou no escuro:

- Universitárias, - e cortou um bife suculento - fazem enfermagem na estadual.

Geraldo ergueu as sobrancelhas e varou a piscina com os olhos. Marcelo que cantava a atendente do caixa, vinha num passo manso e sentou-se na cadeira na frente do Geraldo.

- Estão falando nas putas né? Marmanjo quando fala de puta ficam assim babando.

Júlio fingiu contrariedade com a palavra que Marcelo usou mas percebeu também que pelo visto, ele e o Geraldo eram os únicos a não conhecer aquelas universitárias.

- Já comeu? - Tulio perguntou a Marcelo. - Eu estava falando delas mesmo.

- São profissionais mas entendam - Marcelo disse - fazem porque gostam, eu chamei de putas porque no final dá na mesma mas elas não cobram nem um centavo.

- Estão zoando? - disse Júlio voltando a olhá-las bem.

Tulio confirmou:

- Eu dei carona para a galega, - sorriu ao se lembrar - sem brincadeira, recebi uma bela de uma mamada.

Marcelo incentivou:

- Comigo foi mais sério, fiquei uns finais de semana variando entre uma e outra. Nunca teve beijo mas posso garantir que boquinhas de veludo.

Com toda aquela conversa, não demorou para as meninas virem até a mesa como atraídas pelo cheiro. Reconheceram o Tulio e o Marcelo. A ressaca de Julio passou na mesma hora.

- Rapaz vocês são problema - Geraldo disse mas todo esparramado - se Juci sabe de uma porra dessas.

Marcelo levantou para receber as meninas que os cumprimentaram com beijinho no rosto.

- O sol me queimou inteira - disse a loira, chamada Paula - olha para isso Gessica...

Ela puxou o fio da parte de baixo do biquini.

- Paulinha, vamos na fazendo depois daqui? - Marcelo convidou. - O clima lá está bem maia fresco do que quando você foi das outras vezes.

Ela sorriu sem dizer se aceitava ou não.

- Tenho prova, - disse Jéssica - se não eu aceitava esse convite. Vai Paula, aproveita.

Jéssica olhou para Júlio passando a mão pelo antebraço disse:

- Eu te conheço, - falou - você é o mecânico da Marcinha! Minha psicologa, ela fala muito em você...

Júlio olhou bem naqueles olhos castanhos dela.

- Verdade? Marcinha, grande amiga, a tempos não vejo apesar de alugar um ponto para ela. Mas fala bem espero?

Nisso começaram uma conversa que mais parecia um bando de carcarás brigando pela carne fresca. No final, Marcelo e o Júlio levamos a melhor, Tulio ficou de levar as crianças para casa, e Julio se dispus a levar Jéssica para casa. A mulher era facinha, e uma delicia.

Jéssica entrou acomodou-se dando tchauzinho para a amiga que acabava de entrar no corola do Marcelo, e pousou a mão na altura da coxa do Júlio:

- Eu não disse lá na mesa mas a Marcinha me contou que seu apelido é Julio Caralhão...

O mecânico gargalhei arreganhando mais as pernas e manobrando para fora do clube.

- Desde então eu sempre quis conferir, - ela disse.

- Então hoje é seu dia de sorte - “e meu também” ele pensou.

Parece brincadeira de tão fácil né não?

Mas a safada caiu de boca mesmo, engoliu o pau com gosto, mamou gostoso por metade do caminho, sem frescura, Julio interrompeu só para estacionar no acostamento. A safada encapou o caralho duro, e montou. Foderam ali mesmo. Com o dia já se tornando noite. A xana tão macia quanto a boca. Ela montava bem mas Júlio estava a dias sem foder e queria meter com força então a deitou no banco do passageiro e fodeu a safada com gosto a tempos a Hiluxy não balançava tanto! Jéssica era uma delícia, os peitos com mamilos escuros, a vagina lisinha mas bem inchada, aquela cavala era acostumada a montar e ser montada. Mas quando Júlio gozou a primeira pessoa que veio a sua cabeça foi a Lailinha!

Assim que Jéssica desceu do carro na porta de casa, o celular tocou. Na tela o nome "Cris", transmissão de pensamento Julio disse consigo mesmo colocando no viva-voz.

- Meu querido, - Cris o tratava assim - teria como indicar alguém que possa fazer a mudança da minha Laila? Eu vou estar de plantão e meu carro é um ovo. E daqui da cidade ninguém faz esse frete por um valor justo. Os fretes estão um horror de caros, o Delmiro viajou com a Oroch e só volta no final do mês...

Era a oportunidade inicial perfeita.

- Minha cunhada, tenho um cliente por esses lados, posso trazer a minha sobrinha e o que ela tiver para trazer, o carro é grande.

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