Mansão Carmo

Um conto erótico de Deco Moreira
Categoria: Grupal
Contém 1650 palavras
Data: 10/11/2025 16:48:18

O portão da Mansão Carmo havia rangido, mas o som fora logo engolido pela euforia dos catorze amigos, uma celebração ruidosa da juventude e da liberdade. A semana de reclusão no campo seria uma semana de excessos, com o sol a testemunhar a descida da noite.

Com as horas, a mistura de álcool e fumaça doce da erva tornava o ar pesado no salão. A dinâmica do grupo, antes baseada em anos de amizade, agora era alimentada pela atração. Os olhos de Daniel, mais reservados, buscavam insistentemente os de Helena, a mais expansiva, e ela respondia com risos que não se dirigiam apenas às piadas. Lucas e Sofia, apesar de namorados, usavam a briga sobre a música como desculpa para toques intensos, deixando claro que os limites estabelecidos na cidade não existiam ali.

Na mesa de bilhar, Leo, com seu corpo de atleta, aproveitava a proximidade com Marina, de cachos vermelhos. O jogo era uma farsa; cada movimento era calculado para um toque, um roçar. A tequila tornava a pele mais sensível.

Bia falava sobre uma viagem, mas sua atenção estava em Thiago, que ria alto, o cheiro de suor e colônia se misturando. Ana sentou-se perto, a cabeça no joelho de Bia, e a familiaridade do gesto se transformou em algo mais denso.

Quando a música cessou, o silêncio ampliou a tensão. O som do gelo nos copos parecia um tambor.

Pedro voltou da cozinha, trazendo mais garrafas. Ele passava os olhos pelo grupo, avaliando as conexões, e parou em Júlia, sozinha na varanda. Pedro pensou que aquela noite pertencia a eles e que segredos não existiriam mais naquela casa, apenas a liberdade de ser quem quisessem. Júlia sorriu, não apenas para ele, mas para a sala cheia de corpos aquecidos, de desejo.

O primeiro a ceder foi Leo. Ele largou o taco e, sem aviso, empurrou Marina contra a borda da mesa de bilhar. As mãos dele desceram para a cintura dela. Marina não resistiu, sua boca se abrindo em um suspiro que se perdeu na sala.

A cena serviu como um catalisador. O resto do grupo observava, paralisado, e então, inspirado.

Thiago, vendo a boca de Bia úmida enquanto ela observava Leo e Marina, não hesitou. Ele a puxou do sofá, beijando-a de forma possessiva. Ana, ainda no chão, pegou a mão de Bia e a puxou, transformando o beijo em um trio. Os corpos caíam juntos no estofado, roupas sendo puxadas, a urgência substituindo a conversa.

A promiscuidade se espalhava como fogo. Daniel finalmente avançou em Helena, empurrando-a contra a parede. Ele não queria parar.

No meio do salão, Pedro e Júlia se beijavam, mas o olhar de Júlia estava em Lucas, que assistia, a mão de Sofia ainda em seu pescoço. Lucas sentia uma atração poderosa e desconhecida por Pedro. Júlia percebeu a hesitação de Lucas e sorriu para ele. Pedro entendeu o convite.

Ele soltou Júlia e caminhou até Lucas. Pedro mal conseguia respirar, a pulsação batia nos tímpanos. Ele queria Lucas, queria o corpo de Sofia, queria Júlia. Aquele era o começo da grande orgia que prometeram a si mesmos. Lucas, soltando Sofia, correspondeu ao beijo de Pedro com uma voracidade que surpreendeu a todos, inclusive Sofia, que observava, a excitação subindo em ondas. Ela então riu e se juntou ao beijo. A casa estava cumprindo sua promessa de libertação.

O beijo quádruplo no centro da sala, unindo Pedro, Júlia, Lucas e Sofia, foi o sinal verde para o caos. O som de respirações ofegantes, tecidos rasgando e gemidos abafados tornou-se a trilha sonora da Mansão Carmo. O grupo não estava mais observando; estava participando.

Leo e Marina, na mesa de bilhar, intensificaram o ritmo, o corpo de Marina arqueando sob a pressão dele, os cachos vermelhos se espalhando sobre o feltro verde. Hugo e Isabela, que se mantiveram tímidos até então, assistiam por um instante antes de se atacarem com uma fúria reprimida perto da lareira fria.

A sala se transformou em uma cama desordenada de membros entrelaçados.

Daniel e Helena, na parede, moviam-se com uma urgência quase violenta. Helena gemia no ouvido de Daniel, a mão dela puxando o cabelo dele com força, exigindo mais. Eles se separaram apenas para que Helena pudesse pegar a mão de Catarina, que passava, e a puxasse para o calor da parede. Daniel observou, a atração por Helena não diminuindo, mas se ampliando com a chegada de Catarina. A linha entre desejo individual e prazer compartilhado era a primeira a ser derrubada.

A orgia não se limitou ao salão.

Tiago, Bia e Ana, exaustos pelo primeiro embate, subiram as escadas em direção aos quartos. No corredor escuro, eles encontraram Rafael e Fernanda já enlaçados no chão, as portas abertas indicando quartos vazios. O grupo de cinco se olhou em um reconhecimento mútuo, e as roupas que ainda restavam foram descartadas. O corredor se tornou um novo palco, a promessa de promiscuidade sendo cumprida em cada canto da mansão.

No quarto principal, com vista para o lago, o quarteto de Lucas, Sofia, Pedro e Júlia se rendeu a todas as combinações. A atração entre Lucas e Pedro, que havia sido o estopim na sala, era a força motriz. Sofia e Júlia agiam como mediadoras e participantes, o prazer feminino servindo de lubrificante para os encontros entre os homens. Lucas sentia o calor de Pedro em uma parte de si que ele mal sabia que existia. Sofia, vendo o prazer de Lucas com Pedro, sentia a própria excitação subir. As mãos se moviam de um corpo para o outro, sem ciúme, apenas fome.

A mansão respirava o cheiro salgado do suor e da pele aquecida. O som era uma mistura rítmica de batidas, gemidos, e o deslizar de corpos. A promessa era simples: qualquer um, em qualquer lugar, a qualquer hora.

No meio da noite, não havia mais pares ou grupos definidos. Eram catorze corpos jovens, bonitos e cheios de vida, explorando os limites uns dos outros na escuridão quente do campo. A mansão não era um lar; era um ninho de desejo.

O ar da Mansão Carmo estava saturado. Não era o cheiro da bebida derramada ou da fumaça, mas a essência concentrada do desejo: um perfume metálico e salgado que vinha da pele aquecida, do suor evaporando em ondas quentes.

No quarto principal, o quarteto de Lucas, Sofia, Pedro e Júlia formava um nó tenso e úmido.

A textura dominava a cena: a aspereza do lençol amassado e encharcado contrastava com a maciez das coxas de Sofia e Júlia, que se moviam em sincronia. Lucas sentia a firmeza do músculo de Pedro sob a mão, um toque inesperado que vibrava com uma atração inédita. A pele de Lucas era um pouco mais pálida; a de Pedro, com um toque aveludado, roçava na barba por fazer de Lucas, criando um atrito que o fazia arfar.

Os cheiros eram íntimos. O desodorante fresco de André e Pedro havia desaparecido, substituído pelo odor mais animal da testosterona, amplificado pelo esforço. Júlia, com o cabelo escuro grudado no rosto, exalava um perfume doce por baixo da intensidade do suor, um contraponto que enlouquecia Lucas. Sofia, por sua vez, sentia o hálito quente de Pedro em sua nuca enquanto ele o penetrava por trás, e a textura dos cabelos de Lucas roçando em sua coxa enquanto ele se movimentava com Júlia ao seu lado.

A pulsação era constante. A sensação de dois corpos masculinos se unindo era uma descoberta eletrizante, e a presença das mulheres servia para tornar a experiência uma celebração de todas as possibilidades.

Daniel, na sala de estar, pressionava Helena e Catarina contra os degraus da escada. Os dentes de Daniel roçavam o ombro de Helena, sentindo a pele arrepiada pelo prazer e pela leve dor. Helena sentia a respiração pesada de Catarina em seu pescoço, o cheiro forte de gin e boca, uma mistura que a levava ao êxtase. A aspereza da madeira da escada sob as costas das meninas era um lembrete físico do ambiente que as libertava.

Toda a mansão havia se transformado em uma membrana sensorial. O som de corpos se chocando era abafado pelas paredes grossas, mas dentro de cada quarto, o eco dos gemidos ritmados, o som úmido do atrito e os suspiros de exaustão tornavam a noite ainda mais crua.

A promiscuidade não era apenas sobre os atos, mas sobre a entrega completa aos sentidos: o calor escaldante da pele contra a pele, a urgência dos cheiros, e a vertigem das texturas desconhecidas que se tornavam, na escuridão daquela noite, as mais familiares.

A pulsação frenética que dominara a mansão atingiu seu limite. Não havia mais esforço, apenas a inevitabilidade da queda. Os homens e mulheres, em seus diversos enlaçamentos pelos quartos e corredores, alcançaram o ponto de não-retorno em uma onda coletiva.

Os corpos masculinos se enrijeceram em uma tensão final. Os gemidos guturais de Pedro, Lucas e Daniel ecoaram, abafados pelos lençóis e pelas bocas abertas. Eles sentiram a explosão interna, o gozo quente inundando os corpos femininos com uma abundância exaustiva. As mulheres recebiam a torrente com uma mistura de gritos e suspiros profundos. A pele de Helena e Sofia ficava úmida e escorregadia, o calor da descarga se espalhando.

As mulheres, por sua vez, tremiam. Os espasmos de Júlia e Marina eram longos e intensos, seus corpos se curvando em arcos de prazer descontrolado. O líquido interno, misturado ao dos homens, escorria pelas coxas, manchando o tecido do sofá, o lençol e o chão frio. As mãos femininas, úmidas e exaustas, agarravam os ombros masculinos em busca de apoio enquanto a força as deixava.

Havia sêmen por toda parte. Nos lábios úmidos de Ana e Catarina, que haviam provado o sabor salgado da promiscuidade. Nos seios suados de Isabela e Fernanda. Nos interiores femininos e masculinos, onde o calor do clímax se assentava.

O cheiro metálico e potente do prazer final era o único perfume restante.

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