Aulas Particulares 12 - Conclusão: Bem-vinda de volta ao Futuro!

Um conto erótico de Jorge Luís
Categoria: Heterossexual
Contém 4021 palavras
Data: 10/11/2025 07:30:38

É meio difícil começar me despedindo de vocês, mas tudo quem um começo e um fim. Eu planejava só contar a minha primeira aventura com a minha mulher, mas acabei escrevendo as coisas que experimentei depois. E quer saber!? Foi bom. Foi bom passar esse tempo com vocês, porque esses 11 capítulos foram a parte que antecederam o “felizes para sempre”.

Não tem muita graça contar o “para sempre”. Porque o “para sempre” não é uma equação resolvida pela mente. O para sempre é o sinal de que tudo foi consumado. O “para sempre” , no meu caso, significa que eu aprendi a lição de não me meter nas furadas que eu deixei me meter só porque minha cabeça de baixo falou mais alto algumas vezes. O equilíbrio estável não é um ponto. É uma dança. E eu , Jorge, estava começando a aprender os passos. Assim é a vida, gente. E decidir ficar com a Geísa ganhou um novo sentido. Mais profundo. Mais complexo. E com certeza, ela nunca mais teve o mesmo Jorge.

Bem, vamos para o fim dessa história. Obrigado por chegar até aqui.

Depois que Cavalieri me deixou com as pastas para analisar o projeto que estava desenvolvendo, eu me esparramei no sofá, procurando respostas que estavam soltas no que ele falou. E comecei a juntar as partes do quebra-cabeça que envolviam minha vida. Tinha uma leve desconfiança, mas não podia tirar conclusões precipitadas. Porém, comecei a julgar se aquela vida era o que realmente eu tinha que viver ou se alguém tinha tudo programado pra mim.

De qualquer forma, algumas coisas que ele me disse faziam muito sentido e eu precisava me afastar de Madeleine o quanto antes, se realmente terminar o que comecei. Foi então que decidi que, custe o que me custasse, eu não poderia manter alguém como segunda opção só porque ela não se respeitava a ponto de lutar com alguma dignidade para ter alguém do lado. Mas eu a magoei também, porque eu não soube me decidir sozinho. Era pra eu ter pulado fora da República quando ela começou a investir pesado em mim.

Fui dormir com a mente cheia de planos que não eram meus, mas cabia a mim decidir abraçá-los como parte do processo de construção do meu futuro. Do outro lado da parede, dormia a pessoa que queria uma aventura intensa, mas estava machucada pela batalha que não tava sozinho. Madeleine levantou primeiro que eu, já estava passando o café antes de irmos para o Instituto.

Ainda que formalmente, fiz questão de cumprimentá-la com um bom dia, ao que me respondeu secamente.

Madeleine: Jorge.

Eu: Antes de ir, eu precisava conversar uma coisa com você.

Madeleine: Acredito que tudo que eu precisava saber de você e sobre você já está muito claro, mon cher. Você não é um homem que luta por ideais próprios. Nem um que honre dignamente o que tem entre essas pernas.

Eu: Qual foi a escolha que você me deixou, Madeleine!?

Madeleine( Voz embargada ) : Ainda estou sentindo a dor daquele tapa! E do seu chute! Você negou o tempo inteiro aquilo que não só seu corpo, mas seu coração sentia! Eu achei que estávamos conectados.

Eu: Como você tem coragem de dizer que estávamos conectados !? Madeleine, você sabia que eu estava comprometido e mesmo assim você se rebaixou a uma posição que você não merecia! Eu nunca te colocaria numa posição como essa! Eu não acho que alguém deva ficar numa posição com essa!

Madeleine: Essa sua relação com aquela mulher é muito pior que a que temos! Muito pior!? Acha que eu não ouvi os sons de êxtase e obsceno que ecoaram através das paredes!? Você não é fiel a uma garota! Você é uma propriedade cara, com privilégios, mas está preso a uma pessoa que , na melhor das hipóteses, nem sabe o tipo de homem que aguarda pela chegada dela. Você não está em posição de dizer que eu me desvalorizei.

Eu: Talvez não. Mas eu estou onde sou responsável pela minha escolha. E deixe eu te dizer uma coisa!? Posso dizer!? Ou vai fingir ser vítima!?

Madeleine: Vamos. Vai em frente!

Eu: Gostaria de ter me envolvido com você em uma outra situação. Não seria justo com A Geísa, nem com você, se te colocasse nesse rolo que me meti. Mas acontece que eu gosto da minha namorada…

Madeleine: Hahahahahahaha! Vocês se merecem! Você é SUJO!

Eu: Eu seria mais limpo com você!?

Madeleine: Estou numa posição melhor que a que você se encontra. Eu sou livre! Você é um eterno escravo das suas escolhas.

Eu: Mentira.

Madeleine: Ah, mentira!? Então termina com ela e decide ser você por você mesmo, sem aquela mulher nem ninguém monitorando seus passos. Dependa unicamente da sua inteligência, dependa dos seus instintos, dependa…- começou a chorar - dependa do seu coração!

Ela tentou sair de cena mas eu a agarrei pelo braço. “Não vai!”

Madeleine: O que você quer de mim, Jorge!?

Eu: Então você estava mesmo gostando de mim, não é!?

Madeleine: Hahahahahahahahaa!

Eu: Vai fugir com esse argumento de puta!? Uma risada de autocomiseração!

Madeleine: E se for!? O que isso importa? Eu não escolhi gostar de você. Você…

Eu: Eu o quê!?

Madeleine: Você me fez responder à sua solidão!

Eu( Larguei o braço dela): quando eu te conheci, não estava confuso. Nem sabia o quanto eu estava sendo vigiado, aqui. De qualquer forma, eu sinto muito. Eu sinto mesmo.

Madeleine: Sinta por você. Não vale a pena mesmo. Afinal de contas, eu sou apenas A OUTRA!

Eu: Você nunca foi minha outra. Você criou essa posição para querer receber o que eu sentia por outra pessoa. Ou só queria meu corpo. Mesmo que me envolvesse contigo por uma noite, uma que fosse, a minha consciência jamais me deixaria em paz.

Madeleine: Que bonitinho. Estou comovida. Por sua culpa, minha estadia aqui está comprometida!

Eu: Como assim, compromet… espera: então foi você quem me denunciou!?

Madeleine: Seu guarda-costas é bem forte. Parabéns! - Ela parou na porta, seu corpo ainda tenso. Não se virou, mas sua voz perdeu um pouco da frieza.

Madeleine: Se eu denunciei? Talvez. Ou talvez apenas deixei claro para certas pessoas que sua estadia aqui beneficia mais interesses do que os meus.

Ela se virou lentamente com um sorriso amargo.

Madeleine: Sabia que Cavalieri trabalha para o tio da sua Geísa? Que tudo isso – a vaga, o alojamento, a "proteção" – faz parte de um acordo para manter você longe de mim e perto dela?

Minha expressão de choque a fez rir com frieza.

Madeleine: Ah, não sabia? Cavalieri não te contou que é primo de Geísa? Que foi pago para te "proteger" de mulheres como eu?

Ela pegou sua bolsa, mas antes de sair definitivamente:

Madeleine:Parabéns, Jorge. Está mesmo cercado de pessoas “sinceras". Pelo menos eu nunca menti sobre o que queria.

Na porta, parou sem me olhar.

Madeleine: E sim, gosto de você. Mas gostava mais de mim. E por isso vou embora. Aprenda com isso: às vezes a pessoa que você chama de "puta" é a única honesta no seu circo particular.

Eu: Madeleine... nada do que você disse faz o menor sentido. Nada mesmo! Eu não decidi por manter-me fiel à Geíza por ser vigiado. Sinceramente, me colocar como desonesto não é algo que você tem moral pra me dizer!

Ela parou na porta, seu corpo ainda tenso. Não se virou, mas sua voz perdeu um pouco da frieza.

Madeleine: Moral? Você está certo, Jorge. Não tenho moral alguma- ela finalmente se virou, e vi que seus olhos estavam vermelhos - mas pelo menos fui honesta sobre minha desonestidade. Enquanto você... você se esconde atrás de fingir que é o homem fiel, quando na verdade é apenas um homem assustado.

Ela deu um passo à frente, voz trêmula.

Madeleine: Você não escolheu Geísa por amor, Jorge. Escolheu por medo. Medo do que poderia ser se realmente se permitisse sentir algo por mim. Medo de enfrentar aquela mulher que controla sua vida. Medo de ser... livre.

Antes que eu pudesse responder, ela continuou.

Madeleine: E sabe qual é a parte mais triste? Eu entendo seu medo. Porque eu também tenho medo. Medo de ter me apaixonado por um homem que prefere uma gaiola dourada à possibilidade de ser realmente feliz.

Ela abriu a porta.

Madeleine: Adeus, Jorge. Espero que um dia você encontre coragem para ser honesto consigo mesmo. Pelo menos com você.

Ela saiu. E desta vez não voltou. Eu peguei meu café, tomei sem me importar se queimaria minha língua, voltei pro quarto, me arrumei e fui embora pra pegar ainda a primeira aula. Só que ela não apareceu. Cavalieri, o sabe-tudo, inclusive da minha vida, me perguntou do paradeiro dela.

Eu: Acho que seu tio reitor vai detalhar com maior riqueza pra você.

Cavalieri: Como você sabe que meu tio…? Madeleine disse isso a você, né?

Eu: Cavalieri, vamos sentar e olhar nos olhos um do outro!? O que é que você não sabe a meu respeito!? Me fala!

Cavalieri: Algumas coisas não são possíveis de esconder para sempre. Bem: diferente de você, todo o meu futuro foi projetado, cuidadosamente orquestrado, para suceder o legado do meu pai. Sempre estudei nas melhores escolas, sempre fui um… gênio.

Eu: Qual a conexão entre você e a Rosane!?

Cavalieri: Ai, ela vai me matar… okay. Rosane e eu somos primos. Sua sogra tem família de militares. Tanto é que casou com um militar. E você, ilustre amigo, caiu de paraquedas neste círculo familiar. E ela pediu pra eu cuidar do meu futuro priminho.

Eu: É, eu nunca suspeitaria.

Cavalieri: Agora me confessa uma coisa: Rolou ou não algo entre a Madeleine e você naquela República!?

Eu: O que é que você acha!? Se sua prima veio para cá foi porque eu pedi ajuda!

Cavalieri: Ah, fala sério! Qualquer calouro gostaria de ter estado no seu lugar. Não sentiu nem um pouco de atração por ela?

Eu: É atraente em todos os sentidos: presença, inteligência… beleza.

Cavalieri: E o que foi que te impediu!?

Eu: Geísa. A Madeleine tentou de tudo. Apelou ao extremo.

Cavalieri: O que quer dizer apelou ao extremo!?

Eu: Ah, deixa pra lá. Só posso te dizer que ela não se importou em querer ser a outra. Mulher quando quer uma coisa, se submete a fazer coisas que até o Diabo duvida.

Cavalieri: Ela chegou a entrar no seu quarto e se enfiar no seu colchão, aguardando você chegar!?

Eu: Não. Mas ela tentou fazer sexo comigo enquanto eu tava no telefone com sua prima. Aí eu a chutei pra longe!

Cavalieri: Meu DEUS! Ela… te bolinou?

Eu: Foi. Neste último sábado.

Cavalieri: Se tivesse rolado, como você acha que olharia na cara da minha prima!?

Eu: Cara, provavelmente eu não conseguiria esconder. Eu não escondi nem da sua tia.

Cavalieri: Sua vida aqui estaria arruinada. Meu pai só acreditou em você por conta da defesa da Rosane. A Imagem da instituição não poderia ser maculada por um escândalo. Por isso, você estava sendo vigiado. Madeleine é o primeiro de muitos testes na sua vida. E você passou raspando… assim!

Eu: E o que vai acontecer com ela!? Ela vai embora daqui!?

Cavalieri: Isso só ela pode decidir. Mas o importante é que ela está mudando de República, né!? Seria totalmente insustentável a essa altura dos acontecimentos, ela permanecer debaixo do mesmo teto que você.

Eu: Entendi. Mas então a oferta pra participar daquela equipe… morreu, né!?

Cavalieri: De maneira alguma! Eu sinto que você é promissor, e certamente sua presença é inquestionável!

Eu: Então eu… eu topo.

Cavalieri: Bem-vindo à família! Então, o que achou do material que te enviei?

A conversa durou tempo o suficiente para me dar sono. Aquele cara fala em números como se fala em mulher. É um gênio tarado pela matéria. E assim, a semana passou bem devagar, até a sexta-feira à noite.

Eu estava trabalhando sozinho, iluminado apenas pela luz azulada de monitores.Oivi a maçaneta da porta se mover, mas não me virei pra ver quem era. Mas o perfume e a presença encheram o ambiente de uma maneira que eu não poderia me enganar: Madeleine aparece na porta, segurando um gravador mp3. Seu rosto está pálido, mas resoluto.

Madeleine(Pousa o gravador sobre uma mesa):

Tudo aqui. Cada confissão noturna, cada momento de fraqueza, cada segredo que Rosane te obrigou a guardar. E agora seu relacionamento com Geísa está nas minhas mãos.

Eu: Já devia ter feito isso há mais tempo.

Madeleine(Gargalha secamente): Pensou que seria chantagem? Que eu diria 'deixe-a ou destruirei você’? - avança lentamente até minha mesa - não, mon cher. Isto é presente de despedida. Para ela... e para você - ela gira o pendrive entre os dedos.

Madeleine: Geísa merece saber que ama um homem que beijou outra mulher enquanto falava com ela. Que dormiu com a sogra antes mesmo de tê-la. Que é vigiado como um adolescente. E você... você merece ser visto por completo. Sem proteções.

Eu(Enfim, eu me viro para ela): Então envie. Fique à vontade.

Madeleine(Surpresa): o quê!?

Eu(Ergo-me e vou até ela): Você me mostrou algo precioso, Madeleine. Que até na minha desonestidade... eu fui honesto com você. Envie para ela. Ou me dê o mp3. Eu vou contar tudo , pessoalmente.

Eu estendo a mão, pedindo o mp3, mas ela recua e o cerra entre seus dedos. Uma ponta de dúvida começa a fazer ruir sua imponência.

Eu: Me dê. Vou levar para Geísa amanhã. E direi que foi você quem me deu coragem para finalmente ser inteiro.

Madeleine(Recua, confusa): De onde você tirou essa coragem!? Isso aqui destruirá tudo que aquela garota idealizou a seu respeito.

Eu: Ou construirá algo real. Você não disse que eu tinha medo da verdade? Não mais - suavizo a minha voz - obrigado por me mostrar que a única prisão real era meu silêncio.

Madeleine segura o mp3 com força, então o joga na lixeira. Seus olhos começam a marejar, sua postura ameaçadora dá lugar à fragilidade.

Madeleine(Voz embargada): Merde. Você... você realmente mudou.

Eu: E você ainda é a mulher que preferiu minha honestidade à minha lealdade. Isso é algo raro.

Madeleine(Ela se vira para ir, mas para na porta): Sabe, eu realmente te amei. Do único jeito que sabia - possessivamente, destrutivamente - um suspiro - ela tem sorte. E você... finalmente é livre.

Finalmente, Madeleine pegou seu rumo e me deixou definitivamente. E novamente , a sós, peguei o dispositivo do lixo e o quebrei. Voltei a sentar na mesa, olhando para o nada, e soltei um suspiro profundo.

Mais tarde, na República, recebi uma ligação do Cavalieri.

Eu: Diga aí, primo!

Cavalieri: Madeleine está indo pro aeroporto. Vai voltar pra Palaiseau.

Eu: Como é!? Eu acabei de estar com ela, no laboratório!

Cavalieri: Como assim, estava com você!?

Eu: Ela mostrou um gravador mp3, dizendo que tinha ali todas as nossas conversas, ameaçou de entregar pra Geísa, e tudo o mais!

Cavalieri: Bem que você tinha dito que mulher, quando quer, nem o Diabo segura!

Eu: não foi bem isso que eu falei, hahahahahaha, mas tá valendo!

Cavalieri: Seu teste, então, foi concluído.

Eu: Não me admiraria se soubesse que essa garota também foi paga de propósito para me testar.

Cavalieri: Mas duvido que essa variável você suspeitava desde o princípio!

Eu: Só quero saber de uma coisa: Qual foi a mentalidade que teve a brilhante idéia de maquinar essa porra toda contra mim?

Cavalieri: Preciso dizer quem é!? E a propósito…

Eu: Ela não é francesa, nem veio de Palaiseau… puta que pariu, mas vocês são foda, mesmo!

Cavalieri: Hahahahahahahahahahahaha! É… deixa quieto, vai.

SÁBADO, 15h20.( FINAL )

Mal preguei os olhos naquela madrugada. Acho que tomei banho umas 3 vezes antes de rumar para o aeroporto, pra poder reencontrá-la. Geísa emergiu da porta de desembarque. Fiquei parado, as mãos nos bolsos, encarando-a como quem encara um espelho depois de muito tempo.

Geísa( Pára a dois metros do meu corpo, a mala rolando suave no chão): Então…

Eu( dei um sorriso ): Então.

Geísa(Os olhos percorrem seu rosto, descem ao pescoço, voltam aos seus olhos):Você cortou o cabelo?

Eu: Raspei as arestas. Todas.

Geísa: Só as do cabelo?

Eu(Um passo à frente):As que importavam. As que doíam.

Geísa( estende a mão, toca a gola da camisa que havia me dado): Está usando a que eu te dei.

Eu: É a única que não me aperta.

Naquela hora, parecia que tudo que fluía ao nosso redor havia parado. Eu a olho de cima a baixo. Está mais magra, trajando um vestido rosa, os cabelos cacheados, o decote favorecia a minha visão. Ela chegou mais perto. Envolveu meu pescoço nos braços, pousou seus lábios sobre os meus. Tomei-a com vigor pela cintura. Retribuí com igual volúpia.

Geísa: Sabe que pensei que você iria desistir de tudo!?

Eu: Suponho que não precise te contar o que aconteceu.

Geísa: Diz isso pelo meu primo!? Negativo. Você vai me contar tudo!

Eu: Okay. Eu conto. Mas eu queria que soubesse de uma coisa.

Geísa: O quê!?

Eu: Toda tempestade revela o bom marinheiro. Toda turbulência revela o bom piloto. No meio de tudo que eu passei, eu decidi por aquilo que realmente vale a pena sofrer.

Geísa: Eu sou sua tempestade!? Eu não entendi!

Eu: Sempre foi. Desde quando entrei na sua casa. Quando enfrentei seus pais. E quando decidi vir pra cá. Sem isso, eu não descobriria o homem que tava aqui dentro. E quando achei que não teria forças pra resistir, na sua voz eu achei o caminho de volta. Porque eu confesso que quase me perdi.

Geísa: Você pensa que eu não tive incerteza, que não me perguntei se valia a pena!? A minha mãe também me testou.

Eu: O QUÊ!?

Geísa: É uma longa história. Eu fui pra academia, pra me cuidar pra quando te visse, ela… armou uma situação colocando um cara pra cuidar de mim como personal.

Eu: Sua mãe joga pesado, hein!

Geísa: Olha, ela não dá ponto sem nó. Ela colocou um cara perfeito, atencioso, bom ouvinte, mas não chegou ao mesmo ponto que a Madeleine…

Eu: Você sabe!?

Geísa: Acha que a minha mãe não me contaria!?

Eu: Se ela não tivesse te contado, eu contaria.

Geísa: Eu sei. Madeleine me disse.

Eu: E agora, o que você quer fazer!? Você vai desistir de mim? Se for, eu tô pronto pra…

Geísa( me deu um tapa no rosto) : Filho da puta!

Eu: Geísa, eu…

Geísa ( outro tapa) : Desgraçado!

Eu( os olhos deixaram trair pelas lágrimas) Não vou te segurar. Vai lá!

Geísa: Eu não sei por que eu ainda sou louca por você depois de todos esses dias!

Eu: Posso falar!?

Ela enterrou a cabeça no meu peito e descarregou toda a emoção. Eu não aguentei e fiquei imóvel, diante de tudo. Ia fazer o quê!?

Geísa: Me abraça, idiota! A minha me contou até da hora que ela foi se esfregar em cima de você e você jogou ela no sofá! Contou tudo! Eu sei de tudo! Sei que você recusou a proposta do Cavalieri, de mudar de República…

Eu: Mas se eu fosse pro alojamento do Instituto…

Geísa: Aquilo foi outro teste! Você complicou tudo e depois se descomplicou sozinho!!!

Eu: Eu só fiquei pra poder receber você, ficar contigo até quando você fosse realmente pra São José dos Campos.

Geísa: Ela poderia ter invadido o quarto enquanto você dormia. Até a chave ela tinha. Você contou tudo de nós para ela. E se realmente você não tivesse ajuda pra se safar da denúncia!?

Eu: foi um risco que escolhi correr. E se fosse numa empresa, e se fosse longe dos olhos da sua mãe, do seu primo, e…

Geísa: E se fosse comigo!? O que você esperaria de mim!?

Eu: Tem muita coisa que se eu pudesse, faria diferente. Mas eu sempre tive certeza de uma coisa: que você estaria me esperando. E eu só decidi pagar pra ver seu sorriso de novo. Poder te ter em meus braços de novo. Eu não pensei um momento que você estivesse me enganando.

Geísa ( olha pra mim com o rosto vermelho): Idiota. Eu nunca me permitiria chegar a tal ponto. Mas que bom que você achou o caminho de volta pra mim!

Eu: Me perdoe… por causar essas lágrimas!

Geísa: Fazer o que, né! No fim das contas, você passou no teste! Raspando!

Eu: Amor…

Geísa: Quê!?

Eu: Tá todo mundo olhando .

Geísa: Aí, que vergonha!

Eu: Vambora?

Geísa( Enxuga as lágrimas, pega uma toalha e limpa o rosto) : Viu o que você faz? Bora!

Quando enfim chegamos ao apartamento, após um belo banho, Geísa fez só estender o corpo e tirar uma soneca até o pôr do sol. Antes que ela acordasse, eu saí pra comprar um lanche pra nós. Porém, na volta, quando abri a porta do quarto, ela já estava de Baby Doll, produzida, e pela primeira vez depois de um longo mês de espera , pude contemplar seu corpo sendo despido lentamente, até revelar uma tatuagem de coração ou pouco acima da virilha.

Geísa: Tô com fome.

Eu: Eu trouxe a pizza.

Geísa: Não é essa fome, bobinho…

Eu quase deixei a pizza cair, quando ela me envolveu pelo pescoço e lançou-me um beijo voluptuoso. Meu membro havia dado um violento sinal , meu corpo entrou em ebulição, Geísa me jogou na cama, caí de costas no colchão, e ela tomou o controle de toda a transa: despiu-me na parte de baixo, curvou-se sobre mim e tomou-o ( meu membro ) em seus lábios. Como estavam famintos, vorazes!

Geísa: Saudade que eu tava dessa pica! E pensar que aquela piranha colocou as mãos aqui! Ela não colocou a boca, né!?

Caralho , Rosane quebrou meu galho! Cavalieri também.

Eu: Não, eu chutei ela. Lembra!?- menti, sim. Menti pra não piorar mais pro meu lado.

Geísa: Ainda bem! - mamou demoradamente - essa pica é minha. Você entendeu!? Toda minha. Assim como eu, que sou toda sua.

Eu: Então me usa do jeito que você quiser!

Geísa: Tudinho!? Jura!?

Eu: Claro… Haaaaaaaaaaaannnn! O que você fez!? - Ela enfiou um dedo em mim!

Geísa: Nossa, bem que me disseram. Vocês são muito mais sensíveis! Olha esse brinquedo, como ficou mais duro!

Eu: Podia ter me avisado!

Geísa: Hahahahahahahahahaha, e você deixaria!?

Eu: É. Eu não sei…hehehehehe!

Geísa: Eu vou comer você todinho, hoje - dizia, enquanto fodia-me com os dedos, e mamava minha tora com voracidade.

Eu: Vem, fica por cima, eu preciso do seu fruto!

Nos fodemos em 69 até um gozar na boca do outro. Ela não me deixou descansar. Beijou-me, por cima de mim, até meu pau que tava meia bomba voltar a subir. Nem demorou. Quando ele voltou a potência máxima, ela enterrou-o dentro de si e começou a cavalgar lentamente, progredindo o ritmo entre beijos, sugadas nos seus mamilos intumescidos, começou a gemer de tesão, a filha da puta rebolava e quicava por cima de mim, me levando à loucura. Cavalgou até cansar. Depois eu a coloquei de quatro e fodi-lhe o cu com a língua.

Geísa: Saudade dessa boca quente! Não pára, cachorro!

Mandei ela deitar de bruços, ela empinou seus glúteos e finalmente preenchi seu rego com minha masculinidade. Mordi seu pescoço suavemente, e então ela buscou meus lábios para um beijo selvagem, sem mistério, sem virtude.

Geísa: Pode ir quando quiser! Eu já gozei.

Acelerei as estocadas, ela gemia contra o travesseiro. Sua respiração estava ofegante, descompassada, repetia frases desconexas. Estava quase gozando de novo! Fodi-lhe, então freneticamente.

Geísa: Filho da puta! Acaba comigo, vai! Haaaaan, haaaann haaaan!

Eu: Eu precisava tanto disso!

Geísa: E eu de você!

Eu: Quem é teu homem!?

Geísa: Quem é tua dona!?

Eu: E você, gostosa!

Geísa: E você é meu homem! Eu tô indo de novo, Ainnnn!

Eu: Eu … Vou agora!

Foi quase ao mesmo tempo. Depois de voltarmos à calma, desabei ao lado de Geísa, que repousou seu rosto no meu peito, sua mão ainda colhendo no meu corpo os fluidos de nossa paixão.

Eu: Bem-vinda… ao nosso futuro, meu amor!

Geísa: Obrigada… homem da minha vida.

Fim.

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