Descobri que sou exibisionista. Desde o caso anterior, criei tara por esfregar meu pau em mulheres aleatórias, em especial no ônibus – lugar propício – e não vou parar porque isso é muito gostoso. Também confirmei a suspeita que a maiora das mulheres têm fantasias com estupro, leem dark romance, querem submissão e são tão taradas como nós homens. Só precisamos ativar uma espécie de gatilho na cabeça delas e pronto: elas viram putas rendidas.
Nossa vítima de hoje era aquelas crentes do cu quente, sabe? Essas, confesso, são as melhores. Não sei vocês, mas a mim é delicioso ver toda essa hipocrisia puritana-moralista, de pecado e culpa, indo pro buraco (literalmente) em razão do puro e visceral estralo da carne.
Ela subiu com uma amiga, que também era boa. Aí, o ônibus lotou um pouco. Ela estava de blusa preta, shortinho de irmã, jeans branco. A madame estava à porta. Conversava com a amiga. Fui inclinando devagar, dei um relevo à bunda-alvo, olhei-a três a cinco vezes, o rosto, a pele era boa, lisa, sem rugas ou manchas, dei um relevo nos lábios, nos olhos negérrimos, no pé de galinha, — pela casa dos 40 e poucos anos — fisionomia de índia (adoro uma índia! ô raça maravilhosa!) cabelos lisos e grossos, presos por uma piranha. “Hora do ataque”, pensei.
Aproximei-me. Fui no embalo da curva que o bonde fez para ir mais à frente, firmar a mão direita no barra e friccionar meu músculo às ancas. Esfreguei a primeira vez — ela lá: conversando com a amiga, que nada via. Segunda — o mesmo. Aí meu caralho foi endurecendo, intumescendo, até que verteu em pedra. Agora o assalto era esporádico, ia pra frente e pra trás, ora sim ora não, sondando o coração, ou melhor, o rabão. Quando vi que estava toda tesuda; continuei. Continuava falando com a amiga, só a base do “uhum” e falando futilidades da igreja, e meu pau ali, acariciando aquela bunda magnífica de nossos povos originários. De repente, o bonde lotou mais ainda e ficamos espremidos, ela com a bunda literalmente colada na minha carne. Apertou as costas contra mim de propósito. Meu pau já estava feito mármore.
Ela cada vez mais submissa, entregue, mansa, rendida. Virava a cabeça para falar com a amiga, o pescoço dela aparecia e o cabelo de índia tocava meu rosto. Senti o cheiro daquele cabelo filhadaputamente gostoso. Inspirava profundamente o aroma daqueles cabelos negros. Quando vi o pescoço, pensei em pegá-la pelo queixo e sussurrar-lhe: “Tá gostando do meu pau, safada? hein, tá?” E foi ficando mais intenso. Meu filho cada vez mais grosso, rígido, inquieto. Decidi movê-lo para os lados para abranger os dois flancos das nádegas. Com efeito, explodi de tesão. Não teve como: segurei o gozo a muito custo, cerrando os olhos e gemendo-lhe como um ogro ao pé do ouvido — “Uhhrrr” — ao que se arrepiou toda. Contraí com toda força o músculo bulboesponjoso (vão que liga o cu ao órgão genital) mas escapou um pré-gozo.
Segundos depois, recobrei a rigidez. Voltei a tensionar minha virilha no rabo da coroa; extasiada, de olhos quebrados, olhando pela janela; fixa numa abstração muda, voava num tapete com aquela putaria toda. Nós colados, dois estranhos como afeitos namorados, tornei a gemer grosso em seu ouvido, contraindo o abdomen para não esporrear no recinto. Revelou, por trás da carcaça de crente a puta safada que era.
Passivamente, a indiazinha recebia o palpitar de todo o meu coração, que à essa altura estava todo no pau; ao senti-lo, contorcia-se, arfava de leve, olhava pra cima, pros lados. Não trocamos olhares, claro, porém ela olhava de soslaio, pelo rabo do olho. O tesão aumentava a cada esfregada. Percebi, no entanto, que eu já ia descer, e se continuasse naquele ritmo iria derramar um litro de leite ali mesmo. Uma mulher (acho que ela viu o que se passava, não sei) e pediu pra que ela viesse para o lado. Saiu da minha frente. A porta abriu. Era o meu ponto. Desci. Naquela noite de Lua cheia, fui de pau duro rua à fora, refletindo sobre a devassidão que acabava de fazer - sobretudo em como seria próxima…
