Sempre tive taras por pirocas, namorava meninas, mas sempre tinha um menino no radar.
Por muito tempo, eu tentei caber nas histórias que me contaram sobre o que é certo desejar. Segui roteiros alheios, vivi papéis que me serviam de disfarce. As pessoas viam o que esperavam, e eu deixava. Era mais fácil ser previsível do que encarar o espelho que insistia em me devolver algo que eu ainda não sabia nomear.
Mas o corpo sabe antes da razão. Ele reage, pressente, se acende em silêncio. E quando percebi, já não era possível fingir. Não era mais curiosidade — era presença. Um ímã que me puxava para fora do controle, sem culpa, sem justificativas.
Hoje, eu não nego o que vibra em mim. Há algo de libertador em admitir o que sempre esteve ali, escondido nos gestos, nos olhares que eu fingia não devolver. Já não me importo com o que dizem ser natural — o natural é o que me move.
Em uma ocasião, meus pais, levaram pra morar com a gente, duas sobrinhas, por serem de região com pouco recursos, foram para estudar. Uma delas, Mônica, uma loirinha, de 1,50, muito parecida de rosto com a Xuxa, corpinho gostosinho, e foi ela que me fez enxergar assim, como estou narrando pra vocês.
Descobri com ela , que aceitar não é se render à fraqueza, é se permitir existir inteiro. E é estranho, mas bonito, quando o medo dá lugar à verdade: essa mistura de paz e vertigem que vem quando a gente para de se esconder de si mesmo.
Três anos mais nova, mas uma sabedoria ímpar, uma interpretação de atitudes aguçada.
Numa brincadeirinha entre eu e ela, quando senti seu dedo passar no meu cuzinho, pedi para deixar ali, ela molhou o dedo com saliva e enfiava e tirava, eu gozei rapidamente.
Em outra oportunidade, Mônica escondeu no armário um pepino e um pote de pomada chinesa, quando me lubrificou com pomada, esquentou, eu pedi pra ela enfiar um, dois dedos, quando encostou o pepino, eu delirei, e gozei com ele entrando.
Mônica era minha confidente, ela perguntou se eu queria dar o cuzinho para um garoto de verdade, eu falei que sim, ela se prontificou arrumar um garoto para comer nós dois, eu confessei que queria o Elpídio, um moreno gostoso da escola, ela conhecia muito, pois já tinha dado uns beijos nele, confessei que eu morria de inveja dela.
Ela armou um trabalho escolar, e trouxe Elpídio, ele sabendo que iriam fazer na minha frente, quando estavam os dois se pegando Mônica tirou a pica grossa ( mais grossa que o pepino), me chamou para chupar com ela.
Uma loucura, Mônica me preparou para ser enrabado por aquele pirocao, me untou com pomada chinesa, eu implorei por pica, pra apagar o fogo no cu que eu sentia.
Há um instante em que o corpo fala antes das palavras, Mônica me fez sentir isso.
Um arrepio atravessa a pele, e percebo que não é o outro que me provoca — sou eu que me permito sentir.
Por tanto tempo calei desejos, escondi vontades atrás de certezas,
mas agora deixo que o instinto me guie, sem culpa, sem regras.
Quebro meus próprios paradigmas quando admito o prazer de ser inteiro,
quando aceito que o toque começa na mente e termina no fôlego.
Já não quero caber nos moldes que me ensinaram —
quero transbordar.
Quero gozar levando pirocada.
