Aulas Particulares 11 - Equação do Caos.

Um conto erótico de Jorge Luís
Categoria: Heterossexual
Contém 3193 palavras
Data: 06/11/2025 04:03:28

CAPÍTULO 11: EQUAÇÃO DO CAOS - O único caminho para a variante do equilíbrio estável

Segunda-feira - 07:48h

O despertador soou como um tiro. Meu corpo ainda carregava o peso de Rosane, o cheiro dela impregnado nos lençóis, a memória de sua posse queimando como uma equação mal resolvida. Desci para o café da manhã sentindo-me como uma variável desconhecida na minha própria vida. A culpa denunciava que agora minha liberdade havia ido embora pelos meus dedos. E pelo meu pauzinho sapeca.

Madeleine já estava na cozinha. Seus olhos, frios como o aço de um compasso, encontraram os meus por uma fração de segundo antes de se desviarem. O lado esquerdo do seu rosto ainda estava levemente inchado. Ela não disse uma palavra. Pegou sua xícara e saiu. O silêncio entre nós era mais denso que qualquer confronto. Sem a tensão sexual de antes, o que me restava era seguir em frente, dormindo com uma inimiga no quarto ao lado. Inimiga essa, confesso, que eu não gostaria de ter. Não mesmo. Mas se eu queria realizar meu sonho de construir um futuro, eu teria que fazer a escolha certa. Escolha essa que a Rosane fez questão de me lembrar que eu havia feito. E ela veio cobrar.

08:15h - Sala B-102

Professor Manoel entrou carregando uma pilha de provas. "Bom dia. Abram espaço. Prova surpresa de Álgebra Linear."

Um coro de gemidos baixos percorreu a sala. Madeleine, na fileira da frente, pegou sua caneta com uma determinação feroz. Era sua arena agora. O campo de batalha onde ela era incontestável.

Abri a prova. O primeiro problema era sobre autovalores e autovetores.

"Dada a matriz A, encontre os autovalores λ e os autovetores v tais que Av = λv."

Minha mente, ainda embaralhada pelo caos, traçou o paralelo instantaneamente. Eu era a matriz A. Minha vida, minhas escolhas, minhas traições. Os autovalores λ eram as forças fundamentais que me definiam: minha ambição, meu desejo, minha culpa. E os autovetores v? Eram as pessoas: Geíza, Madeleine, Rosane. Cada uma puxando-me em uma direção própria, tentando me transformar em uma versão escalonada de mim mesmo.

Concentrei-me. Escrevi a primeira linha, a definição do polinômio característico: det(A - λI) = 0.

Para encontrar os autovalores, eu preciso encontrar os valores que me tornam singular. Que me anulam.

Minha caneta tremia. As letras dançavam na página. O 'λ' virou o corpo sinuoso de Madeleine se contorcendo no sofá. O 'v' virou os dedos de Rosane fechando-se em meu braço. O 'det' virou o olhar desconfiado de Geíza no telefone.

det(A - λI) = 0. O determinante da minha essência menos a minha identidade, vezes uma constante, é igual a zero. Eu estava à beira do colapso. Singular.

Foi então que senti. Um olhar. Não era de Madeleine. Era de Cavalieri, sentado três fileiras à minha frente. Ele virou a cabeça ligeiramente, e seus olhos, por trás das lentes grossas, não pareciam julgadores. Pareciam... compreensivos. Ele então fez algo peculiar: pegou sua borracha e a deixou cair no chão, deliberadamente. Ao se abaixar para pegá-la, seus olhos encontraram os meus sob as carteiras.

E entregou um minúsculo papel que não passou despercebido com uma mensagem curiosa:

"A matriz não é você,Jorge. A matriz é o sistema. Você é o autovetor. Encontre a direção que te transforma sem te destruir."

Ele se endireitou e voltou à sua prova, deixando-me com o coração batendo forte.

10:30h - Pátio do ITA

Fui até o pátio para tomar ar, a cabeça latejando. Senti que havia feito uma boa avaliação. Foi quando a vi: Rosane. Não estava sozinha. Estava com um homem de terno impecável, perto de um sedan preto. Conversavam animadamente. Ele abriu a porta do carona para ela, e antes de entrar, ela me viu. Seu sorriso não era de surpresa, era de confirmação. Ela fez o mesmo gesto sutil de tesoura com os dedos, depois apontou dois dedos para os próprios olhos e então para mim. "Estou de olho em você."

Ela não tinha ido embora.

12:15h - Laboratório de Cálculo

A aula era sobre Sistemas Dinâmicos e Estabilidade. O professor desenhava retratos de fase no quadro, mostrando como um sistema pode espiralar em direção a um ponto de equilíbrio ou ser lançado ao caos por uma pequena perturbação.

Madeleine estava no mesmo grupo de trabalho que eu. Pela primeira vez desde o domingo, ela me dirigiu a palavra. "Pegue o osciloscópio," ela ordenou, sem me olhar. Sua voz era plana, profissional, morta.

Enquanto calibrávamos o equipamento, nossos dedos se tocaram ao passar um cabo. Ela retirou a mão como se tivesse tocado em fogo.

Eu : Madeleine, eu...

Eu: Silêncio, Jorge - ela cortou, seus olhos fixos na tela - Vamos resolver a equação do sistema. Nada mais.

Ela estava certa. Era tudo que nos restava. Enquanto coletávamos dados, eu a observava. Sua inteligência era uma lâmina fria. Ela não estava mais tentando me seduzir; estava tentando me superar. Eu havia me tornado outro problema a ser resolvido, e ela atacava as integrais e derivadas com uma fúria concentrada que era, de certa forma, muito mais assustadora que seu desejo anterior.

16:00h , na biblioteca.

Tentei estudar. Tentei encontrar a tal "direção que me transforma sem me destruir". Peguei um livro de Física Teórica. Um capítulo chamou minha atenção: "O Princípio da Incerteza de Heisenberg".

"É impossível determinar com precisão infinita a posição e o momento de uma partícula ao mesmo tempo."

Eu era aquela partícula. Quanto mais eu tentava me fixar na posição de "namorado fiel", mais imprevisível era o meu momento, minha trajetória, cheia de desvios e colisões. E quanto mais eu tentava controlar meu momento, meu impulso em direção ao futuro no ITA, mais minha posição moral se tornava difusa, incerta. Foi então que, em meus devaneios, me surpreendeu Cavalieri. Cobrei-lhe explicações.

Eu: É muito oportuno que você tenha aparecido. Eu poderia saber que raio de bilhete foi aquele!? Era como se você estivesse…

Cavalieri: Ciente de tudo!? Ainda não posso explicar as nuances, tem algumas variáveis que eu não posso revelar, mas que a turma inteira observou a aproximação de vocês dois e a tensão conflituosa que existe no seu comportamento, isso se nota a quilômetros.

Eu: Mas como você…

Cavalieri: Eu apenas sei. Não me pergunte como sei. Eu sei porque sei. A minha pergunta sincera é: O que você está preparado para fazer e prosseguir na estrada que levará você a um destino certo!? Suas escolhas afetam seu futuro. E sua permanência aqui.

Eu: Minha permanência!?

Cavalieri: Uma grave denúncia contra você foi desmontada magistralmente por um benfeitor que quer proteger seu maior empreendimento. E eu estava aqui, quando esse benfeitor apareceu e conversou com a reitoria da instituição. Seus passos estão sendo vigiados desde o começo, meu nobre amigo.

“ Então não era mentira. A Rosane tem mesmo seus contatos aqui dentro. O que não sabem sobre mim?”

Cavalieri: Não tente achar responsáveis. Madeleine caiu como quem cai de paraquedas nesse processo todo. Ela não foi enviada pra te testar ou coisa parecida. Ela é a variante mais inusitada nesse processo.

Eu: A pergunta que não quer calar é: O que diabos você tem a ver com tudo isso!?

Cavalieri: Na hora certa te competirá o saber. Mas só vou te dar um recado sincero: faça as alianças corretas, okay!? Não ceda a propostas de ganhos imediatos. A gente vai voltar a se falar.

19:00h - República Trovão

A mensagem veio de um número desconhecido.

"Geísa chega no próximo sábado. O voo 2452, 15h. Seja quem ela espera encontrar.”

“Rosane. Controladora até o fim.”

Pouco depois, outra mensagem, de Geíza:

"Amor, tô com uma surpresa linda pra você! Mal posso esperar! ❤️"

O nó na minha garganta apertou. A incerteza não era mais uma teoria. Era uma condição agonizante.Foi quando a campainha tocou. Ao abrir a porta, não era Rosane, nem Madeleine. Era Cavalieri. Ele segurava uma pasta e parecia... ansioso.

Cavalieri: Posso entrar, Jorge? Tenho uma... proposição.

Eu: Para quem entrou em cena no meio de meus devaneios, foi um espaço de tempo muito breve para o silêncio entre nós.

Cavalieri: Vai ou não vai me convidar para entrar!?

Eu: Seja bem-vindo ao meu antro de insignificância, eminente líder! Adentre!

Cavalieri: Ora, parece que alguém reconheceu seu lugar.

Sentou-se na sala, ignorando o olhar curioso dos outros repúblicos.

Cavalieri: Observo sistemas, Jorge. É o que faço. E o seu sistema está altamente instável - ele abriu a pasta. Era um projeto de pesquisa, uma vaga de iniciação científica com um professor renomado - Preciso de um assistente. Alguém que entenda de caos. Alguém como você.

Eu: Por que esse alguém tem que eu?

Cavalieri: Porque você está no olho do furacão. E às vezes, é a única posição de onde se pode ver os padrões com clareza - ele fitou-me - aceitar este projeto significaria mudar de república. Há um alojamento vago no campus, reservado para bolsistas de pesquisa.

Ele estava me oferecendo uma saída? Uma rota de fuga matemática do triângulo que me esmagava?

Eu: Eu devo aceitar por sua causa, Cavalieri? Ou por minha!?

Cavalieri: É uma forma de estabilidade, Jorge. Um ponto de equilíbrio. Mas cuidado. - ele advertiu, fechando a pasta - em sistemas complexos, a estabilidade pode ser apenas um equilíbrio metaestável. Parece sólido, até uma pequena perturbação... e tudo desaba.

Ele se levantou para ir, mas parou na porta.

Cavalieri: A equação do caos, Jorge, não se resolve encontrando a resposta perfeita. Resolve-se escolhendo qual variável você está disposto a sacrificar para que as outras possam convergir.

A porta se fechou. Fiquei sozinho, olhando para a tela do meu celular, para as duas mensagens: uma de amor, outra de posse.

E então, veio a terceira. De um número francês.

"Um território conquistado pela força nunca é verdadeiramente seu, Jorge. Apenas ocupado. E toda ocupação... encontra sua resistência. - M"

Madeleine. A perturbação final.

Fechei os olhos. A equação estava completa. Três forças. Três vetores. Um sistema dinâmico à beira do colapso.

O único caminho para a variante do equilíbrio estável não era resolver para X. Era decidir quem eu seria quando todas as incógnitas fossem reveladas.

E eu ainda não tinha a resposta. Mas eu subi para tentar encontrá-la… do meu modo. Bati uma vez. Bati duas vezes. Ela abriu, analisando-me da cabeça aos pés.

Madeleine: O que é que você quer!?

Eu: Por que se importaria!?

Madeleine( olha ao redor) : Entra. Rápido.

Ela estava trajada com uma camiseta curta e um short que mostrava o volume da sua feminilidade. Estava sem calcinha. Esperei ela trancar. Ela afastou os cabelos do rosto, prendeu-os, olhou dentro dos meus olhos.

Madeleine: Veio de despedir? Pedir desculpas!? Ver se eu ainda mordo!?

Eu: Por que ainda se importa? - mostrei-lhe a mensagem de texto que havia me mandado.

Madeleine (Solta um riso curto e áspero, mas seus olhos traem uma ferida aberta): Me importar? Talvez eu só quisesse ver se você ainda era capaz de reconhecer uma guerra quando está perdendo. Ou talvez - Ela desvia o olhar, fingindo interesse por um livro na mesa - eu ainda esteja tentando entender como um homem que enfrentou uma tempestade como você se deixa acorrentar por uma mulher que nem está aqui.

Eu : POR QUE VOCÊ SE IMPORTA!? O QUE EU SIGNIFICO PRA VOCÊ?

Madeleine (Ela se vira de repente, os olhos faiscando com uma mistura de fúria e vulnerabilidade): Você significa que eu perdi, Jorge! Pela primeira vez, eu perdi! Para uma menina de província e uma mãe dominadora! E o pior - Ela dá um passo à frente, a voz baixa e trêmula - o pior é que você nem parece um prêmio que valha a pena. Parece um homem assustado. E isso me faz questionar tudo: por que eu quis você, por que ainda penso em você... por que eu me importo.

Eu: Se te importa tanto, responda sem titubear: Por que alguém me denunciaria pra reitoria da instituição!? Ganha o quê, com tudo isso!?

Madeleine: (Máscara de frieza, sorriso gelado)

Denunciar? Oh, mon cher, se eu quisesse te destruir, não seria com burocracia. (Avança) Eu deixaria você me ter. Deixaria se afundar em mim até esquecer seu próprio nome. Isso sim seria uma denúncia digna da sua... fragilidade.

Eu(Voz carregada de desprezo): Assuma sua amargura. E quem sabe, eu ainda olhe pra você com alguma humanidade.

Madeleine (Riso ácido, olhos brilhantes): Humanidade? Você quer humanidade? Tome: sim, fui eu. Denunciei, expus, cuspi na sua reputação. Porque doía ver você se esconder atrás de saias alheias enquanto me tratava como um erro - Aponta o dedo - agora me olhe, Jorge. Olhe bem. Essa é a face de quem você preferiu transformar em vilã. Espero que valha a pena.

Meus instintos me tomaram. Tomei-a pela cintura, beijei-a com furor, ao que me foi correspondido com fulminante volúpia. Empurrei-a em direção à sua cama. Ela caiu deitada de costas contra o colchão, e nossas respirações eram a única coisa que ensurdecia todo o ambiente.

Eu(Voz rouca de ódio e desejo): Agora você vai ter um motivo pra me denunciar. Grita agora. Denuncia. Fale pra todo mundo. Você não quer me destruir!? Anda!

Madeleine (Imóvel, ofegante, olhar de triunfo sombrio): Finalmente. (Sussurro cortante) Finalmente o menino deu lugar ao animal. É isso que estava escondendo debaixo de toda essa culpa e discurso bonito? (Ergue-se nos cotovelos, sorriso amargo) Mas você está enganado, Jorge. Isso não é uma denúncia... é uma confissão. Sua - seu olhar percorre meu corpo - você não está me punindo... está se entregando. E eu... eu vou guardar cada segundo disso.

Eu(Inclinando-se sobre ela): Pegue o que você quer. Porque além disso, você não vai ter. Não tem coração no que você quer. Só tem desejo. Aqui também. Consegue concordar comigo de maneira lúcida, sem rodeios!?

Madeleine (Inverte as posições, imobilizando seus pulsos): Lúcido? Perfeitamente. Sua carne eu tomo porque é a única parte sua que não mente. Seu coração? É uma bagunça sentimental que você nem mesmo consegue governar. E sim, concordo. Isso aqui é só desejo. Do pior tipo: o que sobra quando duas pessoas se recusam a admitir que quebraram uma à outra. Então cala a boca e pára de dramatizar. Seja apenas o corpo vazio que você escolheu ser hoje.

Eu a empurro de volta, ordenando que se desnude. Pela primeira vez, meus olhos a vêem completamente. Mergulho nela como um animal, sugando sua essência com fúria. Ela desvencilha suas mãos das minhas e conduz os movimentos de vai e vem de sua pelve com a minha boca.

Eu (Voz abafada contra sua pele): É isso que você quer!? Tome tudo!

Madeleine: Isso é o que você quer, Jorge! Está usando meu corpo... para se punir! Para provar que é... um monstro como eu! - Puxa seus cabelos- Mas saiba... que cada gozo que você tira de mim... é uma admissão... de que precisa de mim... tanto quanto eu preciso... desse seu ódio disfarçado de desejo!

Eu a viro de quatro. Tapas viris ecoam. Entro-lhe como um cavalo. Ela resfolega com estocadas brutais, sem perdão.

Eu(Voz entrecortada, dominadora): Sua carne é tão macia! Eu precisava tanto disso!

Madeleine(Voz abafada no travesseiro, quadris respondendo): É... é sua carne que você está punindo, Jorge... não a minha - Gira a cabeça, ofegante Oui... plus fort... Sim... mais forte... C'est ça... détruis-moi... É isso... destrói-me... (Sussurro arrasado) Mostre... mostre para si mesmo... o monstro que você prefere ser... a ser o homem que não ousa enfrentar!

Eu( Urrando como leão tomando sua leoa no cio) : Filha da puta! Vagabunda!

Madeleine: Isso, cachorro, hahahahahahahaha! Fode-me, como quando você faz com aquela putinha. Me pune com a saudade que não pode ser destruída, com o desejo que só eu posso abarcar e saciar! Sou tua puta! Desgraçado, gostoso!

Aumento a velocidade das estocadas. Xingo-lhe. Bato. Puxo seus cabelos. Faço-a deitar de bruços, separo seus glúteos e chupo seu rego. Mordo seus glúteos como bicho, deixando-os levemente marcados com meus dentes.

Madeleine: Haaaaan… eu não sei se vou aguent…aaaaaaaaaaaaaaahhhhh!

Eu: Aguenta, puta. Vai aguentar tudinho, tá!?

Madeleine: Você é sujo! Eu amo isso!

Eu: Como me aperta! Que delícia!

Madeleine: Yeeeeeaaahhh… Je vais jouir, Jorge ! Je suis... Haaaaaaaaaan ! Haaaaaaaaaannn !

A francesa ejaculou com força. Todo quarto se impregnou da sua fragrância. Por fim, minhas forças também me deixaram. Liquefiz-me dentro de seu cuzinho. Fomos interrompidos por uma batida na porta.

??? - Jorge. Jorge, você tá dormindo acordado, cara!?

Eu( dei um grito) : Como!? Cavalieri, você ainda tá aqui!?

Cavalieri: Você não escutou nada do que eu disse!? Claro que eu tô aqui, cara! Você pegou as pastas que te dei e seu olhar ficou perdido!

Eu: Desculpa, cara, eu devo estar muito cansado. A mente viajou . Me perdoa.

Cavalieri: Pensa no que eu te disse. Okay!?

Eu: Eu já decidi. Estou dentro nessa!

Cavalieri: Nossa, mas que resposta rápida e fulminante! Então você virá pro alojamento!?

Eu: Não.

Cavalieri: O quê!?

Eu: Como eu vou receber a minha namorada, e estar com ela, depois de ela chegar 6 horas de viagem!?

Cavalieri: Quando isso se dará!?

Eu: No sábado. 15h.

Cavalieri: Cara, você ama correr riscos desnecessários. Essa garota não vai descansar até arrumar um jeito de ferrar você, meu nobre!

Eu: Então… foi ela!?

Cavalieri: Quem mais poderia ser!? Eu sei de tudo que acontece com quem está perto de mim.

Eu: Então me diga uma coisa: O que isso tanto te importa!?

Cavalieri(Solta uma risada curta, quase um suspiro, e encosta os ombros na parede): Caro amigo, eu sei o que preciso saber, por que saber e como usar o que sabe. Estou me informando sobre você desde que eu cheguei. Estou vendo você, com essa garota, desde o primeiro dia. O que você faz aqui eu não tenho domínio. Mas dá pra sentir que ela não cheira pouco problema. Uma senhora esteve no dia de ontem, à procura do Coordenador da nova turma. Essa garota chegou com a cara vermelha no campus e mencionou unicamente seu nome como único responsável pela violação da sua dignidade. Era pra você estar muito ferrado, agora. - Ergue as sobrancelhas, num gesto quase de cumplicidade - às vezes, a pessoa mais perigosa não é a que grita, mas a que ouve as conversas certas nos corredores errados. E eu ouço tudo.

Gelei até a alma com a revelação do representante da minha turma.

Eu: você esconde mais coisas do que sabe. Quem é você, cara!?

Cavalieri: Digamos que eu seja o cavaleiro invisível no tabuleiro de xadrez que impediu o movimento que te colocaria em xeque. Mas o ego ferido de uma mulher como a Madeleine é um abismo. Eu não gostaria que ficasse aqui, correndo o risco de perdermos você.

Eu: Nós quem!?

Cavalieri: No momento certo, haverá de saber de tudo. Só posso te adiantar uma coisa: cada movimento seu agora é monitorado. Tenha muito cuidado com o que fala e onde está pisando - Virou-se para ir embora, mas se deteve e olhou mais uma vez - Ah, e parabéns! Sua nota está dentro do nível aceitável. TirouMantenha esse nível. Até mais.

A presença de Cavalieri nesse momento é um completo mistério. Mas não levaria muito tempo para eu saber as respostas.

Continua.

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Comentários

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Sinceramente estou muito confuso. Quando menos esperava o Jorge envolveu-se sexualmente com a Madeleine e esse Cavalieri está a tornar-se um cara muito misterioso.

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