COINCIDÊNCIA NATURISTA (I)

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Homossexual
Contém 1595 palavras
Data: 28/11/2025 14:15:54

Apesar de frequentar uma praia de Naturismo há muitos anos, a duas horas e meia da minha cidade, jamais encontrei um conhecido por lá. Não que isso pudesse me provocar algum tipo de pudor, hoje em dia – no começo, sim, seria minha morte em vida; hoje, não mais: ajustei uma série de nóias na minha vida, minha relação com a nudez é uma das mais completamente resolvidas.

Na minha ida mais recente à praia, enquanto me dirigia a meu recanto preferido, o recanto lgbt+ do local, cruzei com dois rapazes, um deles me encarou bonito, mas não paramos, seguimos nossos caminhos. Fiquei foi feliz: uma secada dessas, nem bem chegando à praia, pode ser bom sinal... quem sabe?! Tive a tentação de me virar para conferir a bunda do carinha, mas me controlei, e caminhei para meu espaço.

Apetrechos devidamente distribuídos embaixo de convidativa árvore, estava eu deitado em canga esplêndida, cu pra cima, lendo meu livrinho, quando percebo o rapazote retornando, com ar de falso distraído. Minha rola animou-se sob meu corpo: era paquera, estava confirmado e consolidado.

Esperei-o se aproximar, focando meu olhar por cima dos óculos escuros, sobre a bela rola que se balançava ao seu andar: tamanho ideal, nem muito grande nem pequena, nem muito fina nem grossa em exagero. A semimastro endurecida. Comecei a salivar.

Mas, para meu desencanto, ele não parou, passou direto. Eu devia estar vendo coisas, afinal. Carência é foda! Minutos depois ele retornou e mais uma vez passou por mim, aparentemente sem sequer me olhar. Cancelei meu interesse, sosseguei minha pica e voltei à leitura, que a prioridade para mim em praia nunca foi arranjar macho.

O restante do tempo que fiquei por lá, nada mais de anormal aconteceu. Não vi mais o rapazinho, terminei de ler meu livro, de tomar minhas cervejas e bater minha discreta punheta ao final, juntei minhas coisas e pus-me em retirada. Até a entrada da praia, ainda fui catando com os olhos o rapazote, mas não o vi mais. Desisti de vez, voltei para casa.

Semana atarefada por demais, quase não paro no condomínio. Chego só para tomar banho e dormir. No sábado dessa semana, fui ao mercadinho interno, repor alguns gêneros em falta na minha geladeira; entrei, cumprimentei sem nem olhar um rapaz que finalizava sua compra, pus-me a pegar o que viera comprar.

Ele encerrou sua tarefa, eu fui passar minhas mercadorias, mas ele não foi embora: ficou olhando uma coisa e outra. Não dei importância, prossegui na minha ocupação. Quando terminei e estava embalando os produtos, ele se dirigiu a mim:

– Desculpe o incômodo... Posso lhe fazer uma pergunta?

– Claro, fique à vontade.

– Você frequenta a praia de Naturismo?

Reconheci-o, então, e, num átimo, entendi tudo. Não era paquera, era um vizinho tentando me reconhecer. Falei que sim, há muito tempo que era naturista.

– É que eu fiquei na dúvida... Eu já tinha te visto aqui, mas como você é muito reservado, sei nada sobre você. Então encontrar você na praia foi uma surpresa...

– Boa? – resolvi instigar.

– Sim, claro. Foi minha primeira vez e eu não sabia exatamente como me comportar, como agir. Pensei em abordar você, mas, como falei, por ser muito reservado aqui, fiquei tímido.

Compras realizadas, saímos os dois trocando figurinhas sobre Naturismo, sentamos numa mesa na piscina e enquanto tomávamos uma cerveja que havíamos trazido do mercadinho, fomos nos informando mutuamente sobre o outro. Apresentamo-nos, trocamos contato, para combinarmos uma eventual ida juntos à praia. Falei que não o reconhecera lá, pois não conheço praticamente ninguém no condomínio, já que trabalho muito e ou estou no mundo ou trancado no apartamento. Falou que mora com os pais, apesar de ter idade para buscar seu próprio lugar, mas é filho único e com a autojustificativa de cuidar deles, vai ficando. Falei que moro sozinho e que pratico o nudismo o tempo todo que estou em casa.

– Ai, eu tenho a maior vontade de ficar sem roupa também em casa, mas com meus pais não dá. Aí fico só no meu quarto.

– Se quiser, pode experimentar lá no meu apartamento. Só chegar.

O convite foi só no campo da educação mesmo. Eu nunca imaginaria que ele levaria a sério. Por isso que, no dia seguinte, enquanto eu estava revisando uns textos, estranhei deveras a mensagem perguntando se eu estava em casa e se poderia dar uma passadinha, para fazer a experiência de que falávamos no dia anterior, do nudismo in-door partilhado.

Fazer o quê? Dar pra trás agora não era possível. Concordei e disse que o estava esperando. Dez minutos depois, a campainha me avisou de sua chegada. Ao me ver abrindo a porta em plena nudez, procurou ser natural, mas não teve como disfarçar a olhada geral para meu corpo, principalmente meu pênis, já se enrijecendo. Confesso que gostei do “raio-x”.

Ele estava de bermuda estampada e camiseta regata. Ao fechar a porta, procurei deixa-lo à vontade, dizendo para se desnudar se estivesse pronto e preparado. Em resposta, retirou a camiseta e em seguida desceu a bermuda, acompanhada da cueca, liberando aquela rola perfeita, que eu focara na praia. Estava semiereta e isso fez a minha continuar a se mexer para o alto, e serviu de início de assunto para ele.

– Desculpe, não sei como controlar a ereção ainda... Acho que vou levar um tempo, antes de conseguir...

– Ah, relaxe! Não ligue para isso! Ereção também é natural, e não estamos em público para constranger ninguém.

Ele agora concentrava o olhar fixamente na minha rola duraça, que se balançava ao andar no minúsculo apartamento. Mostrei-lhe meus ambientes (confesso que mais de uma vez tive a tentação de roçar sua pele maravilhosa, mas me contive), sentamo-nos e nos pusemos a conversar.

Ele:

– Mesmo sendo natural, não é estranho nossos paus ficarem duros? Não precisaria haver algum tipo de atração?

– Mas quem disse que não há? – Já me segurara demais...

– Como assim?

– Eu estou de pau duro porque fiquei a fim de você. Acho que o seu, pelo mesmo motivo, não?

Ele como que foi sacudido pela repentina descoberta:

– Você... Você curte homem?

– Sim. Você não? Então o que foi fazer no reduto gay lá da praia?

Ele estava supernervoso, torcia as mãos, arregalava os olhos, mas a rola mantinha-se palpitando para o alto:

– Bem... quer dizer... sempre gostei de ver homens... lá na praia, não sabia que era um espaço lgbt... meu pau ficou duro várias vezes... mas nunca pensei mais seriamente sobre isso. Sempre comi bucetas...

– Mas uma coisa não anula a outra, meu caro. Você nunca ficou com um homem?

– Não... quer dizer... já rolou um lance com meu primo... mas a gente era muito pivete.

Então me aproximei dele, olhei-o nos olhos e perguntei, com a voz mais sensual que consegui fazer:

– Você quer experimentar? Se não ficar à vontade, paramos de boa...

Diante do silêncio que consentia, peguei sua mão, acariciei – sem tirar meus olhos dos dele –, trouxe-a para minha coxa, fiz que subisse e atingisse minha vara dura. Quando senti que ele já a acariciava sozinho, soltei sua mão e finalmente toquei no seu pau, punhetando-o de leve. Ele remexeu-se e gemeu baixinho. Aproximei meus lábios dos seus, sentindo sua respiração acelerada e esperei; ele fez um movimento mínimo e nossas bocas se tocaram, nossas línguas também e rolou um beijo profundo, enquanto nossas mãos vadiavam pelos nossos paus e adjacências.

Fui descendo a boca, cheguei aos mamilos duros e em seguida à rola, que catei e comecei a chupar – era, de fato, deliciosa. Ele gemia e respirava forte. Como estávamos sentados no sofá, para fazer o boquete nele, eu tinha que expor meu rabo; ele aproveitou-se e enfiou o dedo no meu cu, e eu senti a energia do prazer se manifestando.

Depois de lubrificar bem seu cacete, deitei-me de bruços, e não precisei explicar mais nada. Ele cobriu-me as costas e senti sua pica enfiando-se em meu corpo. Logo pegou o jeito e passou a me estocar com suavidade, mas com firmeza. Eu sentia sua vara entrando e saindo, roçando nas pregas do meu rabo e minha pica começou a babar.

De repente, ele enfiou como quem desejasse chegar ao útero que eu não tenho, e percebi a enxurrada de leite preenchendo-me, aos jatos quentes e fortes, enquanto meu fodedor estremecia sobre mim e grunhia safadezas na minha nuca. Após o orgasmo, ainda permaneceu alguns instantes respirando ofegante, e com a pica enterrada em mim. Assim mesmo, de costas, nessa posição, sua voz rouca:

– Eu estou completamente desnorteado...

– Você gostou de me foder?

– Adorei... Mas eu preciso organizar minha cabeça, que ela está a ponto de explodir, de tão confusa que está...

– Não se preocupe. Vá no seu tempo... Levante-se, vá para sua casa, se tranque no seu quarto, e gaste o tempo que for preciso. Se quiser voltar aqui para viver a experiência de nudismo sem sexo, fique à vontade. Se quiser voltar para me comer ou experimentar mais coisas, também está tudo bem. Se não quiser voltar, vou entender tudo de boa. O importante é você ficar de bem com você mesmo.

– Cara, você é foda, viu?! Valeu demais este momento.

Ele retirou a rola semidura e babada de dentro de mim, levantou-se e se dirigiu ao banheiro. Ao sair, apanhou sua roupa e foi se vestindo. Aproveitei para também me lavar. Fui leva-lo à porta – o silêncio reinando. No último instante, ele se voltou, pegou meu rosto entre as mãos e beijou-me fortemente na boca. Balbuciou resmungos de agradecimento e de despedida e precipitou-se escada abaixo.

E eu voltei para o texto que estava revisando.

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