O maiô da mãe

Um conto erótico de Anônimo
Categoria: Heterossexual
Contém 424 palavras
Data: 27/11/2025 18:38:00

O calor tava de matar. Eu tava largado no sofá, tentando não me mover muito pra não suar mais do que já tava. Minha mãe passou pela sala pela terceira vez, abrindo janela, abanando o rosto, soltando aquele suspiro que eu já conhecia.

— Esse calor tá insuportável… se a gente montasse a piscina, dava pra refrescar um pouco.

Meu pai nem levantou os olhos do celular.

— Ah, dá um trabalho danado. Tem que limpar, encher, montar tudo… melhor deixar pra lá.

Ela ficou em silêncio, mas eu vi no jeito que ela saiu da sala que aquilo tinha doído. Não era só sobre a piscina. Era sobre não ser ouvida. Sobre pedir e não receber. Eu também não tava com vontade de montar nada, mas aquilo mexeu comigo.

No dia seguinte, ela comentou de novo. Meu pai deu de ombros. Eu olhei pra ela e vi aquele olhar de quem já desistiu antes de tentar.

Foi aí que eu levantei.

— Quer saber? Eu monto. Vai ser bom pra você se refrescar um pouco.

Ela me olhou surpresa, quase sem acreditar. E eu fui lá, comecei a mexer nas peças, puxar mangueira, limpar o fundo. Meu pai, vendo a movimentação, acabou vindo ajudar. No fim, a piscina tava montada, cheia, azul, brilhando no quintal.

Mas os dias passaram… e minha mãe não entrou.

Ela ficava ali por perto, regando plantas, sentada na sombra, sempre de vestido leve, olhando pra água como quem quer e não quer. Até que um dia, voltando da rua, vi a piscina vazia de gente e ela lá, quieta.

— Ué, mãe… a piscina tá aí, e você nada de entrar. Não era você que mais queria?

Ela hesitou, deu um sorriso sem graça.

— Ah, filho… sei lá. Tô me sentindo meio velha, sabe? Com esse corpo todo mudado… não me sinto à vontade de maiô, não.

Eu olhei pra ela. Vi a mulher que sempre segurou tudo, que nunca se permitia fraquejar. E sem pensar muito, falei:

“Mãe… se você soubesse o que tem de mulher da minha idade que queria ter esse corpo seu, já tava mergulhada aí fazia tempo.”

Ela riu, meio sem jeito, mas com aquele brilho no olho que eu não via fazia tempo. Levantou devagar, ajeitou o cabelo, e foi até a beira da piscina.

— Você fala umas coisas que me deixam sem saber se agradeço… ou te dou um puxão de orelha.

— Faz os dois. Mas entra logo, vai.

Ela finalmente se vestiu e mergulhou e aquele maiô apertado estava uma delícia no corpo dela.

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