Capítulo 4: A Dança do Sábado
O sábado caiu sobre Ribeirão Preto como um véu quente, o céu tingido de laranja escuro enquanto o sol se escondia atrás dos prédios baixos do Ribeirão Verde. Julia estava em casa, o sobrado na Rua das Acácias silencioso exceto pelo zumbido do ventilador velho na sala. Ela passou o dia na rotina de sempre — acordou cedo, tomou café preto com pão amanhecido, pegou o ônibus para o Centro, trabalhou na "Moda Jovem" dobrando camisetas e sorrindo falsamente para clientes, voltou às 14:45. Mas agora, com a noite se aproximando, o ar mudava. Era hora de caçar.
Ela subiu para o quarto às 19:00, o corpo já vibrando com uma energia que a rotina diurna sufocava. O banho foi longo, a água morna escorrendo pelas curvas voluptuosas — seios fartos, cintura fina, quadris largos —, o sabonete floral deslizando pela pele bronzeada enquanto ela imaginava a noite que viria. Julia saiu do banheiro nua, os cabelos loiros platinados pingando no chão de cerâmica, e parou diante do guarda-roupa. A escolha foi rápida: um vestido preto, colado como uma segunda pele, com um decote que mergulhava entre os seios e uma fenda na coxa esquerda que subia até quase revelar tudo. Nada de calcinha — ela gostava da liberdade, da sensação do tecido roçando direto na carne. As botas pretas de salto alto, as mesmas que esconderam a faca contra Márcio, completaram o look.
Ela se olhou no espelho rachado da cômoda, os olhos castanhos escuros brilhando com algo selvagem, os lábios pintados de vermelho-sangue curvando-se num sorriso lento. Passou as mãos pelos cabelos, deixando-os soltos em ondas que caíam até as costas, e pegou a bolsa pequena de couro — dentro, a faca curva e o estilete, seus amantes silenciosos. Às 20:30, trancou a porta do sobrado e caminhou até o ponto de ônibus, os saltos ecoando na rua deserta, o vento quente levantando a fenda do vestido e expondo a coxa a cada passo.
O ônibus a deixou no Centro às 21:00, perto da Avenida Nove de Julho, onde a vida noturna de Ribeirão Preto pulsava como um coração acelerado. Julia desceu, os quadris balançando enquanto atravessava a rua, os olhares dos homens nas calçadas grudando nela como moscas. Ela ignorou os bares da moda, cheios de universitários e casais barulhentos, e seguiu para um boteco mais escondido, o "Bar do Zé", um cubículo na Rua São José com paredes manchadas de cerveja e neon vermelho piscando "Aberto". Era o tipo de lugar que atraía os homens que ela queria — brutos, confiantes, grandes.
O cheiro de fritura e tabaco a envolveu quando entrou, o som de um sertanejo rouco saindo de uma jukebox velha misturando-se às risadas altas. Julia parou na entrada, inclinando o corpo contra o batente, uma perna dobrada para exibir a coxa pela fenda do vestido. O movimento fez o tecido subir, revelando a pele macia e o início da curva dos quadris, e ela sentiu os olhos se virarem para ela — trabalhadores suados, motoqueiros de jaquetas surradas, todos famintos. Ela lambeu os lábios, lenta, e deixou o olhar varrer o ambiente.
Ele estava no fundo, perto da jukebox, uma cerveja na mão e um cigarro pendurado entre os dedos. Um homem grande — uns 1,88 m, ombros largos esticando a camiseta preta, braços musculosos marcados por veias grossas, pernas abertas ocupando o banco como se fosse um trono. A barba cheia cobria um queixo quadrado, e os olhos castanhos, fundos, brilhavam com uma mistura de cansaço e arrogância. Um mecânico, talvez, ou um pedreiro, com mãos calejadas que prometiam força. Julia sentiu o ventre aquecer, o clitóris pulsando só de imaginar o peso dele contra ela.
Ela caminhou até o balcão, o rebolado exagerado, o vestido colado ao corpo destacando cada curva. "Uma cerveja", pediu ao barman, a voz rouca e doce, enquanto se apoiava no balcão, os seios erguidos pelo movimento, quase saltando do decote. O bar ficou quieto por um instante, os homens registrando-a, mas ela só tinha olhos para ele. Pegou a garrafa gelada, o vidro escorregadio contra os dedos, e virou-se devagar, tomando um gole longo, uma gota escorrendo pelo queixo até o pescoço. Seus olhos encontraram os dele, e ela lambeu a gota, a língua deslizando com uma provocação descarada.
Ele largou o cigarro no cinzeiro, o canto da boca subindo num sorriso torto, e se levantou, caminhando até ela com passos firmes. "Sozinha numa noite dessas, loirinha?" A voz dele era grave, carregada de cerveja e testosterona, e ele parou perto demais, o cheiro de suor e graxa envolvendo-a. Julia inclinou a cabeça, os cabelos caindo sobre um ombro, e sorriu, os dentes brancos brilhando na luz fraca.
"Por enquanto", respondeu ela, a voz quase um sussurro, os olhos descendo pelo peito dele, pela barriga firme, até o volume na calça jeans. "E você? Parece que tá precisando de alguém pra te fazer companhia." Ela tomou outro gole, os olhos fixos nos dele por cima da garrafa, e ele riu, um som baixo que fez o calor entre as pernas dela crescer.
"Paulo", disse ele, estendendo a mão, mas não para cumprimentá-la — para tocar o braço dela, os dedos grossos roçando a pele macia. "E tu, hein? Não é dessas patricinhas da Nove de Julho, é?" Julia deixou a mão dele ficar ali, o coração acelerando de antecipação.
"Julia", murmurou ela, dando um passo para trás, só o suficiente para fazê-lo querer mais. "E não, eu gosto de lugares mais... reais." Ela virou-se, caminhando para a saída com um balanço nos quadris que dizia "me siga", e Paulo foi atrás, a Brahma pela metade esquecida no balcão.
Do lado de fora, o ar quente os engoliu. Julia parou perto de um poste, encostando-se a ele, a fenda do vestido subindo ainda mais. “ Você está de carro?", sussurrou, a voz doce e suplicante. "Não gosto de ficar sozinha à noite." Paulo sorriu, os dentes amarelados brilhando, “vamos pra algum lugar calmo” falou agarrou o pulso dela, forte o suficiente para deixar uma marca. "Então vamos, loirinha. Vou te mostrar o que é um homem de verdade."
O Motel Estrela, um prédio baixo com luzes azuis e paredes descascadas, ficava não muito longe dali. O recepcionista entregou a chave do quarto 8 sem olhar para eles, e Paulo a empurrou para dentro, trancando a porta com um chute. O quarto cheirava a desinfetante e mofo, a cama king-size coberta por um lençol roxo desbotado. Ele a agarrou pelos cabelos, puxando com força até o couro cabeludo arder, e rasgou o vestido com um movimento bruto, o tecido cedendo como papel. Julia gemeu, alto e teatral, jogando a cabeça para trás enquanto ele a jogava na cama.
Paulo abriu a calça, o jeans caindo até os joelhos, e o pênis saltou livre — longo, uns 22 centímetros, grosso como o pulso dela, com veias pulsantes e uma cabeça inchada que brilhava de desejo. "Chupa", ordenou ele, agarrando os cabelos dela e guiando a boca dela até ele. Julia abriu os lábios, a língua deslizando pela ponta, o gosto salgado enchendo-a enquanto ele empurrava, forçando-a a engolir até o fundo da garganta. Ele era selvagem, os quadris movendo-se com força, o pênis batendo contra o palato dela, fazendo-a engasgar. "Isso, engole tudo, sua vadia", grunhiu ele, a mão apertando o pescoço dela enquanto a fodia com a boca, as lágrimas escorrendo pelos olhos dela, o prazer da humilhação pulsando entre as pernas.
Ele a puxou pelos cabelos, jogando-a de costas na cama, e subiu sobre ela, os joelhos afundando o colchão. Agarrou as coxas dela, abrindo-as com uma força que deixou marcas, e alinhou o pênis contra ela, esfregando a cabeça grossa na entrada úmida antes de empurrar tudo de uma vez. Julia gritou, o impacto enchendo-a, o corpo esticando-se para acomodar o tamanho dele. Paulo era uma máquina — os quadris batendo contra os dela com uma potência que fazia a cama tremer, cada estocada um golpe que arrancava gemidos dela, os seios quicando com o ritmo.
"Tu gosta assim, né?", rosnou ele, as mãos grandes apertando os seios dela até os mamilos doerem, os polegares girando sobre eles com brutalidade. Julia arqueou as costas, os gemidos altos e selvagens, as unhas cravando nos braços dele. Ele a virou de bruços, levantando os quadris dela e batendo na bunda dela, o som ecoando no quarto. "Pede mais", ordenou, e ela obedeceu, a voz trêmula: "Mais forte, por favor..." Ele acelerou, o pênis grosso forçando-a, o suor pingando do peito dele nas costas dela, o prazer dela crescendo com cada estocada.
Julia gozou, o corpo convulsionando sob ele, os gritos ecoando enquanto o orgasmo a atravessava. Paulo veio logo depois, o rugido dele sacudindo as paredes enquanto se derramava dentro dela, o pênis pulsando com jatos quentes. Ele desabou ao lado dela, ofegante, a mão ainda agarrando o braço dela. "Tu é boa, loirinha", murmurou, os olhos fechados.
Era o momento. Julia rolou para o lado, alcançando as botas no chão, os dedos encontrando a faca curva. "Você é incrível", sussurrou, a voz doce, e subiu sobre ele, nua, o corpo brilhando de suor. Antes que ele pudesse reagir, cravou a lâmina no peito dele, o sangue jorrando quente contra os seios dela. Paulo gritou, o corpo se debatendo, mas ela montou-o com firmeza, os quadris esfregando-se contra os dele enquanto o sangue escorria.
"Shh", sussurrou ela, os lábios roçando os dele, o calor do sangue misturando-se ao prazer que subia pelo ventre. Ela puxou a faca, cravando-a de novo, o êxtase crescendo enquanto ele lutava, os músculos tensos cedendo sob ela. Julia jogou a cabeça para trás, os dedos entre as pernas esfregando o clitóris, o sangue quente escorrendo pelas coxas enquanto ela gemia, o orgasmo vindo forte, avassalador, enquanto ele morria. Ela ficou ali, trêmula, e então se levantou, posicionando-se sobre o cadáver, a urina jorrando quente e dourada sobre o peito dele, o prazer ainda pulsando em suas veias.
Julia sorriu.
