O helicóptero deu duas voltas sobre o lugar, e com ele baixando, pude ver que é um complexo com alguns galpões, um bosque e um pedaço de floresta fechada, os muros de pedra são altos e grossos, parece uma fortaleza medieval. O único prédio, tem quatro andares com pequenas janelas redondas, nas laterais, e o último andar não possui nenhuma janela. No chão, pouca movimentação, e apenas um gramado ralo, com grama amarelada e surrada. É como se o lugar não estivesse ali, é escondido do mundo, e não dá para ter ideia até estar em solo firme. A tarde caí, o Sol já está baixando rápido no horizonte, e olho para Laysa, que está incrédula com o que está vendo.
- Mãe, é aqui que vamos ficar?
- Acho que sim meu amor, tenha calma, tudo vai ser esclarecido... Eu realmente acredito nisso.
O helicóptero chegou ao teto do prédio, e sem nenhuma cerimônia, só fomos jogadas para fora da aeronave, caindo com os joelhos nus no concreto da laje. O calor é insuportável, e a umidade do ar abafa o lugar. Na laje, duas mulheres, vestidas com roupa militar, mas em um tom preto, guardas da prisão, duas negras altas e esguias, nos seguram, colocam coleiras em nossos pescoços, coleiras de couro cru, ásperas e fedidas, sujas com suor de outras pessoas, e nos prendem em um cano de metal. A tripulação do helicóptero entrega uma pasta com nossas informações, e voltam a voar. Deixando-me e a Laysa ali, naquele fim de mundo.
- Vadias, eu sou uma das guardas dessa prisão, e estou aqui recepcionando vocês duas, que vão se hospedar com a gente por bastante tempo. Disse a mulher mais velha, que estava com nossa pasta na mão.
- Nessa prisão, vocês não possuem direito algum, não podem ter contato com o mundo externo, não terão visitas, não receberão presentes de fora, não terão conforto, não terão nenhuma liberdade, não terão direito a serem humanas. Continuou ela, em tom sério e com palavras firmes como um machado sob nossas cabeças.
- Ao entrar aqui, vocês deixam de existir, não terão nomes, não terão história, não poderão escolher nada. Aqui vocês não poderão usar roupas, não tem privacidade, não serão cuidadas, não serão amadas. Essa prisão foi feita para punir mulheres brancas, para destruir suas vidas, e transformar seus corpos em objetos. Ninguém nunca achará vocês aqui, nem poderão fugir. Aliás, vejo que ainda estão vestidas, e aqui, nenhuma prisioneira pode usar roupas, jamais.
Nisso, a outra guarda puxou uma faca da cintura, e cortou minha calcinha e arrancou meu sutiã, me deixando completamente nua e exposta. A vergonha foi instantânea. Laysa também teve a calcinha arrancada. E tentou esconder suas vergonhas em vão. Nós duas estamos nuas, peladas e com medo, no meio de um lugar estranho, e com um futuro incerto pela frente. Eu desabei a chorar, não tinha mais o que fazer.
As guardas então nos algemaram com as mãos para trás, e passarem um fina corrente em nossa cintura, onde a algema também foi presa, impedindo de mexer os braços, e com as coleiras, elas começaram a nos puxar em direção a uma porta velha que está fechada. Nisso ouço a voz da guarda mais jovem, que até então estava em total silêncio.
- Vamos vadias, quero apresentar a nova casa de vocês, e mostrar cada cantinho por onde poderão passar, para que saibam o que espera vocês aqui. E quero que saibam que vão sofrer muito, por muito tempo.
Essa frase me cortou o coração, e me deu calafrios do pé a cabeça. Meus mamilos chegaram a estremecer de medo. Quando chegamos na porta, uma caixa de objetos de metal, estava jogada no canto, embaixo de um exaustor, de onde saí um cheiro horrível de urina e suor. Nessa caixa, a guarda mais velha pegou duas armações de metal, são praticamente quatro ferros curvos, todo enferrujados, como se fossem arcos que se encontram nas pontas e ficam abertos no meio. Ela solta os parafusos de regulagem, e coloca esse ferro na minha boca. Eu tento evitar, mas fui acuada, e ela disse que se eu não deixar por bem, ela vai fazer por mal. Então ela coloca meu lábio superior entre dois ferros, e aperta. Eu sinto adormecer, formigando o lábio, e sinto meu beiço inchando por causa do sangue preso e do aperto. Ela repete o mesmo com a parte de baixo, e eu fico com a boca aberta, sem conseguir abrir ou fechar a boca, sem conseguir proteger minha boca de alguém. Eu só posso babar, e mexer a língua. Ela me manda sentar no chão, e manda abrir as pernas, meu morro de vergonha, mas faço, por medo do que elas podem fazer com a Laysa. Ela pega outro ferro igual, e coloca na minha vagina, ela estica meus lábios vaginais, e coloca o ferro de um jeito que mi há buceta também vai ficar aberta o tempo todo. É dolorido, é desconfortável, e eu estou morrendo de vergonha de olhar para a Laysa que só me olha sem entender nada.
- Pronto puta, agora você já está pronta para as boas-vindas, e pode fazer seu tour pela prisão para conhecer sua nova casa. Disse rindo as duas mulheres.
Agora é a vez da Laysa, mas como a guarda leu na sua ficha, que ela é virgem, ela pegou uma fita com um pênis de borracha, que dava para ver de longe que este sujo e melado, e que já deve ter ficado dentro de outras presas, mandaram ela abrir a boca, e enfiaram aquilo na boca dela, amarrando por trás de sua cabeça. Eu a vi sufocando, mas não posso fazer nada. A única forma dela respirar é pelo nariz, e dá para ver que ela está tendo ânsias com esse negócio dentro da boca dela, socado até o fundo da garganta. Eu sei que ela está lutando contra aquilo, mas eu estou sem poder ajudar. E isso me machuca mais do que os ferros apertando.
Em seguida, elas pegam uma fita cheia de espinhos, como tachinhas, e tiram um generoso pedaço, e passam entre as pernas da Laysa, desde os seus pelos pubianos, até o topo da sua bunda. Com os espinhos apertados em sua bucetinha, e também no seu rego. Ela dá um gemido abafado, e as guardas ainda dão tapas na buceta dela, para enfiar ainda mais os finos espinhos dentro da pele delicada dela.
Então, elas abrem as portas, e entramos por uma escada escura e abafada...
O cheiro é angustiante, e como não estou acostumada a andar descalça, tenho dificuldades em pisar no chão imundo, e meus olhos sofrem com a escuridão. Eu vou na frente, Laysa vem logo atrás, e a guarda mais nova vai na frente puxando nossa coleira, e a mais velha vai atrás, para que não paremos pelo caminho, ou tentemos fugir. Descemos um primeiro lance de escadas, e damos para uma enorme sala escura, sem janelas, com um calor escaldante, abafada, um cheiro azedo e intragável, e onde nas trevas, eu só consigo ouvir alguns gemidos baixos, e sinto uma umidade no chão, que entra pelos dedos, e eu não consigo ver. Não tenho como ver um palmo a frente do meu nariz, e as guardas apenas se guiam por uma tênue luz vermelha que mostra onde tem a escada. Mas eu sei, sinto, que ali está cheio de prisioneiras, mas não sei o que estão fazendo com elas.
Descemos mais um andar, e chegamos a um lugar com salas trancadas por portas de metal, pesadas e cheias de ferrugem, onde ouvimos gemidos de dor, e a respiração das prisioneiras causa calafrios. O chão é sujo, mas dá pra ver que foi limpo a pouco tempo, então deve ficar ainda pior durante os dias. E continuamos a descer.
No andar de baixo temos um corredor com celas dos dois lados, e em cada uma das celas, por onde passamos pelo corredor até a próxima escada, podemos ver que todas estão sem do usadas, e tem prisioneiras nuas, com as bocas amordaçadas por mordaças de metal, que deixam as bocas abertas, e elas estão cobertas de baba. Os pulsos estão presos por argolas de metal, e os pés estão algemados para que elas não possam caminhar, a não ser que andem de pulinhos. A maioria tem algumas marcas, que devem ter sido feitas com chicote, que estampam suas costas e coxas. E elas estão olhando para nós com pena e num pedido de misericórdia que elas sabem que jamais vai ser ouvido.
O próximo andar, também tem celas, mas as prisioneiras não tem mordaças, e suas pernas estão livres para andar, e são celas mais cheias, e sujas, parecendo que não é limpa faz muito tempo. E por fim, no térreo, as celas tem muitas mulheres, mas nenhuma está amordaçada, nem algemada. Elas só estão nuas, e a tristeza no olhar, demonstra que são as mais recentes no lugar.
Somos levadas para fora do prédio, e num puxadinho, feito em madeira, um guarda nos espera. Ele olha nossos corpos de cima em baixo, pega a pasta das nossas informações, e olha para Laysa, e manda ela se deitar numa maca do lugar. Laysa congela, mas a guarda empurra ela, que cai sobre a maca, ficando debruçada na maca.
- É puta, vamos colocar sua identificação, e de agora em diante, é essa marca que vai dizer quem é você. É essa marca que vai ter seu número, e é a única coisa sua que vamos precisar, além de seu corpo gostoso.
Laysa foi amarrada na maca, e com um metal congelado em nitrogênio líquido, o homem marcou seu cóccix, com um número de onze dígitos. E mesmo com a Laysa gritando abafada pela mordaça, pude ver sua dor. Depois, foi a minha vez, de ganhar os meus números. A dor é cruel demais, dói, queima, arde, e foi tão humilhante, que eu me mijei inteira de medo e dor.
- Mijando, né puta. Além de uma branquela bunduda, é uma porca, né!
Foi então que fomos colocadas em pé, em uma impressora, presas por ferros, e recebemos uma tatuagem com um código de barras, bem abaixo do umbigo, de forma que estamos marcadas para sempre por esse lugar.
Então ouço aquele homem falando para as duas guardas:
- Levem essas duas putas para o porão, e deixem elas lá para a aclimatação. Depois penso no que vou fazer com elas.
Daí pude perceber que aquele era um dos chefes, e que é um velho sádico maldito.
- Vamos ver o que me espera no porão, né!
Enfim...
