Minha Historia, Parte VIII

Da série Minha Historia
Um conto erótico de Nandinha1994
Categoria: Trans
Contém 4442 palavras
Data: 26/11/2025 16:19:17

Pelos próximos dias com meu pai em casa, a Fernanda não iria poder dar o ar da graça, o que não impedia ela de ficar dando pitacos em meus ouvidos, no sábado pela manhã acordei com cheiro de café pela casa, com meu Pai em casa, ele gostava desses momentos, desci, tinha café, pão quentinho, (da padaria é claro).

Em cima da mesa um celular novo, ele trouxe para mim de SP, segundo ele mais rápido, câmera melhor, mais memória, enfim, não ficar fazendo propagando de celular, foi o suficiente para a Fernanda acordar;

Fernanda no meu ouvido -Humm quer dizer que vou poder ter um celular só meu agora?

Realmente podia ser interessante essa ideia, só pegar um chip pré pago, colocar no meu, ficaria mais fácil se a Fernanda tivesse a chance ….

Espera ai, eu estava mesmo considerando revelar a existência da Fernanda?

Voltei ao meu café e a conversar com meu Pai, ele me comunicou algo que já sabia, que no domingo nós iríamos almoçar na casa do Rodrigo com os pais dele, me perguntou sobre as aulas da auto escola, coloquei ele a par do andamento;

Fernanda no meu ouvido -Se ele imaginar ou souber que a filhinha dele quer dar para o instrutor?

Perguntou se tinha planos para a noite e eu disse que talvez fosse para balada com o pessoal de sempre, Naty, Igor, Rodrigo…

Ele queria sair jantar, comer Pizza ou outra coisa, a Tia iria junto, provavelmente o ficante dela, o meu primo, mora, estuda e trabalha em Vacaria, não é sempre que está em casa, concordei, a vida parecia ter voltado ao normal, mesmo que fosse apenas superficial, tudo parecia andar nos trilhos.

A tarde, sentado no sofá fiz outra idiotice, meu pai assistindo futebol no sofá do lado, comprei um kit de unhas postiças, aquelas que vem num estojinho, compridas e sem cor, teria a semana toda para ver muitos tutoriais de como colocar e tirar, pintar, etc.…

E foi esse o programa do sábado, depois do jantar com a minha tia o acompanhante dela, (há vale uma nota), o par da minha tia era um desses ratos de academia, mais novo que ela ela era um ano mais nova que minha mãe, estava nos seu 44 anos, linda, em forma, charmosa e elegante, lembrava minha mãe na aparência e na forma de se vestir.

Mas voltando ao par dela, rato de academia, mais novo 30 anos no máximo, pele morena, mas aquele moreno queimado do sol, ele era carioca, falava com aquele chiado, era sexy e quando fui no banheiro, estava lavando as mãos ele entrou, ele era todo educado, simpático, tentando agradar, não podia simplesmente dar as costas e sair, então fiquei enrolando para voltar junto com ele para a mesa.

Quando ele foi em direção as pias, lavar as mãos, do nada ele me pergunta;

- prática academia ou algum esporte, deixa eu adivinhar!

- ciclismo!

Eu -É como adivinhou?

O pergunta idiota, ele estava olhando para minha bunda, se liga garoto tapado, gritou a Fernanda no meu ouvido, ai ele completou;

-É que você tem a postura de ciclista, (remendando), tem as pernas bem definidas, os glúteos, (termo educado para minha bunda), aposto que faz sucesso na praia com as garotas, (remenda mais que eu gosto),...

Eu -pior que não gosto de praia, até curto ficar de bobeira, curtindo o som do mar, o vento, tomando uma água de coco ou uma caipirinha, não pego muito sol, eu me queimo fácil e não gosto de usar sunga;

Fernanda no meu ouvido -Mas estava fantasiando usar um biquíni quando ele elogiou a tua bunda? sua piranha!

Fernanda no meu ouvido -Ele é o acompanhante da tua tia, não esquece disso, até pode se oferecer para ele, mas não hoje nem aqui!

Bom a Fernanda estava certa nas duas coisas, fantasiei usar o biquíni e sim ele era o par da minha tia, então voltamos para a mesa, e vida que segue.

Vocês vão concordar comigo em uma coisa, que parece que alguns acontecimentos na tua vida ligam um imã para certas situações, atraem a atenção de determinados tipo de pessoas, ninguém pode negar que isso realmente ocorre?

Depois do jantar, nem voltei para casa, fiquei pelo centro da cidade mesmo, combinamos de nos encontrar em uma lanchonete bem conhecida que os jovens se reuniam antes da balada, nosso plano era ir no Moinho uma casa noturna bem badalada na época.

Bom, para o desapontamento de vocês, a noite foi o mais normal possível, mesmo eu passando um pouquinho da conta na bebida, não fiz nada fora da linha, a Ângela e Gabi foram junto com nós, Nati estava deslumbrante, acho até que rolou um clima entre ela o Igor, Rodrigo levou a peguete dele, não demorou muito Ângela sumiu, depois a Gabi.

Ficaram apenas, Naty e Igor, naquele enrola, enrola e eu segurando vela, Ângela me apresentou uma amiga dela da minha idade, que tinha me achado um gatinho, rolou uns pegas, uns amassos e tal, mas ficou por aí, voltei de carona com o Rodrigo e a companhia dele, legítima vela como dizem e esse foi o fim da noite.

No domingo, fomos almoçar na casa do Rodrigo, o pai dele fez um churrasco, preparou um costelão, (uma iguaria aqui do sul, uma costela bovina quase inteira assada no fogo de forma lenta), meu pai foi para lá cedo acho que umas 6 da manhã.

Eu obviamente fui mais tarde e esperava encontrar o Rodrigo com a Gisi a ficante dele, mas parece que rolou alguma treta entre eles e ela tinha ido embora, ficamos rodrigo e eu bebendo chopp enquanto os nossos pais estavam em volta do churrasco, não demorou muito tanto Rodrigo quando eu estava prontinhos, meio altos, como dizem.

Mas tínhamos que manter a linha, eu mais ainda, porque a Fernanda estava louca para pular no Rodrigo!

Então Rodrigo me contou o motivo da treta, parece que ele tentou ou melhor queria sexo anal com ela e ai, virou discussão e ela ficou puta com algo que fez ou falou e foi embora de madrugada ainda.

E não sei por estar meio alto, ele deu uma disfarçada, levantou da banqueta que estava pegou meu copo e foi encher de chopp, quando voltou passou por trás de mim e apertou minha bunda, dei um pulo na banqueta e disse;

- o que isso meu!

Ele rindo, me disse;

-É o jeito vai ser usar essa bundinha agora que fiquei solteiro de novo!

-humm e está durinha hem!

Mas ficou só por aí o assunto esse dia, sabe como é família, pais por perto, almoçamos e a tarde passou, voltamos para casa meu pai e eu, com meu pai por perto a Fernanda tinha que se comportar mesmo.

Vamos avançar os momentos que não tem relevância para a história, na segunda, fui em casa meio dia e por sorte encontrei com o pessoal dos correios, entregaram minha encomenda, (o sutiã de silicone), em 2012 o mercado livre mandava tudo pelo correio.

Aquela semana foi a mais monótona, Pedro precisou viajar para cuidar de assuntos pessoais meios às pressas então outro instrutor me deu as aulas, embora ele fosse um gato, não era a mesma coisa e a Fernanda se conteve.

Meu pai passou a semana toda em casa, trabalhando, mas sem viajar, o que dificultou minhas visitas ao quarto dos fundos, nossos horários em casa eram semelhantes.

Naquela semana a única coisa que estava se destacando era Rodrigo ainda brigado com a ficante dele, andava impossível e não perdia a chance de provocar até que na quinta feira enquanto a gente pedalava em uma parada ele chegou no meu lado e disse;

-você com essa roupa fica bem interessante, sabia Fer!

Então eu dei a resposta que ele tanto esperava ou não esperava;

- Rodrigo, você tanto me provoca que uma hora eu vou partir pra cima de você, quero ver se vai dar conta de mim!

Montei na bicicleta voltei a pedalar ele ficou lá me olhando sem resposta para dar, quando chegamos de volta a nossa quadra, pensei que ele iria vir com alguma besteira, piadas que ele fazia, provocar de novo, mas, nada, ele simplesmente se despediu, normalmente, até amanhã e tal…

A Fernanda assustou o garoto!

Chegou o outro final de semana, sábado meu pai preparou o jantar, chamou minha tia e meus avós também vieram, então meu pai comunicou que estava esperando uma promoção e provavelmente iria passar mais tempo longe se realmente fosse concretizada, ele teria que passar grande parte do tempo em Brasília e São Paulo, que viria para casa, mas bem menos, na verdade teria que ter endereço fixo no DF.

Claro que todos ficaram felizes com isso, inclusive a Fernanda!

Meu pai, tratou de deixar claro que confiava em mim, que não precisavam ficar preocupados comigo sozinho, que minha tia podia continuar dando uma espiada em mim, mas que eu já era adulto e maior de idade, sabem aquelas conversas de família.

Na próxima semana meu pai iria organizar as coisas nas agências que ele atendia aqui na região e na seguinte já iria para SP de novo, isso iria coincidir com o início das minhas férias de inverno.

Na quarta feira, Pedro voltou, triste abatido, ele tinha ido cuidar do seu irmão mais velho que sofreu um acidente e acabou não resistindo e faleceu, ele já não tinha pais e agora só restava a irmã a mais nova, sabem como é esse sentimento a gente se consterna também e acaba ficando para baixo junto.

Então a Fernanda colocou a viola no saco e ficou na dela!

Durante a semana eu aproveitei que já não tinha mais aulas em algumas matérias e fui comprar uma lâmpada comprida que nem aquelas que colocamos no banheiro para na primeira chance colocar no espelho da bancada e dei uma passadinha em uma loja de telefonia e comprei um chip pré pago.

A noite em casa, ativei e configurei o meu celular velho, pronto agora Fernanda era comunicável!

Aproveitei um momento pai e filho e cogitei a possibilidade de furar a orelha, e para minha surpresa meu pai disse que de boa com isso, ele tinha a orelha furada quando tinha minha idade, mas que tinha durado pouco, porque conheceu minha mãe um ano depois.

Fernanda estava listando as pendências para quando pudesse se materializar de novo;

-Lâmpada para se maquiar a noite, ok!

-Peitos falsos, (o sutiã de silicone), ok!

-Furar a orelha, as orelhas, ok, vamos furar as duas!

-Celular, 🙂 ok!

-Depilação?

Então na sexta feira entramos no site da clínica de estética e verifiquei se o vale que o Rodrigo deu estava ativo, sim, estava ativo, marcamos para segunda feira a avaliação para depilação, eu tinha passado bastante tempo pesquisando sobre isso e seriam várias sessões para que o resultado fosse permanente, na sexta também recebi as unhas que tinha comprado, chegou bem rápido para aquela época!

Durante aquela semana, minhas conversas com a Fernanda também eram constantes, principalmente à noite, planos, ideias, medos, era longas conversas que entravam à madrugada.

No sábado oficialmente de férias de inverno, passei mais um tempo com meu pai, me deu outro cartão de crédito e acesso a uma conta bancária para emergências e transferiu um dinheiro, uma boa quantia que era para coisas minhas que eu pudesse precisar, reafirmou o que tinha me dito quando entrei para a universidade que ele iria me sustentar enquanto eu estivesse estudando, até se após terminar direito decidir continuar ou mudar para outra área ele iria me bancar, coisas de pai.

Segunda Feira ele partiu cedo, um colega do banco veio buscar ele em casa para levar até POA para pegar o avião para SP, assim que o portão fechou deu aquele aperto no peito, por tanto motivos e claro a Fernanda queria rasgar a roupa e sair.

Mas os planos eram outros….

Me joguei no sofá esperando chegar 8 horas, quando deu a hora, fui até a clínica de depilação a laser e sai de lá apavora, não era tão simples como eu tinha pensado, haviam cuidados, preparação, período para se recuperar, não podia pegar sol…

Estava nos planos ainda, mas não naquela semana!

E como quando a Fernanda coloca uma coisa na cabeça, sai dali decidida a voltar para casa sem um pelo no corpo, então fui até uma galeria que ficava perto onde eu sabia que tinham várias clínicas de estética, entrei na primeira que achei, logo na entrada havia um espaço de espera e tinha uma mulher muito linda esperando, lendo uma revista.

Ela era muito linda mesmo, alta, longas pernas, estava usando um jeans uma camisa com as mangas dobradas, um sapato de salto alto não sei dizer a cor, porque ele tinha detalhes com florzinhas como se fosse gravadas no couro, lindo, ela tinha um corpo que parecia ter sido desenhado, cabelos castanhos nem claro nem escuro, olhos castanhos uma pele clara, um casaco longo no assento ao lado com a bolsa, certeza que era dela.

Não havia ninguém no balcão de atendimento, então sentei em um lugar que pudesse ficar olhando ela sem parecer um doido, quando estava me virando para ver onde sentar, ela levantou os olhos da revista que lia e de deu bom dia e disse acho que a garota da recepção já volta.

Então vi que podia se tratar de uma trans, pelo tom da voz, mas ela era muito perfeita, podia ver no decote que se formava pelos botões abertos da camisa um belo par de seios.

Eu fiquei encantando com aquela mulher!

Então a garota da recepção voltou com duas garrafas térmicas uma com café e outra com chá e ela conhecia a mulher, devia ser cliente assídua da clínica, a chamou pelo nome;

-oi bom dia!

- bom dia Patricia, daqui a pouco a Ale chega!

A garota falou comigo, perguntei como funcionava a depilação ela me explicou, me alertou que era feita com cera, que doía, e que o resultado durava no máximo 14 dias se eu tivesse pelos grossos, podia chegar a 20 se tivesse pelos finos.

Quando falei que já imaginava que doía a mulher riu e disse;

-dois mas é uma dor gostosa!

-você acostuma!

A garota da recepção riu, eu ri… ficou um clima descontraído, perguntei quando podia fazer e ela me disse se esperar a Patricia sair, pode fazer agora de manhã mesmo.

Era o que eu queria!

-ótimo, vou esperar então!

Ela -o que quer depilar, peito ou pernas?

Eu - tudo!

Ela me olhou nos olhos e repetiu, quer depilar tudo?

Eu afirmei, sim tudo!

Nisso a mulher a Patricia, levantou os olhos e baixou a revista;

-tudo mesmo?

-corajoso!

-mas é tudo, tudo, até o parquinho e o playground?

Fiquei constrangido e timidamente afirmei com a cabeça!

A garota falou em voz alta;

-Então marcado uma depilação total, só esperar que assim que a Patricia sair você entra, vai sair de lá outra pessoa.

Voltei ao meu lugar, peguei café e uma revista, estava constrangido, quando levantei os olhos a mulher estava me olhando por cima dos óculos de leitura e fez algo inesperado;

Tirou o casaco e a bolsa, mudou para o outro assento a direita dela e disse;

-vem, senta aqui, não vai ficar sozinho ai!

Lentamente, levantei e fui sentar ao lado daquela mulher magnífica!

-prazer, me chamo Patricia, Patricia Rodrigues, (esse é o nome real dela, não irei alterá-lo)!

Eu -prazer, me chamo Fernando!

Ela então me olhando nos olhos faz o chão sumir debaixo dos meus pés!

-E o seu outro nome?

Eu -como assim, outro nome, meu sobrenome você quer dizer!

Ela -não, quero saber o seu outro nome, o nome da garota!

Engasguei, travei, suei, como assim, como ela sabia disso, como descobriu, dei pinta, quase levantei para ir embora, ela pegou minha mão.

-Calma, calma, eu sei como é isso!

-eu sou uma mulher trans, já passei por essa faze lá no inicio!

Pronto, tinha certeza que ela era uma trans!

-mas o que me entregou?

Perguntei para ela..

-Nada que tenha feito, mas foi a maneira que pediu e eu senti a presença da garota e a depilação total também ajudou!

Falou rindo!

Conversamos por alguns minutos enquanto a mulher que fazia a depilação não chegava, ela me contou coisas da sua vida, história, me deu dicas, me incentivou, foi a primeira pessoa que tomou conhecimento da Fernanda, ela me passou o contato dela, (nos tornaríamos amigas).

Bom não preciso falar, doeu, doeu muito, a mulher me perguntou se eu me arriscaria passar cera na barba, ela tinha cera específica para a barba que seu arriscasse ela faria sem nenhum custo adicional, disse que sim enquanto lágrimas escorriam dos meus olhos pela dor que sentia, me arrependi, pensei que ia morrer, mesmo meus pelos do rosto sendo finos e ralos, doeu pra dedeu.

Mas o resultado foi imediato e maravilhoso, realmente sai dali outra pessoa como disse a recepcionista, algumas instruções e que a irritação de algumas partes iriam sumir em pouco minutos, que eu tomasse um banho e hidratasse bem a pele com cremes ou óleos.

Isso não seria problema, saí dali, deixei mais um pouco da minha masculinidade grudada nos pelos tirados com a cera, fui direto para casa, nunca demorou tanto o trajeto do ônibus como naquele dia!

Quando finalmente cheguei, em casa já passava das 11 horas da manhã, fui até meu quarto peguei as minhas comprinhas, meu notebook, o telefone da Fernanda e a chave do quarto, era um dia frio, mas ensolarado, céu azul, entrei no quarto e abri as duas janelas para entrar um ar, uma dava para o pátio e a outra para o telhado da garagem e se via o quiosque do vizinho, claro que mantive as cortinas fechadas.

Tirei minha roupa, fiquei totalmente nu, dobrei e coloquei em um cantinho qualquer, me olhei no espelho, a pele ainda estava vermelha e irritada em algumas partes, mas eu estava liso como um balão, peguei uma toalha e fui direto para o chuveiro, tomei meu tradicional banho quente e demorado.

Quando saí, pela primeira vez tentei usar a toalha como as garotas usam enrolada na cintura cobrindo os seios, não tinha o que esconder mas segundo minha nova amiga, ser mulher está mais em como agimos, gestos, ações e atitudes do qualquer outra coisa, ela estava certa aquele simples gesto era o suficiente para que o reflexo no espelho fosse feminizado.

Uma longa sessão de hidratação com óleo pós banho, escolhida uma calcinha e um sutiã azul marinho de renda a calcinha era daquelas modeladoras, fazia uma pressão gostosa tentando modelar a cintura.

Não vesti o sutiã, fui para a bancada, aprender a colocar sutiã de silicone, que na verdade é mais um enchimento que gruda na pele, eu tinha escolhido um modelo médio, claro que não tinha o tamanho de um peito, mas quando grudado na pele da forma certa cria a ilusão de um busto e até um decote.

Demorei a entender como fazer, mas haviam muitos vídeos e truques para obter o resultado que eu queria, não sei quanto tempo levei, mas terminei e consegui o resultado que queria.

Já com o sutiã vestido, me olhei no espelho, lá estava eu tinha volume no peito e um decote, discreto mas tinha o sutiã completava a ilusão, tinha no que pegar o suficiente para encher a mão, bom pelo menos as minhas.

O cheiro do óleo corporal inundaram o quarto e eu me preparava para o próximo desafio, as unhas e lá foram 20, 40, 50 minutos, 1, 2, horas, já eram quase 14 horas, por sorte, muito sorte assistir o vídeo feito por uma crossdresser, que ela alertou sobre fixar as unhas e como tirar de forma segura, por se fizesse como as manda no fabricante, não iria sair caso precisasse tirar.

Mas lá estava a Fernanda de unhas compridas, não era o melhor trabalho de manicure, mas era o suficiente para alimentar a necessidade feminina que se enraizava em meu corpo sendo modificado, mesmo que superficialmente.

Não deixei as unhas muito longas, mas era o bastante para me atrapalhar em tudo, até para responder uma mensagem do Rodrigo no telefone;

-Rodrigo: opa, o que vai fazer?

-Rodrigo: vamos pedalar hoje de tarde ou amanhã?

-Eu :acho que amanhã, tenho planos para hoje!

-Rodrigo: fechou!

Meu foco agora era em tentar colocar na prática tudo que tinha visto nos últimos dias sobre maquiagem, especialmente aqueles que davam dicas para feminizar os traços do rosto, e foi uma sequência de tira, erra, limpa, corrige, tá ruim, começa de novo, corrige, foi de mais, mas em fim consegui um resultado melhor até do que eu esperava, talvez fosse meus olhos, minha ânsia de me parecer com uma garota.

Consegui suavizar meu traços do maxilar, realçar as maçãs do rosto, olhos e lábios, deu um trato na peruca seguindo as dicas da internet, mas faltava o figurino e eu já sabia qual seria.

Fui ao guarda roupas e peguei um vestido preto, estilo vestido de noite, com alças e um decote discreto, não era curto, na minha irmã ou mãe devia ficar nem pouco acima do joelho em mim ficar na metade da coxa, era de um tecido leve com forro e nitidamente com um corte para realçar a cintura e o quadril, sabem aqueles vestido que te deixam com a silhueta de ampulheta e para completar tinha aquela fendinha na coxa.

O vestido foi a desculpa perfeita para experimentar a cinta modeladora, novamente, internet a minha salvadora, posicionei a cinta, soltei o ar, corrigi a postura e fui direto para a menor regulagem que consegui chegar, (ignorando as instruções de ir aos poucos, etc), cinta fechada o resultado foi imediato, surgiu um quadril e uma cintura, discretos mas estavam lá.

Entrei no vestido, agora já sabia como fechar o zíper nas costas, o que não quer dizer que foi fácil!

Peguei um par de scarpin meia pata, preto meio aveludados, salto bem alto, com uma fivela para prender, dourada, coloquei a peruca, dei os retoques no espelho da bancada, respirei fundo, (não tão fundo a cinta modeladora não deixou), fiquei em pé, mesmo à dias sem andar de salto, me saí muito bem.

Quando cheguei no espelho, quem era aquela mulher?

Com certeza se saísse à rua, iria chamar atenção, longas pernas, o vestido ficou exatamente no meio da coxa, aquela fenda do lado esquerdo mostrava a quantidade certa para despertar a curiosidade, o corte cumpriu o objetivo, revelava um corpo feminino com formas, cintura, quadril, minha bunda se destacava, mais o melhor estava em cima, eu tinha um decote, grande o bastante para ser notado.

A maquiagem mesmo amadora também estava cumprindo o objetivo, era um rosto feminino e se mostrasse meu rosto em partes, como do nariz para cima ou do nariz para baixo, tenho certeza que não seria reconhecido, minha boca estava com lábios grossos, carnudos, cobertas por um vermelho brilhante, (truque com batom e gloss).

E a peruca como disse, não era das melhores, mas era de um material razoável que se você não ficasse procurando defeitos não os veria, duas borrifadas de perfume e…

Então, quem era aquela mulher?

Era a Fernanda, em fim em sua plenitude e como vocês devem estar esperando, na plenitude da minha loucura;

-bom garoto, agora é comigo, eu estou no controle!

Eu falando sozinho comigo mesma, ou melhor com meu lado garoto, (deixa eu contar para vocês a muito tempo ele se foi, se fundiu a Fernanda, mas eu ainda falo sozinha, o tempo todo).

-onde você deixou meu celular?

Peguei o telefone e voltei ao espelho e fiz aquela sessão de fotos, as legítimas fotos amadoras, sensualizando, dos meus olhos, com o contorno e rímel realçando meu olho claro, o mesmo tom azul esverdeado da minha mãe, da minha boca, na cama, sentada na banca, bom foram tantas foto, mas uma mesmo sem querer ficou perfeita para uma arte, que eu iria fazer naquele dia.

A foto saiu quando tentava registrar um ângulo que mostrasse meu decote, então saiu de cima mostrando meu nariz e meus lábios com o meu busto e o decote com os cabelos por cima, (não sei se vão conseguir entender), mas, não restava dúvida que ao ver a foto, não importa quem fosse veria uma garota que nem tentando podia ser associada a mim.

Eu me sentia a mulher nota mil, eu tinha meus próprios roteiros, coisas que queira praticar, treinar, como meu andar de salto salto, queria ser elegante, queria poder sensualizar ser sexy quando necessário, gestos, sentar, levantar, essas coisas, queria ser feminina e como a casa era só minha.

Peguei um casaco vermelho, vesti e lá fui eu passear pela casa, já falei isso antes e acreditem até hoje isso não mudou, o som do salto alto ainda mexe comigo é o lembrete que há uma mulher no ambiente.

Andei pela casa toda, fiz várias fotos na falta de alguém para apertar o botão, eu deixava o celular apoiado nos cantos e corria, bom correr, correr não, saia toda desengonçada para dar tempo de fazer a pose.

Naquele dia eu queria ser flagrada, estive um bom tempo na janela da sala, com a cortina aberta na esperança de quem sabe o Rodrigo passasse pela rua levando a cachorra passear.

Queria que ele me visse e viesse tirar satisfação, então eu iria colocar à prova tudo que ela tinha falado e cumpriria a ameaça que fiz a ele, mas não foi nesse dia.

Já era por volta de 16 horas, então lembrei que eu tinha autoescola às 18:00 e que Pedro viria me pegar em casa, mas antes eu quero tomar um café, não tinha almoçado.

Coloquei café a passar na cafeteira peguei biscoitos e uma xícara e fiquei esperando ficar pronto, na nossa cozinha havia aquelas ilhas com banquetas altas, semelhantes às que encontramos em bares, fiquei ali como uma criança praticando sentar, levantar é difícil viu sentar naquelas coisas de vestido e salto alto.

Então veio a ideia, a arte do dia….

-Vamos criar um whatsapp e um perfil no facebook!

-É vamos sim…..

Criei um e-mail, e antes de terminar de passar o café já tinha perfil no facebook, coloquei uma no álbum que não mostrava meu rosto, as restringi o perfil!

Enquanto tomava o café e degustava os biscoitos, criei o WhatsApp, adivinhem qual foi a foto que usei no perfil do face e no WhatsApp, é a foto aquela do decote com meus lábios vermelhos vistos de cima!

Se adivinharem o que fiz na sequência?

continua!

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Foto de perfil de Nandinha1994Nandinha1994Contos: 8Seguidores: 6Seguindo: 0Mensagem Sou uma trans, hoje com 30 anos criei este perfil para compartilhar minhas fantasias, "historias", sempre gostei de escrever mas nunca compartilhei com ninguem, só recentemente mostrei alguns dos meus textos e fui incentivada a publicar em algum site ou blog.

Comentários

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É uma delícia ler! Até entro umas 4 vezes por dia para ver se tem mais.

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