Capítulo 2 = O Pacto Noturno: Quer ser uma mulher?

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Gay
Contém 1629 palavras
Data: 25/11/2025 01:21:15

Olá, vamos direto ao ponto, ser um garoto gay nos anos 80/90 no interior, não era nada fácil, as coisas, eram horríveis, aliás horrível era pouco, o constante medo de sofrer violência, tipo, apanhar mesmo, até ficar bem feio de tanta paulada, era tão intenso quanto o medo de ser estuprado, literalmente, por qualquer um que achasse te mulherzinha suficiente.

Esses eram horrores reais, histórias, que contavam na vizinhança que aconteceu com esse ou aquele, geralmente homens um pouco mais velhos, que eventualmente se assumiram homossexuais e sumiram no mundo, ou sumiram com eles, a diferença era pequena… Esse era o bom de eu ter 1,80 e trabalhar como pescador, havia poucos que ousariam, mas não dava bandeira assim mesmo.

O mundo era um lugar horrível… E eu estava lá…

A primeira vez que descobri que gostava de garotos, estávamos todos na casa do André, tínhamos bebido bastante vinho, os meninos já faziam piadas com meu “jeito afeminado”, sempre fizeram, mas nunca realmente assumindo nada… Estávamos bem bêbados, bebemos escondido das nossas famílias e eu obviamente não poderia voltar para casa, meu pai me arrancaria a pele.

Deitado em um colchão no chão no quarto do André, foi quando senti o abraço, ele me agarrou por trás, poucas palavras, beijos no meu pescoço e orelha, uma mão baixou meu short e ele me invade, fundo, dolorido, dou um gritinho, mas não é de todo ruim, talvez o álcool, talvez porque eu já me sentisse atraído por ele, gozei quando entrou e gozei de novo junto com ele.

Não foi romântico, não foi exatamente uma lembrança linda, dois garotos bêbados, ele queria foder, eu queria ser comido, não falamos mais no assunto…

Já com Fábio foi completamente diferente, estávamos conversando sentados na praia, todo mundo já tinha ido embora, estávamos sozinhos, só nós a escuridão e as estrelas sobre os bancos de areia.

O mar bravo suas ondas levantando um branco que deixava claro sua ameaça, estávamos sentados, conversando, sobre a vida, escola, garotas, acabou sendo um assunto, estávamos lá, acho que um já tinha sacado o outro, mas os dois tinham medo por motivos óbvios, quando ele falou.

“Dani eu sou gay.”, eu fiquei olhando para ele por um longo tempo, “Eu não sei porque te disse isso.”, minha resposta quando ele começou a se desculpar foi beijá-lo, com força, com desejo, nós dois rolamos na areia no banco de areia chegando perto do mar, beijando e se acariciando com força, com vontade, ele se soltou completamente e eu também.

As roupas foram arrancadas com desejo e com urgência, arrancada e jogadas para os lados, eu volto a beijar sua boca com sede, com urgência e desejo, era a primeira vez, que as coisas faziam um PUTA SENTIDO, era a primeira vez que eu sentia que estava de verdade com alguém.

Beijando a boca dele os dois já sem roupas, eu subo sobre ele e desço com meus lábios, chupando lambendo, era a primeira vez que via o pau dele, parecia enorme, embora hoje em dia sei que não é tão comprido, só é grosso demais, mas ok, abri minha boca e comecei a chupar, sugando, beijando, lambendo, seus gemidos mostravam que ele estava indo a loucura, mas eu também estava com os gemidos dele.

Acelero sugando rápido e com força, sentindo minha boca até doer um pouco para abrir ela bem, mas estava uma delícia, estava gostoso, eu particularmente, acho que meu oral foi melhorando com os anos, mas aquele já estava alcançando seu objetivo.

Até que ele enche minha boca, abundante, me fazendo quase engasgar, eu faço um esforço para engolir, não por safadeza, mas é que… Sinceramente, nunca cuspiria nada que já está na minha boca, exceto se me causasse um nojo tão grande que eu já começaria a vomitar, não era o caso, não gostei do gosto, mas bebi, bebi tudo, como um cabritinho famido, ordenhei minha mamadeira, bebi tudo e ainda lambi o entorno.

Ele está sorrindo olhando as estrelas eu me deito sobre ele e beijo a boca dele com carinho, dividindo seu gosto, ele sorri olhando para mim e acaricia meus cabelos, “Você é um sonho Dani.”, eu sorrio já subindo em cima dele.

“Sou?”, ele faz que sim com a cabeça… “Então me faz gozar.”, e comecei a empurrar para dentro de mim, usando a minha baba que deixei no pau dele como lubrificação, a princípio, não queria entrar, mas quando entrou eu gritei, chorei, tremi inteira, suei frio, mas continuei descendo, fui literalmente arregaçando meu cu o caminho inteiro até o fundo.

Ele se contorcia debaixo de mim, olhando com uma cara de quem estava desacreditando que eu estava sentando e aguentando, ela parecia querer explodir dentro de mim pela forma como pulsava, pela forma como ele me olhava, quase se perdendo de prazer, ele me acaricia as pernas, olhando para mim, segura minha mão que está apoiada no seu peito já cabeludo.

Eu vejo em seus olhos o incentivo, o amor e começo a subir devagar, dói e dói como o inferno, dói como só um caralho consegue doer, eu começo lento e chorando a subir e levantar enterrando ele na minha bunda, mas logo já começa a ficar mais fácil, subindo e descendo, sentindo meu corpo todo quente de desejo.

Cavalgo com força, tentando gozar não consigo, minhas pernas estão ficando moles, eu deito sobre ele chorando. “Não vou conseguir…”, eu olho para ele e lembro até de pensar o quão lindo era aquele sorriso, “Tudo bem.”, ele tira de mim e me coloca de quatro, quando ele volta para dentro eu dou um pulinho para frente olhando para o céu e gozo com um grito imediatamente, sentindo que ele entrou de uma vez o que me fez explodir.

Meu cérebro quase desliga de tanto prazer com pouquíssimo tempo socando, não sei nem se chegou há um minuto ele também goza, eu me deito de bruços na areia, ele se deita em cima de mim.

Essa havia sido a minha primeira vez de verdade, não foi a primeira dele eu vim a descobrir… Ficamos lá um tempão antes de se limpar no mar, algo perigoso, mas dava para fazer, dois garotos gays se descobrindo.

Isso havia passado já haviam meses entre eu e o Fábio, pelo menos um ano ou talvez dois entre eu e o André e agora eu namorava o Fábio, escondido, como eu disse, o medo de violência está sempre lá, sempre presente, mas ainda assim, éramos namorados e como contei no último conto, a gente se pegava em lugares onde ninguém podia nos ver.

Mas eu queria mais, ele merecia mais, a gente merecia mais, diziam que as coisas eram diferentes na capital, Rio de Janeiro, tudo seria diferente lá, mas como dois garotos recém formados no ensino médio, então colegial, iam conseguir se sustentar, arrumar emprego, ele tinha razão disso, sem faculdade era só um sonho.

Mas o que estava na minha cabeça, era esse pensamento, que para mim na época, na hora, no momento, não fazia sentido… E se eu fosse uma mulher, eu poderia ser uma mulher, eu queria, ser uma mulher… Mas era um pensamento que eu estava tentando afastar.

Lembrava de quando eu era criança, vestido com roupas da minha mãe, sem ela saber é claro, meus pais me mandariam para o hospital se me pegassem vestido de menina, então em algum momento eu parei… Mas agora, com toda a frustração pensamentos voltavam com toda a força, eu lembrava de uma vez no começo da adolescência…

Ainda criança acordado no meu quarto, no segundo andar, levantei e parei olhando para a lua, Lua Cheia, Lua Azul, foi quando eu fiz o pedido… “EU queria ser uma menina, eu queria, poder me transformar.”, e algo me respondeu, “Mas e sua mãe, seus pais”, na hora eu senti medo de perder todo mundo que amava, “Quando não tiver mais eles?”, “Combinado.”...

Estava lembrando disso enquanto tomava banho para sair, sem querer o susto de ter lembrado algo, assim, ou melhor, da voz parecer que estava comigo no banheiro, “Combinado”, tão repentino… Me fez derrubar o sabonete, eu me abaixei e na hora de levantar bati a cabeça na prateleira de shampoo fazendo um barulhão.

Minha mãe até veio ver se eu não tinha sofrido um acidente…

Me arrumando no meu quarto, eu pensei comigo mesmo, “Fábio…”, Fábio me amaria se eu fosse uma menina, “Seria possível um nós?”, minha mente divagava pesadamente nesse tema, divagava em situações hipotéticas, em situações mágicas… E se eu virasse mulher, uma jovem e tentasse reaproximar da minha família, dos meus amigos, quem me daria abrigo.

E se não soubesse que era eu… Quem teria mais chance de abrigar uma jovem sem casa, sem família, sem histórico passado e sem amigos, como seria morar de favor, trocar moradia por favores, limpando casa, ajudando em casa, quem me incentivaria a estudar, com quem eu estaria segura, sem predadores a minha volta.

Eu fazia planos que eram impossíveis, eu não conseguiria só sumir e voltar uma mocinha, não é assim que a vida funciona, mas… Minha cabeça começou a trabalhar com essa possibilidade e se fosse possível… Magia… E se magia fosse possível…

Esses pensamentos eram absurdos, mas também vinham de medo, de falta de autocompreensão, embora, também, de algo mais sinistro, que estava se aproximando e eu não fazia ideia.

======== …FIM… ========

É isso pessoas, está aqui o segundo capítulo desse drama sobrenatural, a verdade é que as pessoas as vezes esquecem como o mundo mudou, esse texto é bem pesado e não melhora muito na primeira fase, só piora, mas espero que seja uma história ao menos quente e emocionante suficiente para agradar todos vocês.

Por favor comentem e votem e até o próximo capítulo.

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Foto de perfil de Dani Pimentinha CDDani Pimentinha CDContos: 23Seguidores: 86Seguindo: 21Mensagem Sou cd sou trans, sou queer, não consigo mais me definir por rótulos, sou ela, dela para ela, por escolha e preferência, não sou operada, não sei se faria, mas sou feminina, delicada, ousada, dane-se o mundo, dane-se o que pensam de mim, sou Dani.

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