A Noite na Fazenda - A Entrega

Um conto erótico de Mateus
Categoria: Gay
Contém 2991 palavras
Data: 24/11/2025 01:41:36
Última revisão: 24/11/2025 02:19:10
Assuntos: Anal, Gay, Oral, Primeira vez

A casa estava silenciosa demais quando Leandro chegou. Silenciosa de um jeito que não significava paz, mas sim expectativa. O corredor parecia mais estreito, o ar mais pesado, como se as paredes observassem. A porta da cozinha estava apenas encostada, e ele pôde ver a luz amarelada filtrando-se pela fresta.

Ela estava lá dentro. E ele sabia.

Ao empurrar a porta, encontrou a esposa sentada à mesa, as mãos entrelaçadas, o olhar fixo nele como se buscasse uma resposta antes mesmo de formular a pergunta, seus olhos cheios de uma desconfiança que ele nunca havia visto antes.

— Leandro… a gente precisa conversar.

O coração dele caiu como pedra. A voz dela não tinha fúria e isso doía mais. Ela estava magoada sem saber o motivo. Confusa. Tentando agarrar alguma ponta solta que justificasse aquela sensação que a acompanhava há semanas.

— Você anda diferente. Distante. E eu… eu tô tentando entender o que tá acontecendo.

Ele engoliu em seco. Não podia dizer a verdade; não podia sequer se aproximar da verdade com uma mentira incompleta. Era como caminhar sobre um campo minado emocional.

— É só cansaço. Muito trabalho.

Ele sabia que a mentira era fraca, mas não podia contar a verdade. Não agora. Não quando o que o consumia era algo que ela jamais entenderia. Ela cruzou os braços sobre o peito, sua expressão calma contrastando com a tensão que emanava.

— Eu sei quando é só trabalho, Leandro — ela respirou fundo — Tem alguma coisa acontecendo. Você fala menos. Você olha pra longe. Às vezes, eu falo com você e parece que você tá em outro lugar… com outra pessoa.

A palavra “outra” perfurou o ar entre eles como um estilhaço. Ela não imaginava. Nem de longe. Seu raciocínio jamais a levaria ao nome que queimava dentro dele.

Mateus.

Ela franziu a testa, suas sobrancelhas se unindo em uma linha fina.

— Eu não quero brigar – ela continuou, com um tremor nos olhos – Eu só quero meu marido de volta.

Leandro quis responder, mas as palavras se desmancharam na garganta. Em vez disso, apenas assentiu. Não foi um sim. Foi um pedido de tempo e ela percebeu.

— Pensa no que você quer, Leandro – sua voz firme, mas com um tom de preocupação que ele não podia ignorar.

Ela observou seus olhos como se buscasse um vulto atrás da pupila, mas não encontrou nada. E desistiu. Não que estivesse convencida, mas decidiu não pressionar mais. Ela sabia que Leandro tinha seus mistérios, mas nunca imaginou que um deles pudesse ser tão profundo.

Ela deu um suspiro longo, quase de cansaço, levantou-se lentamente e saiu da cozinha sem dizer mais nada, como quem carrega uma dor que não sabe nomear, e deixou-o ali, imóvel.

Leandro ficou parado, passando a mão pelo cabelo curto e escuro, percebendo que a sua vida estava começando a ruir.

No dia seguinte, Leandro enviou a mensagem mais difícil de sua vida.

“Mateus… precisamos dar um tempo.”

A resposta não veio rápido. E quando veio, era curta demais para tudo que doía:

“Se é isso que você precisa… tudo bem.”

Mas não estava tudo bem.

As semanas seguintes arrastaram-se como um inverno sem luz. Leandro tentava viver normalmente, mas tudo lembrava o que ele estava tentando enterrar. O silêncio entre nós doía mais do que qualquer confronto. A minha ausência tornou-se uma sombra persistente, um vazio que puxava seu centro para dentro. Leandro sentia-se dividido entre o dever para com a esposa e o filho e o desejo por mim.

E eu… eu tentava ser forte. Estudar, me ocupar, fingir. Mas cada lugar que Leandro tocara em mim, com palavras, com gestos, com intimidades que iam além da pele, continuava aceso. Era impossível apagar, a imagem de Leandro não saía de minha mente.

Eu caminhava sozinho pelas ruas, as mãos enfiadas nos bolsos. Tentava me afastar, me convencer de que o que sentia era errado, mas a atração por Leandro era como um ímã, irresistível e implacável.

Dias se passaram, e a distância entre nós só aumentou o desejo que me consumia. Mesmo assim, decidi sumir. Ocultei visualizações nas redes sociais. Não mandava mensagens.

Passava rápido pela rua quando via Leandro vindo de bicicleta.

Não era só medo, era dor. Era vergonha. Era ciúme de uma vida que eu não tinha, da qual nunca faria parte e que não tinha o direito de me intrometer.

Só que numa noite, tomado por ansiedade, eu enviei uma mensagem curta, um simples oi, perguntando como ele estava.

Leandro leu aquilo dezenas de vezes, sentado no sofá enquanto a esposa colocava o filho para dormir. O peito doeu de um jeito quase físico, como se algo tivesse sido arrancado à força.

Mas ele não respondeu. Não podia. E eu entendi. Se Leandro queria espaço, ele teria.

E assim os dias se arrastaram, silenciosos e pesados.

Nós dois nos afastamos de verdade. Deixamos de nos ver. Deixamos de nos falar. Mas nenhum dos dois conseguiu deixar de sentir.

Um dia, acabamos nos encontrando por acaso. Ou não foi. Talvez destino, talvez descuido, ou talvez o tipo de necessidade que supera qualquer juízo.

Leandro saiu mais tarde do trabalho. A rua estava quase vazia. Ele atravessava a calçada quando ouviu:

— Leandro?

A voz que o perseguia nos sonhos.

Quando ele se virou, seu rosto marcado pela preocupação e pelo desejo, eu estava a poucos passos, com a expressão surpresa e ao mesmo tempo devastada. Era como se o tempo entre nós desabasse, deixando só o essencial.

Nenhum dos dois sorriu. Nenhum dos dois hesitou. Nós apenas nos aproximamos.

— Eu tentei te esquecer… de verdade – murmurei.

— Eu também.

Um silêncio cheio de urgência se instalou. Nós dois sabíamos que não podíamos estar ali. Sabíamos que já havíamos tentado fazer a coisa certa. Mas existia uma força entre nós que não se desfazia por vontade.

Quando eu dei um passo adiante, Leandro sentiu o mundo inteiro se reordenar ao redor daquele gesto. E quando Leandro me tocou, por uma fração de segundos, como quem reencontra um lugar onde sempre pertenceu, o ar escapou dos pulmões de nós dois ao mesmo tempo.

— Eu sinto sua falta todos os dias – Leandro confessou, a voz cortada.

— Eu nunca deixei de sentir a sua – respondi.

E aquilo bastou. Não havia o que fazer nem para onde ir. Nos despedimos encabulados e ficamos mais um bom tempo sem nos falar. Mas as coisas que são proibidas, impossíveis e devastadoras costumam ter uma força gravitacional própria.

Na tarde de domingo, com o céu ameaçando chuva, Leandro enviou uma mensagem:

“Estou sozinho hoje. Se quiser… podemos conversar.”

Eu demorei longos minutos para responder. E então:

“Onde?”

Leandro hesitou. Casa era arriscado. Mas a necessidade falou mais alto que o medo.

“Aqui.”

Eu apareci quarenta minutos depois, com o rosto tenso, os olhos vermelhos. Ao abrir a porta, senti o coração acelerar ao ver Leandro ali, seu corpo alto e forte, os olhos escuros cheios de uma necessidade que ele não podia mais esconder.

Entrei sem dizer nada; Leandro fechou o portão devagar, como se o simples clique da fechadura pudesse acordar todo o mundo.

Por alguns segundos, ficamos apenas nos olhando. Eu respirava rápido. Leandro, respirava fundo, como se tentasse conter a própria alma dentro do corpo.

— Eu não devia estar aqui… — murmurei, quase um sussurro.

— Mas você veio — respondeu Leandro, aproximando-se.

E foi nesse instante, nesse espaço minúsculo entre culpa e desejo, que tudo explodiu.

Leandro deu um passo. Eu dei outro. E, de repente, não havia mais espaço entre nós.

Eu o puxei para perto e Leandro me envolveu com uma força que misturava desejo, alívio e desespero, me fazendo sentir o calor do seu corpo contra o meu. Os abraços eram apertados, como se temêssemos que o outro desaparecesse numa fração de segundo.

Quando eu ergui o rosto, o beijo aconteceu como se tivesse sido guardado durante séculos, urgente, quente, quase desesperado, nascido da ausência que nunca deveria ter existido. O meu corpo se encaixou no de Leandro com naturalidade dolorida, como se finalmente voltássemos a ocupar um lugar que nunca deveria ter sido separado.

Nós encontramos consolo e amparo nos braços um do outro, nossos lábios se unindo em um beijo desesperado e voraz. O mundo ao redor desapareceu, deixando apenas nós dois, perdidos em nossa própria bolha.

Nós nos segurávamos como quem teme desabar: as mãos de Leandro na minha nuca, os meus dedos apertando a camisa de Leandro, os suspiros curtos, rápidos, sincopados. A nossa respiração se confundia. As mãos exploravam, reencontrando caminhos interrompidos, reconhecendo contornos já gravados na memória. Havia um tremor nos toques, não de medo, mas de intensidade. Eu me entreguei, meus braços envolvendo o pescoço de Leandro, desesperado por mais.

Leandro me levou até o quarto de visita, o único lugar da casa que parecia neutro, um espaço sem memórias, sem fotografias, sem testemunhas. A porta se fechou silenciosamente.

Ali, pela primeira vez, sem trilhas, sem mato, sem urgência de fuga, nós pudemos realmente nos entregar, por completo.

Tudo íntimo. Toques demorados. Beijos que desciam pelo pescoço. A respiração quente na pele. Leandro, com cuidado, me guiou até a cama, nossos corpos se encaixando ao deitar no colchão. O peso de um sobre o outro, que ao invés de oprimir, libertava. A mão de Leandro subindo pelo meu torso com reverência. O meu corpo arqueando ao sentir-se desejado de maneira tão inteira, já prenunciando o que finalmente iria acontecer.

As mãos de Leandro percorriam o meu corpo, explorando cada curva e contorno. Ele era gentil, reverente. Eu me entreguei ao seu toque, meu corpo ardendo de desejo. Os lábios de Leandro deslizaram pelo meu pescoço, deixando um rastro de fogo. Ele saboreou cada momento, cada toque, cada suspiro que escapava dos meus lábios.

Eu me ajoelhei diante de Leandro, ele alto e grande, eu pequeno e submisso, minha respiração quente contra a pele das suas coxas, as beijando por dentro. Podia sentir o cheiro da excitação de Leandro, um aroma inebriante que me enlouquecia. Olhei para Leandro, os olhos escuros de desejo.

"Quero te provar", falei, a voz rouca de desejo.

Leandro assentiu, tirando a sua cueca e liberando o seu falo diante do meu rosto, a respiração falhando enquanto a minha língua deslizava, lambendo um caminho lento e tortuoso por seu membro rígido. Ele gemeu, a cabeça caindo para trás quando eu enfiei o seu cacete por inteiro em minha boca, sugando e lambendo com precisão o máximo que eu aguentava. As minhas mãos corriam pelo corpo de Leandro, suas coxas grossas, sua bunda grande, seu abdômen cálido, provocando e atormentando, enlouquecendo-o de desejo.

Mas Leandro ainda não queria gozar. Ele queria explorar cada centímetro meu, me reivindicar de todas as maneiras possíveis. Ele me puxou, suas mãos gentis, porém firmes, me guiando novamente para a cama. Ele me posicionou de lado, de costas para ele, com a bunda exposta como uma oferenda.

Quando finalmente nos permitimos ficar juntos por inteiro, não havia mais barreira. Não havia mais mundo. Só a certeza absoluta daquilo que havíamos negado a nós mesmos.

O coração de Leandro disparou enquanto ele olhava, cheio de desejo e preocupação, para o meu rabinho apertado. Estava nervoso, com medo de me machucar. Queria que a minha primeira vez fosse perfeita, que fosse tudo o que eu merecia. Respirou fundo, se acalmando, antes de se inclinar e dar um beijo suave no meu ombro e pescoço, sua respiração quente me fazendo arrepiar.

“Você está pronto?”, sussurrou, suas palavras sujas e carinhosas ao mesmo tempo.

Eu, com os olhos fechados, assenti, minha voz falhando ao responder:

“Sim.”

Leandro continuou a me beijar e a lamber cada parte do caminho pelo meu corpo, suas mãos explorando cada pedaço, adorando cada centímetro. Ele desceu até meu o cuzinho virgem e apertado, que já estava piscando de antecipação. Leandro fez um beijo grego delicioso, sua língua explorando e brincando com o meu rabinho, me relaxando por completo, e eu gemi de prazer.

“Você é tão lindo”, murmurou Leandro, sua voz rouca de desejo.

Pegou o lubrificante, as mãos tremendo levemente enquanto despejava uma quantidade generosa nos dedos. Esfregou-os, aquecendo o lubrificante, antes de pressionar delicadamente um dedo contra a minha entradinha. Eu me tensionei, a respiração falhando quando Leandro inseriu o dedo lentamente.

Relaxa, benzinho – murmurou Leandro em meu ouvido, com a voz suave – Deixa eu entrar. Me deixa te fazer sentir bem.

Eu respirei fundo, me forçando a relaxar. Senti uma leve ardência quando o dedo de Leandro me penetrou, mas que logo deu lugar a uma sensação prazerosa de plenitude. Gemi, arqueando o corpo quando o dedo de Leandro atingiu um ponto dentro de mim que enviou faíscas por minhas veias.

Leandro não teve pressa, laceando o meu cuzinho e me preparando bem, seus dedos gentis, porém firmes. Acrescentou um segundo dedo, depois um terceiro, abrindo-os como uma tesoura, certificando-se de que eu estava pronto para ele. Quando o terceiro dedo me penetrou, eu mordi o meu lábio, sentindo uma mistura de dor, prazer e nervosismo. Leandro podia me sentir tremendo sob si, o corpo tenso de antecipação.

Finalmente, Leandro não conseguiu esperar mais. Me posicionou de ladinho, se encaixando atrás de mim, me beijando bastante e me punhetando de leve, seu cacete grande, grosso e duro cutucando e pressionando o meu buraquinho, pronto para me penetrar.

“Vai doer um pouco no começo, mas eu vou cuidar de você”, prometeu Leandro, sua voz suave.

Ele respirou fundo, se firmando, antes de me penetrar lentamente. Com muita paciência e cuidado, Leandro entrou devagarzinho, sentindo o meu cuzinho se abrir pela primeira vez, a cabeça estufada do seu pau me invadindo por inteiro.

Eu arfava, o corpo tenso quando Leandro me rompeu pela primeira vez. Ele fez uma pausa, me dando tempo para me ajustar, as mãos firmes nos meus quadris.

"Porra, você é tão apertadinho", gemeu Leandro, a voz tensa pelo tesão.

Ele podia sentir o meu corpo resistindo, os músculos contraídos. Senti uma dor intensa, um incômodo lancinante que me fez segurar para não gritar. Sentia as minhas preguinhas se rompendo uma por uma, e uma sensação horrível de empalamento, como se eu fosse um frango no espeto.

Eu ofegava, o corpo tremendo enquanto Leandro me preenchia lentamente. Doía, uma dor aguda e ardente que me fazia arfar. Minha primeira reação era a de expulsar aquele invasor. Mas por baixo da dor, havia um prazer, uma plenitude que me fazia ansiar por mais.

A vontade de me entregar a Leandro era maior. Respirei fundo, me acostumando com a sensação, aceitando Leandro dentro de mim, enquanto ele, carinhoso, me abraçava, beijava, começando a se mover devagar, forçando-se a ser gentil, entrando e saindo com cuidado, seu cacete me penetrando cada vez mais.

Superado o desconforto inicial, a dor diminuiu, e o prazer tomou conta. Eu me entreguei completamente, meus gemidos enchendo o quarto. Leandro, agora mais confiante, começou a me foder com mais intensidade, passando uma perna por cima de mim e me montando de lado, seu pau grande enchendo o meu cuzinho apertado, me arrombando pela primeira vez.

Leandro gemeu ao finalmente chegar ao fundo, seu cacete enterrado todo dentro de mim, até a base, seu corpo grande e musculoso pressionado contra o meu, suas mãos puxando os meus quadris, segurando firme a minha bunda. Ele podia sentir o meu corpo tremendo sob o seu, os músculos e nervos contraídos apertando o seu pau.

"Você é tão gostoso", sussurrou Leandro no meu ouvido.

Ele saiu lentamente, depois empurrou de volta, estabelecendo um ritmo constante. Ele podia me sentir relaxando sob ele, meu corpo o aceitando, acolhendo-o.

Meu corpo convulsionava e eu choramingava de prazer e dor, ainda meio desesperado pela sensação, meu cuzinho piscando incontrolavelmente, massageando a vara de Leandro, que sentia o orgasmo se aproximando.

Eu gemia baixinho, meu corpo arqueando enquanto Leandro atingia aquele ponto ainda desconhecido dentro de mim, repetidamente. A dor estava diminuindo, substituída por um prazer tão intenso que me fazia ver estrelas. Eu comecei, por mim mesmo, a impulsionar os meus quadris contra Leandro, encontrando suas estocadas, meu corpo desesperado por mais.

Quando viu que eu estava mais dilatado, Leandro acelerou o ritmo, suspendendo as minhas pernas e me comendo com força, suas estocadas firmes bem dentro de mim, me deixando alucinado. Ele gemia, suas mãos apertando a minha bunda enquanto aumentava o ritmo. Ele podia sentir seu orgasmo se aproximando, seu corpo se tensionando enquanto me penetrava cada vez mais, sua vara enterrada fundo dentro de mim, até que ele gozou, me enchendo com seu leite quente.

Leandro levou a mão ao meu redor, encontrando o meu pau estalando, me acariciando no ritmo das suas últimas estocadas, depositando até a última gota da sua porra dentro de mim. Bastou um toque e eu gozei também, meu corpo tremendo de prazer, enquanto Leandro me abraçava, me beijando com sofreguidão, perdidos um no outro, no calor da paixão.

Foi intenso, porém terno. Foi inevitável, porém delicado. Foi paixão, mas também confissão. O ponto de não retorno.

A entrega foi profunda, cheia de sentido, de intimidade verdadeira. Não era só o corpo falando, era tudo: o gesto, o carinho, o peso do reencontro, o alívio da proximidade, a urgência do sentimento que transbordava.

Quando tudo se acalmou, nós permanecemos abraçados, como quem ancora um ao outro, deitados lado a lado, ainda ofegantes. O quarto estava silencioso, exceto pelo sussurro do ventilador e dos dois corações que não conseguiam voltar ao ritmo normal.

Eu encostei a testa no ombro de Leandro.

— Eu tenho tanto medo disso… —confessei.

Leandro fechou os olhos, respirou fundo e respondeu com a voz mais sincera que já teve.

— Eu também — respondeu, passando a mão devagar pelos meus cabelos — Mas eu não consigo… deixar você ir. Eu não consigo ficar longe de você.

Eu fechei os olhos, sentindo a confissão atravessar o peito como um raio.

E foi aí, exatamente nesse ponto de entrega, que ambos soubemos: a partir daquele dia, nada mais poderia voltar a ser como antes.

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