Não posso afirmar que já fiquei com várias mulheres, mas estive com algumas, especialmente nos últimos dois anos. Porém, acredito que a experiência não se baseia apenas em números.
Por exemplo, fiquei com 16 mulheres até hoje, mas aprendi mais com três delas do que com as outras treze juntas. Louise, com certeza, foi a que mais me ensinou. Primeiro, por eu ser inexperiente, as chances de aprendizado eram muito maiores. Além disso, Louise era adepta de práticas não convencionais, como brinquedos, algemas e chicotes, e era totalmente submissa na cama. Ela era franca e não tinha medo de falar sobre o que gostava e do que lhe dava prazer. Era uma conhecedora do sexo e não hesitava em compartilhar suas experiências comigo. Nossas conversas eram totalmente abertas e honestas. Foi Louise quem me ensinou a reparar em certas coisas, como ela dizia: “Chatons de plaisir”.
Naquela noite com Donna, percebi algo que não esperava, era um desses gatinhos de prazer que Louise falava. Não que fosse algo absurdo ou fora do comum; na verdade, é até mais comum do que muita gente pensa. Eu só não esperava aquilo dela, uma loira toda delicada.
Quando levei Donna até a minha cama, fui tirando sua roupa rapidamente, já que era um vestido e duas peças de sua lingerie. Quando ela se deitou, encaixei meu corpo entre suas pernas. Depois de um beijo quente e molhado, decidi fazer o mesmo que ela havia feito comigo. Comecei a descer minha boca pelo seu pescoço e, em seguida, pelos seios. Eu lambi, chupei e suguei seus mamilos com gosto. Ela gemia gostoso com meus carinhos. Porém, foi quando prendi um dos seus mamilos entre os dentes e arrastei minha boca para cima que ela soltou um gemido mais longo. Fiz isso com suavidade, mas percebi que ela gostou, então fui repetindo o mesmo gesto entre outros carinhos, sempre com um pouco mais de força. Ela começou a gemer cada vez mais e, então, comecei a usar minha mão para apertar o mamilo que estava livre da minha boca. Ela adorava aquilo, e ali tive certeza de que gostava de sentir dor durante o sexo.
Claro que não fiz nada para machucá-la, até porque não conhecia seus limites, mas não parei o que estava fazendo. Quando desci minha boca pela sua barriga, deixei minhas mãos em seus seios, apertando os mamilos. Ela soltava alguns gritos, mas eu sabia que não eram apenas de dor; era uma mistura de dor e prazer. Minha boca finalmente chegou à sua intimidade, e eu a explorei com minha língua e lábios. Mas eu queria mesmo, era explorar mais o que eu havia descoberto.
Levantei meu corpo e pedi para ela ficar d4. Ela nem hesitou, se posicionou rapidamente e empinou sua bunda linda na minha direção. Antes de voltar a chupar sua intimidade por trás, dei um tapa forte em uma das suas nádegas. Aquilo com certeza deixaria marcas na sua pele clara, mas ela não reclamou; apenas gritou, abaixou o rosto sobre o travesseiro e empinou ainda mais. Dei outro tapa na sua outra nádega e, em seguida, abaixei meu corpo e passei minha língua na sua intimidade. Ela gritou e depois gemeu gostoso com o carinho. A partir dali, comecei a lamber sua intimidade e continuei dando tapas bem fortes no seu bumbum. Ela gemia, gritava e pedia para eu bater mais forte; eu, claro, obedecia. Quando notei que seu corpo começou a ter alguns tremores, saí de trás dela e fiquei ao seu lado. Introduzi três dedos na sua intimidade de uma vez, enquanto minha outra mão puxava seus cabelos para trás, fazendo-a levantar o rosto do travesseiro.
Comecei a penetrá-la rápida e intensamente, puxando seus cabelos com força. Ela gemia e soltava palavras desconexas. Logo, seu corpo começou a tremer novamente, e seus gemidos se transformaram em urros de prazer. Seus líquidos escorriam entre meus dedos, e eu soltei seu cabelo, dando mais dois tapas fortes na sua bunda. Seu corpo tremia intensamente, e eu senti sua intimidade comprimir meus dedos. Logo, ela deixou o corpo cair sobre a cama, ainda tendo pequenos tremores, e sua respiração estava pesada. Fiquei ali admirando aquela bela mulher com o corpo marcado pelas minhas mãos.
Assim que ela se recuperou, me abraçou e disse que eu era incrível, que fazia tempo que não sentia algo tão intenso. Percebi um pequeno saudosismo na sua voz, mas não perguntei nada. Apenas agradeci o elogio e disse que ela era incrível também. Chamei-a para tomarmos um banho rápido e ela topou. No banho, quis retribuir os tapas, mas eu disse que não curtia muito, preferia a língua dela no meu corpo. Ela entendeu e me proporcionou muito prazer com aquela boca deliciosa.
Voltamos para a cama, mas não dormimos tão cedo. Entre carinhos, conversas e orgasmos, tivemos uma noite longa. Donna não me disse com palavras que gostava de sentir dor ou apanhar durante o sexo, mas não precisava; ela deixou claro isso em cada orgasmo que eu lhe proporcionava. Com certeza, ela ficaria marcada por um bom tempo.
Dormimos juntas até às nove da manhã e, depois de um café rápido, Donna disse que precisava ir ao seu apartamento, mas que voltaria depois do almoço para passar o resto do domingo comigo, e foi o que aconteceu. Às onze da manhã, ela estava de volta. Fomos almoçar no mesmo restaurante que havíamos ido na noite anterior. Depois, passamos o resto do domingo no apartamento, fazendo mais sexo, mas desta vez de forma mais calma, além de conversarmos bastante.
Em um dos nossos diálogos, eu disse que, na próxima vez que nos encontrássemos, queria conhecer a galeria onde ela trabalhava, claro, se ela quisesse me ver de novo. Ela disse que queria muito e sugeriu que eu deixasse para voltar na segunda à tarde para que ela pudesse me mostrar a galeria. Agradeci, mas disse que minha reserva era só até segunda às seis da manhã e que não tinha mais roupas limpas para usar. Ela insistiu, dizendo que eu podia dormir com ela no apartamento, e que passaríamos no shopping antes para comprar roupas para eu usar. Eu quase aceitei, queria muito conhecer a galeria, mas recusei, afirmando que voltaria no próximo final de semana para isso.
Tinha quase certeza de que Donna não era o tipo de mulher que queria me fazer mal, mas ainda achava cedo para ir dormir no seu apartamento. Meu plano era voltar na sexta da próxima semana, conhecer a galeria e, provavelmente, as pessoas que trabalhavam com Donna. Pode parecer cuidado excessivo, mas eu não conhecia ninguém do seu círculo social, e ninguém que visse a gente juntas. Preferi me precaver. Quando disse a ela que voltaria na sexta, ela aceitou melhor do que eu esperava, concordando que seria melhor eu ir embora na segunda de manhã.
Donna ficou comigo até às 21 horas. Foi o dia em que mais conversamos, e sinceramente achei que ela era uma mulher legal. Eu não estava encantada, mas com certeza isso poderia mudar; ela tinha muito a ver comigo. Pensei que, talvez em um futuro próximo, pudéssemos ter algo mais sério, mas para isso, eu precisava conhecê-la melhor e algum sentimento diferente tinha que nascer entre nós. Não dá para pensar em relacionamento sem sentir algo mais do que apenas atração pela pessoa.
Saí de São Paulo na manhã seguinte, às cinco e pouco. O dia ainda estava clareando, mas foi bom porque não peguei um trânsito muito pesado. Cheguei em casa depois do almoço porque passei em algumas lojas em Santos, onde comprei alguns vestidos novos e lingeries. Assim que cheguei, minha mãe e Milene me encheram de abraços e perguntas. Contei a elas que tudo havia corrido bem, que Donna parecia ser uma mulher legal e que eu a veria novamente no próximo final de semana. Milene disse que iria comigo, se eu não me importasse, pois ela tinha que resolver alguns problemas em São Paulo e colocar a casa da mãe à venda. Eu disse que não seria problema algum, até seria bom ter companhia na viagem.
No início da noite daquele dia, Milene apareceu no meu quarto com um pen-drive nas mãos. Disse que era o seu livro. Depois de mais de dois anos, ela finalmente tinha terminado. Pediu para eu ler e dar minha opinião sincera sobre o que achasse. Prometi que faria isso, mas avisei que literatura não era muito meu forte. Ela disse que queria saber minha opinião sobre a história, esse era o seu interesse, então falei que não seria um problema.
Milene tinha escrito e reescrito seu primeiro livro várias vezes. Ela sempre dizia que não estava bom o suficiente após terminar, por isso demorou tanto, mas, finalmente, parece que dessa vez o livro estava pronto.
Minha semana passou até rápido, acho que foi exatamente por causa do livro da Milene; a história era enorme e levei três dias para terminar. Nunca li um livro que me prendeu tanto. A história era linda e, assim que comecei a ler, não queria parar, mas infelizmente tive que fazer alguns intervalos. Quando terminei, estava encantada com o que li; era um romance lésbico de duas mulheres durante a ditadura militar no Brasil. Quando terminei de ler, estava desidratada de tanto chorar; havia algumas partes muito tristes, mas o final era lindo.
Fui sincera com Milene e disse que amei o livro e que não estava dizendo isso para agradá-la, mas era a pura verdade. Minha mãe tinha a mesma opinião e, então, Milene resolveu levar cópias do pen-drive para mostrar a algumas editoras. Torci para que alguma delas resolvesse publicar o livro, pois com certeza ele seria um sucesso com o público LGBT.
Donna me ligou todos os dias durante a semana, mas não conversamos muito; sempre arrumava uma desculpa depois de um tempo de conversa para poder ler o livro da Milene. Mas combinamos de nos encontrar na sexta de manhã na porta da galeria. Ela me passou o endereço e Milene disse que eu não teria trabalho para achar o local.
Saímos às cinco horas na sexta de manhã e, para nenhum tipo de surpresa da minha parte, minha mãe decidiu viajar conosco. Já imaginava que isso poderia acontecer. A viagem foi tranquila, ainda mais porque não fui dirigindo; decidimos ir no carro da minha mãe e Milene assumiu o volante, o que me deixou feliz, pois consegui cochilar um pouco durante a ida. Elas me deixariam na porta da galeria e, se tudo corresse bem, eu dormiria no apartamento da Donna. Mas, se achasse que não seria conveniente, Milene me buscaria ou eu pediria um Uber até a casa da avó da minha madrasta.
Cheguei na porta da galeria às 7h30 e ainda estava fechado. Mesmo assim, resolvi esperar abrir, já que eu nem tinha onde ir. Vi uma padaria aberta quase em frente e fui tomar um café enquanto aguardava Donna. Estava em contato com ela e ela me avisou que estaria lá antes das 8h. Fui até a padaria, pedi um café simples e esperei.
Às 8h em ponto, ela estava chegando na porta da galeria e me avisou por mensagem. Paguei meu café e fui ao seu encontro. Havia mais quatro pessoas com ela e, assim que me aproximei, ela veio até mim e me deu um abraço. Em seguida ela me apresentou às pessoas que estavam ali: um curador de arte, chamado Orlando, que provavelmente tinha uns 60 anos. As outras duas também eram funcionárias da galeria. Alexia era a secretária da dona e Cristina trabalhava na cozinha. Alexia era uma ruiva bonita, provavelmente na faixa dos 30 e poucos anos, e Cristina era uma senhora já na casa dos 50.
Orlando foi quem abriu a galeria e finalmente eu estava entrando em um dos lugares que mais quis conhecer em toda a minha vida. Provavelmente, meus olhos estavam até brilhando naquele momento.
Assim que entramos, Donna pegou minha mão e disse que iria me mostrar tudo. Mas primeiro, iríamos ao seu escritório. O local parecia um antigo galpão de alguma fábrica. Era enorme e com o telhado muito alto. As paredes que dividiam os cômodos tinham cerca de tres metros de altura, parecendo grandes muros separando cada espaço do lugar.
Durante o caminho até o escritório da Donna, eu já estava admirando os quadros que via nas paredes. Quando saímos da área de entrada, vi uma grande estrutura de ferro com uma bela construção em cima. Havia escadas nas laterais dessa construção e notei que Alexia se dirigiu para uma delas; provavelmente, ali em cima ficava o escritório da dona da galeria. Entramos em outro espaço e percebi que as pinturas diminuíram nas paredes, mas havia várias esculturas preenchendo o ambiente. Logo ao fundo, vi outra estrutura de ferro e outra construção em cima. Donna disse que era seu escritório e o do Orlando. Subimos por uma escada de metal e Orlando se dirigiu para a outra que ficava no lado oposto.
Donna abriu uma porta de vidro no topo da escada e disse para eu seguir, mas antes olhei para o lado. Dava para ver a imensidão do lugar. Era lindo olhar de cima. Olhei para o outro lado e vi outros cômodos cobertos mais ao fundo. Imaginei que era onde ficavam a cozinha e os banheiros.
Entrei e o escritório era muito bonito, bem decorado, com janelas de vidro espelhado. Quando olhei para onde Donna estava, vi uma mesa bonita, mas o que mais me chamou a atenção foi um quadro que estava logo atrás da cadeira onde Donna se sentou. Eu reconheceria aquela pintura em qualquer lugar; já tinha decorado os traços e a forma de pintar. Direcionei meu olhar para a parte baixa à esquerda do quadro e lá estava a assinatura dela: uma pequena libélula branca pintada com muita delicadeza.
Já desconfiava que veria algo dela naquela galeria, mas não esperava encontrar um quadro dela no escritório da Donna. Será que ela sabia mais do que eu imaginava sobre a Libélula? Talvez até a conhecesse. Mas isso eu ainda teria que descobrir.
Continua…
Criação: Forrest_Gump
Revisão: Whisper