A porta se abriu com um clique suave, mas que soou como um trovão. As duas se viraram, os olhos arregalados de surpresa. Mas não havia medo no olhar delas. Havia excitação. A surpresa de serem pegas no flagra era parte do jogo.
Carla continuou deitada. Ana, ainda de quatro, olhou para mim, depois para Fernando. E um sorriso lento, malicioso, se espalhou pelo rosto dela. Ela não se moveu. A posição era um convite.
O que se seguiu foi uma dança de corpos e desejos, conduzida pelo maestro da noite: Fernando. "Acho que você estava com vontade de provar uma coisa, não é, meu caro?", ele disse, olhando para Carla e depois para mim. Eu assenti, a boca seca. "Carla, meu amor, seja uma boa anfitriã."
Carla se ajoelhou na cama na minha frente. E eu fui. Me perdi chupando aqueles peitos enormes, macios, um sonho se realizando. Enquanto eu estava ocupado, Fernando se ajoelhou atrás de Ana. "E você, deusa...", ele disse. "Posso tocar?". Ana olhou para mim. Eu, com a boca nos peitos de outra mulher, assenti. Vi as mãos grandes de Fernando explorando o corpo da minha namorada, os dedos dele afundando na buceta dela. Ana jogou a cabeça para trás, um gemido longo e agudo, enquanto ainda chupava Carla.
"Agora você, Ana", Fernando ordenou. Ana obedeceu, se ajoelhou na frente dele e abocanhou seu pau com uma fome que me deixou sem ar. "Isso... mais fundo, porra", ele gemeu, a mão na nuca dela. Vi Ana engasgar, os olhos lacrimejando, mas ela não parou. Era uma performance. Um show para mim.
Carla, agora livre, deitou-se de costas. "E você?", ela disse, a voz rouca. "Vai ficar só olhando?". Ela guiou minha cabeça para baixo, entre suas pernas. Enquanto eu a chupava, ela pegou meu pau e começou a me masturbar, os gemidos dela se misturando aos de Ana, uma sinfonia de putaria.
A noite estava no auge. Fernando, o maestro, percebeu. "Agora!", ele gritou.
E, como se fosse ensaiado, a explosão. Gozei na barriga de Carla. Fernando gozou na boca de Ana. E Carla, sentindo meu gozo quente, também atingiu o clímax, o corpo tremendo sob a minha língua. Por um instante, o único som no quarto foi o de três corpos ofegantes. Ana, por outro lado, estava tensa, a respiração curta, visivelmente excitada, mas não satisfeita.
A adrenalina baixou lentamente. O cansaço começou a bater. A putaria deu lugar a uma intimidade estranha e confortável.
A despedida foi lenta. Na porta da casa, sob a luz da lua, a última cena. Ana e Carla se abraçaram. Um abraço longo. E então, se beijaram. Um beijo de língua, demorado, molhado, sem nenhuma vergonha. Um selo final para a noite.
A volta para casa, na Mercedes de Fernando, foi em um silêncio carregado. Eu e Ana no banco de trás. Peguei na mão dela. Ela entrelaçou seus dedos nos meus, com força.
Assim que fechamos a porta do nosso apartamento, o silêncio foi quebrado. Ana me prensou contra a parede, o corpo dela quente contra o meu. O olhar dela era de uma urgência selvagem. "Agora sou eu", ela sussurrou, a voz rouca. "Você vai me fazer gozar até eu esquecer meu próprio nome."
E eu obedeci. Ajoelhei-me e a adorei com a boca, sentindo o gosto dela, misturado com o de Carla, com o de Fernando. O gosto da nossa noite. Ela gozou gritando, o corpo convulsionando, as pernas tremendo ao redor da minha cabeça.
Depois, deitados na nossa cama, no silêncio da madrugada, ela se virou para mim. "E então...", comecei, a voz rouca, um misto de ansiedade e excitação. "O que você achou?" Ela sorriu, um sorriso de pura satisfação e amor. "Mas a minha parte favorita da noite... foi ver o seu olhar enquanto você me assistia."
E naquele momento, eu entendi. A noite não foi sobre eles. Foi sobre nós. Sobre a nossa confiança, nosso desejo, nossa parceria. Foi a primeira página do nosso próprio diário.
Eu a beijei, sentindo um amor e uma conexão que eu nunca imaginei ser possível. Na minha ingenuidade daquele verão de 2015, eu acreditei que tínhamos atingido o auge da nossa intimidade, que tínhamos compartilhado nosso maior segredo e que, a partir dali, nosso relacionamento seria um livro aberto.
Mal sabia eu que aquela noite de descoberta era apenas o prólogo. O aquecimento. A primeira dose de um veneno que, mais tarde, eu aprenderia a amar de verdade.
O nosso diário tinha muitas páginas em branco pela frente. E a próxima, a mais dolorosa e mais excitante de todas, já estava sendo escrita em silêncio, sem que eu soubesse. A página que eu viria a chamar de "A Primeira Traição".