Pela manhã, despertei em um silêncio opressivo, o quarto ainda envolto nas sombras da noite anterior. Fábio dormia profundamente ao meu lado, seu peito subindo e descendo em um ritmo calmo que contrastava com a tempestade dentro de mim. Vesti apenas uma camisa velha dele, que mal cobria minha nudez, e peguei Flavinha no berço, sentindo seu corpinho quente contra o meu como um lembrete inocente do caos que eu havia criado. Dei-lhe a mamadeira, troquei as fraldas com mãos trêmulas, e a coloquei no cercadinho, onde ela brincava alheia ao veneno que se infiltrava em nossa casa. Eu agia como se fosse a esposa legítima, a rainha de um reino roubado, reacendendo um fogo feminino que eu pensava extinto há anos. Sorria para o nada, mas era um sorriso amargo, tingido de culpa e êxtase.
Sinceramente, não compreendia como Pamela podia ignorar essa sensação devoradora: ser desejada como uma obsessão, ter alguém para proteger, confortar, me transformar em algo belo apenas para seus olhos famintos. Eu estava apaixonada por Fábio – não um amor puro, mas um laço sombrio, forjado em traição e segredos que me consumiam por dentro.
Estava empoleirada em uma cadeira, me maquiando para ele, os traços no espelho refletindo uma mulher renascida das cinzas, quando Fábio acordou em silêncio, como um predador à espreita. Antes que eu pudesse reagir, senti sua língua invadindo minha intimidade, lambidas possessivas que me fizeram arquear contra a madeira fria.
"Parece que alguém acordou animado hoje...", murmurei, a voz rouca de surpresa e desejo.
"Como não ficar animado com essa visão, sua gostosa?", ele rebateu, os olhos escuros devorando minha forma. "Íris, você é maravilhosa. Amo esse seu rabão, esses peitos... Seu gosto é bom demais, como um veneno que me vicia."
Não demorou para seu membro me invadir, dividindo-me ao meio com uma lentidão torturante que me fazia gemer baixinho.
"Que buceta gostosa...", ele grunhiu, as mãos apertando minhas coxas como se quisesse me marcar para sempre.
"Sua rola também é deliciosa, meu anjo. Estou apaixonada... Não sei o que seria de mim sem você...", confessei, as palavras escapando como uma maldição que selava meu destino.
Dessa vez, foi mais suave, um ritual lento e hipnótico. Fábio se movia com calma deliberada, cada estocada um sussurro de possessão. Trocávamos elogios como venenos doces, e eu comecei a rebolar levemente, convidando-o mais fundo no abismo.
"Gosta de pegar sua sogra por trás, né?", provoquei, a voz entrecortada.
"Amo ver você de quatro com minha rola enfiada na sua buceta... Te amo, Dona Íris. Você foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos anos – uma salvação em meio à escuridão."
"Garoto, você não faz ideia do bem que me faz... ou do mal que estamos nos causando."
Ele acelerou o ritmo, beijando minhas costas com uma ternura que mascarava a brutalidade por vir. Quando senti o clímax se aproximando, ele se retirou abruptamente, deixando-me vazia e ansiosa.
"Vem cá, minha gata. Chupa ele. Sei que adora sentir o gosto da sua boceta aqui."
"Adoro mesmo... Você não imagina como isso me deixa louca, como se eu estivesse me devorando junto com você."
Chupei-o enquanto ele me encarava, os olhos flamejantes, seu membro pulsando na minha boca como um coração proibido.
"Tira essa camisa, neguinha, e fica de quatro na cama. Precisamos acabar logo. Estou atrasado."
Obedeci sem hesitar – ele não precisava mais de cerimônias; éramos amantes há tempo demais, entrelaçados em uma teia de pecado que nos prendia irrevogavelmente.
Ele começou a meter com força, um ritmo rápido e frenético que ecoava como punições divinas. Diferente das outras vezes, agora só havia gemidos roucos, respirações ofegantes e murmúrios incoerentes, como se as palavras tivessem se dissolvido no caos.
"Isso, neguinha! Aperta essa bucetinha no meu pau!"
"Ahhh... Assim... Eu vou gozar! Isso é bom demais, meu anjo..."
"Goza nele! Enche ele com o mel dessa buceta!"
Ele mantinha as estocadas rápidas, implacáveis. Eu explodi em um orgasmo que me deixou trêmula, meu néctar cobrindo seu membro como uma oferenda. Não demorou para ele...
"Ahhhhh! Vou gozar, amor..."
"Goza dentro, meu anjo! Quero sentir sua porra escorrendo, me marcando como sua..."
Ele explodiu dentro de mim, um jorro quente que me encheu de uma plenitude sombria. Fiquei deitada na cama, exausta mas eufórica, minha intimidade pingando sua essência, um lembrete pegajoso de nossa união profana.
Fábio tomou um banho rápido, emergindo como se nada tivesse acontecido. Eu ainda jazia na mesma posição, o corpo latejando. Ele vestiu o uniforme de trabalho, beijou Flavinha com uma ternura paternal que me apertava o peito, e então se aproximou de mim:
"Te amo, neguinha. Cuide da nossa filha. Logo volto."
Aquela mistura de palavras e atitudes me enlouquecia – "nossa filha", como se Pamela nunca tivesse existido, como se eu fosse a única rainha em seu trono roubado. Eu vivia o maior sonho da minha vida, mas era um sonho tingido de pesadelo, onde o prazer se entrelaçava com o medo de perdê-lo.
Os dias se arrastavam na mesma rotina viciante: Fábio voltava do trabalho, passávamos momentos falsamente inocentes com Flavinha, e tudo culminava em mim sendo tomada por ele, devorada em um frenesi de desejo. Às vezes começava no sofá, sob as sombras da sala; outras, íamos direto para o quarto, profanando o leito que ele dividia com minha filha. Sempre terminávamos dormindo abraçados, corpos entrelaçados como serpentes, e eu acordava com ele me desejando antes do amanhecer, um ritual que me fazia sentir viva e condenada ao mesmo tempo. Era mágico, sim – uma magia negra que me consumia.
Mas, com o tempo, um frio na barriga se instalou, um formigamento de medo que crescia como raízes venenosas. Quanto mais se aproximava a volta de Pamela, mais eu afundava no desespero, uma escuridão que ameaçava engolir tudo o que eu havia roubado. O que seria de nós quando a realidade nos alcançasse? Eu me agarrava a Fábio com unhas e dentes, sabendo que nosso paraíso era construído sobre ruínas, e que o preço da paixão seria alto demais.