Chefe imoral 05 — O protótipo provocante

Da série Chefe imoral
Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Heterossexual
Contém 2323 palavras
Data: 02/10/2025 18:51:14

Todo mundo na ArtePassos acreditava que eu vivia em outro estado, cuidando das minhas várias outras empresas e que, naquele período, eu me hospedava em algum hotel do centro. Ninguém fazia ideia de que morava num bairro periférico, longe do centro e com razoáveis problemas de transporte. Era um contraste enorme, pegar ônibus lotado e chegar num escritório luxuoso, onde eu era o presidente.

Para a minha sorte, ninguém se importava com o chefe chegando tarde, até porque não estavam acostumadas a ele. Naquele dia, entretanto, eu cheguei e encontrei Luiza discutindo com Amanda.

— Sei que ele está aí. Deixa-me falar com ele.

— Já disse, o senhor Álvaro ainda não chegou.

— Não minta para mim, sua sonsa. Onde já se viu um presidente de empresa se atrasar tanto?

Luiza estava acompanhada de outra mulher. A gerente de produto era uma mulher bem expressiva. Usava um vestido preto, mas com várias estampas geométricas de cores diversas. Usava brincos grandes e seu cabelo loiro, curto, tinha mechas rosas que até então não vi. Era diferente da postura desinteressada do início da reunião com as gerentes. Estava diferente, preparada, como uma atriz em um espetáculo. De fato, estava muito bonita.

O mais curioso era sua companhia. Uma mulher, também loira, de cabelos longos, lisos, que vestia um roupão. Era um rosto conhecido, mas não lembrava de onde. Na hora, isso não me importou muito, pois me incomodava o jeito como Luiza falou com Amanda.

— Algum problema, Luiza?

Ao perceber que Amanda falava a verdade, ela ficou branca como uma vela.

— Isso são horas de chegar? — perguntou, tentando se esquivar do próprio constrangimento.

— Fiquei preso numa conferência com gerentes de outra empresa minha. Isso me atrasou. De qualquer forma, se a Amanda disser para você não entrar, é porque foi uma ordem minha. Não levante a voz contra ela outra vez.

Luiza bufou, em protesto contra minha repreensão. Já estava colocando o lado grosseiro do meu personagem em ação. Troquei olhares rápidos com Amanda e percebi um discretíssimo sorriso de quem gostou muito de ser defendida. Abri a porta e entramos os quatro. A minha sala era comprida e, antes da minha mesa, tinha um sofá comprido em frente a uma parede vazia. Eu e Amanda sentávamos no sofá, enquanto Luiza e sua colega montavam um projetor sobre uma banqueta na frente do sofá, voltada para a parede em frente a ele. Minha secretária, sentada ao meu lado, incomodou a gerente de produto.

— Você pode ir. Não precisamos da sua ajuda — perguntou Luiza, com desdém para Amanda.

Me incomodou o desprezo dela com minha secretária. Amanda prontamente se levantou para sair, mas eu não deixei.

— Amanda. Você fica. Preciso que tome nota do que discutiremos nesta reunião.

Luiza fechou a cara e começou sua apresentação. A mulher que a acompanhava passava os slides enquanto Luiza me apresentava o conceito de seu novo sapato. Ela parecia uma atriz, ou talvez uma cantora, graciosa enquanto detalhava as maravilhas de seu projeto. Ela tinha orgulho de seu trabalho e explicava com convicção como o desenho que definiu para o sapato realçava a sensualidade feminina. Os slides eram cheios de fotos de modelos famosas, vestindo lingeries que teriam sido inspirações para cada decisão projetual. Eu não entendi nada, mas fingia concordar com tudo.

A apresentação terminou e Luiza chamou a sua colega.

— Escuta, para ter sucesso, sacrifícios são necessários — disse Luiza.

A mulher respirou fundo e abriu o roupão. Um corpo sinuoso se revelou na minha frente. Um conjunto delicado de calcinha, sutiã, meias e cinta-liga era tudo que cobria a pele branca daquela mulher. Claro, também tinham o protótipo do par de sapatos que Luiza estava apresentando. A mulher era linda, de fato, tinha pernas bem grossas e desfilou com elegância. Por um instante, fiquei me perguntando o porquê de trazer uma modelo para desfilar seminua na minha frente. Alguns segundos depois, lembrei de Amanda e Priscila e entendi que Luiza tinha sua própria maneira de alcançar seu chefe pervertido.

A mulher, no entanto, caiu no chão com o salto quebrado. Amanda se levantou do sofá e foi direto ajudá-la, mas Luiza a impediu. — Deixa-a! — disse, ríspida.

— Desculpa — disse a mulher.

— Você não disse que havia feito balé, minha querida?

— Sim, mas esse salto não se sustenta. Caí porque ele quebrou.

— Não seja ridícula, Gabriela! — Luiza pegou uma caixa e tirou outro par. — Troque os sapatos. Se quer continuar fazendo parte da equipe, não quebre o produto dessa vez.

Foi só então que me lembrei de que Tânia me fez rodar por todos os setores para me apresentar às equipes. A tal Gabriela era estagiária do setor de produto e não uma modelo contratada para apresentar o novo sapato. Eu achava o Álvaro um péssimo chefe, mas Luiza me mostrou o quanto podia ser pior. Eu já tinha definido meu personagem como uma pessoa não muito agradável e aquele seria um momento perfeito para pôr isso em prática.

— Gabriela, esse é o seu nome, não é? — perguntei, chamando a atenção dela.

— Sim, senhor. — respondeu, assustada.

— Gabriela, você desfila com leveza. Sei que teve azar com o protótipo. A Luiza já combinou o extra que você vai ganhar por esse desfile?

Um sorriso tímido brotou no rosto de Gabriela. Luiza fechou a cara.

— Extra? Não entendi.

— Você está aqui como modelo e não como estagiária. Está extrapolando suas funções. Imagino que a Luiza quis te fazer uma surpresa, que acabei de estragar.

— Sim, senhor — disse Luiza, a contragosto.

— Enfim, Gabriela. Agradeço a sua entrega nesse projeto. Pode voltar ao seu trabalho que continuarei a debater alguns detalhes técnicos com a Luiza.

Gabriela vestiu o roupão e saiu sorridente da minha sala. Como eu havia dito, eu tinha finalmente definido meu personagem e não seria necessariamente o chefe que paga extras para estagiários.

— Por que usou uma estagiária seminua na apresentação? — indaguei.

— Fazia parte mostrar o quanto o desenho do sapato realça a sensualidade da mulher. Queria que eu fizesse o quê? Contratar um modelo? Não temos orçamento para isso e você sabe.

— Sim, mas prometeu sucesso mediante sacrifícios, sem nem combinar um extra para ela.

— Ela é estagiária, quer espaço na empresa. Além disso, é desavergonhada o bastante para não se importar em desfilar. Ela gosta de se exibir.

Na hora, eu lembrei dos meus vários bicos. De como eu tinha que fazer horas extras sem receber nada além de elogios do tipo “você gosta de trabalhar”. Eu olhava para a Luiza e via todos eles. Senti raiva, mas não podia transparecer. Afinal, eu estava interpretando um personagem, que era um chefe sacana, mau-caráter e um tanto pervertido.

— Bom, eu dispensei a Gabriela, mas a apresentação não acabou. Calce os sapatos e venha aqui me mostrar.

Luiza riu, debochada — isso não tem graça.

Eu não estou rindo — disse, engrossando um pouco mais a voz, fuzilando-a com os olhos.

Luiza engoliu em seco e obedeceu. Ela tirou os próprios sapatos e colocou o segundo par de protótipos. Começou a caminhar até mim, mas eu a impedi.

— Luiza, você precisa mostrar como o sapato realça a sua sensualidade.

O rosto dela enrubesceu na hora.

— Não é necessário, Álvaro. É um sapato para eventos sociais, ninguém vai usá-lo sem roupa.

— Então, por que foi necessário a Gabriela se despir aqui?

Luiza bufou. Colocou as mãos na cintura, olhando para o lado, como se procurasse um argumento.

— Vamos, Luiza. Não tenho o dia todo. “Para ter sucesso, sacrifícios são necessários”

A gerente de produto respirou fundo e tirou o vestido. Exibiu o belo corpo e a lingerie roxa que contrastava com a pele branca. A calcinha, com as laterais bem finas, ressaltava a largura do seu belo quadril. O sutiã espremia os seios de tamanho considerável entre si.

Me diverti com Luiza desfilando visivelmente constrangida. De início, pensei que aquela impressão de medo fosse apenas por estar sem roupa, mas após ir e voltar sem acidente, seu rosto expressava alívio. Eu pedi, então, para ela se aproximar e nos explicar de novo os conceitos, mas mostrando o sapato em seu pé e, de repente, ela mudou.

Luiza veio até nós, com um pouco mais de segurança em seus passos, e colocou seu pé entre mim e Amanda. Quase me distraí com a coxa dela bem perto do meu rosto, mas Luiza não deixou. Ela explicava com desenvoltura seu próprio projeto, muitas vezes mostrando as curvas do próprio corpo para indicar suas referências de desenho. Confesso que a admirei naquele momento. Sei a dificuldade de um artista se desprender de certos constrangimentos na hora de atuar e o que ele fez ali foi incrível. Tinha até perdido a graça de expô-la daquele jeito. Era de fato uma mulher talentosa, pena que fosse tão arrogante.

Mas o melhor ainda estava por vir.

Luiza se virou de costas para exibir como o desenho do salto alto se integrava com o calcanhar e a perna. Ao se curvar para nos apontar o detalhe, se esqueceu de estar vestindo uma calcinha fio dental e que suas pregas ficariam expostas a poucos centímetros do meu rosto.

Só que eu não vi o cu de Luiza. Vi um coração.

— O que é isso aqui? — perguntei. Eu sabia muito bem o que era, mas fingir inocência deixava tudo mais divertido.

— O quê? — perguntou Luiza, ainda curvada, pensando que me referia a algum detalhe do sapato.

— Isso aqui. — disse, ao dar uma pegadinha de leve no objeto alojado no ânus dela, que a minúscula calcinha não conseguia esconder.

— Ai — gemeu Luiza. Apesar de ela ter rapidamente ficado de pé e se virado de frente para nós, aquele não foi um gemido de susto.

— Você sabe o que é isso? — perguntei a Amanda, dando a ela meu sorriso mais sacana.

— É um plug anal. É um brinquedo erótico.

— Brinquedo? De enfiar ali?

Luiza estava cada vez mais vermelha.

— É uma região bem prazerosa de estimular.

Eu e Amanda de fato tínhamos muita cumplicidade. Ela entendeu minhas intenções e me respondia só para constranger mais a Luiza, cujo rosto enrubesceu cada vez mais.

— Então, você enfia isso aí e vai trabalhar. É como se estivesse se masturbando ou coisa assim?

— Senhor, não sei o que está pensando, mas isso não afeta em nada o meu trabalho. — disse Luiza, envergonhada.

— Não é como se estivesse se masturbando. Só é gostoso de usar. — disse Amanda, deixando Luiza ainda mais constrangida.

— Você tem um desses? — Perguntei para a Amanda.

— Não, mas tenho vontade.

— Você colocaria um desses para vir trabalhar?

— Preferia que alguém me colocasse em mim.

Eu já estava excitado olhando o desfile de Luiza, mas a indireta de Amanda fez meu pau endurecer até ficar desconfortável na calça. Deixei isso para depois e continuei minhas provocações.

— Luiza, foi você mesma que colocou ou alguém colocou em você?

— Foi a namorada?

Amanda mencionar a namorada a deixou ainda mais constrangida. Lembrei de Priscila fazer uma insinuação sobre ela ter uma namorada na empresa. De alguma forma, falar sobre isso a incomodava.

— Isso não é do seu interesse.

— Se minhas funcionárias se comportam indecentemente na empresa, eu preciso saber — disse, num tom malicioso.

— Não é só ela que está indecente na empresa — disse Amanda, sem tirar os olhos do volume na minha calça.

Ver Luiza daquele jeito, toda a conversa e as indiretas de Amanda me deixavam excitado demais. Na hora, não havia entendido o porquê de Amanda chamar a atenção para a minha ereção, mas ao vê-la arregalar os olhos e cobrir a boca, entendi que ela estava criando mais oportunidades para mim e meu personagem babaca.

— Há uma diferença muito grande entre causa e consequência.

Todo mundo sabia que eu estava de pau duro devido à Luiza, mas dizer aquilo, ainda que indiretamente, deixou-a extremamente vermelha. Naquele momento, fiquei satisfeito. Ela estava totalmente constrangida. Cumpri com louvor o meu papel de chefe canalha, mas eu precisava voltar ao tema da reunião.

— Tudo bem, Luiza. Tire isso e vamos falar do seu projeto.

A gerente de produto inesperadamente abriu um sorriso sem graça. Olhou fixamente para o meu pau e levou as mãos para trás, exitante. Algo me dizia que ela estava começando a gostar daquela situação, mas sem saber dizer como.

— Me referia ao sapato. — disse.

Luiza sentou ao meu lado, com uma cara que não entendi se estava aliviada ou frustrada. Fiz toda a força do mundo para não rir. Ela tirou o sapato e colocou na minha mão.

— O outro protótipo quebrou com a Gabriela. O que acha que pode ter acontecido?

— Você quis um modelo para a linha de baixo custo. Isso reduz a qualidade.

— Não pode fazê-lo com linhas mais simples, porém, durável?

— Ele vai ser igual aos outros sapatos. O diferencial dele é o design.

Luiza podia ser arrogante, mas ela tinha razão.

— E se melhorarmos a qualidade?

— Nenhum pobre vai pagar por ele.

— Será? Acho que se encontrarmos um equilíbrio entre design e qualidade, aliado a uma boa campanha de marketing, podemos convencer uma boa parte do público a investir um pouco mais. Em paralelo a isso, faça um design minimalista para ficar bem barato e de qualidade.

— Minimalista? Isso é eufemismo para sem identidade.

— É eufemismo para desafios. Coisas que os grandes designers não negam.

Luiza abriu um sorriso discreto, tirou o protótipo do outro pé e calçou os sapatos que usava antes. Podia não saber nada sobre design de sapatos, mas em vários momentos dessa reunião percebi o quanto ela era apaixonada pelo que fazia. Para alguém que aceitou enganar uma empresa inteira enquanto atuava, entendia o quão estimulante pode ser um desafio para alguém. Após se despir e ser constrangida, Luiza exibia um sorriso até confiante por eu dar uma tarefa desafiadora para ela. Assim, quando ela se abaixou para pegar o vestido, me dando o último vislumbre de seu plug anal, eu não resisti.

— A Amanda tem razão. Esse plug ficou lindo em você — disse no meu tom mais sacana.

Para a minha surpresa, Luiza continuou sorrindo.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 357Seguidores: 338Seguindo: 122Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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Que conto excitante. Agora, eu fico pensando se o chefe excitava todas as funcionárias remotamente, sem nunca conhecê-las e precisou de um ator bonito para personificar o papel dele? Nesse caso, todo mundo é real e só ele é o ator. Tá muito interessante, continue...

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