Uma Nova Chama na Chácara
Eu nunca imaginei que a vida, aos 70 anos, pudesse me surpreender com tamanha intensidade. Meu nome é Margarete, e esta é a história de como meu coração, que por anos esteve adormecido, voltou a pulsar com uma chama que eu julgava extinta. Tudo começou quando Gustavo, meu neto de 16 anos, veio morar comigo na chácara em Mafra, Santa Catarina, após a tragédia que levou seus pais. A dor da perda nos uniu, mas algo mais, algo proibido, começou a crescer entre nós.
A chácara sempre foi meu refúgio, um lugar de silêncio e memórias do meu falecido marido. Mas, com a chegada de Gustavo, a casa ganhou vida. Ele trouxe consigo a energia da juventude, o cheiro de terra molhada nos cabelos castanhos desgrenhados, e um olhar que, sem querer, parecia enxergar além da minha alma. Eu o acolhi com um abraço apertado, sentindo o calor de seu corpo jovem contra o meu. "Meu querido, que bom que você está aqui!", eu disse, tentando conter as lágrimas. A solidão, que por tantos anos me abraçara, parecia recuar diante dele.
"Obrigado, vovó. Estou aqui para te ajudar", ele respondeu, com uma voz suave que escondia sua própria dor.
Os primeiros dias foram um ajuste. Acordar ao amanhecer para cuidar das galinhas e do pomar era um contraste gritante com a vida agitada que Gustavo levava na capital. Eu o observava, seus braços fortes carregando baldes, o suor escorrendo pelo pescoço bronzeado. Havia algo em sua presença, algo que mexia comigo de uma forma que eu não queria admitir.
Numa manhã ensolarada, enquanto tomávamos café, senti seus olhos em mim. "Você sabe, Gustavo, eu não sei fazer pão como sua mãe fazia", confessei, tentando desviar o olhar. Minha voz tremia, e eu não sabia por quê.
"Vovó, qualquer coisa que você fizer vai ser deliciosa", ele disse, com um sorriso que fez meu coração disparar. "Podemos aprender juntos."
Com o tempo, a chácara se tornou nosso mundo. Gustavo assumiu o papel de homem da casa, e eu, aos poucos, redescobri a alegria nas pequenas coisas: o som de suas risadas, o jeito como ele segurava o regador com firmeza, o calor de sua presença ao meu lado. Mas havia algo mais, algo que eu tentava ignorar. Meu corpo, que por anos esteve dormente, começou a reagir. Um arrepio aqui, um calor súbito ali. Minhas roupas íntimas, para minha surpresa e vergonha, ficavam úmidas só de pensar nele. Eu era uma mulher experiente, viúva, mas aquelas sensações... eram novas, intensas, proibidas.
Certa manhã, enquanto eu batia a massa de pão na pia da cozinha, senti ele se aproximar. O ar ficou pesado, carregado de uma eletricidade que eu não podia ignorar. Gustavo envolveu minha cintura com os braços, seu peito firme contra minhas costas. Então, ele inclinou-se e depositou um beijo suave no meu pescoço. "Bom dia, vovó. A senhora está maravilhosa hoje", ele sussurrou, sua voz rouca enviando um choque pelo meu corpo. "Mal posso esperar para almoçar com você. Te amo, dona Net."
Meu corpo amoleceu. Meus pelos se arrepiaram, e uma onda de calor subiu do meu ventre. Senti um pulsar entre minhas pernas, uma umidade que me fez corar. Quando ele pressionou o corpo contra o meu, percebi a rigidez de seu desejo contra minha pele. Meu Deus, o que estava acontecendo? Aquilo era errado, mas a verdade é que eu não queria que parasse. Virei-me lentamente, meus olhos encontrando os dele, e sem pensar, meus lábios tocaram os seus. Um beijo lento, quente, que fez o mundo desaparecer. Quando nos separamos, sussurrei, com o coração na garganta: "Eu também te amo, meu amor. Toma cuidado lá fora. Tenho uma surpresa para você depois do almoço."
Ele saiu, confuso, mas com um brilho nos olhos. Eu fiquei na cozinha, o coração acelerado, a mente girando. Naquele momento, decidi que não seria apenas a avó, a dona de casa. Eu seria a mulher que ele precisava, que nós precisávamos.
Gustavo voltou para o almoço, o sol brilhando em seus cabelos. A mesa estava posta, o cheiro de feijão tropeiro enchendo o ar. Quando ele se aproximou, não resisti. Puxei-o para mim, e nossos lábios se encontraram novamente, um beijo faminto, molhado, cheio de desejos que nenhum de nós podia mais negar. Suas mãos deslizaram pela minha cintura, descendo até minha bunda, e eu, sem hesitar, toquei-o, sentindo sua rigidez sob o tecido. "Menino, que fogo é esse?", brinquei, tentando esconder o tremor na voz.
"Vamos almoçar", eu disse, ofegante. "Depois, suba para o meu quarto. Hoje será diferente."
Enquanto ele comia, eu mal conseguia me concentrar. Minha mente estava no que viria depois, no desejo que queimava em mim. Meu marido nunca soube me satisfazer completamente, e agora, com Gustavo, eu queria explorar cada fantasia que guardei por décadas. Terminei de arrumar a cozinha com uma pressa que nunca senti. Minhas pernas tremiam, meu coração parecia querer saltar do peito. Subi as escadas, o estômago revirando com uma mistura de ansiedade e excitação.
No quarto, encontrei Gustavo deitado, apenas de camisa e cueca, sua mão segurando o membro meio ereto. Meu fôlego parou. Sem dizer uma palavra, deitei-me entre suas pernas, minhas mãos trêmulas alcançando-o. Nunca fui experiente em sexo oral, mas o desejo me guiava. Toquei a cabeça de seu membro com os lábios, sentindo seu calor, seu pulsar. Comecei a movê-los, lentamente, enquanto minha mão, ainda com a aliança que eu mal lembrava, o acariciava. Gustavo gemia, seus olhos fechados, o corpo tenso. Era a primeira vez dele, eu sabia, e isso só aumentava meu desejo de torná-lo inesquecível.
Seus gemidos se intensificaram, e eu senti as veias de seu membro pulsarem sob minha língua. Sabia que ele estava perto. Num impulso, deixei um pouco de saliva escorrer, acelerando o ritmo, querendo levá-lo ao limite. Quando ele explodiu, um êxtase que fez seu corpo tremer, engoli o que pude, sentindo o gosto salgado, quente. Um pouco escapou, escorrendo por minha mão, mas eu não me importei. Levantei-me, limpando os lábios, e sorri. "Bom descanso, Guh. Vou à cidade comprar mantimentos. Nos vemos à noite, meu amor."
Saí do quarto, meu corpo ainda vibrando, meu coração leve. A chácara, antes silenciosa, agora era um palco de desejos, de recomeços. Gustavo e eu estávamos apenas começando.