Uma Loucura na rua em frente ao Shoping
O dia pesava sobre meus ombros como uma tonelada. Exausta, a palavra parecia um eufemismo para o estado em que me encontrava. A rotina, o cansaço, o casamento que caíra na monotonia… tudo contribuía para um desânimo profundo. Pedi ao meu marido que buscasse nosso filho na escola, uma pequena brecha de tempo para mim, um respiro. Decidi ir ao shopping, não por necessidade, mas por um desejo de distração, de ver gente, de me sentir um pouco mais viva.
As compras foram um borrão de vitrines e sacolas. Um alívio momentâneo, mas a sensação de vazio persistia. Ao sair do shopping, caminhando em direção ao meu carro, notei uma caminhonete imponente, de vidros escuros e pintura preta, estacionada logo atrás do meu veículo. Uma presença marcante, quase intimidadora.
Abri a porta de trás do meu carro para guardar as compras e, nesse momento, a porta da caminhonete se abriu. De lá, desceu um homem que parecia saído de um sonho. Loiro, de corpo atlético e um sorriso que misturava malícia e curiosidade. Ele veio em minha direção com uma confiança que me deixou sem fôlego.
“Com licença”, disse ele, a voz rouca e aveludada. “Nós não nos conhecemos de algum lugar? Você me parece muito familiar.”
Eu sabia que era uma cantada, a mais antiga do livro, mas vinda dele, soava como uma melodia irresistível. Seus olhos percorreram meu corpo sem pressa, um olhar que me despiu ali mesmo, no meio da rua . Ele não perdeu tempo com rodeios.
“Que tal entrar na minha caminhonete?”, convidou ele, direto, sem rodeios. “A gente pode conversar melhor.”
Meu coração disparou. A exaustão, o tédio, a frustração com meu casamento… tudo se converteu em um impulso selvagem, uma vontade incontrolável de fazer uma loucura, de quebrar as regras, de me sentir desejada novamente. Em um piscar de olhos, sem pensar nas consequências, eu aceitei. Entrei na caminhonete daquele estranho, o “macho”, como o chamei em pensamento, e a porta se fechou atrás de mim, selando meu destino naquela tarde.
O interior da caminhonete era luxuoso, o cheiro de couro novo misturado ao perfume amadeirado dele. O silêncio era denso, carregado de uma eletricidade que arrepiava minha pele. Ele me olhou, um sorriso satisfeito nos lábios, e eu soube que não havia mais volta. E, para ser sincera, eu não queria voltar.
Ele se aproximou, sua mão encontrando a minha. O toque era firme, quente. Ele me puxou para perto, seus lábios encontrando os meus em um beijo avassalador. Um beijo que começou com a urgência de dois estranhos e rapidamente se aprofundou em uma paixão contida, uma fome que ambos compartilhávamos.
Suas mãos exploravam meu corpo com uma habilidade que me deixava tonta. Ele despiu minhas roupas com uma lentidão torturante, cada peça removida era uma promessa de mais prazer. Eu me entreguei completamente, meu corpo respondendo a cada carícia, a cada beijo, a cada sussurro em meu ouvido.
Naquele espaço confinado, naquela bolha de desejo que criamos, eu me permiti ser outra pessoa. A mulher cansada e desanimada deu lugar a uma amante voraz, sedenta por novas sensações. Ele me possuiu com uma intensidade que eu jamais havia experimentado, cada movimento uma sinfonia de prazer que ecoava em minha alma.
O tempo pareceu parar. Quando tudo terminou, eu estava ofegante, meu corpo trêmulo, minha mente em um turbilhão de emoções. Ele me vestiu com o mesmo cuidado com que me despiu, seus olhos ainda brilhando com o fogo da paixão.
Saí da caminhonete e entrei no meu carro, minhas mãos ainda tremendo. Ele apenas sorriu, um sorriso cúmplice, e partiu, desaparecendo na imensidão da rua. Eu fiquei ali, por um tempo que não sei precisar, tentando processar o que havia acontecido.
Voltei para casa, para minha vida, para a rotina. Mas algo havia mudado. Aquela loucura no estacionamento, aquele encontro com um estranho, havia despertado algo em mim. Uma chama que eu não sabia que ainda existia. E, no fundo, eu sabia que aquela não seria a última vez que eu me permitiria ser selvagem.
Sexy Elegante