✦ Por Aila Nix ✦
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Olho para o relógio no criado-mudo. 3:54 da manhã.
O sono me abandona devagar, dissolvido pelo calor de um desejo que se infiltrou nos meus sonhos e agora me mantém desperta.
Meu corpo pede alívio.
Instintivamente, minha mão desliza sob o tecido fino, encontra meu seio e o aperta suavemente. Um arrepio percorre minha pele. Fecho os olhos. A massagem começa lenta, firme — um jogo entre prazer e dor que me faz prender a respiração.
Um gemido baixo escapa dos meus lábios, e minha outra mão segue o mesmo caminho, tocando o seio solitário, moldando-o com os mesmos movimentos. O calor cresce, espalha-se sob minha pele, acende algo mais profundo. Minhas pernas, inquietas, se abrem sozinhas, respondendo ao toque.
Minha mão continua a dança torturante. Os seios, agora quentes e sensíveis, anseiam por mais.
O quarto está silencioso, exceto pelo som da minha respiração, que se torna irregular, e pelo farfalhar dos lençóis sob meu corpo inquieto.
O toque escorrega pela pele febril até encontrar o centro pulsante do meu prazer.
O primeiro contato me faz arfar. Meu corpo responde sozinho, arqueando-se contra a pressão suave que logo se torna mais intensa.
Movimentos lentos, exploratórios, provocam arrepios que percorrem minha espinha.
O calor se acumula entre minhas coxas — um desejo líquido que escorre em resposta ao toque certeiro. Meus gemidos, antes contidos, agora são mais ousados, preenchendo a escuridão ao meu redor.
O prazer cresce, insaciável, consumindo cada pensamento.
Meu corpo inteiro se contrai, os músculos retesados, a respiração entrecortada por suspiros urgentes.
E então, a explosão.
Ondas de êxtase me atravessam, arrancando de mim um gemido rouco e profundo enquanto me perco na sensação.
Fico ali, ainda ofegante, sentindo os últimos tremores do prazer se dissipa como faíscas no ar.
O corpo relaxa, entregue ao cansaço gostoso que se instala após o clímax.
Abro os olhos. Um sorriso satisfeito brinca em meus lábios.
Olho para o relógio novamente. 4:10.
A madrugada ainda se curva para mim... e o desejo, também.
Ass: Aila Nix
Obra original.
Se minhas palavras forem replicadas, ainda assim pertencem a mim.
Você pode carregar o eco, mas a voz continua sendo minha.