O apartamento estava silencioso, iluminado apenas pelo reflexo das luzes da cidade na janela. Ele chegou, a desculpa habitual da caixa de ferramentas entre ele e meu pai. Mas o olhar que trocamos quando entrei na sala não tinha nada de habitual.
Ele usava um suéter preto que se moldava ao torso. Quando a porta da frente fechou, ficamos parados no corredor, o ar entre nós carregado de tensão. Seu olhar percorreu meu corpo lentamente, e eu senti um calafrio percorrer minha espinha.
Fui eu quem fechou a distância. Quando nossas bocas se encontraram, não houve hesitação. O beijo foi feroz, desesperado, anos de desejo contido explodindo naquele momento. Minhas mãos puxaram o suéter para cima enquanto ele arrancava minha camisa.
Empurrei-o contra a parede do corredor, minhas mãos explorando seu corpo sob o tecido. Ele era mais forte, mais velho, mas naquele momento era eu quem comandava. "Quarto", disse contra sua boca.
Na cama, as roles se definiram. Virei-o de bruços, beijando suas costas enquanto minhas mãos abriam seus jeans. Quando ele ficou completamente exposto para mim, parei por um momento para admirar a vista - suas costas largas se afunilando para uma cintura estreita.
Usei as mãos e a boca para prepará-lo, sentindo seu corpo responder a cada toque. Quando finalmente entrei, foi com uma calma que contrastava com a fúria anterior. Ele gemeu no travesseiro, seus dedos se contraindo nos lençóis.
O ritmo começou lento, deliberado. Cada movimento era calculado para maximizar seu prazer. Eu podia sentir seus músculos se contraindo a cada investida, ouvir sua respiração ficar mais ofegante. Quando o vi começar a perder o controle, aumentei o ritmo.
Mudei de posição, virando-o para enfrentar-me. Queria ver seu rosto. Seus olhos estavam escuros de prazer, sua boca entreaberta. Ele me puxou para outro beijo, mais suave desta vez, enquanto nossos corpos continuavam seu ritmo implacável.
Foi então que senti suas pernas se envolverem em minha cintura, puxando-me mais profundamente para dentro dele. O som que saiu de sua garganta era pura rendição. Foi o suficiente para me levar à beira do clímax.
Nos momentos finais, nossas mãos se entrelaçaram contra o colchão. Quando finalmente cheguei ao limite, foi com seu nome em meus lábios. Senti seu corpo responder ao meu, contraindo-se em sua própria liberação momentos depois.
Depois, deitados lado a lado na penumbra, seu dedo traçou círculos lentos em meu braço. O silêncio entre nós era diferente agora - íntimo, carregado de significado. Quando nossas pálpebras começaram a pesar, ele se aproximou, seu corpo se encaixando contra o meu naturalmente, como se sempre tivesse pertencido ali.