Insana - Parte 5

Um conto erótico de Lucas (Por Mark da Nanda)
Categoria: Heterossexual
Contém 3415 palavras
Data: 10/10/2025 19:43:16

Ela hesitou, mas então, com um suspiro trêmulo, abriu a blusa, revelando os seios que também tinha marcas vermelhas de mordidas e chupões. Baixei sua calcinha e vi a buceta vermelha e inchada. Cada marca era uma prova do que ela havia feito, mas também um desafio, um convite para eu tomá-la de volta:

- Eu cuido de você. - Falei, a voz firme, mas carregada de desejo: - Mas só depois que você voltar a ser minha.

Clara me encarou, os olhos brilhando de culpa. Ela se aproximou, os lábios roçando os meus, e sussurrou:

- Então me faz sua de novo.

[CONTINUANDO]

Nós nos entregamos como se o mundo estivesse acabando. Minhas mãos percorreram o corpo dela, algumas vezes mais rispidamente, apagando as marcas que Augusto havia feito outrora. Eu a puxei para fora do box, ainda molhada, e a joguei na cama do quarto. Clara não resistia, mas havia uma hesitação em seus olhos, uma culpa que ela não conseguia esconder e uma confusão que eu havia causado. Eu não me importei. Naquele momento, eu precisava dela, precisava sentir que ela era minha, mesmo que por uma noite:

- Conta de novo... - Falei, enquanto beijava seu pescoço, minhas mãos apertando suas coxas: - Conta como ele te pegou de quatro.

Ela hesitou novamente, mas gemeu alto, o corpo respondendo ao meu toque, mas a voz ainda trêmula:

- Ele... Ele me segurou pelos cabelos e puxou minha cabeça pra trás. Ele me fodeu com vontade... e me batia enquanto me comia, cada estocada mais forte que a anterior. Ele... Ele dizia que eu era uma vadia, que ele sabia bem o tipo de mulher que eu era e o que eu queria.

- É!? E o que você quer? - Perguntei, embalado pelo tesão.

- Eu... Eu não queria, Lucas, mas não conseguia resistir. Depois de um tempo, eu me entreguei, afinal, eu estava lá e estava sendo uma trepada muito boa.

Eu a virei de bruços, repetindo a posição do meu algoz, meu pau duro roçando contra ela:

- Foi assim? - Perguntei, entrando nela com uma estocada lenta, mas firme.

- Foi! Ah... - Ela gemeu, contraindo seu corpo: - Mas ele era mais bruto. Com você é diferente, amor. Você me quer de verdade.

- Não! Hoje, não vai ter amorzinho para você. Você quis dar para um bruto e deu, não foi? Vai dar de novo, mas agora comigo.

Eu acelerei as estocadas, cada movimento uma tentativa desesperada de mostrar para Clara que eu podia ser mais do que eu representava para ela, que eu podia ocupar aqueles lugares em sua mente. Clara gemia alto, as mãos agarrando os lençóis, o corpo se arqueando contra o meu. Pedi que ela me contasse sobre a posição de lado, e ela obedeceu, descrevendo como Augusto levantou sua perna, como ele a penetrou fundo, como ele a fez gozar enquanto sussurrava coisas sujas no ouvido dela:

- Sujas como? - Perguntei.

- Ué!? Ele... Ele dizia que agora era o meu macho, o meu dono e perguntava para quem eu pertencia.

- Ah... - Resmunguei, aproximando-se de seu ouvido: - E a quem você pertence?

- A você, claro!

- Não foi isso que você disse para ele, foi?

- Não...

- Então, repete: a quem você pertence?

- A você. - Ela insistiu.

- Mas você não disse que pertencia a ele?

- Foi. Mas lá eu estava falando com ele, então naquele momento, ele era você. A resposta que eu dei para ele, é a mesma que estou te dando agora.

- Ah, safada...

Repeti cada posição, cada movimento, mas com uma intensidade que era só nossa, um misto de raiva, desejo e amor. Clara não sabia se vibrava ou choramingava, mas não nego que ela estava adorando:

- E agora? - Perguntei, virando-a de frente e me enviando entre suas pernas, os olhos fixos nos dela: - Como ele terminou?

- Ele... Ele me colocou no colo dele, me fez cavalgar. Ele segurava minha cintura, batia na minha Bunda, me fazia ir mais rápido, me esfregava sobre ele como se eu fosse uma boneca de pano. Ele gozou dentro da camisinha, mas... Desculpa, eu gozei de novo, Lucas. Eu não queria, mas gozei.

Eu a puxei para meu colo, imitando a posição, mas segurando-a com mais força, como se quisesse marcá-la como minha. Clara cavalgava, os olhos fechados, os gemidos se misturando com soluços. Eu sentia que ela estava se entregando, não apenas ao prazer, mas a mim, à ideia de que, apesar de tudo, eu ainda era o homem que ela amava:

- Você é minha, Clara! - Eu disse, entre estocadas: - Não importa o que aconteceu hoje. Você é minha.

Ela abriu os olhos e pela primeira vez naquela noite, vi paz neles. Ela se entregou de corpo e alma, os movimentos mais fluidos, os gemidos mais sinceros. Passamos a noite transando, alternando posições, repetindo as que ela descreveu com Augusto, mas transformando cada uma em algo nosso. Eu gozei três vezes, ela, eu perdi a conta dos orgasmos que teve, cada um mais intenso que o anterior. Quando terminamos, estávamos exaustos, suados, abraçados na cama, o silêncio pesado, mas cheio de significado.

Dois dias depois, estávamos na sala da Dra. Mariana, sentados nas poltronas de sempre. Clara estava mais quieta, as mãos apertadas no colo, os olhos evitando os meus. Eu, por outro lado, sentia uma estranha calma, como se a noite com Clara tivesse exorcizado algo dentro de mim, mesmo que eu ainda não entendesse o quê:

- Clara, Lucas, o que trouxe vocês aqui hoje? - Perguntou a Dra. Mariana, os olhos verdes nos estudando com atenção.

Clara respirou fundo, as mãos tremendo:

- Eu... eu tive uma recaída, doutora, no final de semana, com alguém que conheci numa festa na casa da Jú. Eu liguei pro Lucas, como você disse para eu fazer, mas a ligação caiu, e eu... eu não consegui me controlar. Fui pra um motel com um cara e passei quatro horas com ele. - Ela fez uma pausa, as lágrimas escorrendo: - Eu me senti tão suja depois, tão burra. Estava tudo indo tão bem com o Lucas e eu estraguei tudo.

A Dra. Mariana assentiu, sem julgamento, mas com uma expressão séria:

- Entendo, Clara. E o que aconteceu depois? Você confessou para o Lucas? Como você e Lucas lidaram com isso?

Clara olhou para mim, hesitante, e voltou a encará-la:

- Quando cheguei em casa, o Lucas estava lá, tenso, nervoso. Eu não consegui mentir, doutora. Eu sabia que ele sabia só de me olhar e eu não quis esconder. Eu corri pro banheiro, me xingando, chorando. Mas o Lucas... ele não gritou, não discutiu. Ele... Ele só quis saber tudo o que aconteceu, cada detalhe do que aconteceu. - Ela se calou, enxugando uma lágrima e continuou: - E então... nós transamos. Muito. Ele disse que queria me fazer dele de novo, que não importava o que tinha acontecido. E eu... eu me entreguei, doutora. Estou confusa até agora...

A Dra. Mariana olhou para mim, as sobrancelhas levantadas:

- Lucas, isso é verdade? Como você se sentiu ao ouvir sobre a recaída?

Eu respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos:

- Confesso que eu fiquei com raiva, doutora, com uma raiva que queimava tudo dentro de mim e me fazia querer jogar tudo para o alto. - Olhei para Clara que mantinha um semblante dolorido, olhando para o chão: - Mas também senti... não sei, uma necessidade de entender, de saber por que ela cedeu, de superar aquele cara tinha usado a minha mulher. Quando ela me contou, com todos os detalhes, eu senti raiva, sim, mas também um desejo estranho, de querer superá-lo, de mostrar para ela que eu posso ser suficiente para completa-la. Quis tomá-la de volta, apagar ele dela. E foi o que fiz. Não sei se foi certo, nem se ela entendeu dessa forma, mas foi o que eu precisava fazer naquele momento.

A Dra. Mariana anotou algo em seu caderno, o olhar pensativo:

- Isso é muito interessante, Lucas. O que você descreve é uma tentativa de “reclaiming”, de retomar o controle de uma situação que te feriu. Mas também é importante refletirmos sobre o que isso significa para vocês dois. Clara, como você se sentiu durante essa noite com Lucas?

Clara enxugou uma lágrima, a voz baixa:

- No começo, eu me senti suja, como se não merecesse o toque dele e depois me senti meio... - Ela me encarou, mas logo baixou o olhar: - Meio abusada por ele...

- Pelo Lucas!? - A Dra. Mariana a interrompeu, curiosa.

Clara apenas balançou a cabeça, confirmando, e continuou:

- Mas quando vi que ele parecia estar querendo me tomar de volta e principalmente quando me disse que eu era dele, que ele ficaria comigo pra sempre... eu... bem... como não aceitar, doutora? Pela primeira vez, senti que ele via quem eu sou, com todos os meus erros, e ainda assim me queria. Foi como se eu pudesse começar de novo. Eu nunca me senti tão leve em toda a minha vida.

- E você, Lucas? - Perguntou a Dra. Mariana. - Como se sentiu?

- Eu só espero ter sido suficiente, no mínimo igual ao tal Augusto, doutora. - Então olhei para Clara e peguei a sua mão: - Não precisa procurar fora de casa suas aventuras. Basta me dizer o que você deseja e eu tentarei te realizar.

A Dra. Mariana anotou algo em seu caderno e insistiu:

- E como você vê o futuro de vocês depois disso? - Perguntou-me.

Eu hesitei, olhando para Clara, que agora me encarava com um sorriso no rosto:

- Eu não sei, doutora. Eu amo a Clara, sempre amei. Mas isso... isso ainda dói. Cada recaída é como uma facada. Mas naquela noite, quando estávamos juntos, senti que ainda havia algo entre nós. Não sei se consigo superar todas as recaídas dela, mas quero mostrar que eu posso muito bem ser suficiente para ela evitar procurar fora de casa o que já tem em casa. Quero acreditar em nós.

Clara apertou minha mão, olhando sério para mim e deu uma gargalhada depois:

- Daqui a pouco, ele vai pedir para participar das minhas recaídas, doutora.

- E por que não? - Retruquei, encarando-a com seriedade.

A Dra. Mariana me encarou surpresa, abriu seu caderno como se fosse anotar algo, mas desistiu, me perguntando:

- Você estaria disposto, Lucas, disposto a participar de um momento desses com a Clara?

- Eu, Lucas e... e... um outro!? - Perguntou Clara, estupefata.

- Sim. - Retrucou a Dra. Mariana, fechando seu caderno e encarando a Clara: - Tive um “insight” agora... E se, ao invés de tentar anular o seu ímpeto, passarmos a controlá-lo com a ajuda do Lucas? Veja bem, você, Clara, tem uma dificuldade em se controlar, isso é fato. Mas e se, ao invés de lutar contra, você passar o controle para o Lucas, ressignificando o sexo de algo seu para algo de vocês?

Eu encarei Clara que fazia o mesmo comigo e ficamos assim em silêncio, confusos:

- Veja bem, você não teria mais que se desdobrar contra sua condição, bastaria você, quando tiver a vontade, ligar para o Lucas e apresentar o seu desejo. Ele teria uma participação efetiva, um poder de decisão, concordando ou não com seu pedido. Se ele concordar, ótimo, vocês aproveitam, juntos ou sozinhos; se ele não concordar, ótimo também, vocês descarregam a tensão um no outro, acertam os detalhes e partem para a próxima, mas sempre de comum acordo. O que acham?

A Dra. Mariana se inclinou para frente, os olhos brilhando com uma mistura de entusiasmo e cautela. Ela parecia ter captado algo profundo na dinâmica entre nós, algo que nem eu nem Clara havíamos considerado antes:

- Acho que vocês não entenderam muito bem... - Continuou ela, a voz firme, pedagógica: - Clara, o TDSH faz com que seus impulsos sexuais sejam intensos e, muitas vezes, avassaladores. Até agora, nosso trabalho tem sido focado em ensinar você a identificar esses gatilhos e resistir a eles, usando técnicas como “mindfulness”, distração cognitiva e medicação. Mas, como vimos na sua recaída com Augusto, esses impulsos ainda podem superar suas defesas. O que estou propondo é uma abordagem diferente, uma que integre Lucas de forma ativa no processo, transformando o que é um desafio individual em algo compartilhado.

Clara franziu a testa, ainda processando a ideia:

- Mas, doutora... isso não seria... errado? Tipo, eu estar com outra pessoa, com o Lucas sabendo, isso... isso não é trair?

- Não, Clara, não é traição se for combinado, consensual e transparente. - Respondeu a Dra. Mariana, ajustando os óculos: - O que estou sugerindo é uma reestruturação da dinâmica de vocês. Em vez de você lutar sozinha contra esses impulsos, escondendo-os ou cedendo a eles em segredo, você os traz para a relação. Você comunica a Lucas o que está sentindo, quem despertou esse desejo, e ele tem a liberdade de decidir como vocês lidam com isso. Pode ser que ele diga ‘não’ e vocês encontrem outra forma de canalizar esse desejo juntos. Ou pode ser que ele concorde em explorar isso com você, seja participando, seja apenas permitindo. O ponto é que a decisão deixa de ser unilateral. Isso tira a culpa de você, Clara, e dá a vocês dois o controle sobre o que acontece.

Eu me mexi na poltrona, o coração batendo rápido. A ideia era ao mesmo tempo intrigante e assustadora. Participar das recaídas de Clara? Estar presente, ou até mesmo envolvido, quando ela sentisse esses impulsos? Minha mente girava com imagens de Clara com outros homens, mas agora com uma diferença: eu não seria um espectador impotente, como naquela noite com Rafael. Eu teria uma voz, um papel. Ainda assim, a ideia me deixava desconfortável:

- Doutora, eu entendo o que você está dizendo, mas isso não vai... sei lá, alimentar o problema? Não é melhor tentar eliminar esses impulsos de vez ao invés de confirma-los com outra roupagem?

A Dra. Mariana balançou a cabeça, um leve sorriso nos lábios:

- Lucas, o TDSH é uma condição crônica. Eliminar os impulsos completamente pode não ser realista, pelo menos não a curto ou médio prazo. O que estou propondo é uma forma de gerenciá-los de forma saudável, de modo que não causem sofrimento a Clara ou a você. Pense nisso como uma válvula de escape controlada. Em vez de Clara ceder a esses impulsos às escondidas, o que leva à traição e à culpa, vocês podem transformá-los em algo que fortaleça a relação de vocês, desde que ambos estejam confortáveis e de acordo. Isso exige muita comunicação, confiança e limites claros. Vocês precisariam conversar abertamente sobre o que é aceitável, o que não é, e como cada um se sente em cada etapa.

Clara olhou para mim, os olhos castanhos cheios de incerteza, mas também com uma curiosidade:

- Lucas, você... você realmente consideraria isso? - Perguntou ela, a voz baixa como se não quisesse que a terapeuta a ouvisse: - Não sei se eu mesma consigo imaginar, mas... se você estiver de acordo, talvez... dê certo.

Eu respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos. A ideia era radical, quase inconcebível, mas havia algo nela que ressoava com a noite que tivemos após a recaída com Augusto. Quando eu a tomei de volta, quando transformei a dor em desejo, senti que, de alguma forma, havia recuperado um pedaço do que perdemos. Talvez a Dra. Mariana estivesse certa. Talvez, ao invés de lutar contra os impulsos de Clara, pudéssemos usá-los para nos reconectar:

- Eu não sei, Clara. É uma ideia... estranha, mas é uma ideia. Talvez, se for pra te ajudar, valha a pena tentar. Mas vamos ter que conversar muito, criar regras... muitas regras e agir com total transparência.

A Dra. Mariana assentiu, claramente satisfeita com nossa abertura:

- Exatamente, Lucas. Regras e transparência são fundamentais. Vocês precisam estabelecer limites claros: o que é permitido, o que não é, como vocês vão comunicar esses momentos, e como vão lidar com as emoções que surgirem. Clara, isso significa que, quando sentir um impulso, você não age sozinha. Você liga para o Lucas, explica o que está sentindo, e vocês decidem juntos. Lucas, isso significa que você terá que ser honesto sobre seus sentimentos, mesmo que sejam desconfortáveis e Clara, pode ser que ele diga ‘não’ na maioria das vezes, e isso é perfeitamente válido. O importante é que a decisão seja compartilhada, e que vocês dois se sintam respeitados.

Clara apertou minha mão novamente, agora com menos força:

- Eu... Bem, vamos conversar, doutora. Não quero mais machucar o Lucas e se, para isso, tivermos que ir por esse lado, mesmo nas partes feias de mim, então eu quero fazer assim.

Eu assenti, ainda sem certeza, mas disposto a explorar. A Dra. Mariana nos deu algumas diretrizes para começar: Clara deveria ligar ou mandar uma mensagem sempre que sentisse um impulso, descrevendo o gatilho e a situação; eu teria total liberdade para aceitar ou recusar qualquer proposta; e, em qualquer caso, faríamos “check-ins” regulares na terapia para discutir como nos sentíamos. Era um experimento, ela disse, uma forma de transformar o TDSH de uma ameaça em algo que pudesse ser integrado à nossa relação. Só o tempo diria se daria certo.

Passou quase um mês desde essa sessão com a Dra. Mariana. Nesse tempo, Clara teve quatro episódios em que me ligou, relatando homens que haviam lhe despertado o interesse. Em duas oportunidades, apenas conversando, consegui convencê-la a não continuar. Eu me sentia inseguro e sentia que ela também não estava ainda à vontade. Em uma das oportunidades, fui até o seu encontro, mas o cara não me parecia confiável, então abortei qualquer aproximação. Na outra, o rapaz até era boa pinta e pensei que seria uma boa chance de tentarmos, mas a própria Clara, após uma rápida conversa a três com o cara, desistiu. Depois me confessou que o achou muito imaturo e tinha medo de que ele pudesse me passar uma impressão errada.

Logo depois, numa noite qualquer, Clara estava passeando por um shopping no centro da cidade, enquanto eu fiquei num bar assistindo a uma partida do meu Vasco. O shopping estava lotado com famílias, casais e grupos de solteiros. Clara esta vestida com um vestido leve que modelava ainda mais suas curvas e destacava suas pernas torneadas. Ela nunca teve paciência para assistir futebol, por isso decidiu passear. Caminhava pelos corredores com um copo de café gelado na mão, os olhos vagando pelas vitrines. Ela me contou depois que estava se sentindo bem, leve, até que notou dois homens a observando.

Eles eram impossíveis de ignorar. Ambos negros, altos, com corpos esculpidos que denunciavam anos de treino físico. O primeiro, que mais tarde soube se chamar Agenor, tinha cerca de 1,90m, ombros largos e braços musculosos que esticavam a camiseta justa. Seu rosto era marcante, com traços fortes, barba bem aparada e um sorriso confiante. O segundo, Vicente, era um pouco mais baixo, mas igualmente imponente, com dreads curtos e um olhar penetrante que parecia ler as intenções de qualquer um. Percebia-se que eles eram lutadores de capoeira, pois carregavam camisetas com o logo de uma academia local e moviam-se com uma graça atlética que sugeria treinamento. Eles estavam juntos, conversando e rindo, exalando uma energia vibrante que atraía os curiosos olhares femininos. Clara foi fisgada de primeira. Ela por eles e eles por ela.

Ela me disse que até tentou ignorá-los, focando no passeio, mas seu sexto sentido dizia que eles a encaravam. Ela parou em frente de uma vitrine de uma barbearia gourmet. Olhava distraidamente para os artigos quando notou que três outros homens lá de dentro a encaravam, curiosos. Aquela “onde de calor” surgiu novamente e ela voltou a caminhar, mas, disse que sem querer, olhou na direção dos dois negros e viu que eles a encaravam também, como dois lobos prestes a atacar. Seus olhares eram intensos e carregados de interesse. Clara, fiel à nova abordagem que discutimos com a Dra. Mariana, resistiu ao impulso e voltou a caminhar na direção oposta deles. Mas quando ela parou em frente a uma loja de lingerie, eles se aproximaram dela com sorrisos amigáveis e cheios de intenção:

- Desculpa, mas eu não pude evitar de notar você. - Disse Agenor, a voz grave, rouca, causou um arrepio imediato em Clara: - Você tem uma coisa... uma energia única, sabia?

Clara sorriu, um pouco nervosa, mas mantendo a compostura:

- Obrigada, mas eu... sou comprometida. - Disse, rindo e mostrando um anel, como se fosse o de nosso noivado: - Não ficaria bem eu ficar de papo com vocês, entendem?

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS E OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL SÃO MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 320Seguidores: 697Seguindo: 28Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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O Lucas se faz de contrariado, mas ele é do time do Guilherme lá do outro conto, fala que tá puto, fala que tá com raiva, mas na verdade, sem a velha auto hipocrisia, ele adora saber que a mulher não é puta só dele, mas ele só é altruísta ao extremo, não se importa em dividir, só isso, e a terapeuta hein, a segunda profissão dela deve ser de dona de casa de swing ou de um bordel classudo, só com novinha ninfomaníaca, só sei dizer que ela não é fraca não.kkkkkkkkkkkkkk

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"Se não pode vence-los, junte-se a eles!" É o lema da terapeuta... Auhauh vão jogar o Lucas em um bando de negão jambrudo e ele vai voltar liderando a matilha dos cornos!

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E a transformação está quase completa, com a ajuda da suposta terapeuta, clara vai aos poucos enfeitando a testa do Lucas, vai mostrando a ele o q realmente ela é, e o q vai ser da vida dele,(um corno manso casado com uma puta liberada), vai viver igual cachorro de rua, comendo o resto dos outros, como a própria dra disse, a suposta doença não tem cura, então a solução q ela sugere é q o Lucas passe a ser mais ativo nos chifres q vai tomar? É sério mesmo isso,e está vindo de uma profissional?, se eu já achava terapia algo fútil e tendencioso, depois desse capítulo quero distância de terapia kkkkkk, quanto ao casal, não tem o q dizer, ou Lucas realmente veste a peruca de touro, ou se separam

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Rapaz mais um conto onde tem terapia de casal eu me sinto lendo algo ambientado nos estados unidos pois é lá que é comum procurar esses ai pra resolver problema de fogo no cu do casal.

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Pois é meu amigo, bando de homens frouxos do caralho, precisam de terapia pra entender q a mulher é uma vadia e prefere outros a ele, lá na terra do tio Sam tem muitos desse tipo e pelo jeito os daqui estão se afrescalhando também kkkkkkk

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Esse é o capítulo mais absurdo que eu já li no CDC.

Tudo que essa terapeuta propôs é um desserviço as terapias existentes. Espero que qualquer terapeuta que esteja lendo isso, não considere como verdade.

Dito isso, essa terapeuta é uma tremenda de uma pilantra, zero preocupada com a recuperação da Clara. Aliás, eu não duvido que tudo isso faça parte de um plano, algo combinado com a Clara, para dominar o Lucas.

A Clara, não tenho muito o que falar. É uma adúltera que está ludibriando o Lucas. O que ela falou no capítulo 1 jamais deverá ser esquecido. Aquilo ali não é coisa de gente doente. Ela está enganando todo mundo. Provavelmente, está de armação com a terapeuta.

O Lucas é um corno manso, sem qualquer esperteza ou inteligência. Deve ser um caba feio que acha que tirou a sorte grande ao ter alguém como a Clara.

E os negões do final do capítulo? Se duvidar, vão comer tanto o cu da Clara quanto do Lucas.

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Isso é um conto do Mark ou do Leon Medrado? Kkkkk o enredo tá sendo praticamente igual aos dele

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Aguardando Velhaco em 3...2...1

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Kkkkk, cheguei......cheguei...Brasil.....

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Boa Velhaco

Senta aqui meu mano

Vou buscar a gelada no freezer e os aperitivos ja estão na mesa .

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Pra engolir esse capítulo só com um 18 anos e ao estilo cawboy, kkkkkk

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Claramente esse e o pior conto do autor logo ele que sempre foi centrado nos seus conto parece que se perdeu nesse o marido claramente está sendo manipulado e essa doutora e totalmente tendenciosa e no final bem previsível eles vão ter que virar liberais pq a mulher não consegue ser fiel ao marido ainda acho que não existe doença nenhuma e essa doutora está levando o marido a aceitar ser corno manso fingindo que está dando a opção de escolha a ele mais não verdade só tirou a responsabilidade de culpa da esposa infelizmente esse conto não segue a maestria dos outros do mesmo autor isso e uma pena

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Parece-me mesmo que esse conto é uma ode ao mundo liberal, uma defesa dessa ideia kkkk

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