CAPÍTULO 11: O PRIMEIRO ENCONTRO COM IGOR
A luz do celular iluminou o rosto de Fah com um brilho azulado enquanto ela deslizava o dedo pela tela. Foi no Sexlog que ela o encontrou. Igor. O perfil dele era sóbrio, mas as mensagens, diretas e sem rodeios, cortaram logo ao cerne do que ambos buscavam: "Gosto de mulheres casadas e da dinâmica de cornos mansos. Há espaço para isso no seu relacionamento?" A mensagem era um convite e uma confirmação. Era exatamente o jogo que queríamos jogar.
O primeiro encontro foi arranjado com uma urgência deliciosa. Ele a pegou de carro num ponto combinado, e foram direto para um motel discreto na beira da estrada. A espera foi uma agonia deliciosa para mim. Fiquei em casa, tentando me concentrar em qualquer coisa, mas minha mente não parava de vagar para onde eles estavam, para o que estariam fazendo.
Quando a chave girou na fechadura, meu coração deu um salto. Ela entrou no quarto como uma brisa carregada de energia elétrica. Estava radiante, com um brilho selvagem nos olhos que eu não via há algum tempo. Seus lábios estavam visivelmente mais cheios, levemente inchados de tanto beijar, e seus cabelos, antes presos, agora caíam em ondas desarrumadas sobre seus ombros. Ela cheirava a suor, sexo e um perfume que não era o dela.
"Meu Deus, que homem!" ela exalou, jogando a bolsa no sofá e vindo em minha direção ainda ofegante, como se a corrida do carro até o apartamento não tivesse sido suficiente para acalmar seu ímpeto. Seu corpo parecia vibrar.
Ele tomou meu rosto nas mãos, seus olhos brilhando com a emoção do relato. "Mal cruzamos a porta do quarto e ele já me empurrou contra a porta, fechando-a com o corpo. Suas mãos foram diretas à minha cintura, virando-me de costas para ele. Senti seus lábios no meu pescoço, beijos quentes e úmidos, enquanto suas mãos subiam minha saia e puxavam minha calcinha para o lado." Ela fez uma pausa dramática, mordendo o lábio inferior. "Ele sussurrou no meu ouvido, com uma voz grave e cheia de desejo: 'Você cheira a pecado, sua casada gostosa. Adoro saber que tem um marido em casa esperando por você.'"
Enquanto ela falava, minhas mãos encontraram naturalmente seu corpo, deslizando por suas costas, sentindo a pele ainda quente e levemente úmida da sua noite de aventura. Eu podia sentir a adrenalia ainda pulsando nela.
"E na cama?" perguntei, minha voz mais rouca do que eu esperava.
"Dominador, mas incrivelmente atento," ela continuou, seus olhos se perdendo um pouco, revivendo a cena. "Ele me posicionou de quatro, mas segurou meus pulsos com uma das mãos, traçando meu corpo com a outra. Ele fez questão que eu olhasse para trás, que encarasse ele nos olhos enquanto me possuía. Era intenso, amor. Profundo e... possessivo. Quando gozei, tremendo toda, ele não desviou o olhar por um segundo. Parecia que ele estava bebendo cada reação minha."
Ela mordeu o lábio novamente, um rubor subindo às suas faces. "Ainda é só pegação, eu sei," ela respondeu, seu sorriso sendo agora mais contido, mais íntimo. "Mas que pegação, né? E ele já quer marcar de novo. Amanhã."
A informação ecoou na sala silenciosa. Amanhã. A rapidez era intoxicante. Em vez de ciúmes, uma onda de possessividade diferente tomou conta de mim – a de saber que, não importava quantos Igors existissem, era para o meu abraço que ela voltava. Era das minhas mãos que acariciavam sua pele agora, era no meu ouvido que ela sussurrava todos os detalhes proibidos.
Minha mão, que estava em suas costas, desceu até a curva do seu quadril, puxando-a para mais perto de mim. "Então conta mais," pedi, meu rosto agora próximo ao dela, nosso hálito se misturando. "Conta tudo o que essa 'pegação' fez com você. Quero cada detalhe."
E enquanto ela recomeçava a narrativa, mais baixo agora, quase um sussurro quente contra meus lábios, eu sabia que aquela nova jornada, cheia de desejo e cumplicidade, tinha realmente começado. E estava só ficando melhor.