O Meu computador deu pau e eu, idiota, piorei tudo ao tentar consertar sozinho. Não teve jeito a não ser encomendar um novo online.
Dois dias depois, a campainha tocou. Era o entregador da loja magazine luiza. Quando abri a porta, o ar saiu dos meus pulmões. Ele não era o cara uniformizado e genérico que eu esperava. Era alto, moreno, com os braços definidos de quem carregava caixas o dia todo. O suor brilhava em seu pescoço, e a camisa da empresa estava levemente molhada nas costas e nas axilas, colada ao corpo. Seu sorriso foi fácil, despretensioso.
"Assina aqui, por favor."
A voz era mais grave do que eu imaginava. Assinei o tablet com os dedos trêmulos, absurdamente consciente de que estava só de shorts e camiseta velha. Ele entrou com a caixa, colocando-a com cuidado na mesa da sala.
"Pesado, hein? Precisa de ajuda para instalar?"
Eu estava prestes a dizer não, por pura inércia educada, mas a palavra que saiu foi: "Precisa."
Ele sorriu de novo. "Sem problemas. É rapidinho."
Enquanto mexia no computador, suas costas largas ficavam em minha direção. Eu via os músculos das suas costas trabalhando sob o tecido da camisa. O quarto ficou cheio do cheiro dele: suor limpo, sabão e algo essencialmente masculino. Meu coração batia forte, e eu sentia uma tensão crescente na minha calça. Aquele momento doméstico, banal, tinha virado a coisa mais erótica da minha vida.
Ele se virou de repente, e eu não desviei o olhar a tempo. Meus olhos estavam fixos no volume entre suas pernas. Houve um silêncio carregado. O sorriso fácil dele desapareceu, substituído por uma expressão séria, intensa. Ele me olhou diretamente nos olhos e, sem dizer uma palavra, passou a língua nos lábios.
Foi o sinal.
Fechei a distância entre nós em dois passos e empurrei ele contra a parede. Nosso primeiro beijo foi uma colisão desesperada de dentes e línguas. Sabor a sal e café. Suas mãos grandes agarram minha nuca, puxando meus cabelos com uma força que fez eu gemer baixo na garganta. Eu arranquei a camisa dele, botões voando para todos os lados. Seu torso era uma escultura de músculos tensos e pele quente.
Minha mão desceu até a frente do seu uniforme, apertando o volume duro e quente que eu tinha visto antes. Um gemido suave saiu da garganta dele. Ele me virou e começou a puxar meus shorts e cueca para baixo com urgência. Em segundos, estávamos nus da cintura para baixo, nossas peles quentes e suadas se colando.
Ele cuspiu na própria mão e envolveu nossos membros juntos, criando uma fricção úmida e ardente. Eu enterrei o rosto no pescoço dele, cheirando seu suor, mordendo a pele salgada do seu ombro. O som era obsceno: nossos gemidos abafados, o ruído molhado da pele se esfregando, nossos corpos batendo um contra o outro. A pressão estava se tornando insuportável, uma espiral de calor no meu baixo-ventre.
"Vou gozar," disse no ouvido dele.
Ele apenas gemeu mais alto, sua mão acelerando o ritmo. Foi o suficiente. Um jorro quente explodiu entre nossas barrigas, seguido pelos espasmos e gemidos abafados dele. Ficamos ali por um longo minuto, ofegantes, encostados na parede, nossos corpos melados de suor e sêmen.
Ele se afastou primeiro, respirando fundo. Os olhos ainda escuros de desejo. Sem uma palavra, ele pegou a camisa rasgada, limpou a barriga e jogou no chão. Vestiu o que restava do uniforme, me deu um último aceno e saiu pela porta, deixando para trás apenas o cheiro dele, o computador novo na mesa e a memória vívida do que tinha acabado de acontecer.