O Rapaz da Academia - Parte I

Um conto erótico de Tutu
Categoria: Gay
Contém 1917 palavras
Data: 29/10/2025 02:27:01
Assuntos: Academia, Gay, Novinho

Me chamo Arthur, tenho 22 anos, sou alto, branquelo, olhos castanhos, corpo magro levemente definido. Vou narrar aqui os acontecimentos que têm acontecido nas últimas semanas com um rapaz que frequenta a mesma academia que eu, o João Pedro. Eu já o conhecia de vista, porque estudei no ensino médio com o irmão mais velho dele. Enquanto João Pedro, dois anos mais novo que eu, era da mesma série que a minha irmã mais nova. Na época da escola eu nunca prestei atenção no JP (vou abreviar aqui para ficar mais fácil), pois ele tinha muita carinha de menino, e o irmão dele ainda era um daqueles garotos meio populares que adorava fazer umas piadinhas homofóbicas, então pra mim ele era só o irmão mais novo de um desagradável colega de classe. Mas isso mudou quando há algumas semanas o JP começou a malhar na minha academia. Eu consegui reconhecer ele, mas agora ele havia definitivamente crescido! O rosto ficou mais másculo, o corpo forte, muito mais forte que o meu, o rapaz me chamou a atenção na hora! Ele e o irmão sempre tiveram o mesmo tom de pele, um moreno-quase-que-dourado muito bonito. E assim ele seguia, com a pele dourada, os cabelos castanhos claros agora um pouco maiores, num corte social/mauricinho e belos olhos verdes, que haviam me passado desapercebidos na adolescência. Notei que ele me reconheceu também, mas como eu nunca fui amigo do irmão dele e nem ele da minha irmã, nós nos cumprimentamos com um aceno de cabeça meio sem graça e foi isso.

Enfim, dias se passaram, eu treino 5x na semana e sempre no mesmo horário, por volta das 20h30 da noite, e sempre via ele por lá treinando nesse horário também. Com o tempo passei a perceber ele me encarando frequentemente, de começo até pensei que ele podia ser meio homofóbico como o irmão, pois na academia ele tem a cara meio fechada de homem marrento, e era com essa cara que eu o pegava me encarando kkkkkk. Mas às vezes eu olhava pra ele pelo espelho da academia (pois sim, eu passei a observá-lo também, visto que é um homem muito bonito) e ele já estava me olhando e dava um sorrisinho meio convencido. E isso só reforçava minha teoria de que ele devia pensar “ih alá o viadinho me secando toda hora”. Até que 4 incidentes começaram a mudar minha percepção da nossa “dinâmica”. Coloco entre aspas a palavra dinâmica pois até então eu não havia trocado uma palavra sequer com ele, tudo era à base desses olhares frequentes e indecifráveis que trocávamos. O primeiro incidente foi quando eu estava chegando na academia, subindo as escadas que dão no salão de musculação, e eu vi que ele tinha acabado de encher a garrafinha d’água e se encaminhava para uma das máquinas. Ele me viu, me encarou com sua eterna cara de macho marrento, e começou seu exercício. Eu fui deixar meus pertences no armário do vestiário e fui ao bebedouro para encher minha garrafinha. Não deu 10 segundos, ele chegou ao meu lado, senti o cheiro do seu perfume delicioso, ele abriu a tampa da garrafinha, que ainda estava praticamente cheia, e começou a encher na outra torneirinha do bebedouro. Eu olhei pra ele rapidamente e ele me olhou nos olhos, com seu eterno olhar indecifrável. Abaixei o olhar, com vergonha, terminei de encher minha garrafa e inocentemente (de verdade) me encaminhei para o vestiário pra fazer xixi. Aí entramos no incidente 2: o vestiário da academia tem três mictórios, eu fui para o de uma das pontas, e TODO homem sabe que existe uma regra implícita na sociedade masculina de que SEMPRE se escolhe um mictório de forma que exista um mictório vazio entre dois ocupados. Pois bem, ele entrou no banheiro e escolheu o mictório do meio, colado no meu. Na hora eu travei, até demorei pra conseguir efetivamente urinar. Ele se posicionou meio afastado do mictório de forma que, se eu quisesse, conseguiria ver toda a sua intimidade, mas me segurei (mais por vergonha/medo do que por falta de curiosidade). Ele terminou primeiro que eu, foi lavar as mãos e ficou me encarando pelo espelho enquanto eu finalmente me direcionava até os lavatórios. Me cumprimentou com um aceno e saiu. Esse pequeno incidente ficou me martelando a cabeça durante alguns dias, confesso. Tive um pequeno hiato de treinos por causa de correrias no trabalho, até que voltei e pude observar o incidente 3: percebi pelo espelho ele encarando a minha bunda enquanto eu fazia stiff. No dia seguinte, por coincidência, minha mãe estava me mostrando um conteúdo que a mãe do JP, uma coroa chamada Juliana, havia postado no instagram - ela é advogada e o reel falava sobre uma situação jurídica similar a uma que havia acontecido com um familiar meses antes. Conversa vai, conversa vem, minha mãe me solta a bomba “ela tem um filho gay, né?” Imediatamente levantei minhas anteninhas e me fiz de desentendido “ah é? Como vc sabe?”, e minha mãe me relatou que tinha uma fofoca de que a mãe do JP já teve até que sair no cacete com uma outra mulher em um barzinho porque ela foi fofocar sobre um dos filhos da Juliana ser gay. Pensei comigo que não poderia ser o mais velho, que estudou comigo, pois namorava há anos com uma garota. E eles dois têm um irmão mais novo, mas que só tem 13 anos, então não deveria ser ele também. Portanto, com as 4 “evidências” da não-tão-certa-heterossexualidade do JP, resolvi tomar alguma ação. Esperei por algum dia propício, em que estivéssemos treinando o mesmo grupo muscular, pra eu dar um jeito de revezar algo com ele e, quem sabe, puxar um assunto.

O dia propício tomou forma numa sexta-feira à noite, eram quase 21h quando cheguei na academia. Estava praticamente vazia, afinal praticamente todo mundo deveria estar em algum sextou. Abri um sorriso quando o vi deitado no banco de supino reto com barra. Também era o meu dia de treinar peito. Cheguei perto enquanto ele fazia uma de suas séries, até que ele não conseguiu mais subir a barra até o suporte na última repetição. Eu subi no apoio do banco do supino (que serve para quem está auxiliando a pessoa fazendo o exercício) e ajudei ele a subir a barra até o suporte. Ele se sentou ofegante, tirou um dos lados do fone-de-ouvido e disse:

- Obrigado, cara! Perdi as forças nessa última repetição hahaha.

Foi a primeira vez que ouvi a voz dele na fase adulta, uma voz grossa, bonita.

- Nada, disponha! Ia pedir pra revezar contigo, quando vi que você não tava conseguindo erguer a barra haha.

- Ah, claro, podemos revezar sim! Inclusive, prazer, me chamo João - ele me estendeu a mão para um aperto de mão.

- Prazer, João. Me chamo Arthur. - Apertamos as mãos.

- Tô ligado, você estudou com meu irmão, né?

- Estudei sim! E você com minha irmã haha.

- Sim, sim, a Gabi, né? Eu lembro de te ver indo embora junto dela na escola às vezes, mas acho que nunca te vi lá em casa em uma das festinhas do meu irmão.

- Ah, a gente nunca foi amigo próximo não...

- Não me surpreende, meu irmão é chato pra caralho hahahaha

- Ahh, eu não diria que foi por isso… Só sempre fomos de grupos bem distintos mesmo… Enfim, se importa se eu fizer uma série?

- Nada, cara, vai em frente. Vai manter o peso?

Olhei para o peso que tinha na barra e quase dei uma risada, o cara pegava 40kg de cada lado no supino, enquanto eu (num dia bom) pego 20kg de cada lado.

- Pode tirar metade disso aí pra eu ainda sonhar em tentar pegar kkkkkkk. Sou meio fracote - Eu disse e ele riu.

- Ah, tranquilo kkkkkkk Mas que isso, vc tem um peitoral forte, dá pra ver até pela camiseta. Tenta colocar o peso que você geralmente deixa pra sua última série que eu te ajudo, qualquer coisa!

- Beleza, João, agradeço!

Deixei os 20kg de cada lado, me deitei no banco e ele veio para a posição de ajudante, quando olhei pra cima e vi aquele homão me encarando de cima pra baixo… coração até errou as batidas. Resolvi dar o meu máximo e consegui fazer 11 repetições, sem a ajuda dele para colocar no suporte. Ele comemorou.

- Ae, tá vendo? Tu tem força pô, na próxima série vamos aumentar o peso.

Prosseguimos pra fazer as demais séries, eu ajudando ele e ele me ajudando, até que terminamos, agradeci pela companhia e ajuda e ele também agradeceu, dissemos um “a gente se vê por aí” e cada um foi pro seu lado. Confesso que fiquei pensando em fazer a proposta de fazermos o resto do treino juntos, e até fiquei meio iludido achando que ele ia me fazer a proposta. Mas não fez, e eu também não queria bancar o emocionado. No fim do treino desci para o térreo da academia, onde fica a recepção e a lanchonete, e o encontrei sentado numa mesinha da lanchonete mexendo no celular, com a cara de marrento de sempre. Quando me viu, abriu um sorriso. O cumprimentei:

- Opa, tô indo lá, João! Valeu pela ajuda novamente, boa noite!

- Valeu, Arthur! Nada, disponha! Bom descanso pra você! Não vejo a hora de chegar em casa e descansar haha.

Olhei para o seu celular apoiado na mesa e estava aberto no app da Uber, ainda procurando um motorista. Resolvi arriscar:

- Ah, pode crer. Você mora aqui perto? Posso te deixar, caso esteja difícil achar corrida.

- Porra, agradeço muito! Tá difícil mesmo, hoje não consegui vir de carro mas eu moro muito perto, aí nenhum Uber tá aceitando a corrida por ser muito barata, eu acho. Mas também tenho medo de ir a pé porque é meio esquisito por aqui.

- É, aqui essa hora fica um breu mesmo! Vamo lá, eu te deixo pô!

Ele levantou num pulo, com um sorriso radiante (sério, que rapaz lindo…), agradeceu e me seguiu até meu carro.

Ele foi me guiando até sua casa, nem tivemos tempo de conversar nada porque era a apenas 2 quarteirões de distância da academia. Parei na porta, ele agradeceu com um sorrisão, na hora de se despedir me deu um aperto de mão, eu apertei sua mão com uma mão e toquei sua coxa levemente com a outra - um toque sutil mas que eu esperava que ele percebesse um interesse a mais de minha parte. Ele deu um sorriso, se virou para sair, abriu a porta e parou de supetão. Se virou pra mim, me olhou nos olhos com aqueles botões verdes que ele tem, olhou para minha boca, avançou na minha direção ao mesmo tempo em que avancei na dele. Foi tudo tão instintivo, nem raciocinei o que estava acontecendo. Um beijo delicioso, lento mas voraz, a mão dele na minha nuca acariciando meus cabelos. O beijo não durou muito, ele parou e me olhou com um sorriso envergonhado, eu soltei um risinho. Ele me pediu meu celular, eu nem raciocinei, só desbloqueei e entreguei a ele. Ele digitou o número, salvou e me entregou.

- A gente se fala, Arthur. - Deu um piscadinha e um risinho sapeca e saiu do carro.

Eu fiquei uns 5 minutos parado em completo choque dentro do carro, arriscando até minha segurança naquela rua escura e esquisita. Mas sem conseguir me mover, com um sorrisinho de realização nos lábios (e a minha pica latejando dentro do short).

Continua…

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Comentários

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Tutu, cara, que feliz que fiquei ao ver a notificação do seu conto!! Vc é foda cara, essa escrita aí me deixa doido pra ler mais e mais!

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Amei essa postagem . . . fico no aguardo da continuação.

Vale um dez e três merecidas estrelas.

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