ADRIANO 9
Infelizmente hoje o Nathan começa a atender sozinho, uma pena, mas pelo menos vou poder vê-lo. Ficamos trocando mensagens a manhã inteira por isso sei que ele acabou de chegar e está tendo que ouvir o chato do nosso supervisor encher ele de perguntas só para saber se o treinei direitinho — esse cara é um mal amado sério!
Meu supervisor mal amado deve ter notado minha aproximação com Nathan, porque ele fez uma troca com outro operador só para deixar a gente mais longe possível um do outro. Mas se esse babaca acha que isso vai ser ruim para mim, pelo contrário, isso só vai fazer com que a gente sinta mais saudades um do outro.
— Oi — digo quando Nathan finalmente se livra do supervisor e começa a se adaptar em sua nova P.A.
— Oi — sua simpatia consegue derreter até o gelo mais denso, esse carinho é muito fofo puta que pariu!
— Adriano, está na hora já! — Claro que o infeliz do meu supervisor ia me ver falando com ele.
— Até mais tarde?
— Sim! — Tó falando esse carinho é foda, a forma como ele responde o sim cheio de animação e doçura.
Volto para minha cela — ops, ponto de atendimento. — Tinha tanto tempo que não me sentia assim, estou nas nuvens, contando as horas do relógio para sair desse inferno de trabalho e encontrar meu príncipe, vamos ver Invocação do Mal quatro, a ultima maldição ou algo do tipo, não ligo pro filme desde que possa passar umas horinhas com ele. Por garantia já comprei os ingressos, não posso vacilar.
Queria que meu supervisor tivesse só deixado o Nathan longe durante o trabalho, mas o filha da puta deu um jeito para que nosso almoço não fosse no mesmo horário também, mana esse cara é um palhaço, por isso é solteiro — imagina se essa criatura fica sabendo que a gente já ficou, é arriscado até mudar o um de nós de operação, ou pior arrumar uma desculpa para me demitir.
Quando desço para comer — sozinho, infelizmente — meu amigo Luan já está me esperando. Hoje vamos comer na barraquinha que tem aqui perto, lá vende a melhor tapioca do centro da cidade. Estou tão feliz que praticamente não consigo parar de falar sobre o Nathan e nosso encontro de ontem, enquanto Luan fica só concordando com tudo e calado me ouvindo tagarelar.
— Desculpa, estou te enchendo, tá pode falar da sua namorada agora.
— De que? — Luan está distraido, isso é meio estranho.
— Ué, você não se entenderam homi de Deus.
— Ah, sim, está tudo bem.
— Nossa, Luan, não me diz que a culpa cristã voltou? — Tenho que concordar com o Caio, isso de culpa cristã já está dando nos nervos.
— Não, quer dizer! — Ele pensa um pouco então continua — está tudo certo, estamos bem, só não sei ainda se já é um namoro.
— Pois pede ela em namoro de uma vez macho — eu amo o Luan, mas ele é muito lento, meu Deus.
— Vai dar certo, hoje a gente podia ir tomar uma?
— Desculpa amigo, eu tenho outro encontro, acabei de te falar, vou ver um filme com Nathan depois do trabalho e pretendo voltar bem tarde.
— Ah, tá certo.
— Chama o Caio — Luan está estranho, mesmo quando sugiro que ele chame meu outro melhor amigo ele só dá de ombros ao invés de começar a me xingar.
— Luan, tem certeza que está tudo bem com a Stella?
— Tá sim, e qual filme vocês vão assistir?
Ele foi esperto, sem perceber voltei a falar sobre minhas expectativas, mesmo assim conheço o Luan, tem algo tirando o foco dele, vou ficar atento porque eu sei que uma hora ele vai me contar, ele sempre conta! Só espero que esse namoro com a Stella mude nossa amizade, tipo ele tem sido meu melhor amigo a muito tempo, detestaria me afastar dele, ainda mais por causa de algum relacionamento seu.
— Adriano, você acha que o Ykaro gosta da Stella? — Luan perguntou do nada quando estou me despedindo dele na porta do meu trabalho.
— Amigo eles são amigos — desconversei.
— Eu sei, mas você acha que ele gosta dela, tipo gosta mesmo tipo eu?
— Não sei, mas Luan eles ficam de vez em quando — escolho muito bem as palavras agora, mas para minha surpresa ele não pareceu nem um pouco surpreso.
— Beleza, eu tenho que ir, bom encontro.
— Luan espera — ele acena e toma distância de mim ignorando meu chamado.
Eu sei que não deveria ter falado que o Ykaro era o ficante da Stella, porém algo me diz que ele já sabia, vai ver por isso me fez essa pergunta aleatória, isso deve ser o que está distraindo ele, eu sinceramente acho que ele não tem com o que se preocupar, tipo o Ykaro é uma delícia, mas a Stella teria de ser muito louca para trocar um cara como o Luan. Só espero que meu amigo saiba disso, as vezes queria que o Luan tivesse só um pouco da autoestima do Caio e se possível ele tivesse um pouco mais da gentileza do Luan, meu melhor amigo gay é meio duro com as palavras às vezes.
Para não levantar mais suspeitas do supervisor sobre mim e Nathan mando mensagem para ele falando para não sairmos juntos, ele pode ir na frente e nos encontramos na rua, é mais fácil, não quero que o supervisor fique no nosso pé. Ele concordou, deve ter pensado o mesmo que eu, então quando termino meu trabalho saio sozinho do predio.
— Você acha que ele percebeu que está rolando uma coisa entre a gente? — Confirmando que eu estava certo, Nathan diz exatamente o que eu estava pensando.
— Não sei se ele se tocou que está rolando, mas deve ter percebido que o interesse existe de ambas as partes.
— Você fala tão bonito, Adriano — nunca tinha recebido esse elogio, me deixou até vermelho.
— Só quando tenho um moço bonito para me inspirar — ele parece ter curtindo minha resposta, pois passa as mãos pelo meu pescoço chegando bem perto e me beijando na rua.
— Gostei disso.
— Que bom, porque eu queria fazer isso desde que te vi mais cedo — seu rostinho de nerd tímido me quebra muito.
— Eu também.
O shopping mais perto é do Benfica, mas sinceramente não suporto esse cinema, então peço um uber para gente ir para o shopping Riomar Kennedy, onde o cinema é um pouco mais caro, porém infinitamente melhor. no caminho combinamos que fora do trabalho não tem problema em ficar se pegando, mas lá para evitar estresse seguiremos só como colegas de trabalho — quanto menos interações lá melhor pelo menos até o nosso supervisor desencanar dele.
— Esse cara é muito sem noção! — Não consigo engolir esse supervisor, sonho todos os dias com o dia em que vou poder dar o fora desse trabalho.
— É bem desconfortável ficar perto dele, a Ingrid que está na PA do lado da minha já me falou que é só não dar muita bola para ele — Ingrid trabalha com a gente, ela não gosta muito de mim, mas é só porque nosso santo não bate mesmo.
— Ele vai insistir por um tempo, mas quando ver que não vai conseguir ficar com você vai acabar se mancando e parando de dar em cima de ti — falo por experiência própria.
— Foi o que você fez? — Parece até que o Nathan leu minha mente.
— Sim — melhor não falar que ele ainda tenta dar em cima de mim de vez em quando, só para não desanimar o Nathan.
No shopping chegamos já quase na hora do nosso filme. Me ofereço para comprar os ingressos, mas ele recusa, Nathan faz questão de dividir até a pipoca comigo — queria que o meu V.R. foi aceito no cinema, seria ótimo. — Munidos de dois ingressos e uma baldão de pipoca com duas cocas zeros de setecentos mls seguimos até nossos lugares na sala de exibição, graças a Deus que aqui eles dão uma bandeja, eu tenho um medo real de derrubar meu lanche toda vez que compro algo na bomboniere do cinema.
Eu curto ficar no meio, mas Nathan gosta mais de ficar nas últimas fileiras mais longas da tela, como quero agradá-lo não coloquei nenhum problema na escolha dos acentos. coloco a pipoca no meio das minhas pernas, como Nathan sentou à minha direita eu coloco minha cola do outro lado, assim fico com o caminho livre para segurar sua mão caso role. As luzes se apagam e o filme começa, só de está perto dele me sinto desconcentrado do filme e ele não me ajuda quando se inclina para ficar mais perto de mim — sério, queria arrancar esse descanso de braço entre nós.
— Ai — logo no primeiro jumpscare ele afunda o rosto no meu ombro para não ver a cena assustadora.
— Já pode olhar — faço um carinho no seu cabelo depois que a cena assustadora passa.
Esse carinho é tão frágil e ao mesmo tempo sexy, Nathan sem saber está mexendo com meu imaginário, ou talvez ele tenha uma noção sim, pois enquanto estou pensando em quão fofo ele é sua mão erra o balde de pipoca e me dá uma deliciosa patolada! Meu coração acelera e eu fico de pau duro na hora, parece até que uma corrente elétrica passou pelo meu corpo.
Fico esperando que ele tire a mão do meu pau e que exploda de vergonha por ter feito isso, mas o que parecia um engano logo se prova o contrário. O que começou com uma patolada virou um capitãozinho — se você não sabe o que é um capitão, basicamente é quando uma mão fica apertando seu pau de leve, de nada! — Olho para ele e o safado está vidrado na tela, agora entendi porque ele quis sentar aqui, além de sermos os únicos nessa fileira, não tem ninguém que possa notar o que ele está fazendo.
Minha respiração está ofegante, o carinho dele no meu pau é muito excitante, o fato de ser ele — meu principezinho — pegando no meu pau dentro de uma sala de cinema é surreal, mas esse seu lado safado ainda vai bem além do que eu poderia esperar. Seus dedos ágeis encontram o zíper da minha calça, a medida que ele abre lentamente minha calça minha respiração parece que vai simplesmente escapar dos meus pulmões.
A tensão sexual é alucinante, melhor do que qualquer droga que eu possa provar — não uso drogas, então é só no sentido figurado mesmo — com uma mão só Nathan consegue desabotoar minha calça — estou suando mesmo no frio do cinema — seus dedos finos chegam até a barra da minha cueca e deslizam lentamente para dentro, o calor do meu pau entra em choque térmico com o sua mão fria gerando um arrepio que corre pelo meu corpo todo.
Essa é a melhor mão amiga que já recebi na vida, facilmente. Tenho que me segurar para não gozar, é mais do que só toque físico, é meu imaginário, Nathan é tão nerd e tímido, nunca pensei que ele pegaria no meu pau em um lugar público e ainda mais assim. Agora meu pau está duro estalando, louco para conhecer sua boquinha vermelha.
— Vem comigo — o sussurro da sua voz no meu ouvido é quase hipnotizante.
Nathan levanta e sai, antes de segui-lo levo um tempinho para conseguir guardar meu pau e tentar ao máximo disfarçar minha ereção. Sigo ele até o banheiro do cinema, ainda não estou acreditando que isso está acontecendo, tirei a sorte grande com ele só pode. Nathan entra no último box e eu o sigo até lá. Mal consigo entrar no box e ele já está sentado na tampa do vaso abrindo minha calça de novo.
Meu pau saltou bem na sua frente, Nathan o segura com firmeza, encara com os olhos brilhando meu pequeno porém belo instrumento. Me identifico como versátil e não tenho muito uma preferência, é mas o lance de seguir meu parceiro e pelo visto com Nathan vou ser ativo aqui.
— Que delicia — seus sussurros estão me excitando demais, só que nada se compara ao calor da sua boca quando envolve meu membro.
— Mano do céu — minha voz até saiu tremida.
Ele me chupa como se meu pau fosse seu pirulito favorito, sugando e lambendo, me levando até o fundo da sua boca em uma garganta profunda de qualidade. a visão dele com meu pau na boca sendo vista de cima para baixo é um loucura, sinto meu gozo vindo com tudo, mas seguro, até os dedos do meu pé estão cruzados para segurar essa vontade de banhar esse putinho todo com meu leitinho.
Não consigo segurar a vontade de segurar seus cabelos e foder sua boca como se fosse um cuzinho apertado, puta que pariu, meto lá no fundo e ele continua chupando na qualidade, uma mamada e tanto, imagino qual deve se a sensação do seu cuzinho piscando comigo dentro — mas pensar nisso foi meu vacilo, meu esperma se derrama dentro da sua boca sem o menor controle.
Antes que eu possa me desculpar, olho para baixo e tenho a visão mais fantástica do mundo, aquele nerdzinho gozando enquanto bate uma para si mesmo e mama na minha rola feito um bezerro faminto. É preciso morder meus lábios com força para não soltar um gemido alto. Caralho ele deixa meu pau bem limpinho, não desperdiça nada, esse foi o melhor boquere que já recebi disparado, deixou até o carinho que me mamou ontem no chinelo. quero chupar ele também, mas aqui é muito arriscado então apenas guardo meu pau quando vejo ele fazendo o mesmo — isso depois dele limpá-lo usando o papel higiênico.
Damos aquela conferida para ver se o banheiro ainda está vazio, só depois saímos o mais discretamente possível, ele me beija e até consigo sentir o gosto do meu leite na sua boca, quem diria que esse menino tímido é uma putinha safada? Estou apaixonado agora é oficial. O filme ainda está rolando quando a gente volta para sala, pegamos do meio para o fim, só que por sorte o roteiro não é tão bem feito assim, dá para entender mesmo perdendo um pedaço e não posso dizer que me arrependo por ter saído no meio.
— Gostou do filme? — Seu olhos cheio de segunda intenção na sua pergunta quase me fazem querer arrastar ele para o banheiro de novo.
— Pra caralho, melhor filme do ano — seu sorriso tímido volta e é sério, eu quero arrastar esse carinha para qualquer lugar onde eu possa ficar pelado com ele.
Vamos para praça de alimentação comer alguma coisa — agora meu V.R. pode brilhar — naturalmente depois de engolir meus herdeiros no banheiro nossa lance deu um salto enorme, tipo me sinto mais ligado a ele, não no sentido de amor, mas tipo parece que agora os limites de até onde posso ir se esticaram bastante, isso abre margem para mais contatos íntimos, tipo sentar ao seu lado, por a mão na sua perna, dar um selinho nele enquanto esperamos nossos sanduíches do Burger king ficarem prontos.
— Você é doceiro né?
— Sim, na verdade tô mais para confeiteiro.
— Existe diferença? — Amo falar sobre meu ofício favorito, então nem me incomoda ouvir essa pergunta tantas vezes quando recebo.
— Pode-se dizer que todo confeiteiro é um doceiro, pois ele faz doces, mas nem todo doceiro é um confeiteiro, já que o doceiro pode não ter a especialização ou o foco nos preparos e técnicas mais complexas da confeitaria.
— Nossa, quer dizer que você sabe fazer bolos de aniversário e casamento?
— Sei sim — minha especialidade é em bolos de casamento, embora não pegue muitas encomendas, pois noivas não tendem a confiar em uma pessoa que nem loja tem.
— Nossa agora fiquei louco para provar um bolo seu — meu leite ele já provou e pelo jeito gostou, meus pensamentos estão viajando muito agora!
— Vou separar um pedaço para você na próxima encomenda que eu pegar.
— Porque você não trabalha com isso, tipo você odeia o call center — ele tem razão, mas não é tão simples.
— Bem, a arte da confeitaria é algo que requer materiais que não são baratos, eu herdei muita coisa da minha avó, mas não o suficiente para ter minha própria loja.
— E você sabe fazer salgados também?
— Sei sim, mas eu curto mais fazer doces, os salgados eu aprendi porque sempre tem alguém querendo encomendar.
Meu antigo ficante não demonstrava um pingo de interesse em mim como o Nathan demonstra, tipo ele não só responde as minhas perguntas, pelo contrário, parece realmente querer saber mais sobre mim, isso é bom, de verdade. Curtimos novamente até o shopping praticamente nos expulsar.
Eu sei que me chupar no banheiro é um recado bem evidente de que ele me quer e eu gozar na boca dele é uma resposta que eu também o quero muito, porém, não quero apressar as coisas, ainda mais que já vi que deixar ele ditar o ritmo pode funcionar para mim também. Ficamos nos beijando do lado de fora do shopping por uns minutos até que chega nosso limite de tempo.
— Eu sei que pode ser precipitado, mas você quer ir para minha casa? — Mesmo sabendo que esperar é o melhor, minha boca me trai.
— Eu queria, muito mesmo, mas não posso, meu pai me mata se eu dormir fora de casa.
— É, eu entendo, tenho um amigo que é quase assim também.
— Pois é, desculpa — é impossível sentir qualquer coisa que não seja tesão por esse cara, principalmente depois do que rolou no banheiro.
— Tá tranquilo, uma hora dá certo — mais uma vez dou a resposta certa, pois ganhei outro beijo.
— Você é muito lindo e fofo, sabia?
— Valeu, mas você que é — estamos virando esse tipo de casal meloso e nem posso reclamar, pois adoro — a gente pode ser ver amanhã?
— Não posso, amanhã uns amigos vão lá para casa para jogarmos magic — ele é muito nerdzinho.
— Tranquilo! — Primeiro passo para não foder as coisas é não ser grudento.
— Mas na segunda eu posso faltar o curso de inglês depois do trabalho e ir na sua casa provar um dos seus famosos bolos?
— Great, don't worry, I can be your English monitor too — seus olhos brilham só por causa do meu inglês.
— Você sabe inglês?
— Aprendi sozinho, é que sigo alguns confeiteiros famosos, tipo o Antonio Bachour.
— Impressionante! — Seu olhar de admiração é quase tão bom quanto o que ele me deu no banheiro mais cedo.
Nos despedimos e ele segue para casa, novamente esperei o uber dele primeiro, antes de pedir o meu uber eu ligo para os meus amigos, primeiro para o Luan, só para ver se seu humor melhorou.
— Oi Adriano — pelo jeito que ele atendeu acho que não.
— E aí, você está no bar? — ainda vai dar meia noite, então tecnicamente ainda dar para acompanhá-lo no bar.
— Estou em casa.
— Desculpa amigo, mas olha se você quiser a gente pode ir pro bar.
— Não, estou de boas — Luan está pensando muito, só espero que ele saia logo.
— Você quem sabe, mas qualquer coisa, se mudar de ideia só avisar.
— Vai dar certo, eu vou aproveitar para ver umas coisas do trabalho — seu tom parece normal, mas eu sinto como se tivesse algo errado.
— Tudo bem, vou ver se o Caio quer fazer alguma coisa.
— Adriano, se vocês forem para o bar me avisa.
— Claro — acho que ele quer ir, mas talvez esteja querendo que o convite seja nosso, assim não vai parecer que ele está sendo grudento com a Stella.
Ligo para o Caio e pelo barulho ele está no mundo, quase não dá para ouvir o que ele está falando então o prorpio desliga a chamada e me retorna um minuto depois.
— Fala Madrinha!
— Onde cê tá amiga?
— No Astro pub, e você desgrudou desse boy finalmente?
— Sim e tipo foi incrível! Melhor date de todos.
— Ai Madrinha, boa sorte! — Claro que o boa sorte do Caio é mais carregado de ironia do que pensamentos positivos, mesmo assim como dia minha mãe Xtina “Yes, words can't bring me down, oh, no”
— Acho que vou para casa.
— Negativo, a senhora vai pegar um uber e vir para cá, porque amanhã você não trabalha, e tenho que aproveitar enquanto a “hetera cristã” está ocupada brincando de casinha.
— Tá, mas vou logo avisando que hoje eu não vou pegar ninguém.
— Minha senhora, Cher me ajude a lidar com essa gay!
— Nem começa Caio — o filho da mãe é tão engraçado que até me criticando ele me faz rir ao invés de ficar com raiva dele.
Mando mensagem para o Luan o convidando — isso é quase um protocolo padrão — mas ele diz que vai ficar de boas, pelo menos eu convidei, ele não vai poder reclamar depois, já que não posso sair sem convidar os dois. Dessa vez Caio não está montado, porém meu amigo sabe entregar quando está de boy também. Ele está usando um shortinho jeans beira cu, um cropped rosa lindo e um saltão que sinceramente não faço ideia de como ele se equilibra nisso.
Com seu copo de caipirinha e claro o Breno do seu lado. Caio tem um dom que ele nunca me revelou como faz, mais ele semtre sabe quando estou chegando e é batada, eu chego e ele está na calçada me esperando, já questionei se ele fica na calçada me esperando o tempo todo, mas nossos amigos em comum dizem que a bicha simplismente sente que estou chegando e sai para me receber.
— Madrinha! — Caio me recebe com dois beijinhos e sussurra no meu ouvido — vagabunda a senhora transou.
— Oi! — Ah, saber quando as pessoas transam é um outro super poder dele.
— Não faz a sonsa Madrinha.
— Não transei, ele só me chupou no banheiro — digo só para ele ouvir.
Eu sei que é horrível compartilhar essas intimidades com outras pessoas, mas é que não consigo guardar nada dos meus melhores amigos, pelo menos eu sei que Caio e Luan vão levar pro túmulo tudo que já convidencializei para eles em vida.
— Oi Breno — dou dois beijos nele também.
— E ai Adriano.
Acho que nunca vi o Breno feio ou sem está muito cheiroso. Ele usa óculos que o deixa com uma carinha de garotinho da mamãe, hoje ele veio com uma baby tee preta com listras bege na gola e nas mangas, uma calça cargo também bege e um sapato preto, seu cabelo sempre está curtinho também — desde que conheço ele nunca o vi de cabelo grande, ele definitivamente se cuida muito.