Não estou sozinho. - III - Final.
E ai pessoal, como vocês estão? Aqui sou eu o Allan, voltei para contar o final da minha história com o Murilo.
Para dar uma resumida rápida, eu era apaixonado pelo meu amigo de infância Murilo, mas não tinha coragem de me declarar, infelizmente fui atropelado e com isso fiquei paraplegico o que foi um choque para mim. Fiquei revoltado, comecei a entrar em uma espiral de melancolia e depressão e foi aí que novamente Murilo entra em minha vida e me resgata como um cavaleiro em seu cavalo branco, bom…mais ou menos isso ele me ajudou a ver a vida novamente e me incentivar a ser independente como antes. Começamos a malhar na academia juntos, consegui um trabalho home office e entrei para um time de basquete.
Apesar de não ter me declarado meu relacionamento, de amizade, com Murilo ia muito bem cada vez mais unidos, juntos, próximos até que sua mãe entrou no meio.
Dona Lindalva, mãe de Murilo não estava nada satisfeita em ver seu filho andando para baixo e para cima comigo e também do fato do seu filho não estar namorando e matou dois coelhos com uma cajadada só apresentando Rose, a filha de uma amiga para Murilo, isso mesmo para o meu Murilo.
Com o tempo Murilo foi se afastando e descobri por meio de redes sociais que ele estava namorando com Rose. Chorei lamentei, mas decidi não atrapalhar a vida do meu melhor amigo e crush secreto. Mudei meu horário de treino, já que eu trabalhava home office podia ir malhar mais cedo assim evitaria de vê lo na academia, seria mais fácil assim, afinal o que os olhos não vêem o tesão não sente.
Alguns meses se passaram e modéstia parte eu estava ficando um gostoso, meus bíceps e peitoral estavam ficando cada dia maiores e mais fortes, meu desenvolvimento estava aceleradíssimo talvez pelo meu esforço diário não apenas na academia, mas no próprio dia a dia empurrando a cadeira, me levantando de um lado para o outro e também no esporte.
Era meu primeiro jogo do campeonato em que meu time participava e eu estava muito nervoso e empolgado. quando eu entrei na quadra logo vi meus pais e minha irmã torcendo por mim.
O jogo foi equilibradíssimo e no final saímos campeões e o melhor de tudo é que eu tinha contribuído para a vitória com algumas cestas.
Estava indo embora, meus pais foram na frente dizendo que me aguardava na pizzaria, porque eu fiquei para trás? Bem…
_ Não, eu consigo sozinho, me deixa eu consigo!
Gritava eu enquanto era erguido por braços fortes e musculosos.
_ Nada disso, toda mordomia para meu campeão.
Enquanto eu me segurava no pescoço, do meu mimador recebo um beijo e logo escuto alguem gritar.
_ Não! solta ele!
Murilo empurra Hercules que meio desequilibrado por conta do empurrão me coloca um pouco jogando para dentro do carro. Hercules mal me solta e recebe um soco no rosto de Murilo e eu grito com ele não sendo o único, Valdivia, irmão mais novo de Hercules da a volta no carro com sua cadeira de rodas e chuta sem muita força nas pernas Murilo.
_ Tire suas mãos do meu irmão seu brutamontes!
_ Pare Murilo, o que você esta fazendo?
_ Eu? O que ele esta fazendo, se aproveitando de você.
_ O que? Eu me aproveitando do Allan? Quem você pensa que eu sou, seu moleque!
_ Moleque? Eu vou te mostrar o Moleque.
Disse Murilo partindo para cima de Hércules novamente. eu nunca tinha visto Murilo daquela forma, tão agressivo. eu tentava falar com ele, Valdivia gritava do outro lado e Hércules se defendia dos golpes até que não teve outro jeito, Hércules deu um baita soco em Murilo que o deixou tonto.
_ Chega Murilo, me escuta o Hércules não está se aproveitando de mim ele é meu namorado.
_ Seu o que? Você enlouqueceu? como… como ele pode ser seu… o que? Namorado?
_ Isto mesmo, meu namorado. Você seguiu sua vida e eu segui a minha, é melhor assim. Vamos Hercules, meus pais estão esperando a gente.
Hercules, Valdivia e eu fomos para o restaurante, eu tentei me divertir comemorar a vitória, celebrar com meu namorado, seu irmão e minha família, mas minha cabeça estava em outro lugar, estava em Murilo.
Naquela mesma noite mais tarde, escuto pedas sendo atiradas em minha janela, quando abro é Murilo do lado de fora.
_ O que você esta fazendo aqui? Como entrou?
_ Pulei o muro queria falar com você, mas esta tarde não quis bater a campainha.
_ Realmente esta tarde, vai embora depois conversamos.
_ Não, preciso falar com você agora, Allan.
_ Vai embora murilo!
_ Allan, filho, esta tudo bem ai?
Pergunta meu pai do seu quarto.
_ Esta sim pai, é… é… a televisão que apertei o controle sem querer e ela ligou, mas ja vou desligar e dormir, não se preocupe, está tudo bem.
Enquanto eu me distrai dando uma desculpa para meu pai, Murilo entra em meu quarto pulando a janela.
_ O que você está fazendo aqui? olha só esse olho roxo.
_ Foi aquele idiota do seu… não consigo nem dizer o nome.
_ Namorado?È ele é bem forte mesmo e só não te bateu mais porque eu não deixei, ele pratica jiu jitsu e capoeira sabia?
_ Não estou nem ai para o que aquele cara faz ou deixou de fazer, quero saber o porque você não me contou nada sobre ele ou sobre ser gay.
_ Porque eu deveria te dizer alguma coisa? Você tem sua namoradinha e eu tenho o meu qual é o problema por eu ser cadeirante eu não posso…
Antes de eu acabar de falar Murilo segura meu rosto e me beija a boca. Eu fico em choque, sem saber o que fazer.
Murilo tira sua camisa, sua roupa e tira a minha, vem para cima de mim beijando minha boca, meu queixo, meu peito. Murilo meu Murilo chupa meus mamilos que a essas alturas já estão todos pontiagudos implorando por seus lábios e ele os chupa como um bezerro chupando os peitos de uma vaca. Murilo segurou meus punhos acima de minha cabeça na cama deixando meus sovacos expostos abertos e prontos para receber sua língua, nossa que tesão, nem imaginava poder sentir tanto tesão nos sovacos, depois fui pesquisar e realmente o suvaco é uma zona erógena. Eu nem pensava mais de tanto tesão que sentia apenas segurava firme naqueles cabelos cacheados sentindo os lábios e língua de Murilo descendo por minha barriga com alguns pelinhos até chegar ao meu pau que estava duro. esta parte nem eu sei explicar como eu estava sentindo prazer ali, não sei se foi algo psicológico ou se era real, obviamente não era o mesmo sentimento de tato de antes do acidente, mas eu juro que podia sentir os lábios, a boca quente de murilo sugando meu pau eu agarrava em seus cabelos, puxava e arranhava suas costas ele subiu olhou fundo em meus olhos com aqueles seus olhos de mel e disse:
_ Diz que não me quer, diz que não me ama, diz que quer que eu pare que eu paro agora e nunca mais toco em você.
Eu não tinha forças para dizer nada apenas balbuciei
_ Continua.
Murilo cuspiu na mão, passou em seu cu e se encaixou em meu pau ainda duro e babado por sua boca e cavalgou em mim, cavalgou forte intenso gemendo e suando em cima de mim, me beijando. Eu acariciava aquele corpo que eu tanto desejei sem nem acreditar que aquilo estava acontecendo de verdade. De repente Murilo se levantou me colocou de lado encaixou seu pau em mim e me abraçando forte masturbando meu pau gozou forte e intensamente, eu podia sentir seu corpo se contorcendo seu gemido rouco forte sua boca com seu hálito quente em meu ouvido dizendo que me amava. Dormimos ali agarrados.
No dia seguinte acordei sem saber se o que havia acontecido era real ou tinha sido apenas uma fantasia de minha cabeça, mas sentir o braço pesado de Murilo em minha cintura era um sinal de que não foi apenas um sonho, mas sim tinha acontecido foi real.
Conversamos e enfim confessei meu amor por Murilo que confessou também sentir algo por mim desde sempre, mas só perceber que era de fato amor ao se relacionar com Rosa. Ao estar com ele não se sentia bem, pensava em mim, em querer estar comigo, no meu corpo de querer beijar e agarrar a mim e não a ela, mas ao mesmo tempo não queria desapontar sua mãe, Murilo sabia que sua mãe seria contra tudo, nosso namoro por eu ser gay, paraplegico e um monte de outros preconceitos.
Fiquei muito feliz em ouvir tudo aquilo e com o coração quentinho por um lado, por outro eu teria que enfrentar a maior barra com a mãe de Murilo e ainda tinha meu namorado Hércules que tinha sido algo tão bom em minha vida ele não só aceitou o fato de eu ser paraplegico como me ajudou a me revelar para meus pais, eu não queria decepcioná lo eu pensava não ser justo com ele, mas ao mesmo tempo não seria correto estar com ele e com Murilo. Minha cabeça estava confusa e a única solução que veio em minha mente foi pedir um tempo para Murilo, para eu pensar, refletir e ver o que eu iria decidir para minha vida.
Murilo foi embora assim como entrou, pela janela no final do dia já vi que Rosa postou vários posts de fim de namoro e na rede social de Murilo já não havia mais nenhuma de suas poucas fotos com ela. Eu até que tentei, mas confesso que não consegui terminar com Hércules, ele era sempre tão bom, tão paciente, tão gentil comigo sem contar com aquela fofura que era o irmão dele o Valdivia que assim como eu era paraplegico, com a diferença de que ele não foi por conta de acidente e sim de uma doença na infância.
Os dias foram passando e eu sendo pressionado por Murilo que queria logo uma decisão minha para poder se revelar para sua mãe, eu disse para ele que uma coisa não tinha nada haver com a outra, uma coisa era ele ser gay e dizer isso para ela outra coisa era que nós éramos namorados, mas ele dizia que seria mais fácil tudo de uma vez enfim o tempo ia passando e agora sempre que tinha jogos na arquibancada estavam de um lado meus pais, irmã e Hércules torcendo por mim e um pouco afastado Murilo. Mesmo eu explicando a Hércules que Murilo era apenas um amigo, meu atual namorado não engoliu muito a história e tinha muito ciúmes de Murilo e não fazia nenhuma questão em disfarçar que não queria ele por perto. Murilo por sua vez não facilitava as coisas para meu lado aparecendo sempre que possível onde Hércules e eu estávamos de forma bem proposital quebrando o clima de romance que Hércules tentava estabelecer.
Por mais que eu amasse Murilo, era muito óbvio que meu romance com ele não seria fácil e totalmente diferente da tranquilidade e aceitação do meu relacionamento com Hércules. Eu já havia decidido e iria terminar logo com aquele tormento e terminar qualquer que fosse aquilo que estava acontecendo entre Murilo e eu. Porém quando eu estava voltando para minha casa vejo uma ambulância na porta da casa de Murilo, imagino que seria a mãe dele, ela tinha tido AVC a pouco tempo, o que era outra preocupação de Murilo quanto a revelação. Mas ao me aproximar percebo que é Murilo, o meu Murilo havia sido atropelado, eu me desespero lembrando do meu próprio acidente e imaginando todos os piores cenários, por mais que naquele momento eu estivesse bem eu não queria que meu amor passasse por tudo aquilo que eu havia sofrido.
Assim que pude pedi para meus pais me levarem ao hospital ver Murilo, não me contive ao entrar e vê-lo deitado na cama segurei sua mão e chorei, chorei muito até sentir sua mão afagar meus cabelos.
_ Ei, se acalme, pode ficar tranquilo, eu estou bem, foram apenas algumas escoriações um braço e uma perna quebrada, mas de resto está tudo bem, olha.
disse ele movimentando as pernas.
Eu sorri e o abracei forte aliviado e em um impulso o beijei e ele retribuiu, felizmente ou infelizmente aconteceu bem na hora em que Dona Lindalva, mãe de Murilo abriu a porta, não só ela, mas meus pais e meu namorado viram meu beijo.
De forma resumida a mãe de Murilo desmaiou, meus pais a socorreram e chamaram os médicos, Hércules saiu irritado e triste e foi embora.
Óbvio que depois com mais calma eu procurei Hércules e conversei com ele, que compreendeu a situação, mas infelizmente se afastou de mim, Valdivia ficou um tempo emburrado comigo, mas aos poucos estou recuperando sua amizade e quanto a Dona Lindalva, mãe de Murilo e atual sogra, bom esta não teve muita conversa, expulsou o filho de casa que veio morar comigo na casa dos meus pais passou um bom tempo sem sequer olhar na cara dele, mas agora já está ao menos falando o necessário, cumprimentando ele, porque se eu estou perto ela vira a cara e sai esbravejando.
Como eu imaginei não está sendo fácil essa parte, mas quanto ao resto está muito melhor do que eu imaginava. Murilo e eu compramos um terreno juntos e estamos financiando uma casa planejada para nós dois. Será muito trabalho, tempo e dinheiro pela frente, mas está fluindo. Nosso sexo esta cada dia melhor, ainda tenho minhas inseguranças, nem todo dia consigo ereção por exemplo o que me incucava muito no começo, mas ja estou aprendendo a lidar com isso, compramos alguns brinquedos eroticos, assistimos muitos videos tanto educativos esclarecedores quanto opinioes de especialistas, medicos, fisioterapeutas e psicologos, sim estou fazendo analises e aconselho a todos é muito bom.
Então é isso galera, espero que tenham gostado, e quero muitos comentários e deixo uma pergunta: E você, já se relacionou com algum paraplegico ou se você é paraplegico como está sendo para você se relacionar? É muito válido e importante esse assunto e gostaria de muito respeito nos comentários.
Autor: Mrpr2