Essa nova série foi inspirada lendo os contos do autor contosdolukas, Lukas também me ajudou a revisar o texto. Mas não esperem um romance incrível como os que ele escreve, nem personagens amáveis. Aqui todos são essencialmente humanos e alguns exploram lados não tão agradáveis da sua humanidade. Esqueçam a ideia de mocinho e vilão das histórias clássicas, aqui os personagens erram e erram conscientes do seu erro. Também vai ter muita putaria, afinal é um conto erótico e eu adoro uma boa putaria. Espero que gostem da história, mas não espero que torçam pelo narrador. Davi vai fazer um inferno na vida de Salomão, mas também não esperem um Salomão bobinho e inocente, no fundo eu nem sei quem é pior. Já enrolei demais, vou deixar o narrador/personagem Davi se apresentar da forma que ele mais ama: com a boa e velha putaria.
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- Cuidado Davi, vai com calma, por favor - Implorou o viado que estava de quatro na cama recebendo minha rola.
- Ihhhhh viado, vou logo avisando que eu odeio isso. No Grindr tu falou que gostava de sexo pesado, gostava de apanhar... as porra toda. Agora tá reclamando de uma metida mais forte?!!! - Falei sem paciência.
- Eu desisto, seu pau é grande demais. - O cara falou choramingando e me irritou muito.
- Porra de desiste! Aqui não tem essa de desiste. Eu te avisei como era o caralho do meu pau, mostrei foto, falei que gostava de uma foda pesada... Tu disse que se deus fez é porque cabe, agora vai caber sim. Vou pelo menos gozar aqui. Pra não perder meu preciso tempo. - Falei segurando o cara, pra ele não fugir, e sem tirar meu pau de dentro dele.
- Tudo bem, mas vai devagar por favor, eu nunca senti tanta dor, tu nem passou cuspe. - O cara falou e parou de resistir.
Eu odeio essas coisas nessas bichinhas que dizem que aguentam meu pau e gostam de dar com pressão, mas na hora não aguentam nem a parte da metida. Eu sempre sou honesto, aviso antes sobre tudo, inclusive que não gosto de usar lubrificante. Resolvi ir devagar só dessa vez, pra ver se a bicha não fica tão insatisfeita, odeio quem sai reclamando da minhas metidas depois, fica parecendo que não sei trepar e esse não é o caso. Eu só gosto de foder de uma forma diferente.
Comecei o entra e sai devagar, tirava meu pau por completo, cuspia no cu dele e metia novamente, mas devagar. Vi que a bichinha começou a ficar com tesão, então fui aumentando a velocidade das metidas aos poucos até chegar em um ritmo de metidas alucinante e ver aquele homem, de trinta e poucos anos, gozar de prazer sem nem encostar no próprio pau. O cu dele piscou tanto, mordendo meu pau, que achei que não iria parar mais de piscar. Continuei metendo nele e dei um soco na costela do cara, não muito forte, mas forte o suficiente pro cara sentir. Também abri minha mão e dei vários tapas nele. Sem parar de meter nem por um segundo.
Sem tirar meu pau de dentro, virei ele de frente pra mim, segurei na cintura dele, fiquei de pé e mandei ele cavalgar em mim. O cara já não tinha força, mas estava se esforçando pra subir e descer no meu pau. Ele veio me beijar, até aceitei um beijo rápido pra não quebrar o clima gostoso de sexo, mas logo fui chupar seu pescoço. O viado realmente gostava de ser passivo, ele já tava de pau duro novamente, mesmo tendo gozado a alguns minutos. Fiquei pouco tempo naquela posição, afinal ele tava tão mole que não estava dando conta de dar com vontade.
Coloquei ele de lado na cama e voltei a meter com vontade, dessa vez enforcando o pescoço dele e não deixando ele se masturbar. Também dei umas mordidas fortes no ombro dele, adoro deixar vários tipos de marcas nos passivos que eu como. Quando senti que eu ia finalmente gozar, resolvi dar um presentinho pra ele: coloquei ele de frango assado e passei a meter mais devagar, também fiquei beijando a boca dele. O cara gozou pela segunda vez em pouco tempo. Aí eu não resistir, o sexo pesado tá nas minhas veias. Virei ele de costas pra mim, e deitado de bunda pra cima, e comecei a foder com força, do jeito alucinante que eu gosto de meter. Gozei litros e tirei meu pau de dentro dele. Fui tirar a camisinha e lavar meu pau na pia do banheiro.
Quando voltei para cama, fiquei com vontade de reparar o estrago que eu tinha feito. O cu do cara estava uma nojeira, todo arrombado, um buraco enorme, um pouco de sangue e bosta, uma cena deplorável. Do jeito que eu gosto de deixar um passivo.
Na hora que olhei para o cara, pra mandar ele ir se lavar, notei que ele tinha desmaiado. Não vi exatamente o momento que isso aconteceu e não sabia se o cara tinha desmaiado de dor, de cansaço ou se tinha simplesmente dormido depois que eu comecei a meter com ele deitado de bunda pro ar. Fiquei tentando fazer ele acordar, sem sucesso. Me deu medo do cara ter morrido na minha cama, mas chequei os batimentos e ele estava vivo. Então dei uns tapas na cara dele até ele acordar. Ele acordou meio zonzo e foi se lavar. Depois de um tempo ele volta, limpo e mais animado, e fala:
- Você gostaria que alguém fizesse com você o que você fez comigo?
- Porra! Meu sonho! Mas não tem macho pra isso nessa porra de cidade. - Falei, sendo bem sincero.
- Tu tá me zoando né? Ninguém gosta de ser tão humilhado assim. - O cara falou sem acreditar.
- Não porra, eu sou pansexual e totalmente versátil. Adoro todo tipo de sexo, dos mais românticos aos mais intensos.
- Você é completamente louco, Davi. Nunca vi isso em meus 36 anos de vida.
- Ah cara, vai se fuder! Eu te avisei qual era o tipo de sexo aqui e tu disse que adorava tudo. Agora não vem dá uma de vitima desavisada. Eu te falei de tudo: do tamanho do meu pau, que eu gostava de meter sem lubrificar, que era intenso, que eu gostava de dar murro, tapas, mordidas e tudo mais.
- Eu achei que era propaganda enganosa, os caras sempre falam que vão fazer e na hora socam fofo.
- Eu também adoro socar fofo, mas hoje eu queria te detonar e avisei. Agora vaza daqui que preciso dormir.
- Como assim? A essa hora? Não tenho pra onde ir. Não posso chegar na casa de meus pais a essa hora. Daqui eu vou direto pra faculdade.
- Tu achou que ia dormir na minha casa? hahaha faz é graça bicha. Se pelo menos não tivesse reclamado tanto na hora da foda, eu ainda poderia pensar.
- Você é um demônio, Davi. São três da madrugada, deixa eu ficar aqui até amanhecer.
- Tu é chato, viu bicha. Pode ficar lá no outro quarto até a hora que eu for para faculdade. Mas me deixa dormir.
- Não sabia que você fazia faculdade. Cursa o que?
- Como comer cu de curioso. Vaza. Vai dormir e me deixa dormir.
Eu nem lembrava o nome dele, mas também não era o que importava, não é mesmo?
Mandei o cara para o outro quarto sem sequer verificar se a cama estava arrumada. Não me importava. Qualquer outro teria chamado um Uber e deixado o problema se resolver sozinho. Mas eu? Eu tenho esse defeito — ou essa qualidade, depende de como você vê as coisas — de ser excessivamente prático.
Sei que quem me lê pode me achar uma pessoa terrível. Um filho da puta sem coração. E talvez vocês estejam certos. Mas eu me vejo de forma diferente: sou apenas prático e absurdamente sincero. As pessoas vivem mergulhadas em falsidade, jogos de interesse, sorrisos hipócritas. Eu também sei jogar esse jogo quando necessário — sou excelente nisso, aliás. Mas prefiro a sinceridade crua, principalmente nesses momentos. Assim ninguém pode dizer que não foi avisado das cláusulas do acordo.
Tenho muitas faces. Cada pessoa que cruza meu caminho recebe exatamente a versão de mim que eu escolho mostrar. Não vejo isso como falsidade — vejo como estratégia. Como escolha consciente.
Essa história começa em 2023, mais precisamente após o Carnaval. Já que estamos aqui, deixa eu finalmente me apresentar de forma tradicional.
Davi Souza Pinto. Vinte e cinco anos, 1,85m de altura. Branco, cabelo liso cor de mel combinando com os olhos. Barba completa, sempre aparada com precisão cirúrgica. Pansexual e completamente versátil — e antes que você pergunte, sim, isso é relevante para a história.
Meu corpo? Trabalho em progresso. A panturrilha é motivo de inveja (homens e mulheres, não discrimino), assim como bíceps e tríceps bem definidos. Minha bunda ainda não está do tamanho que eu gostaria, mas a academia está resolvendo isso. Sou vaidoso, admito sem vergonha. Perfumes caros, roupas de grife — mesmo não entendendo porra nenhuma de moda. Bebo socialmente, mas o problema é que eu socializo demais. Às vezes fumo um vape, às vezes algo mais forte em festas. Nada que me defina, apenas detalhes que me completam. E o que todo mundo pergunta: meu pau mede 24 centímetros e é extremamente grosso.
Sou filho adotivo de um homem moderadamente rico. Não tão rico quanto eu gostaria, mas rico o suficiente para sustentar meus "luxos". Nunca trabalhei um dia sequer. Tenho uma casa no meu nome, um carro, uma moto, uma mesada generosa. Meu pai paga as contas fixas e o cartão de crédito. Um acordo perfeito, a única coisa que ele pede é que eu seja feliz e eu me considero o homem mais feliz que existe na porra desse planeta.
E a melhor parte? Nunca precisei passar pelo drama clichê de "assumir sexualidade para a família". Meu pai sempre soube. Confirmou quando me pegou com um dos empregados da casa — eu ainda adolescente, mas já... digamos, precoce. A reação dele? Diminuiu a carga horária do cara para eu ter mais tempo de "experimentar". Foi igual quando comecei a ficar com nossa cozinheira. Hoje sei que meu pai tinha conversas sérias com cada um: ameaças veladas sobre nossas idades, instruções sobre não me decepcionar, sobre me priorizar. Um pai peculiar, admito.
Atualmente namoro Rafaela. Relacionamento aberto, claro — ela sabe de tudo. Rafa é pansexual também, passa o rodo geral como eu. Mora em outra cidade por causa da faculdade, nos vemos regularmente. Já a amei muito. Hoje? Acho que estou com ela por costume. Porque somos amigos. Porque ela não enche meu saco. E porque é gostosa pra caralho, sejamos honestos.
Crescemos juntos — nossos pais eram amigos. Ela foi meu primeiro beijo, quando eu ainda beijava sem língua. Experimentamos muita coisa juntos. Eu ensinava, ela aprendia. Às vezes era o contrário.
Rafa muda o cabelo constantemente — cor, corte, estilo. Magra, curvas nos lugares certos, safada e vida louca. Sempre topa tudo que eu proponho. Uma parceira perfeita, na teoria.
Já sou formado em Direito. Não quero exercer. Não aprendi absolutamente nada durante o curso inteiro — festas, mulheres, homens, drogas leves, mas zero conhecimento jurídico. Agora me deu vontade de cursar uma faculdade pública. Escolhi Licenciatura em Geografia. Vou dar aula? Jamais. Mas quero experimentar esse universo tão distante do meu. Ver como vivem os mortais comuns.
Mandei mensagem de bom dia para meu pai, assim como todos os dias: em áudio. E mandei um "Bom dia, amor!" para Rafaela.
Mas aquela manhã começou com uma surpresa desagradável.
Quando levantei, o cara da noite anterior estava na minha cozinha tomando café. Clara — minha empregada, a única que tem chave porque não se importa em me ver pelado ou acompanhado — havia preparado para ele. Já peguei Clara algumas vezes, inclusive junto com Rafaela. Acho que Clara é meio obcecada pela minha namorada, mas isso é outra história.
Fechei a cara e falei:
- É hora de ir embora.
- Fernando tava aqui me falando que vai para mesma faculdade que você vai começar hoje. - Clara comentou
casualmente, e só então lembrei que o nome do cara era Fernando. - Tu podia dar uma carona pra ele.
Ri na cara dela.
- Nem fudendo que eu vou ser visto com alguém no primeiro dia. Ficou louca Clarita?
- Não custava nada. - Fernando murmurou.
- Não me enche o saco. E tu também Clara, tu não sabe a dor de cabeça que esse aí me deu ontem. Eu queria meter e ele reclamando.
- Tu queria me matar! Eu desmaiei, Davi!
Clara me olhou interrogativamente.
- Eu combinei tudo antes. Expliquei exatamente o que queria.
— Poxa, Davi, eu concordei porque achei que era exagero — Fernando se defendeu. — Os caras sempre falam essas coisas e não cumprem.
- Aí que tu se quebra Nandinho! - Clara sorriu - Davi é, digamos que intenso, um filho da puta metedor, para ser mais exata.
- Tchau "Nandinho". Pode ir pra sua faculdade. - Cortei a conversa antes que eles começassem a tricotar igual duas comadres e o assunto seria eu.
Fernando saiu. Tomei meu café e fui pilotando minha moto. Não quis ir de carro no primeiro dia - moto causa mais impacto.
Observei as pessoas no campus. A diversidade era gritante, completamente diferente da minha primeira graduação, que era só gente rica, branca e esnobe. Ali? Maioria pobre e preta, alguns desleixados, a vibe mais tensa. Havia algumas poucas pessoas bem vestidas e com corpos cuidados — essas chamaram minha atenção.
Na sala de aula, a sensação se confirmou: pouca beleza para olhar. Quase ninguém fazia meu tipo. Uma mulher negra gostosa que parecia promissora. Uma loirinha delicada. Um cara afeminado que eu tinha certeza já ter ficado antes — e lembrava que era bom. Mais uns dois caras medianos, no meio de uma sala com mais de trinta alunos.
Até que ele chegou.
Negro, alto, cabelo raspado, musculoso. Uma barba enorme, daquelas que dá para fazer tranças longas. Cara de safado. Fiquei louco na hora. Mas antes que eu pudesse me aproximar, a professora entrou.
Introdução à Geografia Física. Professora Elisabete.
Currículo imenso — doutora nisso, pós-doutora naquilo, especialista em mil coisas que ninguém se importa. O que importa: ela mandou todos se apresentarem em ordem de chamada. Gostos, motivações, experiências educacionais.
Ouvi muita baboseira sobre "sonho de ser professor" até chegarem em mim.
- Meu nome é Davi Souza Pinto. Podem me chamar de Pinto que eu atendo. — Risos da turma. Exatamente como planejado. — Tenho vinte e cinco anos, sou pansexual, mas não transo com menores nem com árvores, credo! — Mais risos. — Formado em Direito, mas não me perguntem nada porque não sei porra nenhuma. Escolhi Geografia porque dizem que esse curso é o que mais viaja e era a matéria que eu me dava melhor no ensino médio. Moro sozinho e dá para fazer festas na minha casa, informação importante. Nunca ensinei nada para ninguém, exceto coisas picantes. Quem quiser me conhecer, fique à vontade. Só mordo na cama e se deixarem.
— Já vejo que temos um engraçadinho — a professora respondeu, ácida. — Davi, este é um lugar de respeito. Espero que suas gracinhas não ultrapassem os limites.
Concordei com a cabeça, sorriso inocente.
Outros se apresentaram. Até que chegou a vez dele. A professora anunciou o nome:
SALOMÃO.
— Filho! — gritei antes dele começar.
A turma explodiu em risadas.
— Meu nome é Salomão Souza dos Santos — ele sorriu, entrando na brincadeira. — Podemos ser parentes mesmo, Davi. Mas não seu filho, porque tenho trinta anos. Três filhos — duas meninas e um menino. Sou casado, evangélico, toco violão. Escolhi Geografia porque amo ensinar. Essa matéria sempre foi minha favorita.
Pronto.
Estava decidido.
Não era só a aparência física — embora essa fosse espetacular. Era a voz grave, rouca, sexy. A postura de macho alfa. A dificuldade: casado, crente, pai de família. O desafio perfeito.
Aquele homem seria meu. Custe o que custasse.
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