Chefe imoral 11 — Epílogo: Fora da personagem

Da série Chefe imoral
Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Heterossexual
Contém 2325 palavras
Data: 23/10/2025 07:23:12

Bom, no último capítulo, tivemos um encerramento em grande estilo. Nada melhor para terminar uma série de contos eróticos do que uma orgia. Foi um final épico, mas provavelmente estão curiosos em saber o que aconteceu depois daquilo.

Aquela lavação de roupa suja e a catarse erótica que se seguiu ajudaram aquelas mulheres a se entenderem melhor. Rixas como entre Bruna, Luiza e Priscila deixaram de acontecer e isso se refletiu nas decisões da empresa. Tânia assumiu a presidência de vez e finalmente colocou ordem na casa. O conselho de diretoras debateu a realidade da empresa sem picuinhas pela primeira vez e analisou as medidas que eu havia tomado. As férias coletivas foram bem-vindas, assim como o investimento em marketing e novos produtos. Mesmo assim, Priscila, mais equilibrada, mostrou para todas que não se podia investir tudo de uma vez. Com Tânia, ela apresentou um plano de investimentos para alcançar os objetivos a longo prazo. A ArtePassos conseguiu se reerguer.

Vocês devem estar se perguntando sobre Amanda. Bom, eu já disse várias vezes que não merecia ela e era verdade. Ela assumiu o relacionamento com Vanessa, com quem construiu um vínculo mais saudável, sem deixar de lado seu fetiche por submissão.

Quando a mim? Voltei a ficar desempregado.

As oportunidades para atuar não apareciam, mas dessa vez eu não precisei correr atrás de qualquer trabalho. Tânia foi generosa ao me remunerar pelo meu trabalho. Pagou além do combinado, dizendo que resolvi mais problemas do que o esperado. Isso me deu tranquilidade de ficar meses esperando uma oportunidade de trabalhar atuando, fazendo exatamente o que gosto. Valeu a pena esperar, pois finalmente apareceu um convite. Depois desse tempo parado, lá estava eu, interpretando o CEO e me relacionando com uma funcionária.

Só que dessa vez era um teste mesmo.

Foi uma surpresa quando Paola, minha ex-namorada, me convidou. Ela é o tipo de mulher que não se intimida diante de desafios. Despontou como uma atriz talentosa e logo conseguiu projetos como diretora. Havia pegado a direção de um filme, uma adaptação de um desses romances eróticos entre homens poderosos e mulheres submissas. Quem vê Paola no dia a dia até acha estranho ela aceitar esse tipo de projeto, mas quem a conhece melhor sabe de seu gosto por esse tipo de literatura.

Era um bom trabalho. Se eu ganhasse esse papel, poderia projetar minha carreira. Até estranhava a Paola me oferecer esse teste, até ler o texto que iria encenar. Nela, Geraldo, o diretor-executivo, tem um diálogo tenso com uma das gerentes, sendo ela sua amante. Ela inicia a conversa rompendo a relação e ele abriria mão do orgulho, deixando até seu cargo de lado para viver uma vida junto a ela. “Acho que se encaixa bem nesse personagem”, disse ela. Me lembrou da vez em que implorei para ela não me deixar. Ela respondeu que não iria se deixar levar por mais um personagem meu. A ironia desse convite quase me fez desistir, mas, no fundo, trabalho é trabalho. Como ator, estou disposto a aceitar qualquer papel e esse não seria diferente.

O teste foi na casa dela. Um apartamento espaçoso, adequado a uma atriz e diretora que cresceu rápido. Paola estava belíssima quando me recebeu. Cabelos pretos, ondulados, a pele morena e ainda mantinha o olhar charmoso que tantas vezes me fez perder o chão. Vestia uma blusa vermelha, com um decote discreto, um blazer preto e uma saia preta, plissada, um pouco curta. Paola sempre teve orgulho de suas pernas. O capricho de escolher as roupas para entrar na personagem lembrava a Luiza.

— Fiquei sabendo que estava sem trabalho, então estou te dando essa oportunidade. Você não vai ter dificuldade em interpretar o Geraldo. — disse, enquanto me dava o texto para eu ler.

Ela me olhava séria, com uma expressão enigmática, como Tânia, enquanto era incisiva como Bruna. Lembrava das nossas discussões, em que ela me maltratava bastante, mas não retruquei. Pedi para ir logo para o teste e ela me olhou com desdém, como se fosse a Priscila, me subestimando.

Paola nos levou até seu escritório. Um lugar relativamente pequeno, com apenas uma mesa e algumas estantes de livros. Na cena, o escritório seria da minha personagem. Começamos comigo abrindo a porta e ela me entregando um relatório. Enquanto lia, ela caminhava decidida até a mesa, onde se sentava, com suas pernas cruzadas. A pose rígida, sensual, unida à sua expressão fechada, chamava a atenção de Geraldo.

— Você parece nervosa, o que foi?

— Geraldo, precisamos conversar. Eu não aceito esse tipo de relacionamento. Não posso me adequar às suas perversões. Você prejudica meu trabalho e a minha vida pessoal está confusa. Eu não vou enlouquecer por sua causa. Quero me demitir.

Faço uma expressão de medo e dou passos lentos na direção dela. Igual à nossa última discussão.

— Não faça isso.

— Já estou decidida.

— Olívia, eu posso mudar.

— Eu não sei se você consegue.

O diálogo continuaria com uma discussão entre os dois. O texto era tão parecido com aquela nossa discussão que me deixou incomodado. Parecia que Paola queria me humilhar, me fazendo reviver o nosso término, só que a cena termina com o casal junto. Parecia que, como Vanessa, havia uma dificuldade em demonstrar os sentimentos. Era estranho pensar que uma mulher movida a desafios não teria clareza dos próprios sentimentos. Olhei aquela pose sensual, sentada de pernas cruzadas sobre a mesa, e o jeito relativamente agressivo com o qual me tratou. Lembrou-me Amanda em nossa primeira reunião.

O sentimento de raiva e incômodo inicial passou quando a entendi melhor. Eu era um ator, recebendo uma oportunidade de trabalho para uma cena romântica da minha ex-namorada. Ela me colocou na mesma cena em que vivemos, não para me humilhar, mas talvez para nos dar uma chance, mesmo que em uma atuação.

Só que, naquele momento, eu era um ator bem melhor do que o que ela conhecia. Me tornara excelente em improviso e não daria a ela apenas um final modificado da história. Eu mudaria o roteiro inteiro.

— Quer saber? Vá e não volte. — disse, mudando minha expressão de medo para um sorriso debochado.

— O quê? — Perguntou ela.

A expressão de surpresa dela cabia tanto na personagem quanto em uma diretora espantada com meu improviso.

— O que foi? Pensou que eu correria atrás de você? Tenho uma empresa para gerir, Olívia. Não posso ter estresse com os melindres de uma diretora que não sabe o que quer.

Falei com indignação. Depois, olhei descaradamente para aquele par de coxas grossas sobre a mesa. Ela ficou confusa, mas optou por continuar improvisando o diálogo.

— Não sei o que quero. Trabalhei duro para chegar onde cheguei e sei muito bem o que eu quero. Sou competente demais para me limitar a satisfazer os caprichos de um homem mimado.

Naquela altura, os papéis com as falas já não serviriam para nada. Dei alguns passos na direção dela, sacudindo a papelada com desdém para, em seguida, jogá-la longe. — Competente com esse tipo de relatório? Você já produziu materiais mais ricos, mais detalhados. Agora mal sei o que acontece na minha empresa.

— Talvez o problema seja seu de interpretação, não dos meus relatórios.

— Não, porque eles eram melhores antes.

— Antes?

Com as mãos na cintura, eu dei mais passos na direção dela — antes de começar a frequentar meu escritório com essa sainha curta. Antes de passar mais tempo com o meu pau na boca do que apresentando dados.

Ela enrubesceu. Não tinha como fingir isso.

— O que está insinuando?

Parei em frente a ela, olhando-a nos olhos. — Nunca foi sobre foder comigo. Foi você que perdeu o foco. Você tem andado mais desligada nas reuniões. Agora quer pôr a culpa em mim por não trabalhar como antes.

Ela apertou os olhos, me encarando furiosa — não seja ridículo, Geraldo. Você é prepotente, arrogante e pensa que o mundo gira em torno de você. É só mais um macho de merda que acha poder fazer o que quiser com as mulheres porque é CEO de uma empresa. Você é falso, gosta de se comportar como um homem poderoso, mas, no fundo, é ridiculamente frágil e esconde isso. Talvez aprenda a dar valor perdendo algo.

Ela foi esperta e entrou no mesmo jogo que eu. Transformamos um ensaio em uma DR. Aliás, a mesma de tempos atrás. Quando ela me acusou de fingir ser outra coisa. Ela tinha razão, mas depois do que passei na ArtePassos as coisas mudaram. A ironia foi descobrir mais sobre mim enquanto simulava uma personagem. Não é que não fosse eu mesmo, mas sou um ator, e viver personagens é a minha própria natureza. Assim como as diretoras da ArtePassos, Paola tinha seus gostos e eu sabia exatamente quais eram.

Apoiei minhas mãos na mesa, ao lado dela. Nossos rostos ficaram quase colados. — Faço o que quiser contigo porque você gosta. Não minta para si mesma. Você gosta desse jogo e sabe que é culpa sua que tem estado distraída. Você não vai ganhar nada fugindo sem assumir o que realmente quer.

— E o que acha que eu quero?

No fundo dos olhos dela, vi que a pergunta estava fora da personagem. Levei a mão rápido até a sua nuca e a puxei para um beijo. Já não lembrava de como o beijo dela era quente. Sentir a língua se esfregando na minha e o gemido abafado foi a senha para eu tocar na sua coxa. As penas dela se descruzaram e abriram. Não pensei duas vezes e corri minha mão por baixo da saia até poder segurá-la pela bunda e puxá-la contra mim até seu quadril juntar ao meu. Os braços dela me envolveram, assim como as pernas. Possuí a bunda de Paola com as duas mãos enquanto passei a lhe chupar o pescoço. Ela era farta, macia e carnuda a ponto de poder segurá-la por uma das nádegas se quisesse.

— Eu não posso, eu sou casada.

Paola sempre gostou de histórias de romances proibidos. Então, resolvi deixar aquele romance ainda mais proibido quando parei de chupar seu pescoço e olhar nos seus olhos mais uma vez.

— Não importa. Você vai ser sempre a minha putinha. Lembra de quando me disse isso?

Lembro-me muito bem de quando ela me disse aquilo, e tinha certeza de que ela também lembraria, pois havia sido em uma de nossas noites mais tórridas. Funcionou tão bem que a acendeu de vez. Ela desabotoou minha camisa em segundos. Arranquei sua blusa e ela tirou o sutiã. Com os seios livres, ela pulou da mesa e se ajoelhou na minha frente. Paola me chupava com desejo, talvez com saudade. Ela me apertava a bunda com vontade enquanto a boca ia e voltava no pau. Tirava a boca e me masturbava com a mão, olhando.

— É isso que você queria, não é? A sua putinha mamando o seu pau — disse ela, ao bater com o meu membro no rosto.

Paola podia ser um pouco autoritária, intransigente, mas quando excitada, se entregava por completo. Se colocava de maneira extremamente submissa ao chupar e lamber o meu pau, ajoelhada. Ela gostava de me dar prazer, talvez por saber que eu retribuiria à altura.

Fiz ela se levantar e arranquei sua saia e calcinha. Sentei-me na mesa de novo e mergulhei de boca entre suas pernas. Paola se contorceu.

— Que saudade dessa língua! — gritou.

Minhas mãos a seguravam com firmeza em suas coxas. Brinquei com a língua naquela boceta molhada, arrancando suspiros e gemidos dela. Senti sua mão acariciar minha cabeça quando seus gemidos ficaram mais manhosos. De repente, ela começou a gritar e tremer. A mão que me acariciava os cabelos começou a segurá-los com força, me puxando como se quisesse me enfiar inteiro dentro dela. Quase sufocou-me de tanto tempo que levou seu orgasmo.

Ainda segurando meu cabelo, ela me puxou para mais um beijo. Não foi um beijo qualquer, pois Paola estava manhosa, se esfregando em mim, como nos nossos momentos de maior paixão. Depois, ela sorriu para mim, maliciosa e, sem eu pedir, se debruçou sobre a mesa.

— Vem! Coma a sua putinha!

Paola sempre soube me deixar louco. A vista do quadril dela empinado e aquelas coxas grossas, levemente abertas, era extremamente excitante. Ela se entregava de vez. Minhas mãos percorreram as coxas e a bunda carnuda, continuaram pelas costas, arrancando dela gemidos manhosos. Segurei-a pelo cabelo, forçando-a sutilmente a olhar para frente. Penetrei a boceta devagar, arrancando dela um gemido delicioso.

— Só você para fazer isso comigo!

A outra não a segurava pela bunda. Adorava comer a Paola assim, provocando-a até ela se entregar inteira. Meti gostoso, devagar, degustando daquela boceta ensopada. Acelerava, fodendo-a a ponto de fazer a mesa ranger ao arrastar no chão. Ela gritava, com meu quadril batendo forte na bunda até eu gozar. Empurrei meu pau inteiro dentro dela até que parasse de jorrar.

Lá atrás, quando nos separamos, ela reclamava, dizendo não reconhecer minha personalidade. Porém, assim como a personagem que acabara de encenar, ela não assumia a própria. Quando saí de dentro dela, seu rosto se curvava para olhar para mim com uma expressão confusa, de quem estava começando a se reconhecer.

Sei que essa parece a história de como reconquistei o amor da minha vida, mas não. Quando Paola disse ser casada, ela já estava fora da personagem. Mesmo assim, ganhei o papel e continuei trabalhando com ela.

Dias depois, fui apresentado à Cláudia, a atriz contratada para fazer a protagonista. Era uma aposta de Paola, que se enxergava nela. Eu ajudei o quanto pude, inclusive, quando ela disse querer experimentar como era o ambiente corporativo, eu indiquei uma certa empresa que fabrica sapatos. Não sei o que Tânia e Amanda fizeram com ela, mas depois desse laboratório ela estava bem mais à vontade para cenas eróticas do que nos ensaios iniciais.

Aliás, essas cenas, entre mim e Cláudia, com Paola dirigindo, saíram do roteiro várias vezes. Essa, porém, é outra história, que vou deixar para a imaginação de vocês.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 363Seguidores: 340Seguindo: 122Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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Esta é uma série que vai deixar saudades.

Pena que a ArtePassos só exista na ficção, certamente estaria listada nas melhores empresas para se trabalhar.

Eu mesmo me candidataria a uma vaga de emprego lá

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Uau, parabéns. Muito perfeito.

Faz todo sentido o ator voltar a ser ator e a empresa seguir. Uau… Casada. Kkkkk Mas definitivamente com tesão no ex.

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Parabéns pela conclusão, Turin. Eu jurava com Estevão continuaria na empresa ajudando de alguma forma, mas ele é um ator, né? Não faria nenhum sentido.

A cena com Paola, sua ex, serviu para mostrar todo o aprendizado e arte do improviso que teve enquanto era o Álvaro ator. Fico até desconfiado se não foi a Paola que indicou o Estevão para a Tânia, hein?

De todo modo, Estevão parece encaminhado e agora comendo Cláudia e Paola, sem muito compromisso e encarando o proibido.

Nota 10, meu amigo. No aguardo de suas próximas histórias.

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Carlos, muito obrigado!

Eu havia pensado a história toda para terminar no anterior, mas me dei conta de que o arco do Estevão não havia terminado. Como o pessoal gostou muito da dinâmica do primeiro capítulo, eu trouxe isso de volta.

Estou escrevendo novas séries, sem muita ideia de quando termino, mas tem algo separado para o desafio atual que vou postar nos próximos dias.

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