A Mudança Inesperada
Meu nome é Ariane, 22 anos, estudante de Engenharia Química com sonhos grandes e uma inquietação que me consumia. Em Laranjal Paulista, minha cidade natal, a vida era previsível, com rostos familiares e rotinas monótonas. Mas as viagens constantes para Piracicaba, onde cursava a faculdade, estavam me matando – horas no ônibus, o cansaço pesando nos ombros, a sensação de nunca estar inteira em lugar nenhum. Decidi me mudar para uma república na cidade, uma escolha que meu namorado, Reginaldo, recebeu com desconfiança. Ele era ciumento, possessivo de um jeito que me prendia e incendiava ao mesmo tempo. Na nossa última noite juntos antes da mudança, transamos com uma urgência quase violenta. Ele me segurou pela nuca, os dedos firmes, quase machucando, enquanto me penetrava com força, o suor pingando do peito largo. "Promete que não vai fazer nada errado lá, Ari", ele sussurrou, a voz meio súplica, meio ordem, mordendo meu ombro com um gemido abafado. "Promete que é só estudo."
Eu gemia alto, as unhas cravadas nas costas dele, pedindo mais, mas no fundo sentia um vazio. O desejo que ele despertava era intenso, mas faltava algo – uma liberdade, talvez, que eu ainda não sabia nomear. "Só eu e duas minas no quarto, amor. Nada de homem por perto. Mete mais forte!" Minha voz saía rouca, uma mentira para acalmá-lo, mas o frio na barriga era real. A república era um casarão antigo no coração de Piracicaba, com paredes descascadas, beliches enferrujadas e um cheiro de mofo misturado a café fresco. O dono, um senhor sério, insistia em separar homens e mulheres. "Aqui é lugar de estudo, sem bagunça", disse, me mostrando o quarto que dividiria com duas calouras. Instalei minhas coisas, o perfume do meu hidratante se misturando ao ar úmido, e senti um misto de independência e solidão.
Os semestres passaram rápido. Colegas vinham e iam – alguns se formavam, outros desistiam, novos chegavam com malas cheias de sonhos. Eu mergulhava nos estudos, nas aulas de laboratório onde o cheiro de solventes me lembrava o risco de uma reação mal calculada. Reginaldo ligava toda noite, e eu mantinha a fachada: "Tá tudo bem, amor. Só minas no quarto." Mas a dinâmica mudou. Uma das garotas trancou o curso, a outra se mudou com o namorado. Quando percebi, estava sozinha no quarto com Lucas, 24 anos, estudante de Engenharia Mecânica, de outra cidade. Ele namorava uma menina de Campinas, era alto, magro, com óculos que escorregavam no nariz e um sorriso tímido que escondia algo intrigante. Não contei a Reginaldo. Medo de briga, de ele me arrastar de volta para Laranjal. Mantive a mentira: "Só minas, amor. Relaxa."
Lucas e eu mal nos falávamos no começo. Ele chegava tarde das aulas, eu estudava até de madrugada. O quarto era espartano: duas camas, uma escrivaninha, um banheiro com azulejos rachados. À noite, com as luzes apagadas, o silêncio era cortado pelo ronco distante dos carros na rua. Foi numa dessas noites que tudo mudou. Ouvi um som sutil, um ritmo abafado vindo da cama dele. Lucas achava que eu dormia, mas meus olhos estavam abertos, fixos no teto. Ele se masturbava, gemendo baixo, o lençol se movendo em um compasso lento. Meu coração disparou, uma mistura de raiva e um calor inesperado entre as pernas. Era invasivo, errado. Virei de lado, fingindo sono, mas o som – a respiração dele, o atrito da pele – ficou gravado em mim, como uma fórmula química que não explica, só incendeia.
O Despertar dos Desejos. É Sério... Eu Não Queria Isso
Piracicaba era quente, pegajosa, e as noites amplificavam tudo: o suor grudando na minha pele, o cheiro da loção pós-barba de Lucas se misturando ao meu perfume floral, o rangido da cama dele. No início, odiei ouvi-lo. Sentia ele invadindo meu espaço, minha privacidade. Mas, com o tempo, aquilo mudou. Após uma ligação tensa com Reginaldo – ele cobrando fidelidade, eu prometendo o que ele queria ouvir –, deitei e senti um formigamento insistente entre as pernas. Lucas começou de novo, o ritmo mais rápido, o gemido abafado como um convite. Fechei os olhos, tentando ignorar, mas o som era hipnótico, primitivo. Minha mão desceu quase sem querer, os dedos roçando minha calcinha, encontrando a umidade que me traía. Nunca tinha me tocado assim, com alguém tão perto. Mas a proximidade, o escuro, o fato de ser um estranho – tudo isso quebrou um tabu que eu nem sabia que carregava. Meu clitóris pulsava, sensível, e eu mordia o lábio, lutando contra a culpa que gritava que eu estava traindo Reginaldo, não com Lucas, mas comigo mesma, com a minha própria vontade.
Então, escapou. Um gemido baixo, involuntário, rasgou o silêncio. Lucas parou, o ar pesado como uma névoa. "Ariane? Está acordada?" A voz dele tremia, envergonhada. Sentei na cama, o rosto quente, o coração na garganta. "Desculpa, Lucas. Ouvi você e... não aguentei." Ele riu, nervoso, acendendo o abajur. Seus olhos castanhos encontraram os meus na penumbra, e confessamos. "É foda ficar tão longe da namorada, né?", perguntou, coçando a cabeça. "O único jeito é isso. Desculpa se te incomodei." Minha respiração estava acelerada. "Eu nunca fiz isso antes, mas... ouvir você, saber que é só nós dois aqui, me deixou confusa. Quebrei um tabu, né?"
Daí em diante, as noites ganharam vida. Conversávamos abertamente, rindo da situação absurda. "Quem começa hoje?", eu brincava, apagando as luzes. Lucas iniciava, o som da mão dele na carne dura me deixando molhada na hora. Eu seguia, gemendo sem disfarce, o ar carregado de um cheiro almiscarado, quente, de desejo. Ele se levantava no final, gozando no banheiro com um grunhido abafado, e voltava: "Já gozou, Ari?" Eu respondia ofegante, pernas tremendo, o orgasmo ainda pulsando no corpo. Nos fins de semana, voltava para Laranjal e transava com Reginaldo como uma possuída. Ele achava que era saudade, mas era Lucas quem acendia o fogo – o segredo, a cumplicidade proibida. Trepávamos com voracidade, eu montada nele, sentindo o pau dele me preencher, mas imaginando o quarto escuro da república.
Adicionei um ritual: um colar que Reginaldo me deu, com uma pedra misteriosa que brilhava no escuro. Toda noite, eu o tirava e colocava na mesinha, como se marcasse o início do nosso jogo. A pedra parecia pulsar, absorvendo a energia do quarto – ou era minha imaginação? Lucas notou e riu: "Isso é tipo um amuleto do tesão?" Brincávamos que o colar guardava nossos segredos, criando uma conexão além do físico. Não era só masturbação; era uma dança de confissões sussurradas. "Me conta o que você imagina quando goza", eu pedia, e ele falava da namorada, mas aos poucos misturava detalhes meus – meu cabelo cacheado, o jeito que eu ria. Eu retribuía, confessando fantasias com ele, o corpo magro se movendo no escuro.
A tensão crescia. Durante o dia, trocávamos olhares no corredor da república, um sorriso cúmplice que me fazia sentir a buceta úmida mesmo nas aulas de Termodinâmica. Estudávamos juntos às vezes, e o cheiro do suor dele após o futebol me desconcentrava. Uma vez, no laboratório, senti ele passar por mim, o braço roçando o meu, e precisei parar no banheiro, tocar-me rápido, aliviando a tensão que ele provocava sem saber. "Você está me matando, Ari", ele sussurrou uma vez, quando estávamos sozinhos na cozinha da república. Mantínhamos a distância – nada de toques, só olhares que queimavam. Numa aula, ele me mostrou uma pedra parecida com a do meu colar, de uma mina abandonada perto de Piracicaba. "Dizem que essas pedras capturam desejos", brincou. Aquilo adicionou um mistério, como se nosso quarto fosse um laboratório de experimentos eróticos, misturando química emocional com o proibido.
A Proposta Arriscada. E Eu... Vocês Vão Ver!
Numa quarta-feira chuvosa, o ar úmido e pesado, deitamos como sempre. A chuva batendo na janela amplificava tudo – meu coração, os gemidos dele. Lucas parou no meio, a respiração entrecortada. "Ari, e se a gente se ajudasse? Tipo, masturbar um ao outro. Sem beijo, sem meter. Só para aliviar. A gente ama nossos namorados, né? Não é traição, é cumplicidade." Meu corpo gelou e aqueceu ao mesmo tempo. Recusei na hora, irritada: "Não, Lucas. Isso é loucura. Para." Paramos tudo, o silêncio tenso como uma corda esticada. Mas o desejo latejava, uma dor doce entre as pernas. Não consegui dormir. No fim de semana em Laranjal, transava com Reginaldo pensando nas mãos de Lucas, no toque que eu havia negado, mas que meu corpo pedia.
Na segunda, segurei a onda, mas na terça, não aguentei. No laboratório, senti o cheiro dele – suor misturado a sabonete – e quase gozei ali, entre tubos de ensaio, imaginando ele me tocando. Voltei ao quarto decidida, o corpo tremendo. "Foda-se tudo! Não é só tocar, Lucas. Quero tudo. Quero meter para valer." Beijei-o com fome, montando nele com as pernas abertas, sentindo a ereção dura contra minha calcinha encharcada. Ele hesitou, olhos arregalados. "Ari, tem certeza?" "Absoluta", respondi, tirando a roupa devagar, revelando meus seios firmes, a pele arrepiada. Toquei seu pau, grosso e pulsante, masturbando-o enquanto ele chupava meus mamilos, a língua quente rodopiando, enviando choques pelo corpo.
Transamos ali, no escuro, com a luz da lua filtrando pela janela. Ele me comeu devagar, o pau escorregando na minha umidade, preenchendo cada centímetro. Gemi alto, unhas cravando nas costas dele, marcando a pele. "Mais forte, Lucas. Me fode com tudo." Ele obedeceu, os quadris batendo nos meus, o som úmido ecoando. Mudei de posição, montando nele, controlando o ritmo, o clitóris roçando na base dele. O orgasmo veio em ondas, meu corpo convulsionando, o suco escorrendo pelas coxas. Ele gozou logo após, enchendo dentro de mim, nossos gemidos se misturando no ar quente.
A porra virou rotina. Toda semana, nos aliviávamos – beijos famintos, toques exploradores, posições variadas. Eu de quatro, ele por trás, puxando meu cabelo, o tapa na bunda ecoando. Ou eu chupando ele devagar, saboreando o salgado, enquanto ele lambia minha buceta, a barba roçando a pele sensível. O colar na mesinha parecia brilhar mais forte, como se absorvesse nossa essência. Confessávamos fantasias: "Imagina se a gente fosse pegos", eu dizia, e isso nos excitava mais. Mas era só alívio, sem amor, sem complicações. Nos fins de semana, voltava para Reginaldo, transando com uma paixão renovada, ele achando que era por ele.
O Ápice Proibido. Misto de Remorso e Prazer
O ápice veio numa noite de festa na república. Bebemos, o álcool soltando as inibições. De volta ao quarto, Lucas me prensou contra a parede, as mãos subindo pela minha saia. "Hoje eu quero te devorar, Ari." Tirei o colar e coloquei no pescoço dele, um gesto simbólico – ele agora carregava nossos segredos. Beijamo-nos com urgência, línguas dançando, o sabor de cerveja misturado ao desejo. Ele me ergueu, pernas ao redor da cintura, penetrando-me de pé, músculos tensionados. "Você é tão apertada, tão molhada", murmurou, mordendo meu pescoço.
Caímos na cama, eu por cima, cavalgando com fúria. Seus dedos exploraram meu ânus, uma sensação nova que misturava dor e prazer, como uma reação química explosiva. Gritei quando gozei, o corpo arqueando, a visão borrada. Ele virou, me colocando de bruços, metendo fundo, o pau latejando. "Goza para mim, Lucas. Me enche." Ele obedeceu, o jorro quente me preenchendo, nossos corpos colados, suados, exaustos. Naquele momento, sentimos uma conexão além do físico, uma simbiose onde nossos desejos se entrelaçavam, livres, selvagens, necessários.
Os meses passaram assim, um segredo delicioso. Terminei a faculdade, voltei para Laranjal, casei com Reginaldo. Nunca mais soube de Lucas, mas as memórias – o cheiro do suor dele, o toque da pele, o brilho do colar – ainda me acendem nas noites solitárias. Aquela fase me transformou, me fez dona do meu desejo, uma mulher mais viva, mais inteira. Cada instante valeu, um fogo que carrego comigo, sempre pronto para queimar de novo.