Largados e Pelados: A Viagem Escolar que Terminou em Uma Ilha Deserta! (Capítulo 25)

Um conto erótico de Exhib
Categoria: Homossexual
Contém 3357 palavras
Data: 21/10/2025 21:24:15

O despertar era um lembrete constante do pesadelo que não parecia ter fim. Eu não mais sabia quanto tempo minhas forças durariam se continuássemos presos naquele local, assim, insatisfeito com a luz quente do amanhecer que chacoalhou a desconfortável noite de sono sobre o solo duro e folhas sujas de terra, levantei-me de forma comedida, tonto de fome e sentindo a brisa fria em todas as partes do meu corpo seminu. Tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo… Lembrei ainda com constrangimento.

Ainda martelava em minha cabeça a forma como perdi minha virgindade. Com Andressa, melhor amiga de Carol, em um acidente estúpido e na frente de Eric e meu melhor amigo. Por falar nele, ainda teve aquela punheta que batemos um para o outro no rio. Era tudo tão estranho. Ao total, 5 colegas da minha sala me viram pelado, três garotas inclusas. Eu queria desaparecer de vergonha, mas sabia, teria de interagir com cada um deles por mais alguns dias, até que saíssemos daquela maldita ilha.

Minha “cama” ainda era composta por aquelas duas folhas enormes sob solo terroso e estava cheia de pequenos fiapos de folíolos menores quando acordei. Eu usava aquela saia de folhas apertada. Carol fez para mim, como prometido e, antes de dormir, me entregou a vestimenta. Gostaria que ela o tivesse feito antes. Lembrava como foi constrangedor ficar pelado enquanto conversávamos em volta da fogueira sobre Taywan, Marcos e todas aquelas coisas que mal acreditava serem verídicas. Aparentemente, Carol só se lembrou que confeccionou a veste improvisada para mim depois que Eric dormiu.

Ainda assim, fiquei lisonjeado por ela, a garota pela qual era apaixonado, ter se disposto a fazer algo assim para mim. Carol era tão meiga e apaixonante… Pensei com um nó na garganta. Queria tanto ter conseguido me guardar para ela.

Eu jamais lhe diria isso, mas, devo admitir também, o que lhe sobra em doçura, lhe faltava certamente em talento para aquele tipo de coisa.

Usar aquela saia pequena de folhas finas e filamentosas era muito desconfortável. A pequena vestimenta não chegava a metade de minhas coxas. Era composta por centenas de fios de uma espécie de capim que caiam sobre minhas partes. Eles eram suficientemente longos para cobrir minhas bolas quando ficava em pé, mas curtos para deixar exposta toda a minha coxa, preservando da vista minha bunda, ou melhor, apenas a maior parte dela. Quando me agachava, o vento tocava onde não deveria e, em qualquer local em que encostasse, deixava um rastro do delicado material que, mal preso no cipó que circundava minha cintura, caia aos montes como se fossem folhas secas de uma árvore no outono.

Quando aconteceu pela primeira vez, aquilo me assustou. Examinei a peça de roupa improvisada pensando tê-la arruinado, mas, felizmente, a saia que agora exibia uma cor de palha era dotada de folíolos suficientemente numerosos para que não me deixassem indecente quando me abandonavam o corpo um a um daquele jeito. Acreditava, ao menos agora, não estava mostrando mais do que deveria.

Minha curta saia improvisada ainda assim era melhor que aquela coisa que Andressa fez para mim no dia anterior. O objeto que mal cobria meu penis e deixava minha bunda toda de fora perdeu-se na floresta para nunca mais ser encontrado. Aquela vagabunda certamente tinha me feito vestir aquela tanguinha ridícula de propósito, só para me constranger ainda mais. Lembro do que ela me disse lá na rede. Sobre se divertir em me ver com vergonha. Carol jamais faria algo assim. Errou nas dimensões de minha nova roupa pois não era uma artesã. Disso eu tinha certeza.

Ainda assim, queria estar vestindo algo mais decente, como as saias de folhas enormes de Guilherme e Eric, mas buscar algo assim agora seria, no mínimo, uma desfeita com Carol e, portanto, me resignei em usar aquilo até que as roupas de todos tivessem de ser substituídas também. Não devia demorar muito, reparei quando encontrei Eric logo pela manhã. Céus, ele realmente acorda bem cedo. Sua saia longa de folhas ainda tinha cor verde escura, mas, notava, as largas tiras de vegetal que a compunham já estavam quebradiças e enrugadas.

Eric estava sentado sob uma pedra, um pouco afastado das brasas da fogueira e mexia com objetos silvestres que o rapaz separava em cantos diferentes do chão. Ao seu lado, a rocha cinzenta, lisa e enorme onde repousavam vários instrumentos de pedra lascada era o apoio de um de seus cotovelos.

— Bom dia. — O comprimentei ainda parecendo despertar, esfregando o sono para fora dos olhos com as costas das mãos. Ele me lançou um longo olhar de indiferença e respondeu a minha saudação. — O que está fazendo acordado tão cedo assim? — O questionei com curiosidade. Sentia ainda assim um pouco de vergonha por conversar com o garoto que, na noite anterior, viu tanto de mim, mas, presumia, como todos os presentes, deveríamos agir como se nada daquilo tivesse acontecido.

— Estou separando os suprimentos que você e Andressa coletaram. — Respondeu com naturalidade. Ele mal fazia contato visual, interessado apenas naqueles objetos que inspecionava e lançava ao chão em duas pilhas diferentes.

— Algo de útil? — O perguntei, meio curioso, mas parte de mim apenas deixando a conversa rolar para espantar o constrangimento que trazia lembrar daquela aventura entre Andressa e eu no meio da floresta. Quando Eric ia me responder, foi interrompido.

— Ainda mexendo com isso? — Ouvi de supetão. Quando olhei, era Andressa que pareceu ter surgido do nada detrás daquela rocha. Ela olhava para Eric e, então, se virou para mim, notando minha presença ao encontro dos nossos olhos. Um arrepio me percorreu o corpo todo. — Bom dia. — Ela disse com a mesma indiferença de Eric.

— B-bom dia… — Respondi esforçando-me para não gaguejar. A garota de cabelos pretos e bikini de folhas e cipós não parecia sequer se abalar por me ver depois de tudo o que aconteceu entre nós. Quando olhava para ela, era quase como se conseguisse vê-la pelada novamente, seios grandes balançando enquanto quicava encima de mim. Minhas bochechas esquentaram e, portanto, desviei o olhar por um segundo.

— Sim. Vocês acharam algumas coisas bem úteis. — Eric falou calmamente. Ele tinha um cogumelo pálido entre os dedos. — Amanita virosa. Esse cogumelo possui uma toxina que leva à morte por insuficiência hepática. — Comentou enquanto separava os materiais uns dos outros. Ele segurou, em seguida, outro cogumelo parecido, levemente castanho no topo. — Esse é Psilocybe cubensis. Possui um alcalóide de propriedades psicodélicas. — Falou com entusiasmo e apanhou outro, bastante parecido com o último, tão rápido quanto o largou. Não sabia como fungos tóxicos poderiam ser úteis. — Agaricus bisporus. — Identificou e guardou o cogumelo.

— O que esse faz? — Andressa perguntou curiosa.

— Nada. É comestível, uma boa fonte de vitamina B. — Eric respondeu. Andressa parecia impressionada. Fiquei chocado por ela parecer confiar tanto assim no julgamento daquele garoto. Eu não comeria cogumelos suspeitos achados no mato só porque ele disse que não eram venenosos, bem como não deixaria Carol, por exemplo, fazer aquilo também. Todavia, não disse nada. Aqueles dois pareciam entretidos com aquilo.

Tomei um tapa de leve nas costas. Era Guilherme. Quando o olhei nos olhos, senti meu coração palpitar também. Estabelecer contato visual com qualquer um ali era tão difícil.

— Que bom que acordou. Vamos ao trabalho? — Ele me disse com um sorriso convidativo. Parecia muito entusiasmado e agitado, como sempre. Guilherme segurava em uma de suas mãos um martelo com cabo de madeira e cabeça de pedra.

— Trabalho? — Questionei antes de ser subitamente agarrado pelo braço por meu amigo. Ele me arrastou para longe de Eric e Andressa a passos largos.

O acompanhei. Guilherme, hiperativo como de costume, sempre fazia isso. Como tinha pés muito rápidos, me forçava a correr com ele a toda velocidade para não tropeçar sempre que empolgado o suficiente para me puxar consigo. Agora, até sentir sua mão agarrar meu pulso era estranho. Me fazia lembrar que já segurou assim outra parte de meu corpo, que compartilhamos outro momento tão estranho. Como eu queria nunca ter entrado naquele maldito avião… Queria ter a chance de apagar o que ocorreu nos últimos dias e ter continuado com minha vida normal.

Nós dois fomos até aquela árvore onde a estrutura de madeira enorme repousava em sua copa. No caminho, olhei para a tenda onde Carol comumente se protegia do Sol e a vi ali sentada. Ela parecia ter acabado de acordar, com os cabelos loiros levemente bagunçados, me olhou de volta e lançou-me um sorriso. Repeti o gesto para ela, acenando com a mão disponível.

Como ela era linda, mesmo tendo despertado agora… Ainda assim, era difícil manter contato visual por muito tempo. Era meu sonho acordar de manhã ao lado daquela garota, algo que agora não mais via como possível.

— Vamos, suba. — Guilherme falou quando nos colocamos de frente para o tronco do carvalho, abreviando minhas divagações internas. Era uma árvore bem grossa que devia ter uns 8 metros de comprimento. Repousando sobre o tronco de casca estriada, uma corda de cordas de cipó e tábuas de madeira desciam da enorme plataforma em sua copa.

Meu amigo estava bem empolgado. Pelo visto, chegou até a acordar mais cedo para trabalhar naquele projeto. Fiz o que ele me pediu e comecei a escalar aquilo.

Sustentando-me na escada rudimentar, subi rapidamente. Tive um pouco de receio daquelas cordas não aguentarem meu peso, ainda mais quando, notei, Guilherme começou a subir logo abaixo de mim.

O vento me tocou onde não deveria. Tomei um susto, percebendo o quanto a saia curta que usava não era apropriada para tal atividade. Toquei a parte de trás do corpo com uma das mãos, onde tateei minha bunda toda de fora.

Merda! Pensei constrangido e olhei para trás. Andressa estava sentada perto de Eric. Ela me olhava e, quando nossos olhos se encontraram, sorriu para mim. Corei, quis descer, mas meu amigo, ali embaixo, me apressou.

Ele olhava para cima! Não! Minha mente gritou. Dali, Guilherme certamente tinha uma visão privilegiada das minhas bolas. Na verdade, talvez partes ainda mais ocultas do meu corpo, dado o ângulo tão constrangedor quanto revelador.

Subi aquela escada a toda velocidade, sentindo tudo ali embaixo balançando. Quando no fim dela, agarrei a plataforma de madeira e elevei meu corpo sobre ela, saindo de perto da borda e ajeitando minha roupa improvisada no corpo assim que pude. Devia ter subido de frente. Pensei, bravo comigo mesmo por não ter pensado naquilo antes mesmo de escalar aquela coisa.

— Não é legal? — Guilherme disse com um sorriso enorme assim que terminou a subida também. Desviei o rosto sem querer, me recuperando da vergonha.

— Sim… — Respondi no automático. Guilherme colocou a mão no meu ombro, ainda agitado, sem conseguir se conter.

— Aqui já tem uma janela. — Ele contou apontando com o martelo em sua mão. — Aqui vamos instalar uma porta. — Prosseguiu me explicando o projeto. Queria ter seu ânimo, mas não conseguia. Era estranho sentir seu toque em minha pele e olhar para seu rosto sorridente. Tudo me lembrava do que aconteceu. Ele certamente tinha me visto gozar sobre o corpo de Andressa, embora até eu começasse a duvidar dado o fato dele não mencionar aquele acontecimento. Eu bem sabia também, fizemos aquilo um com o outro no rio e, ainda assim, meu amigo não parecia constrangido diante de mim.

Minha cabeça estava uma bagunça. Guilherme e eu prosseguimos trabalhando enquanto eu lhe respondia de forma protocolar e monossilábica. Tivemos fome em alguns momentos, nos saciando com pequenas frutas silvestres. A todo tempo eu pensava no que não deveria, mas o ajudei como vã tentativa de ocupar a mente, amarrando os pedaços de madeira com cipós até erguer as paredes que faltavam daquela casa na árvore.

Guilherme adorou ver a porta que construiu funcionar. Quando colocada em seu devido lugar, abria e fechava quando movimentada pela maçaneta de pau. De frente para ela, parte da plataforma de madeira servia como uma pequena sacada sem grades de menos de meio metro. Por dentro do cubículo, pouco mais de 3 metros quadrados de espaço se faziam disponíveis.

Ainda não entendia o porquê dele estar trabalhando tão duro. Meu amigo seguia todas as diretrizes de Eric, descendo eventualmente para pegar material e discutir com o garoto sobre qual seria o próximo passo para terminar aquela construção. Todos pareciam fazer o mesmo. Ali embaixo, Andressa permanecia ocupada confeccionando ferramentas, diversos machados e martelos que usamos até quebrarem enquanto Carol refinava materiais, produzindo metros e mais metros de corda de cipó utilizados na construção.

Eric cortava galhos, separava mantimentos e ordenava a obra como se fosse um engenheiro. Não desci de cima daquela árvore a manhã toda e boa parte da tarde. Até que era bom ficar ali um tempo, geralmente acompanhado por Guilherme, mas, eventualmente, sozinho com meus pensamentos que tentava, sem sucesso, organizar e processar.

A maldita rede de Taywan acabou sendo útil. Guilherme e eu a estendemos sobre as paredes do abrigo suspenso, e a cobrimos com palha e gravetos em um longo, silencioso e repetitivo processo que deu origem ao teto da casa na árvore. Quando tudo pronto, estava exausto, com os músculos fadigados e corpo todo suado.

— Cara, nem acredito que construímos um forte na árvore! — Guilherme me disse com um sorriso. Eu olhei em volta. Era estranho ter aquela sensação de novo, ser cercado por paredes e um teto, mesmo que rudimentares. O lugar não era muito espaçoso, mas bem iluminado e arejado pela janela que deixava os raios do sol se pondo adentrarem a estrutura.

— Sim. É bem legal. — Comentei, tentando acompanhá-lo no entusiasmo, mas ainda pensativo.

Guilherme ficou em silêncio. Ele desviou o olhar do meu. Era tão esquisito estar sozinho com ele agora, em um ambiente fechado que parecia separar a gente das meninas e Eric como se em outro mundo estivéssemos.

— Cara, que bicho te mordeu, hein? — Ele perguntou, me chamando de volta para a realidade.

— O que? — Respondi no susto.

Guilherme suspirou.

— Você tá estranho, Daniel. Fica com o olhar perdido. Parece que tá distraído o dia todo. — Ele falou. Depois, se espreguiçou na minha frente, olhos curiosos e abdômen definido.

Desviei o olhar. Seu corpo repleto de gotículas de suor era uma visão que me fazia estremecer. Meu amigo estava certo. Em vários momentos enquanto trabalhávamos naquela casa na árvore, Guilherme teve de se repetir com instruções e até acabei martelando meus dedos em algumas ocasiões por estar muito distraído. Ele era bom em ler as pessoas, mas eu não podia dar o braço a torcer.

— To bem. Não é nada, cara. — Respondi com timidez. Eu tinha de agir com naturalidade, esquecer de tudo o que bagunçava meus pensamentos e não preocupar meu amigo. Além disso, estava muito envergonhado para falar do assunto que me consumiu a cabeça o dia todo.

— É fome? — Ele questionou. — Andresssa vai cozinhar algo pra gente hoje. — Disse com um sorriso, tentando me animar.

— Acho que sim. Estou faminto. — Respondi da mesma forma, do jeito mais sincero que consegui.

Ele me encarou por alguns segundos, curva dos lábios carnudos se desfazendo aos poucos. Meu coração acelerou. Guilherme desviou o olhar.

— Merda. — Praguejou. Engoli o seco. — Foi a mão amiga, né? — Perguntou repentinamente. Arregalei os olhos com o susto.

Meu coração disparou. Minha boca tremia, buscando palavras para reagir.

— N-não! — Gaguejei, sentindo minha respiração pesar e a temperatura corporal se elevar como nunca.

— Ah cara, foi mal. Acho que passei dos limites naquele dia, né? — Ele disse, coçando a cabeça e com um sorriso amarelo.

— Não é isso! — Neguei de novo com nítido nervosismo. Não acreditava que estava mesmo discutindo aquilo com ele.

— Tô falando sério, Daniel. Tô pensando nisso desde que aconteceu também. — Admitiu. Ele me olhava no fundo da alma, rosto corado se esforçando para fazer contato visual. — Desculpa mesmo, cara. Fiz merda. Te pressionei pra fazer algo que não queria. Sou um péssimo amigo. — Prosseguiu, falando tão rápido que pouco conseguia pensar nas frases antes que lhe abandonassem os lábios.

Fui inundado de pensamentos à medida que ouvia tudo o que ele dizia. Guilherme parecia triste, muito preocupado, com olhos que me pediam conforto. Suspirei e fechei os olhos. Tinha de esfriar a cabeça e tranquilizá-lo, mas não conseguia. As palavras entalavam em minha garganta. Tentei negar de novo. Estava sobrecarregado, física e mentalmente. Quando explodi, o pensamento mais sincero escapou:

— Eu também queria, porra! — Esvaziei os pulmões, bem mais alto do que gostaria. O eco soou pelas paredes de madeira.

E então, silêncio.

Minhas bochechas ardiam. Escorei as costas em uma das extremidades do cubículo. Eu falei isso mesmo? Me questionei com vergonha, mas subitamente, tão mais leve. Guilherme veio até mim. Em pé, se pôs ao meu lado.

— Foi estranho, né? — Quebrou o gelo com um sorriso de desconforto. Deixei escapar um sorriso tímido involuntário. Não me entendia mais. Era como se um peso enorme tivesse saído dos meus ombros. De repente, se tornou tão mais fácil falar com Guilherme de novo.

— Foi. — Disse rindo com ele.

— Não ri. Tô com vergonha. — Ele falou e quebrou também, rindo comigo.

— E você acha que não estou também? — Admiti. Eu parecia recuperar aquela intimidade tão comum que tínhamos um com o outro aos poucos. Pela primeira vez naquele dia todo, consegui olhar para seu rosto sem quebrar contato visual.

— Sei lá… Também foi bom. — Comentou do nada. O olhei com espanto, arrepiado dos pés à cabeça. — Digo, foi só uma vez, né? Não vai se repetir. — Ele falou rapidamente, tentando se corrigir. Balancei a cabeça em concordância. — Enfim, você curtiu também, né? — Perguntou.

— O que você tá falando, cara? — Abreviei aqueles pensamentos. Minha respiração pesou em ouvir aquilo tudo. Ali embaixo, começava a reagir.

— Foi mal. Tô viajando. Esquece. — Ele disse.

Suspirei em meio ao silêncio que se formou. Olhei para a janela à nossa frente, sol alaranjado dando lugar a noite.

— Foi bom. — Disse, vermelho de vergonha e já me arrependendo pela sinceridade. Ele voltou o rosto para mim, olhos bem abertos, um sorriso surpreso estampado na cara. Se controle, caralho! Gritei em minha mente. Meu pau estava ficando cada vez mais duro a cada a batida do meu coração.

Guilherme riu, satisfeito com a revelação.

— Porra Guilherme, pra que me fazer falar isso? — Briguei, tomado por timidez.

— Foi mal cara. Estou feliz. Fiquei preocupado atoa então. — Disse-me e, antes que pudesse falar algo, senti seus braços me envolverem.

Estremeci. Seu peito nu me pressionava o corpo, suor molhando a superficie de minha pele. Movi o quadril para trás, tentando esconder a ereção que possuía embaixo daquela saia de folhas minúscula que Carol fez para mim. Retribui seu abraço, apertado e caloroso que misturou o constrangimento as demais sensações.

Era bom ter meu amigo de volta, alguém com quem contar naquela situação louca em que me encontrava. Tudo ficou tão esquisito de repente, mesclando sentimentos tão confusos que, sabia, sem sua companhia, me fariam perder a cabeça completamente.

Quando nos desvencilhamos um do outro, sentia os olhos umidecerem de alegria. O estresse dos últimos dias devia estar me deixando emotivo demais. Disfarcei na frente dele como pude, puxando ar com o nariz e olhando para os lados. Seus olhos também estavam marejados, percebi, mas não comentei, dando-lhe tempo para se recompor também.

Aquele momento me revigorou. Ainda havia muito em que pensar, mas, por um instante, o peso de tudo pareceu se dissolver. Eu o tinha de volta: meu amigo, um refúgio no meio de toda aquela loucura. De repente, aquele lugar não parecia mais tão hostil. As paredes de madeira, o vento da janela, o som distante do farfalhar das folhas das árvores. Tudo ganhou um ar familiar, quase acolhedor. Era como se estivéssemos de novo em casa, ou na escola, apenas nós dois conversando casualmente e fingindo que o mundo ainda fazia sentido.

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Olá leitores(as)!

Este capítulo está saindo bem mais cedo que o normal. O autor não ficou maluco, mas apenas muito feliz por ver que o último capítulo foi um dos mais comentados até então no Wattpad. Então decidi adiantar a publicação dessa parte da história pra vocês.

Enfim, vocês sabem o que fazer se querem mais kkkkk

Um abraço!

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Foto de perfil de ExhibExhibContos: 47Seguidores: 87Seguindo: 0Mensagem Escrevo histórias envolvendo exibicionismo. Meu contato, uma vez que não consigo ver mensagens privadas no site ainda: extremeexhib@gmail.com

Comentários

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Daniel é o único personagem que me deixa encabulado, numa situação dessas ele só fica pensando em trivialidades. Mas o que me deixa feliz é ver os capítulos saindo com pouco tempo entre eles, estou adorando

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