Não estou sozinho.

Um conto erótico de Mrpr2
Categoria: Gay
Contém 2324 palavras
Data: 21/10/2025 19:17:04

Não estou sozinho.

Olá, eu sou Allan, e vou contar a vocês a minha história.

Anos atrás, o final de ano chegava com aquele clima quente e vibrante de festa, o ar carregado de risadas, música e o cheiro de comida boa pairando pelas ruas. Eu estava desde cedo com meus amigos, perambulando, comendo, bebendo, aproveitando a energia da noite. Mas, acima de tudo, eu estava com ele: Murilo, meu melhor amigo, meu irmão de alma, o cara que fazia meu coração bater mais rápido só de estar por perto.

Murilo era um espetáculo. Seus cabelos castanho-claros, cacheados, caíam em ondas perfeitas, pedindo para serem tocados. Seus olhos mel, tão profundos que eu podia me perder neles, brilhavam com uma mistura de malícia e ternura. A pele clara parecia reluzir sob a luz do fim de tarde, e aquela voz grave... Meu Deus, quando ele se aproximava e sussurrava algo no meu ouvido, cada palavra era como uma carícia, arrepiando cada centímetro da minha pele. Eu era louco por ele. Não era só amizade, não pra mim. Eu queria mais. Queria chamá-lo de meu, queria sentir aqueles lábios carnudos nos meus, queria explorar cada curva daquele corpo que parecia esculpido para me provocar. Mas esse desejo era meu segredo, guardado a sete chaves, porque eu não sabia se ele sentia o mesmo. E o medo de perdê-lo? Esse era maior que qualquer coragem.

Às vezes, eu jurava que ele jogava comigo. Um toque mais demorado, um olhar que segurava o meu por tempo demais, um sorriso que prometia coisas que nunca se concretizavam. Mas logo virava brincadeira, e eu ficava ali, com o peito ardendo, sem saber se era só minha imaginação ou se ele também queria cruzar aquela linha.

Quando a noite caiu, minha mãe gritou pela milésima vez para eu entrar e tomar banho. Dessa vez, o tom dela era sério, então não teve jeito. Murilo, com aquele sorriso que desmontava qualquer resistência, disse que também ia se banhar e entrou em casa. Eu fui pro meu lado, mas, antes que pudesse me ajeitar, minha mãe me mandou ao mercado buscar algumas coisas para a ceia. Peguei as chaves do carro do meu pai, pronto pra ir, mas ele cortou meu barato rapidinho.

— Nada disso, rapazinho! Você não tem carteira ainda! — ele berrou do sofá, a voz firme, mas com um toque de diversão.

— Qual é, pai? Tá de boa, só faltam umas aulas e eu faço a prova. Tu sabes que sou um ótimo piloto! — retruquei, com meu melhor charme.

— Será? Mas ainda não é habilitado. E eu vi aquelas latinhas que você tomou. Vai de bike ou a pé.

Sem querer discutir e estragar a vibe da noite, peguei minha bicicleta e fui. O mercado estava um caos, lotado de gente comprando coisas de última hora para a ceia. Eu estava na fila, já quase jogando tudo pro alto de tão irritado, quando o vi: Murilo. Meu coração deu um salto. Ele estava... deslumbrante. Usava a camiseta que eu tinha dado de presente no Natal, justa o suficiente pra destacar os ombros largos e o peito definido. Ele tinha raspado os poucos fios de barba, deixando o rosto liso, perfeito, com aqueles olhos brilhando como duas chamas. E o sorriso? Aquele sorriso era uma arma, largo, provocador, prometendo coisas que eu só podia sonhar.

— E aí, Allan? — ele disse, a voz grave me envolvendo enquanto se aproximava. — Não me diz que tá enfrentando essa fila sozinho?

— Agora não mais — respondi, tentando manter a calma, mas meu corpo já reagia à presença dele. Era como se o ar entre nós estivesse carregado de eletricidade.

Ficamos conversando na fila, ele tão perto que eu podia sentir o calor do corpo dele. Quando saímos, ele disse que tinha vindo a pé, e eu, sem pensar duas vezes, ofereci uma carona no cano da minha bike. Ele riu, aquele som rouco que fazia meu estômago dar cambalhotas, e aceitou.

Sentir ele tão perto, o perfume masculino misturado com um toque cítrico invadindo meus sentidos, foi quase demais. Eu pedalava devagar, querendo prolongar cada segundo daquele momento, cada roçar sutil das minhas pernas nas suas. Meu corpo inteiro estava em chamas, e eu sabia que, se ele quisesse, eu não resistiria.

Mas então, alguém gritou o nome dele. Plínio. O cara trabalhava com Murilo, e eu nunca fui com a cara dele. Ciúme puro, confesso. Na minha cabeça, Plínio estava de olho no meu Murilo, com aquele jeito confiante demais, aquele sorriso que parecia desafiar o meu. Eles começaram a conversar, e eu senti uma pontada de raiva. Minha vontade era descer da bike, puxar Murilo pra mim, beijá-lo ali mesmo, na frente de todo mundo, e mostrar que ele era meu. Mas eu não fiz isso. Em vez disso, com a voz cortante, disse:

— Mano, não posso esperar. Minha mãe tá esperando essas coisas. — E, antes que ele respondesse, Plínio deu aquele sorriso de canto de boca e disse:

— Vai lá, Allan. A gente se fala depois.

Fui embora furioso, pedalando com força, o ciúme queimando no peito. Minha cabeça era um turbilhão de imagens: Murilo rindo com Plínio, Murilo escolhendo ele em vez de mim. Eu queria voltar, agarrá-lo, dizer que ele era meu amor, marcar território. Mas, perdido nesses pensamentos, não vi o caminhão. A buzina soou alta, tarde demais. O impacto veio, e tudo escureceu.

Quando abri os olhos, a primeira coisa que vi foram aqueles olhos mel, cheios de preocupação, fixos nos meus. Murilo. Ele estava ali, tão perto, o rosto lindo marcado pela angústia. Quando me viu acordar, ele me abraçou com força, o corpo quente contra o meu, e, mesmo sentindo dor, eu queria que aquele momento durasse para sempre. O cheiro dele, o calor, a sensação dos braços fortes me envolvendo... era tudo que eu sempre quis.

Mas a realidade bateu forte. Meus pais chegaram, os médicos vieram, e então eu percebi: não sentia minhas pernas. O pânico tomou conta de mim. Os médicos falaram de inchaço, disseram que eu era jovem, saudável, que poderia recuperar os movimentos. Agarrei-me a essa esperança com unhas e dentes, mas os dias viraram semanas, e nada mudou. Da cintura para baixo, eu era um vazio. A raiva cresceu, a tristeza me engoliu. Minha vida, que antes era cheia de calor, risadas e desejo, agora era uma prisão.

Meu pai fez o que pôde pra adaptar a casa, mas cada rampa, cada corrimão, era um lembrete cruel de que eu nunca mais seria o mesmo. Meus amigos, que no começo apareciam, foram sumindo. A casa ficou silenciosa, e eu, cada vez mais dependente, descontava minha frustração em quem só queria me ajudar: meus pais, minha irmã. E Murilo? Ele ainda vinha, ainda me olhava com aqueles olhos que me faziam querer viver, mas eu não sabia se era pena ou algo mais. O desejo ainda ardia em mim, mas agora havia um abismo entre nós, e eu não sabia como atravessá-lo.

_ Toque, Toque… É aqui que esta vivendo um gambazinho que se recusa banho a uma semana?

Disse Murilo abrindo uma fresta da porta e colocando apenas a cabeça para dentro do meu quarto.

_ Não! Sai daqui, quem te deixou entrar? Não quero que me veja assim.

Disse eu morrendo de vergonha, afinal eu estava todo desgrenhado, sem escovar os dentes e realmente sem banho a mais de uma semana.

_ Sua mãe, mas ela já foi para o trabalho e seu pai também é sua irmã ´para a escola. aproveitei que estava de férias e passei aqui para te ver, saber como você está. Você sumiu das redes sociais.

_ Eu não aguentava mais aquele discurso “motivacional” da galera.

_ Nossa vamos abrir a janela desse cativeiro, como você está aguentando esse calor, vem tira essa coberta da cabeça. Não seja teimoso ai ai ai!

_ Não quero que você tenha dó de mim.

_ E porque eu teria?

_ Porque agora eu sou um alejado inútil, um peso para minha família e não quero ser para você também.

_ Ei, não quero ouvir você falando essas bobagens. Você é meu melhor amigo, meu brother, meu mano e eu te amo cara.

_ Sério?

Perguntei tirando a coberta da cabeça com os olhos cheios de lágrimas.

Sério, mas agora segure se em mim que vou te levar para o banheiro a banheira já deve estar quase transbordando.

Murilo me pegou no colo, nossa como ele estava forte, seus braços musculosos.

_ Ei que braços são esses? Andou malhando?

_ Esqueceu? Eu já estava malhando a algum tempo, mas intensifiquei nesses últimos meses, por falar nisso estou precisando de um gymbro.

_ Ta me tirando? Esqueceu que estou com as pernas fudidas? Cara não consigo nem ir ao banheiro sozinho.

_ Agora quem está se vitimizando é você. Pode até ser que nesse momento você ainda não consiga, mas com musculação, fisioterapia pode até não conseguir voltar a andar, mas certeza que te dará uma melhor qualidade de vida, mais independência , força para sair e voltar para a cadeira de rodas, rodar por ai.

_ É… talvez…

_ Por falar nisso soube que você não quer usar a cadeira de rodas, posso saber o porque?

_ Não queria me sentir mais alejado do que ja estou.

_ Allan ninguém queria isso, mas essa é sua realidade agora, seja temporária ou não. conheço você desde criança e sei como você sempre foi independente, ativo e talvez por isso nos demos tão bem pois eu também sou assim então não deixa essa tristeza essa depressão roubar meu amigo de mim.

Ouvir aquelas palavras quase me fez chorar. Murilo me colocou na banheira me deu minha escova de dentes e pasta.

_ Vou te ajudar, mas não se acostume não. Vamos estudar formas de você mesmo sem usar as pernas continuar sendo o mais independente possível e tenho certeza que você vai conseguir além do meu apoio sua família também é show. Olha o que seu pai fez na casa em poucos dias.

_ Verdade, meu pai foi demais.

_ E sua mãe e irmã também, acha que não sei que elas andam te paparicando com suas comidas preferidas?

Disse Murilo jogando água na minha cara. Gargalhamos juntos, parecia que tínhamos voltado no tempo e tudo estava como antes conversando e brincando juntos.

_ Mas agora é serio cara, não pode falar com eles como anda falando, eu sei que você não anda legal, mas as coisas para eles também não estão fáceis.

_ Verdade, você esta certo.

Respondi abaixando a cabeça de vergonha.

então vejo as mãos de Murilo em minha cueca.

_ Ei o que você esta fazendo?

_ Ha pronto, agora vai me dizer que você toma banho de cueca?

_ Não, mas…

_ Sem mas, o que foi? ta de brincadeira que esta com vergonha de mim, logo de mim?

Disse Murilo tirando sua roupa ficando nu em minha frente. Era um deus grego, quantas vezes eu bati punheta imaginando aquele corpo que estava ainda mais lindo pessoalmente e ao vivo que em meus sonhos. Voltando a mim cobri minha genitália com medo de ter ficado de pau duro na frente do meu amigo, mas para minha surpresa, não sei se boa ou ruim nada, meu pau continuava mole.

_ Achou mesmo que eu iria perder a oportunidade de me banhar em uma banheira? Nem pensar e aproveita e esfrega minhas costas., ja que te trouxe ate aqui no colo bebezão kkkk

Como eu tinha encontrado um cara tão amigo, tão alegre, tão de boa tão…tão… nem sei o que dizer, ensaboei as costas de Murilo e aquilo estava maravilhoso como um sonho. ele jogou água em seus cabelos e eu disse que iria ensaboar e pedi para ele se aproximar. Murilo vei de encontro a mim de costas se aproximando eu estava tão entretido nele que nem percebi então ele disse.

_ Ei que animação é essa ai ta querendo me comer brother?

quando olho para baixo meu pau duro, teso encostando naquela bundinha branquinha linda dele. Murilo riu e desencostou.

_ Foi mal cara, nem percebi nem sabia que isso poderia acontecer mais.

_ O que ficar excitado?

_ Sim, nunca tinha me acontecido desde o acidente.

_ Deve ser o estresse, agora que você relaxou um pouco aconteceu, normal.

_ valeu por compreender.

_ Que isso de boa. Pera, então você ta esse tempo todo sem tocar nenhumazinha?

_ Pior que estou mano, na real nem estava com cabeça para isso.

_ Puta que paril, quando tu gozar nem vai sair leite, vai sair é queijo ou leite em pó.

_ kkkkk você é muito bobo cara, na moral.

_ Vai agora é minha vez de esfregar suas costas.

Disse Murilo levantando e se virando de frente para mim dentro da banheira aquele pau mole quase no rumo da minha cara adornado com pelos me deixando com água na boca, juro que por um segundo pensei que iria gozar ali na mesma hora.

Murilo me ajudou a me virar e ele veio esfregando minhas costas enquanto conversávamos, aquela sua voz grave próximo aos meus ouvidos, seu toque em meu corpo nu me deixava arrepiado, excitado, louco de tesão eu tentava me controlar, queria me tocar, mas eu não podia, não devia e aquilo me deixava ainda mais louco.

Então Murilo aproxima sua boca ainda mais de meu ouvido, seu peito molhado roçando em minhas costas e diz.

_ Vou fazer uma coisa, mas você tem que me prometer ficar em segredo. vou fazer só porque você é meu brother…

Tremendo de tesão por toda aquela situação, mas tentando me controlar imaginando um monte de coisas, a maioria besteira sexual, apenas balanço a cabeça afirmativamente permitindo o avanço de Murilo que estando sentado na banheira atrás de mim avança suas mãos para a frente do meu corpo e agarra meu acete duro.

continua…

Autor: Mrpr2

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