Depois da minha conversa com Sabrina, meu mundo ganhou mais cores. Eu me sentia mais feliz, mais animada, e um sorriso diferente iluminava meu rosto.
Essa mudança foi tão nítida que minhas amigas do trabalho notaram assim que entrei na sala naquela sexta-feira. Camila fez um comentário assim que me sentei para iniciar o trabalho, dizendo que eu estava diferente, com um brilho no olhar e uma expressão como se tivesse feito sexo a noite toda. Sorri e, em tom de brincadeira, a xinguei. Talita concordou, afirmando que eu realmente parecia mais feliz, que meu sorriso agora era genuíno, e não aquele contido de antes. Eu admiti que, de fato, me sentia diferente, especialmente por dentro. Camila perguntou se o motivo dessa mudança se chamava Sabrina. Confirmei e disse que contaria os detalhes no horário do almoço, mas já adiantei que estávamos namorando. Camila sorriu e disse que queria saber cada detalhe. Eu prometi que contaria e voltei a me concentrar no trabalho.
O dia passou normalmente e durante o almoço compartilhei com minhas amigas sobre minha noite com Sabrina e como decidimos namorar. Também liguei para minha linda namorada e conversamos um pouco. O restante do dia voou, e logo estava em meu apartamento me arrumando para ver Sabrina. Estava cansada, mas avisei a ela durante uma ligação a tarde que iria vê-la, nem que não conseguisse ficar a noite toda. Camila iria comigo; esperei ela passar para me buscar. O pai dela havia liberado o carro, o que me ajudou muito, pois eu não tinha dinheiro para gastar à toa. Graças à carona de Camila e ao cartão VIP, que agora eu sabia como funcionava, eu economizaria bastante meu dinheirinho suado.
Assim que entramos na boate, Sabrina veio em nossa direção, com certeza estava de olho na entrada. Ela estava linda como sempre e com aquele sorriso que me derretia. Ela me abraçou calorosamente, aquecendo todo o meu corpo. Para minha surpresa, me deu um beijo demorado bem ali no meio de todos. Eu amei, mas não esperava essa demonstração pública do nosso relacionamento logo de cara. Aquilo me deu mais segurança de que ela realmente estava levando nosso relacionamento a sério.
Conversamos um pouco ali onde nos encontramos, e pelo jeito, minha namorada se deu muito bem com minha amiga. Gostei de vê-las interagindo e até trocando um abraço caloroso. Camila logo saiu, pois iria encontrar o rapaz que conheceu no final de semana passado. Pelo visto, os dois se deram bem e combinaram de se encontrar na boate. Fiquei com Sabrina e aproveitei para conhecer melhor o seu ambiente de trabalho. Ela me apresentou a alguns amigos e pessoas do seu círculo social, e a cada apresentação, ela dizia com orgulho que eu era sua namorada. A reação das pessoas eram variadas; alguns não ligaram, uns amaram e claro, teve aqueles que não aprovaram, dava para morar isso só pela cara que faziam. Mas algo me deixou tranquila, deu para perceber que as reações negativas não afetou Sabrina em nada. Eu já estava acostumada com esse tipo de reação e não me abalava, mas ver que ela também não se importava, me deixou bem tranquila.
A noite seguia, e meu cansaço aumentava. O sono resolveu me atacar, mas me esforçava para me manter alerta. Eu estava amando estar ao lado de Sabrina, especialmente depois de vê-la resolver uma situação no camarote. Sabrina não tinha apenas beleza exterior, mas também uma beleza interior que me surpreendeu. A cada minuto ao seu lado, me sentia mais segura e apaixonada.
Com o passar do tempo, meu cansaço acabou se tornando insuportável, e Sabrina percebeu. Mais uma vez, ela foi um amor e me levou para descansar em seu escritório. Fiz um charminho, mas acabei aceitando descansar no sofá. Assim que ela saiu, não demorou muito para eu adormecer. Só acordei quando Sabrina me chamou. Estava meio perdida, mas logo me localizei. Ela abriu um sorriso ao ver meu olhar confuso.
Sabrina disse que já eram quase sete horas da manhã e tinha acabado de fechar a boate. Tentei me levantar, mas a preguiça foi maior e voltei a me deitar. Sabrina sorriu e disse que já voltava. Nem reclamei e ela se afastou. Acabei cochilando novamente e quando percebi, ela estava jogando uma manta em cima do tapete do escritório. Ela estava só com uma toalha sobre o corpo, vê-la assim fez meu sono e cansaço desaparecerem.
Fernanda— O que você está fazendo? — perguntei.
Sabrina— Arrumando um lugar para eu descansar um pouco. Já percebi que vai ser difícil eu te tirar desse sofá — ela respondeu, rindo.
Fernanda— Você está enganada. Acabei de ver um ótimo motivo para eu sair desse sofá.
Levantei e fui em direção ao banheiro, pedindo para ela não sair de onde estava. Entrei, procurei uma escova nova, não achei, então usei meus dedos para escovar os dentes e fiz um gargarejo para lavar a boca. Voltei e percebi que ela não havia feito o que pedi. Ela saiu do lugar e agora estava deitada totalmente nua no meio do escritório. Não reclamei da sua desobediência; pelo contrário, adorei.
Caminhei em sua direção e, ao me aproximar, ela sorriu, vendo eu começar a tirar toda a minha roupa. Assim que terminei, posicionei-me em frente às suas pernas e me deitei sobre ela, com minhas pernas encaixadas nas dela. Nossos lábios se encontraram e o que começou calmo logo esquentou. Nossos corpos buscavam contato, se esfregando, enquanto nossas línguas exploravam a boca uma da outra. Suas mãos apertavam meu bumbum cada vez mais forte. O desejo tomou conta de nós, e eu já tinha dificuldade de respirar, pois seus lábios não me davam tempo. Desci minha boca para seu pescoço, lambendo e beijando, até chegar ao lóbulo da sua orelha. Mordi de leve e ela gemeu baixinho. Suas mãos não parava de apertar minha bunda com força fazendo o atraído dos nossos corpos se intensificar. Elevei um pouco o corpo e desci minha boca até seus seios.
Retirei minha perna de entre as suas e me deitei ao seu lado. Minha boca se alternava entre seus seios, desci uma mão pela sua barriga até alcançar sua menina. Comecei a brincar com meus dedos ali, ora friccionando seu clitóris, ora invadindo-a com força. Seus gemidos altos e roucos eram música para meus ouvidos. Minha boca e língua devoravam seus mamilos entre lambidas e chupadas. Ela colocou uma mão na boca e outra na minha cabeça, entrelaçando os dedos nos meus cabelos. Levantei o corpo e me ajoelhei para ter mais mobilidade.
Minha mão começou a se movimentar mais rápido e com mais força. A beijei com vontade, mas ela mal conseguia retribuir, gemendo dentro da minha boca. Voltei a sugar seus seios e penetrei três dedos em sua menina. Movi minha mão rápida e firmemente. A palma da minha mão esfregava seu clitóris. Ela não aguentou por muito tempo e arqueou os quadris. Senti-a tentar buscar ar e logo ouvi um gemido longo e rouco. Sua intimidade se contraiu e seu corpo travou por um momento com os quadris no ar. Logo, soltou o peso do corpo e eu senti seu corpo tremer com os espasmos que a dominaram. Retirei meus dedos e usei-os para massagear seu clitóris. Sua respiração estava pesada, e quando a olhei, ela estava de olhos fechados e boca aberta, buscando ar. Fiquei observando-a ali, entregue a mim, e uma felicidade imensa invadiu meu peito. Eu me sentia totalmente realizada vendo aquela cena.
Assim que percebi que sua respiração voltou ao normal, levantei e me posicionei entre suas pernas. Vi sua menina vermelhinha e molhada pelos seus fluidos. Era uma visão linda e excitante, e não resisti: levei minha boca até ela e a lambi com carinho. Sentir seu gosto era algo muito prazeroso para mim, fiquei ali lambendo cada pedacinho da sua intimidade. Logo ouvi um gemido baixo, e sua mão acariciou meus cabelos. Continuei lambendo-a com calma e carinho. Seus gemidos aumentaram de intensidade, e senti sua mão forçar minha cabeça em direção a menina. Ela já estava louca de desejo e eu não iria decepcioná-la. Comecei a chupar sua intimidade com mais intensidade, sugando seu clitóris com mais vontade. Ela movia os quadris cada vez mais rápido, e meus lábios trabalhavam em sintonia com seus movimentos. Minha língua brincava ao redor de seu clitóris. Ela tirou a mão da minha cabeça e começou a apertar seus mamilos. Seu corpo tremeu mais uma vez e seu néctar escorreu; dessa vez, meus lábios o receberam direto da fonte. Seu corpo se contorceu durante um bom tempo, e seus gemidos já não saíam mais, apenas um som rouco saía de sua boca. Mais uma vez, um orgasmo intenso a dominou, e eu me senti a mulher mais feliz do mundo por ser a responsável por proporcionar a ela aquele momento de puro prazer.
Levantei e me deitei ao seu lado, fazendo carinho em seu rosto e cabelos. Ela abriu os olhos e sorriu para mim, levando as mãos até meu rosto e me puxando para um beijo terno e carinhoso. Joguei uma perna sobre seu corpo e nos abraçamos. Ela sussurrou em meu ouvido que eu era incrível e que queria me recompensar, mas estava sem forças no momento. Eu disse que depois ela me recompensava, pois meu maior prazer era proporcionar prazer a ela. Senti seus braços me apertarem forte e ela não me soltou por um bom tempo. Quando senti-os afrouxarem aos poucos, também ouvi sua respiração se tornar mais pesada. Ela tinha adormecido ali, abraçada a mim. Um sorriso brotou em meus lábios, e me levantei devagar. Peguei a outra manta em cima do sofá e a joguei sobre seu corpo.
Fui direto para o banheiro e tomei um banho relaxante, sem pressa. Sabia que Sabrina não acordaria tão cedo depois de uma noite de trabalho e dos dois orgasmos intensos que teve. Demorei no banho, pensando sobre tudo que estava acontecendo na minha vida. Eu estava muito feliz; Sabrina me fazia feliz e isso não me dava mais medo. Sentia que tudo que eu sentia por ela era recíproco, e ela não tentou me esconder, não escondeu nosso namoro. Ao contrário, fez questão de mostrar que estávamos juntas. Eu notava o orgulho na sua voz ao dizer que eu era sua namorada. Tudo que Ingrid não fez durante os dois anos, Sabrina fez em poucos dias. Não sabia como seria nosso futuro, mas tinha certeza de que esse relacionamento não era como o anterior. Estava na hora de esquecer de vez o que passei, apostar de novo no amor e me jogar sem medo.
Assim que voltei para o escritório, fui recolhendo minhas roupas para me vestir, mas ao ver Sabrina ali deitada, não resisti e me deitei ao seu lado. A abracei devagar e coloquei minha cabeça em seu peito. Fiquei ouvindo as batidas do seu coração com os olhos fechados. Não demorei a dormir novamente, pensei que não conseguiria, mas consegui.
Acordei com o barulho de um celular; era o celular de Sabrina chamando. Achei melhor não acordá-la e até pensei em ir até o celular para recusar a chamada, antes que ela acordasse. Porém, nem deu tempo de decidir o que fazer; ela acordou com uma expressão brava.
Sabrina— Aposto que é minha mãe querendo me encher á paciência.
Fernanda— Por que você acha isso? — perguntei.
Sabrina— Porque o idiota do Hugo veio me encher a paciência ontem com suas desculpas esfarrapadas, querendo mais uma chance. Eu disse que era para ele esquecer o assunto, mas ele insistiu e eu perdi a paciência com ele. Na discussão, acabei contando do nosso namoro e, claro, ele deve ter contado para minha mãe. Aquele idiota.
Fernanda— Hugo é o rapaz que me empurrou? O que você disse que saiu com ele a pedido da sua mãe?
Sabrina— Sim, esse idiota mesmo.
Fernanda— Entendi. Olha, tenta se acalmar; não quero que você brigue com sua mãe por minha causa.
Sabrina— Eu já te contei como é nossa relação; não vou fazer o que ela quer só porque ela quer. A vida é minha, eu faço minhas escolhas, e eu escolhi você. Se ela não aceitar, é um problema dela, não meu.
Fernanda— Eu te entendo, e não vou me meter nessa briga de vocês. Só não quero ver você triste ou chateada.
Sabrina— Você tem razão, não quero ficar triste ou chateada também. A gente está se dando tão bem e estou tão feliz. Não vou deixar minha mãe estragar nosso dia. Deixa tocar, eu vou tomar um banho e depois vamos para meu apartamento. Tudo bem?
Fernanda— Você quem sabe; para mim, está ótimo.
Ela abriu um sorriso e se levantou, me dando um selinho antes de ir direto para o banheiro. Levantei e vesti minha roupa, esperando ela sair. Ela não demorou muito e já saiu vestida. Perguntei se não tinha escova de dentes nova no banheiro; ela disse que infelizmente não, mas eu podia usar a dela, que a boca dela era limpinha. Falou aquilo e colocou a língua para fora, com a boca totalmente aberta. Eu só consegui rir daquela cena e logo ela começou a rir também. Fui ao banheiro e usei a escova dela, mas planejava comprar uma nova e deixá-la ali, pois provavelmente eu precisaria mais vezes.
Saímos da boate e fomos de carro até o apartamento dela. Durante o caminho, o celular chamou mais duas vezes, mas ela não atendeu. O prédio onde ela morava era bem bonito e o apartamento era grande, mas eu sinceramente esperava que fosse muito maior. Pelo jeito, ela era de família rica, mas não gostava de ostentar. Apesar do apartamento ser grande, era simples e bem a cara dela.
Ela me chamou para irmos ao quarto; queria dormir mais um pouco, pois não tinha dormido o suficiente. Pediu para eu ficar com ela até que adormecesse, e se eu não quisesse dormir mais, poderia ficar à vontade para fazer o que quisesse no apartamento. Só não queria que eu fosse embora; pois assim que acordasse, queria aproveitar o resto do dia comigo. Eu disse que eu não iria embora, que ela podia ficar tranquila sobre isso. Mas assim que entramos no quarto, o celular começou a tocar novamente, e vi que ela se irritou.
Sabrina— Vou atender e acabar com isso de vez. Não adianta eu tentar adiar essa conversa; ela não vai me deixar em paz enquanto não me xingar um pouco.
Ela pegou o celular, atendeu e colocou no viva-voz. Fez sinal de silêncio para mim e disse; “—alô mãe".
Daquele momento em diante, o que ouvi me deixou um pouco preocupada. Eu não esperava que as coisas entre ela e a mãe fossem tão complicadas assim.
Continua..
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper