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Um conto erótico de Pil.lo
Categoria: Homossexual
Contém 439 palavras
Data: 19/09/2025 22:24:39

Hugo entra. O som dos seus passos reverbera pelo salão, firme, ritmado, como uma batida que anuncia desejo. O ambiente parece se curvar à sua presença. O sorriso nos lábios é curto, provocador, carregado de intenções. Ele não vê José Francisco como igual — vê um corpo a ser explorado, uma alma a ser dobrada.

Mas José Francisco não se curva. Está ali, inteiro, pulsando. O olhar firme, o corpo desperto. Há algo nele que resiste, que provoca, que convida sem se entregar. É como terra fértil que não se deixa invadir facilmente. O ar entre os dois vibra, carregado de tensão e expectativa.

Hugo se aproxima com calma, como quem sabe o efeito que causa. Cada gesto é calculado, cada movimento tem propósito. José Francisco sente a aproximação, o calor que emana, a respiração que se mistura à sua. E, nesse instante, desperta algo profundo — uma consciência aguda do próprio corpo, da própria pele, do próprio desejo.

A troca de olhares é intensa. Os corpos se reconhecem antes do toque. Há uma dança silenciosa entre eles, feita de aproximações e recuos, de intenções e resistências. José Francisco não se entrega, mas também não se afasta. Ele provoca com a firmeza, com o silêncio, com o calor que emana sem esforço.

Hugo estende a mão, não para tocar, mas para medir. Quer sentir os limites, explorar o território. José Francisco responde com sutileza: um movimento de ombro, um olhar que arde, uma respiração que se acelera. É como fogo que não se apaga, como água que escapa entre os dedos.

A tensão cresce. O salão parece menor, mais íntimo. Cada gesto é carregado de desejo contido. Cada aproximação é quase um toque. Cada respiração é quase um beijo. O corpo de José Francisco pulsa, reage, convida e resiste. É presença viva, é calor que não se deixa dominar.

Eles se movem em silêncio, como se o mundo tivesse parado para assistir. Hugo impõe; José Francisco devolve. O jogo é intenso, feito de olhares que queimam, de gestos que provocam, de respirações que se misturam. O desejo é palpável, mas ainda contido. É tensão que arde sem explodir.

O toque acontece — leve, quase acidental. Mas o corpo responde como se fosse íntimo. A pele arrepia, o coração dispara. José Francisco permanece firme, mas cada fibra vibra com a proximidade. Hugo sente isso, e sorri. Sabe que há fogo ali, mesmo sob a superfície.

A dança continua. Cada gesto é uma promessa. Cada olhar, uma entrega parcial. O calor entre eles sobe, circula, envolve. José Francisco não se rende, mas se deixa sentir. E nesse sentir, há prazer. Há desejo. Há poder.

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