Estava ali de frente ao notebook, com um email que insistiam em me mandar diariamente, como se quisessem que, de qualquer forma eu visualizasse o conteúdo. Quando eu abri o email, o conteúdo era no mínimo estranho. Era um site juntamente com um login. Tinha um login e uma senha. A primeira coisa que veio na minha cabeça era que se tratava de uma piada de mau gosto, ou talvez até spam. Então em primeiro momento eu ignorei completamente aquele e-mail. Me levantei, deixando o notebook ali ligado, com aquela página em aberto, e simplesmente me levantei, indo direto para a cozinha. Peguei a garrafa de água e enchi meu copo.
Na geladeira, eu vi um bilhete preso na porta, era o que Aoi sempre fazia quando precisava me avisar algo, e era como eu pensava, era de um aviso da Aoi. "Amor, precisei sair. Eu preparei seu bentou, está na cozinha. Te amo."
Eu me sentei no sofá e abri o bentou, e com os hashis em mãos eu tentei comer. O tamagoyaki misturava o doce do omelete e o salgado do shoyu, mas a dificuldade de raciocinar fazia com que este descesse difícil na minha garganta. Até mesmo os deliciosos frango frito que ela preparava não estavam me descendo muito bem.
Eu me perguntei várias vezes durante a comida porque ela preciava sair de vez enquando sendo que ela nem estava mais trabalhando. Além disso, me perguntava do dinheiro, sendo que não existia nenhum empréstimo no banco. Como ela estava conseguindo o dinheiro para pagar o meu tratamento, o que teve que acontecer para que eu hoje estivesse aqui comendo esta comida tão deliciosa feita por ela com tanto carinho?
Aquelas perguntas rondavam na minha cabeça como os próprios corvos rondam restos mortais em meio à savana. Eram insistentes, e por mais que eu tentasse ignorar eu jamais conseguiria.
Peguei o meu celular e tentei contato com Aoi. Discava o número dela com o peso de saber onde ela estava, e principalmente a incerteza do que diria a ela em seu retorno. E nada, o telefone estava fora de área uma vez, duas vezes. Pensei em tentar uma terceira vez, mas aí recebi uma ligação:
— Fala meu amigo, como você tá?
— Olá Kuro. Quanto tempo. — Do outro lado da linha, era o Bruno, ou Kuro, como costumava chamar. Seu nome Brasileiro não me era fácil de falar.
— Pois é né rapaz, eu ando um pouco ocupado com a vida mas fiquei sabendo que você recebeu alta. Como você está?
— Eu estou bem cara. E você?
— Tá tudo de boa por aqui. — Ele respondeu, e depois, continuou. — Pode ficar sossegado pois o seu emprego tá garantido. Nosso patrão já ficou sabendo da sua alta, e deu o tempo que você precisar para se recuperar.
— Eu realmente vou precisar desse emprego, afinal de contas tenho as contas do hospital e o empréstimo para pagar.
— Beleza mano. Se eu puder ajudar em alguma coisa, eu tenho algumas economias...
— Não cara, não preciso. Esse é um problema meu. Eu já estou até me sentindo culpado da Aoi estar se sacrificando tanto para pagar as contas. — Suspirei. — Aliás, eu queria falar com você uma coisa.
— Pode falar
— Por acaso você notou algum tipo de comportamento estranho vindo dela?
— Comportamento estranho? Como assim?
— Ela vem agindo de forma estranha desde que eu me recuperei. Eu sinto que não é mais a mesma de antigamente.
— Sei lá mano. — Ele respondeu do outro lado da linha. — Tudo isso tem sido difícil para ela eu imagino. Você sabe que eu nunca fui de muita amizade com a sua noiva. Então não sei responder essa pergunta.
— Tudo bem então. Deve ser só devaneio meu. Preciso desligar meu amigo, abraços.
Assim que desliguei o telefone, tentei novamente contato com Aoi. Mas ela não me respondeu, então fui até as mensagens e mandei um áudio para ela:
" Estou te procurando, amor. Você não está atendendo o celular. Eu recebi o que você me mandou, quando chegar nós precisamos conversar. "
Larguei o celular em qualquer canto no sofá enquanto eu estava ali jogado sobre ele. Preso em meus próprios pensamentos e minha própria dúvida que pairava sobre a minha mente. E quanto mais eu permanecia ali parado, pensando, mais as dúvidas me corroiam de forma brutal.
Eu não sabia o que fazer, não sabia a quem recorrer. Foi então que subi com dificuldade até o quarto, e ali estava a cama arrumada e o cheiro de quarto limpo. E o meu notebook ali em cima da mesa, aberto com a tela expondo o conteúdo daquele e-mail. Uma verdade que eu havia ignorado no começo, mas que agora eu precisava descobrir exatamente o que se tratava.
Foi então que eu encarei aquele link.
javamucha.co.jp
O termo JAV, japanese adult vídeo, era referente a vídeos adultos e a palavra amucha, significava amador. Estava diante de mim um site de filmes amadores, e eu me perguntava o que isso tinha a ver com descobrir alguma verdade. E por que isso estava sendo direcionado a mim.
— Deve ser só mais uma propaganda idiota. Mas de qualquer forma vamos ver. — Disse, enquanto levei meu mouse até o link e dei o meu primeiro clique.
A aba do navegador se abriu imediatamente, e começou a carregar o site. O relevo do site era tudo preto, ele tinha opções em inglês e inglês. Seu wallpaper eram de várias garotas com o rosto censurado, com a língua para fora, fazendo poses sensuais, muitas delas sem roupa. Normal, como todo o site pornográfico por aí.
O site exigia um login e uma senha para entrar, o cadastro era gratuito. Mas mesmo assim me fizeram questão de entregar um login e uma senha de uma conta já pronta.
Se o intuito era só uma propaganda, por que então me entregar um login e uma senha já prontos? Foi o que eu me questionei, então copiei o login e a senha e cliquei para entrar no site.
— Pronto.
O cadastro já estava pronto, realmente foi de alguém que havia cuidadosamente feito o cadastro e entregado para mim.
O conteúdo do site era bem vasto, você tinha uma aba aonde existiam filmes rápidos, gravados em formato de shorts, além de uma aba com filmes longos que duravam até uma hora. Diversas produtoras caseiras tinham cadastro ali, para acessar cada um dos vídeos você tinha que pagar uma quantia em dólar. Todos eles estavam bloqueados para acesso gratuito.
— Mas que palhaçada é essa? — Me perguntei, e ainda mais, eu me perguntei porque eu estava perdendo tempo ali.
Comecei a navegar pelo site apenas por curiosidade e tinha vídeos de várias categorias diferentes. Bukkake, Scat, BDSM, Grupal, interracial, blackmail, futanari, maid, student, tentacles, uncensored. Todo tipo de coisa bizarra que só japonês gosta, apesar que era um site dedicado também para o público americano.
Fiquei curioso para assistir um desses vídeos, pois eram totalmente bizarros.
— No fim era só uma propaganda mesmo. — Disse, levando o mouse até a aba de fechar quando uma notificação subiu.
— O que é isso?
Levei o mouse até as notificações e vi que estava seguindo uma certa modelo. "ムーンレディ" era o seu nome.
" Dama da lua "era o significado, um nome bastante curioso. Cliquei e apareceu 30 vídeos desta modelo participando, e todos já abertos, como se já tivessem pagos para ter acesso a esse conteúdo. A foto dessa modelo era curiosa ela estava sorrindo mas o rosto coberto dos lábios para cima com a faixa que censurava seu rosto. Mas por que será que eu tinha a sensação de que eu conhecia aqueles lábios de algum lugar? E mais: O sorriso era completamente... Artificial.
O primeiro vídeo dela foi postado há 7 meses atrás, e o último vídeo foi postado há três dias atrás. Parecia ser alguém não tão ativa assim no site, comparado com outros que vi com bem mais conteúdo, mas os vídeos dessa eram bem mais caros os acessos.
Por curiosidade eu abri o vídeo curto, que era de 3 meses atrás. Assim que abri, o mesmo se carregou, e a primeira coisa que vi foi um pau ereto, que estava de perfil para a câmera, enquanto tinha uma modelo ali, ajoelhada sobre ele. A mesma modelo da capa.
Essa modelo estava usando uma máscara que cobria boa parte do seu rosto deixando apenas a boca exposta.
O cara estava batendo uma punheta na fente dela e da câmera, enquanto ela somente olhava para o seu pau, até que ele manda ela se apressar, e então ela vai de forma hesitante até o pau dele.
— Eu não sei por que eu estou assistindo isso. — Perguntei.
Segurando as pernas dele, ela então aperta sua coxa com suas mãos enquanto sua boquinha avança até o caralho dele, onde ela começa a brincar com a língua.
— Tem que chupar melhor, para que nossos fãs possam apreciar a putinha que você é.
Ele então pega o cabelo dela e começa a puxar e então empurra o pau com força na boca dela, fazendo-a choramingar com aquilo. O quadril do homem começou a se movimentar em um vai e vem nervoso, enquanto as mãos dela apertavam a coxa dele. Os gemidos do homem se espalhavam pelo ambiente, enquanto ela chupava o pau dele com maestria. Ele acabou tirando o pau da boca dela, e usou ele para bater no rosto. Ela ficou com a língua para fora pedindo por pica, e ele ficou batendo com o pau na boca dela. Uma voz ao fundo que parecia ser de alguém que estava dirigindo a cena, pediu para ela lamber o pau dele, e ela ficou ali passeando com a língua no pau enquanto o rapaz ficava dando uma surra de pica no rosto dela.
Não podia negar que aquela cena era bem excitante, e já estava com meu pau na mão batendo uma. O cara voltou a meter na boca dela, segurando seus fios de cabelo enquanto ela passava a mamar aquela pica como se a vida dela dependesse daquilo.
— Caralho, que vadia. — Disse, enquanto estava assistindo aquele vídeo. No fundo eu não sabia porque que eu estava sentindo tesão naquilo, eu não era muito de assistir esse tipo de conteúdo. Mas era meu inconsciente que me chamava a sentir prazer nesse tipo de coisa.
O vídeo terminou quando o cara acabou leitando na cara da modelo. Ela ficou com a cara cheia de leite, enquanto ele afastou o pau do rosto dela, ainda muito duro.
— Bora trepar. — Ele disse, se afastando dela. Possivelmente, indo para a tal cena deles de fato. Ela recebeu um pano para limpar o rosto, e ao mesmo tempo que estava ali limpando o rosto eu estava descascando a bronha.
Foi então que todo meu prazer se tornou pesadelo. No exato momento em que eu estava segurando o meu pau para gozar, a tal modelo tirou a máscara para limpar o restante do rosto e o vídeo acabou exatamente quando o rosto dela apareceu.
— Mas que porra??
Ali estava a dama da lua. No exato momento em que jatos de porra saíam da cabeça do meu pau, meus olhos incrédulos estavam vendo a última imagem daquele vídeo: era um rosto que eu conhecia bem. Era Aoi.
— Pera, mas que porra é essa? — Eu disse, literalmente enquanto estava com a mão no meu pau.
Corri até o banheiro, para limpar a minha mão que estava suja de sêmen voltei para o notebook.
Aquilo deveria ser só coincidência talvez só alguém parecida com Aoi.
Mas uma coisa me chamou atenção, os vídeos começaram há 7 meses atrás, no exato momento em que ela havia abandonado seu emprego.
A curiosidade bateu mais forte do que a prudência e cliquei no vídeo inicial. O primeiro de uma sequência.
Ali, temos um produtor sentado junto com a tal modelo que estava usando a mesma máscara. Era um homem mais velho, meio barrigudo. Usava óculos, tinha um bigode.
— Essa é a nossa mais nova modelo, a dama da lua. A mulher que vai deixar duro o mais mole dos paus, porque ela é a dama do luar, aquela que inspira o maior tesão nos maiores depravados.
Ela estava de máscara, mas dava pra ver que estava completamente desconfortável ali. Tentando se perguntar o que de fato estava fazendo ali.
— É você mesmo, Aoi? — Me perguntei. O cara continuou:
— Hoje é apenas um vídeo de apresentação e a primeira vez dela. Então vamos pegar leve, não é?
Eu continuei assistindo.
— Como você se sente?
Foi quando eu ouvi a voz que eu tive certeza que era ela:
— Eu me sinto um pouco nervosa, é a primeira vez que eu estou fazendo isso. E eu não tenho certeza se vou me dar bem, mas eu preciso. Por um motivo especial.
— Um motivo especial? Por um acaso pode compartilhar conosco?
— Não, eu prefiro deixar isso para mim. Será que podemos começar logo?
— Ora, pelo visto ela já quer mostrar serviço.
— Não! — Ela disse. — Eu... Só acho que não devia ficar perdendo tempo...
— É assim que se fala meus queridos assinantes, vamos então para a verdadeira apresentação dessa gostosa!
O vídeo então cortou para um momento em que ela estava com aquela mesma máscara, usando uma lingerie vermelha. Ela estava sentada na cama, visivelmente sem graça, deslocada. Sem saber o que fazer ali, até que recebia a primeira ordem.
— Fica de quatro para que os nossos fãs possam ver seu rabo perfeito.
— S—sim...
Ela estava de quatro, movimentando-se sobre a cama enquanto era filmada. O rapaz que filmava mandava ela rebolar a bunda e ela tentava de forma desastrada e ele a corrigia. Dava pra ver o desconforto, e também a forma atrapalhada de agir, sendo assim corrigida vez e outra.
— Isso mesmo, deixa essa bunda bem empinadinha para os nossos assinantes. Imagina cada um deles batendo uma para você.
O câmera man mostrou a sua mão em seguida passando a mão na bunda dela. Foi então que a sua calcinha fio-dental vermelha foi colocada de lado e deixava bem evidente a bucetinha dela, enquanto ele abria uma das bandas e colocava para o lado, deixando ainda mais visível.
— Pare... Pare com isso Aoi. Por que isso??
Eu pedia desesperadamente ali, enquanto a minha noiva era dedada, e a câmera era direcionada justamente para a bunda dela, aberta, enquanto os dedos do homem estavam se esfregando na sua xoxota.
— Ko-Kouta-Kun...
Meus olhos se arregalam naquele momento, quando ela simplesmente fecha os olhos e diz meu nome. Ela agarrava os lençóis da cama e puxava com os seus dedos, ela tentava não gemer, quando a câmera deu um close no seu rosto eu podia ver gotas de lágrimas ali em seus olhos como se ela no seu mais profundo estivesse pedindo desculpas por estar naquela situação.
— N-não...! Pare! Kouta-kun...
— Heh. Assim mesmo, deve se soltar mais. Não negue, está gostando.
Foi então após ela ouvir do mesmo cara anterior que ela deveria se soltar mais, que ela acabou se rendendo e começou a gemer enquanto estava sendo dedada, o cara estava metendo seus dedos na bucetinha dela enquanto seu gemidos de tesão estavam ecoando naquele quarto.
— Eu não aguento... Por favor, acabe logo com isso...
A cena corta com um close em sua bunda, que agora estava sentada no pau do homem, que estava praticamente dentro dela ali.
— Ahaha, que vadia.
— C-cala a boca... Ahh...
Ele estava deitado na cama com as pernas estiradas enquanto a minha Aoi, agora não era só minha. Era de um homem que eu não sabia quem era, era de um homem que estava enterrando o seu pau na buceta dela. Ela estava ali cavalgando, a bunda dela bem redonda praticamente se encaixava no caralho dele, enquanto sua bucetinha engolia aquele pau, enquanto ele dava tapas na bunda dela. Os gemidos eram tímidos, no fundo eram ouvidos ecos de alguém pedindo para ela se soltar mais.
— Para uma primeira vez essa puta está indo bem.
— Se solta mais, sua puta.
Ela acabou se soltando, os gemidos começaram a aparecer mais, ela acabou sendo puxada pelo homem e praticamente se deitou em cima dele enquanto era currada pelo pau do cara. Enquanto ela estava deitada sobre ele, eu podia ver a cabeça dela se movendo, e o cara abraçando suas costas
Aquilo era claramente os dois se beijando enquanto o cara estava comendo ela. Aquele movimento a fez ceder momentaneamente, ela estava sendo abraçada enquanto era fodida por cima, não davam chances para a mesma escapar. O seu algoz então começou a levar uma de suas mãos até o cuzinho dela, onde começou a meter seu dedo ali, passando a socar o anel com o seu dedo enquanto ela cavalgava naquele pau encapado por uma camisinha.
— Não! Não foi combinado isso!
O vídeo corta mais uma vez, agora fazendo um closet para o rosto dela, ainda com a sua máscara, ela estava com a língua para fora e deitada na cama como se estivesse sendo currada, enquanto agora eu podia ver o rosto do tal câmera man.
— Mas o quê? Desgraçado!
E ali era ninguém mais e ninguém menos do que o Kuro.
Era meu amigo que estava ali comendo a minha noiva, metendo nela enquanto ela estava com o rosto completamente avermelhado, choramingando, com a língua pra fora, com os olhos revirados.
— "Aquilo" que demos é forte mesmo hein! hehehehe
Eu podia ouvir ao fundo. Malditos, drogaram ela para que ela pudesse se soltar mais. Onde foi que ela se meteu?
Antes com tesão, agora assistia aquilo mais na curiosidade doentia da minha mente, e ao mesmo tempo em um desespero que começava a tomar conta de mim.
— Por que você fez isso, Aoi?
Eu estava ali vendo a minha noiva sendo completamente violada agora pelo meu amigo, era como se eu estivesse sendo traído duas vezes.
O restante do vídeo foi completamente normal ele a comeu em algumas posições, enquanto ela estava com o corpo mole, rendida, fazendo tudo que era pedido, dessa vez sem falar um não sequer. A foda acabava, e ele acabou por gozar na cara dela. O mesmo rosto que eu beijava a testa sempre que ela me trazia alguma comida, agora estava cheio da porra dele.
Eu havia assistido dois vídeos, e ainda faltavam 28. Eu pensei em desistir ali mesmo, mas alguma coisa dentro de mim me empurrava para assistir todos os vídeos, e tentar entender como se fosse uma linha do tempo o que levou ela a fazer tantos vídeos até o último a três dias atrás.
Minha mão estava trêmula ao segurar o mouse, enquanto direcionava o ponteiro para o próximo vídeo se aquele site tinha tantos temas eu comecei a temer sobre o conteúdo que eu encontraria ali, e eu não estava errado.
O segundo vídeo foi parecido com o primeiro, gravado em um motel, onde teve, digamos assim, uma sessão" normal". Mais uma vez, eu notei ela da mesma forma que anteriormente, rendida, com o rosto vermelho, fora de si, sem falar muito. Ela teve o mesmo parceiro, o Kuro. Pensei que todos os outros vídeos então seriam desse jeito, mas para o meu desespero foi algo completamente diferente.
— Mas o que? Desgraçados!
O cenário era um trem em movimento, e parecia ser no horário da tarde. Eu tentei reconhecer, eu não sabia exatamente qual trem era. Mas parecia ser um trem lotado a câmera era bem amadora pela resolução, e estava gravando de longe alguém que depois eu reconheci ser a Aoi. Ela estava vestindo uma saia curta azul, e uma roupa que me lembrou seus tempos de colegial. Ela estava usando uma bolsa estudantil, pequena, carregada nas costas. Sua expressão era de completo desconforto, e ao mesmo tempo tesão, ela a todo momento fechava os olhos, enquanto tentava parecer ser normal.
— Hahaha, olha ela tentando se segurar, que delícia. — Disse a pessoa que filmava tudo, que com certeza era o Kuro pela voz. Ela estava esfregando as pernas ali, completamente incomodada enquanto fechava e abria os olhos.
— Mas que merda é essa? — perguntei, enquanto observava toda aquela cena.
A câmera começou a se aproximar enquanto um homem que eu não conhecia se aproximou dela, e se encaixava por trás. Ele dizia coisas, e ela não respondia nada, apenas desviava o olhar. Ele levou suas mãos para debaixo da saia no meio daquele trem lotado, enquanto ambos se locomovem para próximo da janela.
Ele começou a movimentar as mãos, e tirou dali um vibrador em forma de pau, que parecia ter ali seus 15 cm.
— AHHH. — Ela então deu um grito de alívio, enquanto os passageiros ali, todos homens, fingiam não ligar para o que estava acontecendo. Este vibrador ficava balançando de um lado para o outro, e estava completamente babado. Eu podia ver um gesto de alívio vindo do rosto dela enquanto o homem começou a sussurrar algo próximo de sua orelha, e pude ver que ela dizia não.
Aoi negava mais uma investida, e foi então que este homem levou suas mãos para a garganta dela apertando e falando algo em seu ouvido. Um olhar de choro começou a aparecer no rosto dela, enquanto ela continuava a dizer não. A outra mão do cara começou a se guiar para dentro da saia dela, onde começou a se movimentar ali. Logo em seguida, ele a jogou contra a janela, e se colocou entre as pernas dela, libertando aquele pau asqueroso, e assim, começou a passar o pau entre as pernas dela. De repente, ele começou a fazer um certo movimento, enquanto colocou algo na boca, e forçou um beijo nela, onde ele colocou isso dentro dela enquanto se beijavam.
— Esses desgraçados estão drogando ela de novo!
Depois disso, as negativas pararam, e ela começou a ceder. Ele começou a socar o pau nela, e ela foi abrindo as pernas e se rendendo ao homem. Ele manteve aquele sorriso sádico no rosto, enquanto comia ela no meio do trem, enquanto ela tampava sua boca para não fazer nenhum barulho, embora alguns ali já tivessem notado o que estava acontecendo, e uns tiraram o pau pra fora para bater uma.
Eu não aguentei e fechei aquele vídeo. Meu coração começou a palpitar, e fiquei temeroso sobre o que mais poderia ter ali. Que outros vídeos eu teria que assistir, e o que mais eu encontraria.
O nervosismo não me deixava raciocinar o porque ela procurou sexo com estranhos, porque ela estava ali se submetendo a isso, precisando ser drogada para se render a eles. Aquela faceta de Aoi era uma coisa assustadora, eu tentava, mas não conseguia compreender.
E quando abri o próximo vídeo, o cenário parecia uma sala branca, pouco iluminada, parecia mais um banheiro. E quando mostraram mais ao fundo, parecia mais ser um clube de natação. Eu podia ver ao fundo os grandes armários de alumínio onde as pessoas guardavam seus pertences para nadar nas grandes piscinas do ginásio. Mas ali, não tinha ninguém apenas Aoi, vestindo um maiô de natação daqueles que ela usava na escola quando ainda estudávamos.
— Essa puta está uma delícia com esse maiô. — Disse uma voz ao fundo.
Ela estava virada contra a parede, com as mãos apoiadas enquanto algo parecia estar penetrado dentro de sua buceta. Ela se negava a olhar para a câmera, mantinha seus olhos ali, fechados, enquanto algo acontecia, que fazia seu corpo se contorcer.
De repente ela solta um grito misturado em uma dor e desespero. Ela passou a se contorcer enquanto algo se movia entre as pernas dela os lábios dela estavam se movendo, como se ela tentasse segurar o gemido enquanto falhava miseravelmente. Logo ela relaxou, expulsando o ar preso nos pulmões, ofegando, como se estivesse se aliviado.
Podia ver algo saindo entre o maiô dela, que ocultava sua bucetinha. Um fio, que se guiava até aquele que segurava a câmera. De repente, ele mostra um controle, com um botão.
— Uma vez eu ouvi falar que as tensões elétricas estimulam o máximo a libido, por isso hoje vamos testar. Dentro dela está um pequeno dispositivo que vai liberar cerca de 25 volts de descarga elétrica dentro da sua bucetinha. Ela vai ensopar!
— hahaha, não estamos indo longe demais não? — Disse uma outra voz.
— Parem com isso, agora! — Eu disse, em vão, segurando ali a tela do meu notebook.
De repente, eles apertam novamente o botão, e um grito se ecoa dos lábios de Aoi. Ela fecha os olhos, e recebe a tal descarga elétrica em sua parte mais íntima. Eu podia ver ali, sua bucetinha ensopar, molhando seu maiô, enquanto ela morde o lábio, e sussurra, baixo, mas o suficiente para eu ouvir.
— Eu preciso... Aguentar... pelo Kouta-kun...
Meus olhos naquele momento se encheram de lágrimas, enquanto eu segurava no notebook. Precisa aguentar por mim? Por que? Foi então que eu me dei conta.
Aquele site com certeza era pago, e parte da receita com certeza ia para ela. O pagamento era em dólar, o que convertido em ienes daria uma boa grana, dependendo do número de acessos ela poderia muito bem ter pago... O meu tratamento?
— Você não fez isso, Aoi! Você não fez isso. Por favor, acorda desse pesadelo, Kouta!
Eu dei um murro na minha cabeça, mas tudo o que eu senti, foi a dor do meu punho. Foi então que a ficha caiu. Então foi nisso que ela se meteu, agora eu conseguia compreender todas as vezes em que ela reforçava para mim e para si mesma, que não importasse o que acontecesse, ela sempre faria tudo por mim.
— Aoi, sua idiota! Porque você fez isso? Porque você não me deixou morrer?
Na minha completa ignorância e egoísmo, eu desejava estar morto do que ver o quão fundo ela conseguiu se meter. Eu pensei em parar de assistir, mas agora eu queria ir até o final. Eu queria saber tudo o que aconteceu, tudo o que ela passou durante todos esses meses. Eu não prestava mais atenção no vídeo que estava rolando, a minha mente ficou confusa e a visão turva. Até que eu ouvi um grito.
— Porra, ela desmaiou! Não aguentou.
— Acho que você exagerou, caralho. Chama o médico!
Aoi estava ali, estirada no chão, quando o vídeo terminou. O corpo estava imóvel, enquanto ela estava desmaiada. Minha alma adoeceu naquele momento, eu senti ódio puro, misturado de uma impotência tremenda de ter deixado tudo isso acontecer.
Ainda tinha mais alguns vídeos para assistir, e eu não sabia se teria estômago para assistir todo o resto, mas sabia de uma coisa: Quando eu terminasse de descobrir tudo aquilo, eu não seria mais o mesmo. Eu estava temendo pela minha sanidade, e pela de Aoi.