O Reencontro na Balada

Um conto erótico de Contador de contos
Categoria: Heterossexual
Contém 1203 palavras
Data: 18/09/2025 23:16:04
Assuntos: Heterossexual

O Reencontro na BaladaO grave pulsava no meu peito, um ritmo primitivo que se misturava ao cheiro de suor, álcool e perfume barato. Eu estava encostado no balcão, observando a massa disforme de corpos que se movia na pista de dança, quando a vi. Um raio, um trovão, um soco no estômago. Ela. Minha ex. O tempo pareceu congelar, e o caos da balada se dissolveu em um silêncio ensurdecedor. Ela estava ainda mais deslumbrante do que eu me lembrava, um vestido preto que abraçava suas curvas com uma insolência que me fez engolir em seco. Os cabelos soltos, balançando ao ritmo da música, e um sorriso nos lábios que eu conhecia tão bem, um sorriso que prometia tanto e que, um dia, foi só meu.Nossos olhos se encontraram. Um choque elétrico percorreu meu corpo, uma corrente que reacendeu memórias adormecidas, desejos que eu pensava ter enterrado. Ela sorriu, um sorriso que não era apenas amigável, mas carregado de uma malícia familiar. Começou a se mover em minha direção, e cada passo era uma tortura deliciosa. Eu senti o calor subir pelo meu pescoço, a pulsação acelerar. Quando ela parou à minha frente, o perfume dela me envolveu, uma mistura inebriante de jasmim e algo mais, algo que era só dela."Não acredito que te encontrei aqui", ela disse, a voz rouca, quase um sussurro no meio da barulheira. Seus olhos, antes distantes, agora me devoravam com uma intensidade que me deixou sem ar. "Você sumiu.""Eu também não", respondi, minha voz um pouco mais trêmula do que eu gostaria. "Mas que bom que não." Um sorriso lento e provocador surgiu em seus lábios. Ela estendeu a mão e tocou meu braço, um toque leve que incendiou minha pele. "Ainda se lembra de como dançávamos?"Antes que eu pudesse responder, ela me puxou para a pista de dança. O corpo dela se moveu contra o meu, uma sincronia que parecia ensaiada, mas que era puramente instintiva. Cada movimento era uma lembrança, um convite. O quadril dela roçava o meu, o seio dela pressionava meu peito. Eu podia sentir o calor emanando dela, a energia que sempre nos uniu. Minhas mãos, quase por vontade própria, encontraram sua cintura, apertando-a, puxando-a para mais perto. Ela inclinou a cabeça para trás, o pescoço exposto, e eu senti o cheiro de seu cabelo, uma fragrância que me levava de volta a noites inesquecíveis."Você ainda me deixa sem fôlego", sussurrei em seu ouvido, a voz rouca de desejo. Ela riu, um som baixo e sexy que fez meu corpo vibrar. "Você também, meu bem. Você também." Seus dedos traçaram a linha da minha mandíbula, desceram pelo meu pescoço e pararam na gola da minha camisa. O olhar dela era um desafio, uma promessa. A música, antes apenas um ruído, agora era a trilha sonora perfeita para a nossa dança de sedução. A balada inteira parecia desaparecer, restando apenas nós dois, presos em nossa própria bolha de desejo."Vamos sair daqui", ela disse, a voz quase inaudível, mas a intenção clara em seus olhos. Eu não precisei de mais nenhum convite. Segurei sua mão e a guiei através da multidão, nossos corpos se roçando em cada passo, a antecipação crescendo a cada segundo. O ar frio da noite nos atingiu quando saímos da balada, mas o calor entre nós era mais do que suficiente para nos aquecer. Ela me olhou, os olhos brilhando sob a luz dos postes. "Para onde vamos?" A pergunta era retórica. Ambos sabíamos a resposta. O desejo era palpável, uma força incontrolável que nos arrastava para o inevitável.Não havia necessidade de palavras. Nossos corpos se moviam em uníssono, guiados por uma urgência que há muito tempo estava adormecida. Encontramos refúgio em um beco escuro e úmido, afastado da cacofonia da balada, mas ainda assim vibrante com a energia da noite. A luz fraca de um poste distante mal iluminava seus olhos, que brilhavam com uma mistura de luxúria e uma familiaridade que me desarmava.Minhas mãos foram direto para o zíper do seu vestido, e ela, sem hesitar, me ajudou a desfazê-lo. O tecido escorregou pelo seu corpo, revelando a lingerie de renda preta que mal cobria o que eu tanto ansiava. O cheiro dela, agora mais intenso, misturava-se ao da noite, criando um aroma inebriante. Meus lábios encontraram os dela em um beijo faminto, urgente, que roubou meu fôlego. Nossas línguas dançavam uma coreografia antiga, lembrando-se de cada curva, cada sabor.Enquanto o beijo se aprofundava, minhas mãos exploravam cada centímetro de sua pele, subindo pelas suas coxas, sentindo a maciez e a firmeza. Ela gemeu contra minha boca quando meus dedos alcançaram a renda úmida entre suas pernas. A excitação era palpável, um calor que irradiava de nós dois. Ela se arqueou contra mim, o desejo estampado em seu rosto."Eu preciso de você", ela sussurrou, a voz embargada.Eu a ergui, suas pernas envolvendo minha cintura, e a encostei na parede fria do beco. A sensação de seu corpo nu contra o meu, mesmo com a barreira das nossas roupas, era eletrizante. Meus dedos se livraram da última peça de tecido que a cobria, e então, sem mais delongas, guiei meu membro, já pulsando e duro, até a entrada úmida e quente dela.Ela soltou um suspiro profundo quando a ponta me tocou. Seus quadris se moveram em um convite silencioso, e eu não hesitei. Empurrei, devagar no início, sentindo a resistência e a maciez que me eram tão familiares. Ela gemeu, um som que me impulsionou a ir mais fundo. Com um movimento mais firme, penetrei-a completamente.Um grito abafado escapou de seus lábios enquanto ela se apertava ao meu redor. A sensação era indescritível, a união de dois corpos que se conheciam intimamente, mas que há muito tempo não se tocavam dessa forma. O calor, a umidade, a pressão... tudo se combinava em uma sinfonia de prazer.Comecei a me mover, devagar no início, sentindo cada centímetro, cada pulsação. Ela acompanhava meu ritmo, seus quadris se chocando contra os meus, as unhas arranhando minhas costas. Seus gemidos se tornaram mais altos, mais urgentes, e eu podia sentir a parede vaginal se contraindo ao meu redor. A cada estocada, eu sentia que estava preenchendo um vazio que nem sabia que existia."Mais... mais rápido", ela implorou, a voz quase inaudível.Eu obedeci, acelerando o ritmo, nossos corpos se chocando com uma força primal. O suor escorria por nossos corpos, misturando-se. A balada, agora, era apenas um zumbido distante. O mundo se resumia ao nosso encontro, à nossa dança carnal. Eu a segurava com força, enterrando meu rosto em seu pescoço, sentindo o gosto salgado de sua pele.O clímax veio em uma onda avassaladora. Ela gritou meu nome, seus músculos se contraindo em um espasmo delicioso. Eu senti a explosão dentro dela, o prazer se espalhando por cada fibra do meu ser. Nossos corpos tremiam, exaustos e satisfeitos, ainda unidos, ofegantes. O silêncio que se seguiu foi preenchido apenas pela nossa respiração pesada e pelos ecos distantes da música da balada.Quando finalmente nos separamos, nossos olhos se encontraram novamente. Não havia mais malícia, apenas uma profunda satisfação e uma pergunta silenciosa. O que seria de nós agora?

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