DISCERE 2 - TEMPO DE AMAR - CAPÍTULO 1: NOVO SEMESTRE

Um conto erótico de Escritor Sincero
Categoria: Gay
Contém 2810 palavras
Data: 17/09/2025 06:00:34

O semestre novo no Instituto Discere começou, mas tirando a nova cor do uniforme, saiu o azul royale e entrou o vermelho, a sensação era a de que o tempo não havia avançado. O barulho familiar dos corredores lotados, professores com olheiras eternas e alunos correndo atrás de prazos se misturava com o aroma vago de café vindo da cantina. Tudo igual — ou quase.

Na biblioteca, porém, o clima era de concenração, como se as paredes abafassem até os pensamentos mais altos. Valentim, Noah e Karla estavam mergulhados num exercício de matemática que, para dois deles, mais parecia uma armadilha inventada para humilhar estudantes.

— O número imaginário i é a raiz quadrada de menos um. — Disse Valentim, como quem recita algo que já virou parte do seu instinto. — E as potências de i são essa base elevada a um expoente n, sendo n um número natural.

Noah revirou os olhos, rabiscando furiosamente o caderno.

— Você só tá assim porque já estudou isso! — Reclamou, apagando com força sua resposta errada.

— Essa doeu. — Comentou Karla, rindo e apagando a própria.

Valentim fechou o caderno de forma teatral.

— Tudo bem, amor, eu entendo a sua inveja. Posso ter repetido o ano, mas pelo menos sei o conteúdo. A tua sorte é que esse novo corte de cabelo ficou sensacional. — Afirmou Valentim com um sorriso bobo no rosto.

— Sempre bom variar. Eu queria os cachos de volta, então parei de usar produtos de alisamento. — Explicou Noah, pegando o celular e abrindo a câmera. — Eu estou muito gato.

— O mais gato de todos, meu amor. — Declarou Valentim.

— Brega. — Soltou Karla, deixando o caderno de lado.

— Agora mudando de assunto, onde vamos passar o Carnaval? — Questionou Valentim, enquanto acariciava a mão de Noah.

— Em casa. — Disse Noah, quase seco.

— Fortaleza. Vamos visitar a família do Breno. — Respondeu Karla, já recolhendo algumas anotações.

Valentim ergueu a sobrancelha.

— Em casa? — repetiu, olhando para Noah.

— Detesto muita gente aglomerada. Foi mal, bebê. Esse evento eu passo.

— Mas é o nosso último ano no ensino médio...

— O seu segundo no caso. — Provocou Noah com aquele sorriso maroto que sempre desarmava as discussões.

— Esse não é o ponto, Noah...

— Noah? Quem é Noah? — Cortou o namorado, rindo. — Pra você é amor, bebê ou pedaço de mau caminho.

— É, Valentim... — Karla pousou a mão no ombro dele, se divertindo com a troca de provocações. — Devia ser mais fácil namorar comigo. — Brincou, antes de se levantar. — Bem, meninos, meu namorado tá na cantina. Até mais.

Assim que ela se afastou, Valentim se inclinou para Noah.

— Você tá mesmo falando sério? Vai ficar enfiado dentro de casa no Carnaval?

— Amor, seu pé tá quebrado. Não pode beber, não pode ficar muito tempo em pé. Qual o sentido?

Antes que Noah respondesse mais alguma coisa, uma voz atrás deles, carregada de falsa cortesia, interrompeu:

— Se quiser, podem ir pra casa de veraneio do meu pai.

Valentim girou o corpo devagar. Gabriel Portugal estava ali, impecável como sempre. Magro, cabelo liso preso no lugar por camadas de gel, farda tão bem passada que refletia luz. Aquele ar de garoto-modelo de campanha escolar escondia algo que Valentim já sabia — e detestava.

Desde que chegara ao Discere, Gabriel conquistara professores e colegas com a mesma habilidade com que um caçador arma armadilhas. Entrou para o grêmio, assumiu a liderança do segundo ano na competição das Quatro Estações. Mas Valentim sabia o que havia por baixo dessa fachada — Noah havia mostrado as mensagens, as fotos. Valentim lembrava dos prints até demais.

— O que você quer? — Noah disparou, ríspido.

Gabriel sorriu, fingindo paciência.

— Calma, N. Só vim fazer um convite. Deixa teu namorado curtir o Carnaval. Não era tão bom quando a gente ficava na fazenda? Como tá a Doce de Leite? Eu amava aquela égua. Uma doçura.

As mãos de Valentim se fecharam com força sobre o lápis. O som seco de madeira se partindo foi abafado pelo silêncio da biblioteca.

— Cara, vê se te manca e vaza daqui! — A voz dele saiu baixa, mas carregada de ameaça.

Gabriel ajeitou os óculos escuros e sorriu de lado.

— Tem que adestrar melhor esses teus cachorros, Noah. — Soltou, antes de sair, cada passo ecoando como se fosse mais lento que o anterior.

O corpo de Valentim tremia. Ele sentia o coração bater forte no pescoço, como se pedisse para pular dali e se lançar sobre Gabriel.

— Sério, esse verme me causa ânsia.

— Vamos só... ignorar. — Murmurou Noah, mas sua expressão dizia que nem ele acreditava nisso.

— Não, Noah. — Valentim o encarou, os olhos duros. — O que ele te fez não é certo. Esse cara tem que sair dessa escola.

— Não é tão simples, Val. Ele tem conexões... contatos.

— Ele só é um adolescente burro e preconceituoso. Contatos, é uma ova. — Valentim respirou fundo, lutando contra o impulso de sair atrás de Gabriel naquele instante. — Eu só não faço nada porque você pediu. Mas, por mim, ele já tinha vazado do Discere.

Quando Noah desviou o olhar, Valentim aproveitou para respirar fundo, tentando controlar a tensão que queimava por dentro. Ainda assim, a sensação incômoda de estar sendo observado não passava.

Do lado de fora da biblioteca, Gabriel se encostava a uma das colunas do corredor, braços cruzados, como se estivesse apenas matando tempo. Mas seus olhos — frios e calculistas — estavam fixos na porta de vidro. Ele observava os dois com a tranquilidade de quem estuda uma presa antes do ataque.

Um grupo de alunos passou rindo, mas ele nem se mexeu. Apenas ergueu o celular, digitando algo rápido, e tirou uma foto pela fresta da porta. O reflexo no vidro distorcia a imagem, mas não o suficiente para esconder a expressão desconfortável de Noah e a postura tensa de Valentim.

— Vocês ainda não aprenderam. — Falou para si mesmo, com um meio sorriso. — Mas eu vou ensinar.

Guardou o celular no bolso, ajeitou o colarinho impecável da farda e caminhou pelo corredor como se nada tivesse acontecido. Porém, no fundo, cada passo era parte de um plano que já começava a se formar.

Lá dentro da biblioeca, Noah e Valentim seguiam discutindo baixo, sem perceber que, ao contrário do que imaginavam, a ameaça não estava indo embora. Estava apenas se aproximando de outra forma.

***

Não muito longe dali, outra batalha silenciosa acontecia. João Paulo havia começado o semestre no Instituto Discere cheio de expectativas, mas logo percebeu que não seria como na escola pública. Entre os colegas do ensino público, todos buscavam uma chance na vida; no Discere, porém, caminhava entre a elite da elite. Filhos de influentes, futuros líderes, jovens acostumados a ter tudo. E ele se sentia pequeno, quase invisível.

Ainda assim, decidiu continuar. Queria dar orgulho à mãe e, em segredo, também aos pais de Valentim, que custeavam sua educação e ainda lhe davam uma mesada para que participasse dos eventos e trabalhos sem se sentir deslocado.

Alguns colegas insistiam em tratá-lo como "o bolsista que não é bolsista", mas a sorte de João Paulo começou a mudar quando fez amizade com Narciso. Desde criança, acompanhava sua carreira, guardando um segredo: o coração de João Paulo batia mais rápido sempre que via o amigo. E jamais imaginara que um dia dividiria a mesma sala com ele.

Na aula de filosofia, conheceu a história de Eco e Narciso. Eco, a ninfa amaldiçoada por Hera a repetir apenas as últimas palavras que ouvia, se apaixonou pelo belo, porém cruel Narciso. Rejeitada, definhou até restar apenas a voz. Nêmesis então puniu Narciso, o fazendo se apaixonar pelo próprio reflexo; incapaz de se afastar, morreu, e no seu lugar nasceu a flor que leva seu nome.

— E a história se repete... — murmurou João Paulo, quase sem perceber, folheando o livro indicado pela professora.

— O que se repete? — A voz de Narciso surgiu de repente, perto o bastante para que um arrepio percorresse a espinha de João Paulo.

A sala se silenciou. Olhares curiosos se voltaram para eles. Narciso, com traços perfeitos, cabelos loiros presos em um coque estilo samurai, pele clara e olhos verdes intensos, parecia irradiar luz própria. Magro, atlético, quase etéreo. A presença dele fazia tudo ao redor parecer menos real.

— Por que meu nome está aí? — Narciso perguntou, apontando para o livro.

— Não é teu nome. É a história de Narciso e Eco.

— Ah... o trabalho de filosofia. Quer fazer comigo?

— Para eu fazer sozinho e você levar os créditos? — João Paulo tentou soar ríspido, mas sua voz traía o nervosismo.

— Calma... — Narciso se inclinou, tão perto que João Paulo sentiu o perfume sutil de colônia. — Uma ninfa chamada Eco foi amaldiçoada a repetir apenas as últimas palavras que ouvia. Se apaixonou por Narciso, jovem belo e arrogante, mas foi rejeitada. Triste, desapareceu até restar só sua voz. Como punição, a deusa Nêmesis fez Narciso se apaixonar pelo próprio reflexo; ele definhou até morrer, e no lugar nasceu a flor narciso. — Narciso se afastou lentamente, mas não sem que João Paulo percebesse o calor do contato. — Pensei que você fosse diferente. Dentre todos aqui, era quem mais devia saber o que é ser julgado.

João Paulo ficou imóvel, absorvendo as palavras. Narciso tinha razão — e a verdade doeu ainda mais porque João Paulo o admirava, desejava e ainda se sentia inseguro diante dele.

Decidiu segui-lo. No jardim, Narciso observava as pessoas passarem, o olhar distante. Celulares surgiam, flashes, cochichos... não por maldade, mas simplesmente porque era Narciso Figueiredo.

Sem jeito, João Paulo se aproximou e sentou ao lado dele. A proximidade fez seu coração disparar.

— Você tem razão. Fui babaca. Me desculpa? — Estendeu a mão, o toque breve enviando eletricidade pelos dedos.

— Eu faço o texto, você corrige e dá seu toque. Que tal? — Narciso estendeu a mão, e ao segurá-la, João Paulo percebeu a firmeza do gesto, o calor da pele.

— Perfeito. — Murmurou, um sorriso tímido se formando. — Posso te perguntar uma coisa?

— Claro.

— Você não se incomoda com os olhares e cochichos?

— É a vida que eu escolhi. — Narciso respondeu, mas o sorriso cansado não escondia a fragilidade por trás da máscara de confiança.

João Paulo o observou por um instante, sentindo vontade de tocar o cabelo preso, de não deixá-lo ir, de ficar ali para sempre. Mas se conteve.

— Vamos? Temos um trabalho para entregar. — Falou o jovem, tentando disfarçar o turbilhão de sentimentos, e Narciso, por um instante, deixou que seus olhos verdes fizessem o mesmo.

***

O seminário para a matéria da professora Leda estava quase pronto. Valentim havia passado boa parte da manhã revisando suas anotações sobre autores famosos, mas a concentração foi interrompida quando a coordenadora avisou que ele tinha uma consulta marcada com a psicóloga da escola.

Gabriel, por coincidência — ou azar de Valentim — estava no setor administrativo, entregando documentos do Grêmio Estudantil. Ao notar de longe a figura do rival acompanhado pela Dra. Eunice, percebeu a dificuldade de Valentim em seguir pelo corredor. Um brilho de curiosidade, mesclado com malícia, se acendeu em seus olhos.

Rapidamente, Gabriel se escondeu atrás de uma pilastra. Esperou pacientemente até que ambos desaparecessem no fim do corredor.

— O que o Valentim está fazendo aqui? — Murmurou para si mesmo.

Sem pensar duas vezes, empurrou a porta da sala da psicóloga e entrou. O ambiente era silencioso, marcado pelo cheiro suave de lavanda e uma pilha de papéis sobre a mesa. Entre eles, uma pasta chamou sua atenção. O rótulo, escrito em letras pretas e precisas, denunciava o dono: Valentim Almeida Cardoso.

Gabriel abriu a pasta. Seus olhos percorreram avidamente cada página: relatórios, anotações, registros de sessões anteriores. Histórias de fragilidade, crises emocionais, um surto registrado no ano anterior.

— Interessante, Valentim, já perdeu o controle no passado. — Um sorriso lento se formou. — Isso pode ser útil, mas como exatamente? — Ele puxou o celular do bolso e começou a fotografar cada página, uma a uma.

O som de passos apressados no corredor cortou o ar. O coração de Gabriel acelerou. Em um movimento rápido, devolveu a pasta exatamente onde estava. No instante em que a maçaneta girou, ele já estava de pé, compondo uma expressão séria.

A porta se abriu.

— Dra. Eunice? — Disse, com um tom respeitoso.

— Sim. — Respondeu a mulher, surpresa com a presença dele.

— Eu me chamo Gabriel Portugal. — Ele se acomodou na cadeira à frente dela, baixando os olhos como se buscasse forças. — Eu queria saber como faço para marcar uma sessão.

A psicóloga, movida pelo instinto profissional, sentou ao lado dele. — Querido, está tudo bem?

— Estou recebendo muita pressão esse ano... — Suspirou. — Escola nova, novos amigos... mas sinto que as pessoas não gostam de mim. Alguns alunos me olham atravessado. Não sei.

— Que alunos? — Perguntou Eunice, levemente inclinada para frente.

— Prefiro não contar. Minha situação aqui pode ficar mais complicada. — Gabriel mentiu e, dessa forma, ganhou a atenção total da psicologa.

— Gabriel, pode contar comigo. Vou respeitar seu tempo. Fale com a equipe pedagógica para marcar um horário, está bem?

— Obrigado, Dra. Eunice. — Gabriel levantou e a abraçou. Ele a olhou nos olhos, forçando uma lágrima a escorrer pelo rosto. — A senhora é um anjo.

Mas por trás de seu ombro, um sorriso se formava. Não era de gratidão. Era de triunfo.

***

O sol da tarde batia de leve no gramado do Instituto Discere. Valentim, Noah, Karla e Breno estavam espalhados no jardim, aproveitando a calmaria pós-almoço. Risos soltos, comentários dispersos e uma brisa suave acompanhavam o grupo.

Valentim continuava a se dedicar ao crochê, habilidade que aprendera com Joana, mãe de João Paulo. Embora não fosse exatamente talentoso com a agulha, a prática lhe trazia calma e ajudava a manter o foco. Além disso, ocupar as mãos com os pontos o mantinha mais atento à conversa.

Enquanto o assunto se desenrolava, João Paulo se aproximou. Ele ainda não se sentia pertencente ao grupo, mas tinha poucas pessoas para conversar.

— Boa tarde, pessoal. — Saudou ele, simpático. — A gente pode sentar aqui com vocês?

— Ainda pergunta, João... — Começou Karla, mas engasgou nas palavras. Atrás dele vinha ninguém menos que Narciso Figueiredo, o artista que até então parecia existir apenas pelas telas e revistas. O coração dela disparou ao reconhecer o rosto.

Os dois se acomodaram lado a lado no gramado. O grupo tentou manter a naturalidade, mas Valentim, inquieto como sempre, não conseguiu disfarçar. Deixou agulhas de lado e ajeitou a postura.

— Narciso, só pra avisar. — Começou ele, com um meio sorriso — Noah, Karla e Breno são teus fãs de carteirinha. Se eles parecerem ridículos ou abobalhados, nem liga.

Noah reagiu no mesmo instante, dando um tapa no ombro do namorado.

— Ai, meu pé! — Reclamou Valentim dramaticamente.

— Foi no braço. — Retrucou Noah, rindo. — Mas da próxima vez vai ser no pé mesmo.

O artista soltou uma risada calma.

— Fiquem tranquilos, eu entendo. Quando comecei também tive os meus momentos de fã. Lembro que, na época da minha primeira novela, Roda Gigante, fui entrevistado pela Ana Regina Fraga. Quando vi o Chico Macaquito, chorei igual criança. Foi um mico daqueles. — A lembrança fez o clima relaxar, arrancando risos do grupo.

Valentim aproveitou a deixa para se voltar a João Paulo.

— E me conta, como estão as coisas? Estão te tratando bem? Se acontecer algo, me fala, viu.

— Até agora, só aquele clichê de garoto pobre em escola de milionários. — Respondeu João Paulo, sincero. — Mas eu sou grato ao teu pai pela oportunidade. Valentim assentiu com seriedade, colocando a mão no ombro do colega.

— Tudo pelo meu herói. — Afirmou o jovem.

A palavra chamou a atenção de Narciso, que arqueou as sobrancelhas.

— Herói?

— Ah, não. — Resmungaram Noah e Karla ao mesmo tempo, já prevendo o que viria.

Valentim ajeitou a postura e começou com tom solene:

— Era uma noite fria...

Os amigos se morderam para não rir. Narciso, curioso, se inclinou para ouvir.

— Eu estava confuso, cheio de pensamentos, e um namorado malvado me perturbava...

— Ei! — Noah interrompeu. — Eu também não tava nada legal naquele dia.

— Com licença, a história é minha, moço. — Rebateu Valentim, fazendo careta. — Enfim, eu fui parar num parque escuro, cheio de monstros. Até que sete meliantes, fortemente armados...

— Pera, não eram quatro? — Perguntou Breno, franzindo a testa.

— Acho que eram três. — Corrigiu João Paulo.

— Dois. — Decretou Noah, cruzando os braços. — Mas continua.

— Obrigado. — Agradeceu Valentim com teatralidade. — Como eu dizia, oito homens fortemente armados apareceram e roubaram o meu tênis. Lutei bravamente, mas acabei nocauteado. E então João Paulo e a mãe dele, dona Joana — um anjo de pessoa — me resgataram e cuidaram de mim.

João Paulo abaixou a cabeça, meio sem graça, ainda acrescentou:

— O pai dele ficou tão feliz e arrependido, porque no processo todo a mamãe acabou presa...

— Foi mal. — Valentim lamentou.

— Tudo bem. — João Paulo riu, balançando a cabeça. — Enfim, o seu Victor acabou bancando meus estudos.

— Que incrível. Parabéns, João Paulo. — Narciso abriu um sorriso genuíno. — Outra pessoa teria feito pouco caso. Ele então olhou para baixo e notou a bota de Valentim. — E esse pé? Quebrou no assalto?

— NÃO!!! — gritaram todos ao mesmo tempo, em perfeita sincronia.

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