06. O acordo

Da série Eu sou novinho
Um conto erótico de Mateus
Categoria: Gay
Contém 3143 palavras
Data: 16/09/2025 13:22:35

O acordo

Aproveitei a carona do tio Murilo e convidei ele para esperar por meu noivo, isso foi por acaso e foi muito bom. Quando chegamos ao nosso quarto, liguei para Joel e informei sobre nosso visitante, ele disse que estava terminando com uma cliente e já ia, achei seco, mas sou paranoico. Era a ex dele, falando que exagerou, que ele não deveria ter mudado a fechadura, foi tio Murilo que fez isso sozinho e ainda não havia nos contado porque esqueceu, começou a namorar e esqueceu o assunto, disse que o porteiro não deixou ela chamar um chaveiro e ela estava querendo voltar pra casa.

Ele me contou que a família do tio Murilo é rica, bem rica, do tipo que usa helicóptero, eu olhei para ele e ele com os dedos disse que fez isso três vezes. Tio Murilo diz que vai voltar pra… “Pra canto nenhum, a família em que você nasceu não é a sua família, é a família em que você nasceu, só isso. Eu sou o seu irmão, esse rapaz é o seu cunhado”, eu pedi para Joel não gritar, ele chora, os dois choram. Resumindo: casaram em separação total de bens porque ele estava dando um golpe, ela nunca havia dividido uma despesa e agora isso, ela podia se virar, tudo deveria ter acabado lá atrás e não ter chegado a esse desrespeito, a essa guerra. “Acabou, eu juro que acabou, eu menti pra você hoje para não falar que ela estava no escritório e eu prometo que nunca mais vou fazer isso novamente, eu nunca menti pra ela, menti pra você hoje, mas a conversa que eu tive com ela foi toda gravada pelo circuito interno do escritório, eu posso te mostrar tudo se você quiser”. Eu não queria.

Beijei meu futuro marido, disse a ele que eu queria me casar com ele que eu quero ser só dele, tio Murilo lamentou e disse que isso era covardia, Joel gargalhou interrompendo o choro, eles se beijaram, Joel perguntou se tio Murilo não queria passar a noite conosco, foder conosco, eles se beijam novamente e Joel diz que está sentindo a distância entre os dois, eu nunca senti tanto tesão em Joel, vê-lo se derretendo de amor e implorando por sexo para outro homem era absurdo, eu não me sentia traído ou insuficiente, eu me sentia… difícil dizer como, mas eu passei a sentir tio Murilo como parte de minha vida, se Joel hoje fazia parte de minha vida, tio Murilo fazia parte de minha vida.

Tio Murilo me chamou pra mais perto e disse que me amava, de verdade, eu era um bom garoto, uma semana era pouco mas via eu como um cara batalhador, trabalhador, humilde, generoso, engraçado, inteligente, então ele secou as lágrimas e disse que eu estava transformando a pessoa mais importante da vida dele na melhor pessoa do mundo, e me beijou, depois eles voltaram a se pegar e eu queria ficar de longe vendo, mas não resisti, o pau de Joel é delicioso demais, adoro engolir ele inteiro, naquela época eu não aguentava, mas sempre fui teimoso e tentava.

Tio Murilo disse que não ia me deixar chegar perto de sua pica se eu o chamasse de tio novamente, poxa, eu ia ter de desobedecer tio Caio? Murilo bateu a pica gorda na mão e eu não ia desobedecer, Joel disse que na cama eu podia evitar o tio e depois ele ia falar com tio Caio para me liberar, Murilo passou a mão pelo meu rosto e pediu pelo menos naquela noite.

Murilo tirou a própria roupa enquanto Joel empurrava o máximo que podia de pica em minha garganta, dessa vez ele começou a me tratar como o objeto dele, soltou a minha nuca e me permitiu tossir, cuspi em sua mão como ele mandou, passou minha baba na pica de Murilo e disse para ele me fazer engasgar, aproveitou enquanto seu amigo fodia a minha boca para ficar nu, de joelhos sentado em meus próprios pés eu era pura fascinação, eu estava do lado de dois seres maravilhosos, eu implorei para eles me deixarem ver eles fazem amor, sem mim, eu queria apenas ver, Murilo e seu corpo grosso, forte e peludo, meu futuro marido e seu corpo liso, forte e parrudo, “Eu sei que vocês são um do outro e se amam e eu só tenho você, Joel, mas deixa eu dar um tapa no seu veadinho, desde que eu o vi que eu sei que ele vai curtir, ele me mata de tesão e se não for você, é ele que eu mais tenho vontade de foder.”, Joel sabia a resposta quando me perguntou, mas perguntou, eu disse sim, “Essa noite, só por essa noite, ele e eu vamos ser seus namorados, você vai ter dois homens para servir, a gente vai abusar de seu corpo, ok?”

Ele colocou gel dentro de mim, passou bastante e entrou com tudo sem qualquer preparação, como Murilo segurava minha boca e cabeça, meu grito saiu como um gemido que não iria se ouvir nem com o ouvido colado do outro lado da porta, Murilo me soltou quando meu homem martelava fundo e com vontade, segurando meus braços para trás e dizendo que não sou o primeiro a passar por isso, que eu ficasse tranquilo, nada de mal iria acontecer, eles sabiam até onde ir. Murilo me beijou como se pudesse arrancar uma confissão de minha boca com aquela força, aquela vontade, meu tesão era enorme, e por fim eu senti ele se afastar, ele mandou eu pedir por tapa, “Murilo, bate no noivinho de Joel, bate, querido”, ele mordeu e puxou o biquinho de meus mamilos, “Não faça qualquer barulho, meu veadinho gostoso”, e eu fiz isso e quase gritando eu suportei calado, que dor, que delícia, Murilo me beijou e eu chorei, do nada minha cara explode de dor, Joel me segura mas não consegue impedir que sua rola sai de meu cu foi forte.

A segunda vez, Murilo exigiu que eu me posicionasse no mesmo canto para ele bater do outro lado, e eu estava com raiva, arrependido, com medo, envergonhado, muita coisa junta, mas nada era tão grande quanto o prazer de servir aos meus dois machos, fiquei no mesmo lugar, nada conseguia fazer parar o tesão que eu estava sentindo, ele passou as mãos em meus cabelos e disse que eu era lindo, eu tremia, Murilo pergunta se eu estava mesmo a fim e eu queria, gaguejei chorando que queria receber outro tapa, e ainda não sei como foi que eu tremi tanto, nem porque eu fiquei tão animado quando ele disse que é destro e que o canhoto é meu futuro marido, ele vem pra tras de mim e me fode um pouco, eu já estava mesmo meio arrombado.

Joel me beija muitos beijinhos antes de me perguntar se eu não achava melhor desistir, mas antes de eu dizer qualquer coisa ele me acerta, “Eu precisava acertar você com a boca aberta, pra não morder a língua e se machucar. Anda, chupa meu pau.” Joel era e não era o Joel que eu conhecia, estava meio desumano, e era como se eu estivesse ao lado de dois titãs, ele me mandou sentar na poltrona, disse que eu não tinha o direito de tocar no meu pau, amarrou minhas mãos para trás com uma gravata e eu só observava aquelas coxas grossas e duras, tornozelos e panturrilhas robustos, caralhos majestosos e duros e os sacos grandes e pesados. “Eu te amo muito, muito, desde o primeiro momento em que te vi e isso só aumenta”, era Murilo quem me dizia isso olhando no fundo de meus olhos e isso me causava espanto, porém Joel parecia que estava ouvindo isso pela décima vez, “Você parece sentir por Joel algo parecido com isso que ele sente por você, e você se entrega a ele de verdade sem pedir que ele faça o mesmo contigo, você o ama e ele se sente amado de verdade, e tudo o que eu puder fazer na minha vida vai ser para garantir que vocês jamais se separem e possam viver isso que vocês sentem, eu sou muito feliz por poder estar ao lado de vocês e… Vou parar de falar me deitar na cama de teu homem e fazer ele me comer, ele vai me foder forte e gostoso e você não pode fazer nada, está amarrado e vai gozar sem tocar na própria rola.”

Foi assim mesmo que aconteceu. Do jeito como ele descreveu, os dois têm uma química absurda, e podem ser diferentes em absolutamente tudo, isso é como campo magnético oposto, causa atração, mas da cintura para baixo era apenas o tom de pele e a cor dos pelos, a quantidade de pelos, direção e sua textura, o tamanho dos ovos e do saco, o formato redondo de um cu já quase sem prega, o tamanho da pica e do capuz, tudo igual, e eles se beijando, “Segura as pernas que eu vou pegar o lubrificante, filho da puta.”, Joel pega o tubo de gel jogado no chão próximo de mim, enfia a pica na minha boca e manda eu ‘amolar a espada que vai pra guerra’, depois me beija e olha nos meus olhos, pergunta se ainda está tudo bem e se eu estou me divertindo. Ele falava sério, isso passa a ser um padrão sempre que eu quero ser masoquista, ele sempre vem checar se eu ainda estou me divertindo, se estou bem, se devemos continuar e se eu o amo.

O pau dele deslizou lentamente até sumir, eu podia ver a parte de um saco batendo no outro e onde as mãos se agarram, mas eu preferia ver os olhos presos um no do outro, os sorrisos que falavam mais que qualquer conversa, aqueles beijos de quem tem uma amizade de décadas, de quem tem uma história, de quem tem intimidade.

Porra, isso é amor, puro e simples.

Cansado de comer Murilo em frango assado, ele se acocora em cima do caralho do outro e Murilo é quem começa a foder a bunda de Joel de baixo pra cima, e isso demora, eu sinto dor nos ombros, na cara, cansaço, meu corpo sofre, mas o tesão é coisa absurda, “Veadinho, vem cá chupar o pau de teu macho vem”, eu fui, eu tinha de ir, era como respirar, eu nem sentia que obedecia, eu só fazia sem pensar, mas no meio do caminho, vendo os dois olhando pra mim e sorrindo, eu nunca mais em toda minha vida, passei por aquilo novamente, eu estava caminhando e gozei, os dois riram eram três passos e eu gozei no segundo, eles pararam e riram, me desamarraram e me puseram de quatro, mas eu não aguentei e deixei meu peito cair, usaram meu cu e foderam tanto quanto puderam, se revezaram e eu já senti isso muito e sempre, adoro ser depósito de porra de um casal de machos que se amam, tio Caio e tio Galvão, esses dois e… prometi não dar mais spoiler, então entendam que Joel e Murilo me viciaram nisso, eu era arrombado, essa é a palavra.

Murilo foi o primeiro a gozar, depois quase um minuto depois eu senti os pulsos e jatos de Joel me lavando por dentro, eu estava deitado e gozei novamente, um orgasmo quase feminino, eu tive um orgasmo entre a esporrada de um e a do outro. Não sinto nenhuma ejaculação, não é tão orgânico, é uma ausência com o que Murilo chama de um cu mandando mensagem em código morse, sim, contrações espasmódicas e desritmadas que junto com minha boca babando indica meu outro tipo de orgasmo.

Joel apaga a luz e vai para o banheiro com Murilo, escuto os dois mijando juntos na água da privada e apago, sou acordado não sei quanto tempo depois e Murilo está ajudando meu namorado a me levar para o box, Joel está nu e me dá um banho maravilhoso, eu estou cansado demais, Murilo me recebe com uma toalha seca e me enxuga, Joel se enxuga sozinho, mas me faz vestir uma cueca, “Se a gente vê essa bundinha linda… melhor te deixar descansar.” E me entrega uma tigela com uvas roxas sem caroço, Murilo se deita esparramado na cama sorrindo para mim que estou sentado no colo de Joel na mesma cama de lençois limpos e trocados.

“Murilo, eu sei que sou muito novinho, eu vou falar e não quero que nenhum dos dois me interrompa, eu sei que sou muito novinho, foi isso o que disseram meus tios, e eu respondi que se eles me dissessem para não ficar com Joel eu iria obedecer, mas eu não ia mentir, eu queria viver isso que estou vivendo agora e depois que fizemos amor pela primeira vez, não sexo, amor, depois de fazer amor com Joel pela primeira vez eu pude dizer a eles o que eu sentia, e eu sei que eu vou ter de amadurecer muito e muito rápido e ainda assim eu não vou estar no mesmo nível de maturidade que Joel tem, mas eu estou me esforçando.

“Eu sei que seu namoro com Fernando é fogo de palha, mas lhe fez bem, lhe tirou do marasmo, eu não quero que você esconda o homem sofisticado e capaz que você é para não chamar a atenção de Joel, eu não quero que você seja menos por medo de ser rejeitado. Eu disse que eu quero os dois em silêncio, até eu terminar, Joel, fique mudo, obrigado. Murilo, você vai sentar com Fernando e vai dizer quais são os planos que você tem para sua vida, Nando é parte do meu acordo com meus tios para poder casar com Joel, ter amigos mais ou menos de minha idade, e Fernando é um bom amigo, mas não quero namorar com ele, passar dois finais de semana com ele e menos ainda estar trepando com todas as inseguranças dele, e acredito que você também não, então eu quero saber se eu estou maluco, ou você não dá a mínima pra ele, mas saber que alguém gosta de você te fez fazer a barba todos os dias dessa semana e cortou o cabelo de um jeito decente?”

Murilo admitiu que eu estava certo e que era errado prolongar a história com Fernando quando ele não queria nada sério com ninguém.

“Ok, por enquanto vamos admitir que você não contou nenhuma mentira. Joel, eu quero te dizer que eu vou casar com você, que nossos planos não mudaram, mas vão ter de sofrer expansões. Murilo deseja esse lugar que estou e eu não me sinto ameaçado com isso, ele te ama, ele é maravilhoso, e eu ouvi de meu tio Galvão que parte de não querer que eu me case contigo é que eles não querem uma terceira pessoa no relacionamento deles, mas se abrissem essa possibilidade, seria você, eu quero essa possibilidade, eu quero me levantar de seu colo e beijar nosso amante secreto. Eu não quero impedir meu casamento com você com a conversa de que agora somos três, não quero magoar meu único amigo nessa cidade, ele vai ter de acreditar que as coisas aconteceram naturalmente e eu não sou um talarico, porque estou me sentindo um fura-olho; agora, Murilo, eu quero que você me diga que eu estou errado, não estou, me diga que agora você não se sente com o pior medo de sua vida, porque pode ser tão feliz como sempre mereceu ser, ou vai acabar tendo de fazer as malas e partir para qualquer lugar que não tenha lembranças de Joel.”

Eu tinha falado muito e Murilo começou a chorar suavemente e depois desesperado, quase gritando, Joel dizia que eu era menino, despejar assim tudo de uma vez, estava bravo, mas não de verdade, aos poucos Murilo se acalma comigo de um lado e Joel de outro.

“Arrombado, se hoje sou veado a culpa é sua que me ofereceu esse cuzinho quando a gente bebeu pela primeira vez, eu fiquei mal, querendo beber contigo para poder comer você novamente, eu não sabia, Murilo, me perdoa, ou melhor, eu sempre soube, mas eu tinha medo de você, de você… me ajuda, Mateus, solta as bombas e arregaça… eu era casado e tinha medo de sofrer o que você passou, eu tive medo de separarem a gente e dessa vez eu não poder te proteger, eu tive medo de admitir que eu prefiro uma foto sua que estar casado com sua prima, eu tive medo de mim, e depois veio esse desgraçado magrelo e ele é exatamente como você era quando eu te conheci, agora eu tenho dois Murilos ou dois Mateus, e eu tô fudido, porque ele tem razão, e depois de deixar tudo assim exposto, tudo as claras, o que eu quero saber é como vamos fazer o que temos de fazer, porque eu vejo Mateus com Caio e me sinto com tesão, mas sinto insegurança e ciúme também; com você eu sei que está tudo bem, porque você chegou radiante, explodindo de felicidade e disse que o amava, que eu tinha encontrado alguém perfeito, não é, Mateus é tosco e maravilhoso, exatamente como você. Me perdoa, Murilo, eu te amo, me perdoa porque eu nunca te diria isso se não fosse por Mateus.”

Não foi Murilo o primeiro homem de Joel, foi Bosco, Joel tomou uma cachaça para esquecer a burrada que fez em comer o rabo de Bosco, seu ex amigo e amante da esposa, Murilo ficou animado e bêbado, e cu de bêbado não tem dono, (ditado todo errado, não sou pró estupro, mas vocês entenderam a piada).

Ficamos muito tempo conversando e o cansaço bateu, mas estávamos cheios de adrenalina também, beijei Murilo e não era como beijar Joel, era diferente, e totalmente bom, tão bom quanto, melhor mesmo foi quando Joel se meteu no meio do beijo e foi aquele beijo triplo, isso era divino, esse era o melhor beijo, a três. finalmente relaxamos, nosso beijo a três.

Deitamos e Murilo ficou no centro, falei que iria ter de voltar a morar com meus tios, eles sabiam e fizeram o muxoxo, falei que iria trepar com meus tios e isso não os incomodou, Murilo até deu uma patolada no pau e me chamou de sortudo, falei que para sermos práticos, Murilo deveria sair da república em que vive e passar a morar no apartamento de Joel e cuidar de meu pai com Joel, meu pai ia ser minha passagem para passar mais um tempo com os dois até casar com Joel e nesse tempo… Murilo morar conosco vai se tornar natural.

Joel perguntou se eu ia arriscar tudo e falar sobre isso com meu pai, ia, eu disse que não sabia, e naquele momento não sabia, mas ia.

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