Com Você Descobri o Amor -28

Um conto erótico de AYOON
Categoria: Gay
Contém 1433 palavras
Data: 02/09/2025 07:42:42

Saíram da casa à beira-mar, a noite fresca envolvendo os dois. Edgar conduzia Elijah pelo vilarejo vizinho, guiando-o pelas ruas iluminadas por postes amarelos e pelas barracas de comida de rua. Elijah, maravilhado, olhava para cada detalhe, o nariz prendendo o aroma das comidas e os olhos arregalados a cada novidade. Ele nunca tinha visto nada assim. A vida antes de Edgar tinha sido cheia de medo, fome e privação; agora, cada passo era um mundo novo.

- Olha isso... - murmurou Elijah, apontando para uma barraca de doces brilhantes. - Nunca vi... nunca comi...

Edgar sorriu, o coração apertado de ternura. - Então vamos experimentar tudo. Sem pressa. - Ele guiou Elijah para uma barraca de espetinhos e pequenas delícias, observando o modo tímido e curioso com que o garoto pegava a comida, como se fosse um segredo precioso.

A cada mordida, Elijah parecia se abrir mais, rindo com cada surpresa, a inocência e a alegria irradiando dele. Edgar sentiu um ciúme estranho e doce, mas também uma felicidade pura: aquele momento mostrava que Elijah podia, finalmente, ser livre e viver como qualquer jovem de 22 anos, longe do medo e da dor do passado.

Enquanto caminhavam de volta para casa, Elijah, ainda segurando o último doce, se aninhava nos braços de Edgar, tímido e corado. - Obrigado... por me trazer... pra cá... - sussurrou, quase sem fôlego.

Edgar apertou-o contra o peito, sem conseguir esconder o sorriso. - Não precisa agradecer... você merece tudo isso... e muito mais.

Ao voltarem para a casa à beira-mar, a brisa noturna trazia o cheiro do mar misturado ao aroma doce dos doces que Elijah ainda segurava. Ele caminhava lentamente, exausto, os olhos ainda brilhando de encantamento, mas o corpo mostrando sinais de cansaço.

Assim que entraram, Elijah se dirigiu ao quarto, ainda segurando os doces como um pequeno tesouro, mas Edgar o acompanhou de perto, não deixando que se afastasse. O garoto se sentou na cama, os ombros caídos, e suspirou profundamente.

- Estou... cansado... - murmurou, com aquele jeitinho tímido que sempre arrancava algo do coração de Edgar. - Mas... foi tão... bom...

Edgar sorriu, aproximando-se lentamente, sentando ao lado de Elijah e passando o braço em volta de seus ombros, puxando-o para perto. - Eu sei... - disse, a voz grave e suave ao mesmo tempo. - Eu também adorei... cada segundo.

Elijah se aninhou contra o peito de Edgar, sentindo a segurança e o calor, tão diferente de tudo que conhecera antes.

Edgar pegou os doces que Elijah ainda segurava com força:

- Vou guardar esses aqui - disse Edgar, com um sorriso provocante, segurando os pequenos tesouros do garoto contra o peito. - Não se preocupe, ninguém vai mexer neles.

- O... ok... - murmurou Elijah, corando, tímido, enquanto desviava o olhar e mordia o lábio inferior. - Eu... confio em você!

- E vai continuar confiando - disse Edgar, a voz grave e rouca, carregada de malícia contida, observando o rubor subindo pelo rosto do garoto. - Agora, banho. Você precisa se refrescar.

Elijah hesitou por um instante, os olhos azuis grandes e assustados. Ainda segurava a barra da camisa com as mãos, como se fosse um escudo. - Eu... sim, vou... - respondeu finalmente, a voz trêmula.

A água quente escorria pelo corpo de Elijah, relaxando seus ombros tensos, e cada respiração do garoto parecia acentuar a inocência e a timidez que tanto encantavam Edgar. O cheiro doce do sabonete se misturava à sensação de vulnerabilidade do jovem, tornando o momento quase mágico.

Edgar, do lado de fora, cruzava os braços, mas não podia deixar de espiar discretamente, cada gesto tímido e hesitante de Elijah prendendo sua atenção. - Você está ótimo assim... - murmurou baixo, mais para si do que para Elijah, sentindo um calor inesperado subir pelo peito.

Elijah, ainda tímido, levantou os olhos, percebendo que Edgar o observava. Um rubor profundo tomou seu rosto, e ele rapidamente baixou a cabeça, escondendo o sorriso tímido, mas sem conseguir evitar um arrepio ao sentir a presença intensa e quase predatória de Edgar ali fora.

- Ok... eu... terminei - disse Elijah, saindo do banho, os cabelos molhados colando levemente na testa, e ainda corado, nervoso.

Edgar não se conteve e aproximou-se, pegando uma toalha e envolvendo Elijah, segurando-o firme contra si por alguns segundos. - Viu? Nada de errado - disse, com a voz grave, a mão acariciando os ombros do garoto. - Só eu e você aqui.

Elijah se encolheu um pouco, mas não resistiu ao calor do abraço, sentindo-se seguro e, ao mesmo tempo, incrivelmente exposto. Seus olhos brilhavam, tímidos e curiosos, enquanto Edgar segurava a toalha, mas não podia deixar de admirar cada detalhe do corpo do garoto, a suavidade da pele, a fragilidade aparente que tanto o fascinava.

Elijah saiu do banheiro devagar, os cabelos ainda molhados, a toalha enrolada na cintura de maneira descuidada. O vapor o seguia como um véu, e suas bochechas estavam rosadas pelo calor do banho.

Edgar já estava sentado na beira da cama, os cotovelos apoiados nos joelhos, o olhar fixo e faminto no garoto. O quarto iluminado apenas pela luz suave do abajur parecia conspirar para transformar cada detalhe em um convite silencioso.

— Vem cá — disse Edgar, a voz baixa, quase um ronronar, carregada de uma fome contida.

Elijah hesitou, segurando a toalha com força, e desviou os olhos. — Eu… preciso me secar… — murmurou, tímido, pegando outra toalha sobre a cadeira e esfregando-a desajeitadamente nos cabelos.

Edgar não respondeu de imediato. Apenas se inclinou para trás, os olhos atentos, seguindo cada movimento desajeitado e inocente, como se estivesse hipnotizado. A forma como Elijah mordia o lábio, como sua pele clara brilhava ainda úmida, como o tecido escorregava perigosamente pela cintura… tudo fazia o sangue de Edgar ferver.

Elijah, sentindo-se observado, corou ainda mais. — P-por que… está me olhando assim? — perguntou, a voz baixa, quase um sussurro.

Edgar sorriu, lento e predador, apoiando-se com uma das mãos na cama, inclinando-se levemente para frente. — Porque você é a coisa mais linda que já vi… — disse, com sinceridade crua, sem esconder o desejo.

Elijah apertou a toalha contra o peito, o coração disparado, sem saber onde enfiar os olhos. Sua inocência apenas aguçava ainda mais a fome de Edgar, que continuava observando cada gesto, cada tremor tímido do garoto.

— Não… fala assim… — Elijah balbuciou, a voz trêmula, recuando meio passo, mas sem realmente fugir.

Edgar deixou escapar um riso baixo, rouco, carregado de desejo. — Então não me provoque… — respondeu, os olhos escuros queimando, como se estivesse a ponto de perder o controle.

O ar entre eles ficou pesado, carregado de tensão. Elijah continuava a se secar, desajeitado, a toalha deslizando perigosamente sobre a pele exposta, enquanto Edgar, imóvel na beira da cama, parecia devorar cada detalhe com os olhos, como um predador que saboreia a espera antes do ataque.

Elijah respirava rápido, o corpo denunciando seu nervosismo, mas também a estranha excitação que crescia dentro dele.

Edgar, já sem conseguir disfarçar, umedeceu os lábios e murmurou num fio de voz: — Você vai me enlouquecer desse jeito…

Elijah se virou de lado, tentando disfarçar o rubor do rosto enquanto passava a toalha pelos ombros. O tecido escorregava, deixando à mostra parte de sua clavícula e do peito úmido. Edgar acompanhava cada movimento como um lobo esfomeado que esperava o momento certo para atacar.

— Vai se deitar — murmurou Edgar, num tom baixo que mais parecia uma ordem.

Elijah piscou, confuso. — Mas… eu ainda…

Antes que pudesse terminar a frase, Edgar já estava de pé, tomando-lhe a toalha das mãos. Largou-a no chão sem se importar e agarrou o queixo de Elijah com firmeza, forçando-o a encará-lo.

— Eu disse… vai pra cama — repetiu, os olhos faiscando, a respiração pesada.

Elijah engoliu em seco, o coração martelando no peito. O jeito autoritário de Edgar o deixava nervoso, mas ao mesmo tempo o corpo respondia com uma ansiedade quente, difícil de controlar. Ele deu alguns passos vacilantes até a beira da cama e sentou-se, tentando cobrir-se com a toalha ainda enrolada.

Edgar se aproximou lentamente, tirando a própria camisa no caminho, revelando o peito definido, ainda úmido do banho anterior. Sentou-se ao lado, mas em seguida o empurrou de leve, fazendo Elijah se deitar de costas.

A toalha escorregou mais um pouco. Elijah arregalou os olhos, tentando puxá-la de volta, mas Edgar segurou seus pulsos contra o colchão, imobilizando-o.

— Não esconda de mim — sussurrou no ouvido dele, a voz carregada de desejo. — Eu quero ver tudo.

Elijah gemeu baixinho, o corpo tremendo sob o peso das mãos firmes de Edgar. Seus olhos azuis brilhavam de vergonha e excitação.

— E-Edgar… eu não sei… — murmurou, tentando desviar o rosto.

— Então deixa que eu te ensino… — respondeu Edgar, antes de capturar os lábios dele num beijo profundo, urgente, faminto.

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