Champanhe Estourado

Um conto erótico de Alessandro
Categoria: Heterossexual
Contém 2502 palavras
Data: 09/09/2025 20:54:12

Eu sou Alessandro, mas o pessoal me chama de Lê. Aos 19 anos, eu era um moleque com sangue nos olhos, morando com minha mãe no Jardim Infante Dom Henrique, um bairro de Bauru onde as casas coladas e as paredes finas entregavam qualquer segredo. Minha vizinha era Adriana, a Drica, 23 anos, uma mulher que bagunçava a cabeça de qualquer um. Cabelos cacheados caindo em ondas, pele morena brilhando no calor do interior, curvas que transformavam uma saia jeans em pura provocação. Ela morava sozinha com a filha pequena, numa casinha a poucos metros da nossa. O pai da menina, um traficante que não merece citação, sumiu cedo, deixando Drica para se virar. E ela se virava bem — tinha um emprego fixo na administração de uma loja no centro e uma força que me impressionava.

Eu, solteiro e com fama de pegador, não conseguia desviar o olhar. Começou com papos no portão, eu jogando conversa fora, ela respondendo com um sorriso que misturava graça e malícia. “Tá sempre na rua, Lê? Não cansa de correr atrás de confusão?”, ela dizia, rindo, ajeitando o cabelo com um gesto que me fazia engolir seco. Eu retrucava: “Confusão? Só se for tentar te acompanhar, Drica.” O ar entre a gente sempre ficava denso, carregado de um desejo que não precisava de explicação.

Uma noite, depois de uns papos mais ousados, ela me chamou para dentro. A filha estava dormindo no quarto, e Drica trancou a porta, me puxando para o sofá. “Chega de enrolação, Lê,” ela sussurrou, os olhos faiscando como brasa. O beijo veio como um trovão, línguas se enroscando, o gosto de cerveja gelada e gloss de morango na boca dela. Minhas mãos foram direto para a bunda dela, apertando firme por cima do shortinho jeans que mal cobria as coxas grossas. O tecido áspero roçava meus dedos, e ela gemeu baixo, mordendo meu lábio: “Tá com fome, é?”

Desci o short, revelando uma calcinha preta já úmida, o cheiro dela – um misto de perfume doce e tesão puro – me deixando zonzo. Beijei o pescoço dela, sentindo a pele quente e salgada, e arranquei o sutiã, chupando os mamilos duros enquanto ela arqueava as costas, o cabelo roçando o encosto do sofá. “Me deixa pelada, Lê, vai logo,” ela mandou, a voz rouca, quase um ronronar. Ela puxou minha camiseta, as unhas riscando meu peito enquanto abria minha calça. Meu pau estava duro, pulsando, e quando ela o segurou, apertou com força, rindo: “Nossa, Lê, isso aqui é encrenca.”

Ela se ajoelhou, me chupou com uma calma que era quase tortura, a boca quente e molhada subindo e descendo, a língua traçando cada veia com precisão. Eu gemia, segurando os cachos dela, o calor subindo como fogo pelo corpo. “Você é uma delícia, Drica,” murmurei, puxando ela para cima. Joguei-a no sofá, abri as pernas e mergulhei na buceta dela, lambendo o mel que escorria, chupando o clitóris inchado. As coxas dela tremiam, apertando minha cabeça: “Caramba, Lê, lambe mais, me faz explodir!”

Meti dois dedos, sentindo ela apertar, quente e escorregadia. Ela gozou rápido, o corpo convulsionando, gemendo alto o suficiente para acordar o bairro. “Me fode agora, não aguento,” ela pediu, ofegante, os olhos meio fechados. Subi, meti devagar, sentindo a buceta apertada me engolir. Ela cravou as unhas nas minhas costas, as pernas enroscadas na minha cintura. “Mais forte, Lê, me quebra.” Meti com força, o som dos corpos batendo misturado com o rangido do sofá, o suor dela molhando minha pele, o cheiro de sexo e perfume doce tomando o ar. Gozei dentro dela, um jorro quente que me fez tremer, enquanto ela gozava de novo, gritando meu nome, o cabelo úmido grudado no rosto.

Desabamos, suados, rindo. Ela acendeu um cigarro, a fumaça subindo em espirais. “Você é bruto, Lê. Mas isso é só isso, tá? Só prazer.” Concordei. Não era amor, era fogo puro. Viramos amigos com benefícios, transando na casa dela ou na minha, com minha mãe fingindo não ouvir os gemidos. Os vizinhos sabiam, mas ninguém se metia. Eu saía com outras mulheres, e Drica só queria um alívio de vez em quando. E eu dava, com vontade.

Vinte Anos Depois

Vinte anos passaram num piscar. Eu estava com 39, engenheiro de produção, trabalhando numa fábrica de injeção plástica na Vila Industrial, um canto de Bauru onde o cheiro de polímero quente grudava na roupa. A vida estava estabilizada – casa própria no Jardim Bela Vista, carro quitado, uma rotina que não surpreendia. Drica virou uma memória quente, mas distante, como um filme que você curte, mas não revê. A gente se cruzava às vezes no mercado ou na feirinha da Getúlio Vargas, só acenos e sorrisos rápidos. A filha dela era só uma sombra vaga na minha cabeça, uma criança que eu mal notava na época.

Aí chega uma estagiária no setor de tratamento químico, estudante de engenharia química da Unesp. Katiely, linda, uns 23 anos, com um corpo que parecia um eco da Drica – o mesmo sorriso safado que fazia o coração acelerar, olhos que pareciam guardar segredos, curvas que enchiam o uniforme de trabalho de um jeito que me deixava sem chão. Meu pau reagiu na hora, mas não era só isso. Algo nela me puxava para o passado, como se Drica tivesse voltado, mais jovem, mais firme, com a mesma energia que me desmontava. Coloquei na cabeça que precisava ter essa mulher, mas tinha que ir com cuidado. Eu era supervisor, ela, estagiária.

Fui na calma. Dava suporte técnico, explicava os processos de tratamento químico com paciência, apontava os detalhes das fórmulas no laboratório. “Você pega rápido, isso é raro,” eu dizia, e ela sorria, aquele sorriso que me fazia lembrar Drica no portão, ajeitando o cabelo. “Você é um chefe que explica bem, Lê. Não sei o que faria sem essa ajuda,” ela respondia, o tom sempre educado, mas com um brilho nos olhos que me bagunçava. A gente começou a se aproximar, trocando ideias sobre corrosão de moldes, rindo dos prazos insanos da fábrica, até debatendo artigos da área química que ela trazia da faculdade.

Não demorou para ela ser cotada para a supervisão da pintura, com um adicional como responsável técnico – um salto grande para uma estagiária. Um dia, ela me puxa de lado no corredor da fábrica, o cheiro de solvente pairando no ar. “Lê, você me botou nesse jogo. Como eu posso te agradecer por tanto apoio?”

Sem pensar muito, solto: “Vamos sair, comemorar, estourar um champanhe.” Não fazia ideia do que a gíria significava. Ela ri, balançando a cabeça. “Champanhe com você? Não rola, chefe.”

“Por quê? Somos mais que colegas, somos parceiros,” digo, confuso, mas sentindo o clima esquentar.

Ela se aproxima, o olhar travesso: “Convidar uma mulher para estourar champanhe é chamar pra transar, Lê. Estourar é... sabe, o gozo explodindo.” Ri alto, e eu fico vermelho, mas não resisto e rio junto.

“Caramba, me desculpa, não foi a intenção!” digo, tentando me recuperar.

Ela cruza os braços, fingindo se ofender: “O quê? Eu não sou atraente o suficiente para isso?”

Corto na hora, o coração batendo forte: “Você topa ou não sair para comemorar? Sem champanhe, juro.”

Ela sorri, aquele sorriso que me lembra Drica. “Tô dentro. Sexta?”

A Noite da Comemoração

Sexta chegou, e marcamos num barzinho no centro, perto da Avenida Nações Unidas, onde as luzes dos postes misturavam-se com o neon dos letreiros. Cheguei primeiro, de jeans e camisa social, tentando não parecer o cara que passa o dia no chão de fábrica. Ela aparece e, nossa, um arraso. Vestido preto, curto, colado, marcando as coxas grossas e o decote que pedia atenção. Maquiagem leve, mas os lábios vermelhos pareciam um convite vivo. Brinco: “Caramba, tô parecendo um peão do chão de fábrica do seu lado.”

Ela ri, tocando meu braço – um toque que já me deixa ligado. “Você tá ótimo, Lê. Um homem com presença, como deve ser. Vamos tomar uma?”

Sentamos numa mesa no canto, pedimos cervejas geladas, a garrafa suando no calor. A conversa flui – ela fala da pressão da faculdade, dos professores que cobram papers impossíveis, e eu conto causos da fábrica, como a vez que um molde entupiu e atrasou a produção por dois dias. “Você me salvou, Lê. Aquelas fórmulas de tratamento químico são um pesadelo,” ela diz, os olhos brilhando sob a luz amarelada do bar. Eu sorrio, o tesão crescendo. “Você é brilhante. E, olha, esse jeito de falar, de se mexer... parece uma mulher que conheci há muito tempo.”

Ela se inclina, o decote me chamando. “Uma mulher especial, é? Conta mais.” O tom é provocador, e o ar fica pesado, elétrico.

“Uma mulher que sabia o que queria,” digo, meu olhar preso no dela. “Como você.”

A cerveja vira chope, o chope vira caipirinha, e o álcool solta a gente. Ela ri de uma piada minha, a mão roçando a minha na mesa, o toque quente como brasa. “Sabe, Lê, às vezes a gente precisa comemorar de verdade. Não só com bebida.”

“Com o quê, então?” pergunto, meu dedo roçando o dela, o coração disparando.

Ela morde o lábio, o olhar dizendo tudo. “Algo que faz o sangue ferver. Mas com calma, para sentir cada instante.” A indireta é um fósforo na gasolina. Minha mão cobre a dela, aperto de leve. “Que tal levar essa comemoração para um lugar mais reservado? Um motel ali na Getúlio?”

Ela hesita, mas os olhos gritam sim. “Tá bom, Lê. Vamos.”

O Fogo no Motel

No carro dela, ela dirige, e minha mão já tá na coxa dela, sentindo a pele quente sob o vestido, o tecido macio deslizando sob meus dedos. Chegamos num motel discreto na Getúlio Vargas, suíte com luz vermelha e espelhos no teto. Mal fecho a porta, nossas bocas colidem. Beijo quente, línguas brigando, o gosto de caipirinha e desejo na boca dela. Aperto a bunda dela, firme, o tecido do vestido roçando meus dedos, e ela geme no meu ouvido: “Tira esse vestido, Lê, agora.”

Puxo a roupa devagar, revelando lingerie preta que abraça cada curva. Seios fartos, bunda empinada. Ela rasga minha camisa, abre o cinto com pressa. “Você é gostoso, Lê. Mais velho, mas com um fogo que não explica,” ela diz, a voz baixa, quase um sussurro. Ela se ajoelha, libera meu pau, duro como pedra, e chupa devagar, a boca quente e úmida me envolvendo, a língua dançando com uma precisão que me faz gemer. Uma mão nos cabelos dela, outra apertando os seios por cima do sutiã. Tiro a lingerie, chupo os mamilos rosados, sentindo o perfume doce misturado com o suor fresco dela, a pele quente sob minha língua.

Jogo ela na cama, abro as pernas. Lambo a buceta por cima da calcinha, o mel já escorrendo, o cheiro dela me deixando louco. “Que delícia. Toda molhada para mim,” digo, a voz rouca. Ela arqueia as costas: “Chupa, Lê, me faz gozar com essa boca.” Tiro a calcinha, enfio a língua fundo, chupando o clitóris inchado, dedos entrando e saindo, sentindo ela apertar. Ela goza rápido, tremendo, gritando meu nome, as coxas apertando minha cabeça, o cabelo úmido colado no travesseiro.

Ela me puxa, monta em mim. Meu pau desliza na buceta apertada, quente. “Devagar... que tesão de pau,” ela murmura, cavalgando lento, os seios balançando, a luz vermelha refletindo na pele suada. Aperto a bunda dela, dou palmadas leves, o som ecoando com o rangido da cama. Viramos de lado, eu por trás, metendo forte, uma mão no clitóris, outra nos seios. “Fode mais, Lê, me rasga,” ela pede, gemendo alto. O suor escorre, o cheiro de sexo e perfume tomando o quarto, o ar quente e pesado.

No missionário, coloco as pernas dela nos meus ombros, metendo fundo, batendo no fundo. “Vai, Lê, estoura essa champanhe dentro de mim.” Não aguento — gozo forte, jorrando porra quente, enquanto ela goza de novo, apertando meu pau com as contrações, o corpo tremendo sob o meu, o cabelo espalhado no travesseiro como uma auréola escura.

A Descoberta

Na manhã seguinte, tomamos café num boteco simples na Nações Unidas, o cheiro de pão na chapa misturado com o resto da noite na nossa pele. Estamos rindo, relaxados, quando ela pega o celular e rola o feed do Facebook. “Olha, Lê, minha mãe. Adriana, mas chamam de Drica. O que acha dela?”

A foto me atinge como um murro. É ela. O mesmo cabelo cacheado, o mesmo sorriso safado, os mesmos olhos que me desmontavam vinte anos atrás. A estagiária é a filha da Drica. Katiely é a filha da Drica. A lembrança bate como uma bomba. Comi a filha da minha ex-amiga. Meu estômago vira, o café quase desce errado, mas mantenho a calma. “Linda. Parece com você,” digo, a voz quase tremendo. Ela ri, sem perceber nada, e muda de assunto, falando de um show que vai rolar na cidade. O nome que ela sempre me disse, Katiely, de repente ganha o rosto de uma criança que eu mal via.

Nos dias seguintes, eu fujo. Evito Katiely na fábrica, invento reuniões, saio mais cedo. O choque me consome — o passado voltou para me zoar. Fazia anos que Drica era só uma lembrança quente, e a filha dela, uma criança que eu mal via. Como eu podia ter suspeitado?

Uma noite, recebo uma mensagem no WhatsApp. É Drica: “Lezinho, que loucura, hein? Katiely me contou de vocês. O destino é danado. Cuida bem dela, tá? A gente se fala.” O tom é leve, mas sinto um toque de algo mais — talvez diversão, talvez uma pontada de ciúme. Não dá para saber. Respondo: “Drica, juro que não sabia. Foi sem querer. Mas agora é só amizade.”

Amigos e Caminhos Separados

Katiely e eu continuamos nos vendo na fábrica, mas o clima mudou. As conversas, que antes tinham um tom de flerte, agora são sobre trabalho, processos químicos, planos para a carreira. Um dia, ela me chama para almoçar na cantina da fábrica e conta que está estudando para a certificação em gestão de resíduos. “Você me inspirou, Lê. Sempre tão focado, tão prático,” ela diz, cortando um pedaço de bife com precisão. Eu sorrio, orgulhoso, mas mantenho o tesão do passado trancado. Rimos de piadas sobre os chefes, trocamos ideias sobre otimizar o fluxo do setor, debatemos até um artigo que ela leu sobre reciclagem de polímeros. A conexão é real, mas o fogo do motel ficou lá.

Ela é brilhante, e não demora para uma multinacional em São Paulo oferecer um cargo de supervisão sênior. Katiely aceita, e na despedida da fábrica, me abraça forte, o perfume dela ainda trazendo um eco do passado. “Você foi o melhor chefe, Lê. E um amigo daqueles.” Eu fico na fábrica, lidando com moldes, prazos e o cheiro de polímero. A gente se fala por mensagem, troca memes, marca um almoço quando ela vem a Bauru visitar a família. Cada um segue seu caminho, mas o laço fica — um calor na memória, uma amizade que não pesa.

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