O jantar ficou esquecido. Eles se sentaram juntos no sofá, Elijah no colo de Edgar, e cada toque, cada risada contida, cada olhada trocada, reforçava a intimidade crescente entre eles. Edgar sentia o desejo crescer.
Não só isso Elijah podia sentir a excitação de Edgar,e com um impulso firme Edgar levantou erguendo Elijah nos braços em direção ao quarto.
As luzes fracas do abajur era aconchegante,e nada poderia estragar aquele momento.
Calmante Edgar colocou Elijah na cama e o beijando pressionava seu membro ereto contra o jovem,que gemia ente os beijos e afagos.
Edgar não podia mais se conter,beijava Elijah com sede e suas mãos eram firmes apertando a cintura e coxa do garoto.
-Ed..Edgar...
Edgar levantou o corpo diminuindo a pressão entre os dois.
Os olhos de Edgar pousaram nos de Elijah e em tom de preocupação e uma certa agitação
-Me desculpa....fiz algo errado? Eu...eu...
Elijah riu como uma criança antes de responder:
-Você é pesado!
Edgar ficou alguns segundos em silêncio, surpreso com a resposta. O cenho franzido se desfez num riso baixo e contido, quase incrédulo. Elijah, por sua vez, gargalhava como se tivesse acabado de pregar uma peça.
- Então é isso? - Edgar balançou a cabeça, passando a mão pelo rosto como quem tentava se recompor. - Eu aqui, achando que tinha te machucado, e você...
- Você é pesado mesmo! - Elijah completou, ainda rindo, tentando esconder o rosto atrás das mãos.
Edgar segurou os pulsos dele e afastou as mãos, forçando o garoto a encará-lo. Seus olhos azuis brilhavam no quarto iluminado apenas pelo abajur.
- Você é impossível... - disse Edgar, agora sorrindo de um jeito que só Elijah conseguia arrancar dele.
- Eu gosto quando você sorri assim... - murmurou Edgar, sério de repente. - É como se eu estivesse vendo você pela primeira vez.
Elijah engoliu em seco, a risada morrendo aos poucos, substituída por um olhar curioso e carinhoso. Seus dedos deslizaram timidamente pelo rosto de Edgar, tocando a barba rala, sentindo a firmeza e o calor da pele.
- Então... me olha sempre - disse Elijah, com a simplicidade de quem não sabia esconder o coração.
Edgar fechou os olhos por um instante, deixando o toque dele invadir cada parte de si.
Elijah desajeitado subiu as mãos pelo peito de Edgar,enrolado seus braços nos ombros dele.
- Edgar...apague as luzes - pediu Elijah
Porém Edgar negou-se,queria vê-lo e devorar cada pedaço de Elijah,que estava ali entregue.
Edgar lentamente ergueu o corpo de Elijah o despindo da camisa que impedia ele de tocar a pele de seu pequeno amado.
Os olhos de Elijah estavam vivos,brilhantes e fixos em cada movimento de Edgar.
Elijah podia ver sob a luz o corpo já semi nu de Edgar e isso o fez corar.
- Olhe para mim!- ordenou Edgar
Elijah assentiu com a cabeça,a postura dominante de Edgar era uma mistura de emoções.
Edgar desceu as mãos pelo corpo de Elijah,causando arrepios ao jovem,um beijo suave fora depositado em sua barriga,fazendo Elijah gemer baixinho.
Oque fez Edgar sorrir,suas mãos desceram até a virilha de Elijah que se encontrava também duro.
Edgar o acariciou gentilmente, com maestria agarrou a cintura do jovem o girando na cama o fazendo ficar de bruços.
Edgar subiu beijando os ombros do garoto até chegar em sua nuca,pressionando seu membro rijo dento da cueca contra a bunda de Elijah.
-Ed...Edgar,por favor! -Implorava o rapaz com um gemido sutil e urgente.
Com uma das mãos Edgar alcançou o pênis de Elijah e iniciou movimentos leves e compassado,fazendo Elijah se contorcer.
-Relaxa...eu não vou te machucar!- afirmou Edgar tranquilizando o rapaz.
Edgar sentiu que Elijah não aguentaria muito tempo,ele solta a mão que antes envolvia Elijah e alcança a gaveta na cômoda de cabeceira,retirando um vidro transparente.
Elijah ainda estava ofegante,mas olhou preocupado.
-Isso vai ajudar,pra que não te machuque...tudo bem?
Com o sinal de Elijah,Edgar pressiona o dedo lambuzado pelo óleo contra Elijah que geme num misto de dor e prazer.
As coisas se intensificam e Edgar sabia que o jovem estava pronto,sem dificuldade ele pressionou seu membro rígido para dentro do garoto lentamente,sentindo-se cada vez mais a beira da loucura.
Elija era quente,apertado e frágil,com movimentos suaves seus corpos roçavam um no outro,misturando o cheiro doce de Elijah ao suor de seus corpos.
Elijah ofegava e gemia enquanto Edgar deliciava-se com a imagem que seus olhos faziam questão de gravar.
O ritmo aumentava gradualmente e como uma choque de 220 volts o prazer incontrolável atingiu os dois,fazendo com que elijah ofegasse ainda mais e Edgar soltar uma espécie de rugido alto e rouco.
Seus corpos suados caíram a cama e Edgar delicadamente puxou Elijah para seu peito.
E em meio ao som de suas respirações Edgar em tom preocupado olha pra Elijah e pergunta:
-Tá Tudo bem? Machuquei você?- O rosto vermelho de Elijah fazia Edgar querer sorrir.
-E...eu estou bem... -respondeu ele envergonhando afundando o rosto no peito de Edgar.
Edgar ainda sentia o coração acelerado, o corpo quente e o peso da respiração entrecortada de Elijah sobre seu peito. O garoto parecia exausto, os olhos azuis semicerrados, lutando contra o sono, mas o sorriso envergonhado ainda estampado em seus lábios denunciava a plenitude que sentia.
Edgar beijou-lhe a testa, permanecendo alguns minutos apenas ouvindo o ritmo desacelerado da respiração de Elijah. Logo, ele o sentiu relaxar completamente, entregue ao sono.
Com cuidado, como se o mundo pudesse desabar com um movimento brusco, Edgar o deitou na cama, ajeitando os lençóis sobre o corpo nu e vulnerável do rapaz. Passou os dedos pelos fios macios do cabelo dourado, demorando-se ali, gravando cada traço, cada detalhe.
- Meu pequeno... - sussurrou, baixinho, antes de se levantar.
O corpo de Edgar ainda ardia, não apenas pelo desejo consumado, mas pela emoção. Ele caminhou até o banheiro, abriu o chuveiro e deixou a água quente escorrer pelos ombros largos, lavando o suor, o sal da pele e o peso de tudo que havia guardado por anos. Pela primeira vez, ele não se sentia sozinho.
Encostado na parede fria de azulejo, Edgar fechou os olhos. Um sorriso involuntário surgiu ao lembrar dos gemidos tímidos, da forma como Elijah havia se entregue a ele sem reservas, e da doçura misturada à intensidade daquela noite.
Era mais que sexo. Era amor. Um amor que o desarmava, que o transformava e que agora lhe dava um motivo para respirar diferente, para pensar no amanhã com esperança.
Depois de se recompor, enrolou-se numa toalha e voltou para o quarto. Elijah continuava adormecido, o rosto sereno, os lábios entreabertos, abraçado ao travesseiro como se fosse ele. Edgar aproximou-se em silêncio, deitou-se ao lado e puxou-o para seus braços.
Elijah resmungou algo inaudível, mas instintivamente se enroscou nele, como quem procura refúgio.
Edgar o envolveu com firmeza e fechou os olhos, decidido: nunca mais permitiria que o medo ou o mundo os afastassem.
Ali, naquela casa de frente para o mar, começava a vida deles.
A primeira luz da manhã entrava tímida pelas cortinas claras do quarto, desenhando linhas douradas sobre os lençóis amarrotados. O som distante das ondas quebrando na praia completava a atmosfera calma daquele novo lar.
Elijah foi o primeiro a se mover. Ainda sonolento, abriu os olhos devagar e encontrou o peito nu de Edgar diante de si. O cheiro quente e masculino ainda impregnava os lençóis, e por um momento ele apenas ficou ali, deitado, escutando os batimentos firmes do coração do homem que o segurava durante toda a noite.
Um sorriso preguiçoso escapou de seus lábios. Elijah se espreguiçou como um gato, roçando a perna nua na de Edgar, que suspirou baixo sem abrir os olhos.
- Bom dia... - Elijah murmurou, manhoso, apoiando o queixo no peito de Edgar.
- Bom dia, pequeno - Edgar respondeu com a voz grave e rouca do sono, entreabrindo os olhos.
Elijah riu baixinho, corando ao lembrar da noite anterior. Seus dedos traçaram círculos desajeitados na pele de Edgar, brincando com a barba rala.
- Eu... eu ainda tô sentindo você... - disse ele em tom inocente, quase um sussurro envergonhado.
Edgar ergueu uma sobrancelha, o sorriso malicioso surgindo antes mesmo da resposta:
- É mesmo? - acariciou-lhe os cabelos, puxando-o mais para perto. - Então quer dizer que eu marquei você de verdade.
Elijah escondeu o rosto no pescoço dele, resmungando entre risos. - Para... não fala assim... você me deixa com vergonha.
Edgar soltou uma risada baixa, apertando o corpo do garoto contra o seu. - E eu adoro quando você fica com vergonha.
O silêncio voltou por alguns segundos, apenas o som do mar e a respiração tranquila dos dois. Elijah levantou os olhos azuis, ainda meio marejados do sono, e disse:
- Ontem foi... a coisa mais importante da minha vida. - Sua voz era sincera, sem nenhuma hesitação.
Edgar sentiu o peito se apertar. Não respondeu de imediato; apenas segurou o rosto de Elijah com ambas as mãos e o beijou devagar, com ternura, como quem jura em silêncio que não vai soltar jamais.
Depois do beijo, Edgar se levantou da cama, esticando os músculos fortes, enquanto Elijah o seguia com os olhos brilhando de admiração.
- Onde você vai? - perguntou o loiro, ainda deitado, com uma pontinha de ciúme na voz.
- Fazer café pra você. - Edgar sorriu de canto. - Mas, se quiser, pode vir me ajudar... ou ficar aí, manhoso, esperando como um príncipe.
Elijah riu alto, jogando o travesseiro contra ele. - Eu não sou manhoso!
- É sim - rebateu Edgar, pegando o travesseiro e jogando de volta. - E eu gosto disso.
O quarto se encheu de risadas, e pela primeira vez em muito tempo, o peso que antes dominava Edgar parecia ter desaparecido completamente.