Narrador: Lucas
O relógio marcava 10h17 quando recebi a primeira mensagem dela.
“Caio elogiou meu vestido. Disse que o vermelho combina com meu jeito provocante.”
Provocante. Ela nunca usava essa palavra.
Respondi com um emoji de fogo. E um: “Ele não faz ideia do que tem por baixo.”
Ela visualizou. Não respondeu.
Imaginei a cena: Helena entrando na sala de reunião, o vestido justo, o andar firme. Caio sentado à esquerda, com aquele olhar que ela já tinha me descrito — direto, curioso, como quem quer decifrar um segredo.
Ela se senta. Cruza as pernas. O vestido sobe um pouco.
Ele nota.
Caio começa a apresentar os slides, mas seus olhos desviam. Ela percebe. Sorri.
No meio da reunião, ela manda outra mensagem:
“Ele deixou cair a caneta. Pegou devagar. Olhou pra mim como se soubesse. ”
Eu estava em casa, mas sentia como se estivesse lá. Meu pau ficou duro na hora.
“Você tá molhada?” — escrevi.
Ela demorou. Depois veio uma foto.
Um close do decote, com a legenda: “E sem calcinha.”
Meu coração disparou.
Caio não sabia. Mas eu sabia.
E isso me deixava louco.
🖥️ Flor em Chamas — Parte 2: O Jogo Começa (Versão Helena)
Narradora: Helena
Entrei na sala de reunião com o coração acelerado. Não era pela apresentação. Era por ele.
Caio estava lá, como sempre: camisa preta, mangas dobradas, aquele sorriso que parecia saber mais do que dizia.
Sentei à esquerda dele. Cruzei as pernas devagar. O vestido subiu um pouco. Senti o ar tocar minha pele nua.
Ele desviou o olhar. Mas não rápido o suficiente.
— Esse vestido é... provocante — ele disse, quase num sussurro.
— Você já disse isso — respondi, sem olhar diretamente.
Mas por dentro, eu tremia.
A reunião seguiu. Slides, números, metas. Mas eu não ouvia nada. Só sentia.
A cada vez que ele se inclinava pra mexer no notebook, seu braço roçava o meu.
Em certo momento, ele deixou cair a caneta. Pegou devagar. Olhou pra mim.
Eu sorri.
Meu celular vibrou. Era Lucas.
“Ele já percebeu?”
Digitei escondida, com o coração na garganta:
“Ele tá tentando disfarçar.”
Lucas respondeu com um emoji de fogo.
Aquele fogo agora ardia entre minhas pernas.
Quando a reunião terminou, Caio me acompanhou até a porta.
— Você tá diferente hoje.
Nessa hora fiquei molhadinha, minha buceta ficou cheia de tesão.
— Diferente como?
— Mais solta. Mais... perigosa.
Sorri.
— Talvez eu esteja.
E saí.
No elevador, sozinha, tirei uma selfie. Decote, batom, olhar.
Mandei pra Lucas.
“Só pra você.”
Mas eu sabia que não era só pra ele.
E isso me deixava viva.