Entre um encontro e outro, o ritmo da vida pesava. Faculdade, treinos, noites viradas… Lorenzo carregava tensão acumulada no corpo, o suficiente para treinar errado e sentir uma leve dor na coxa, que se arrastou por alguns dias. Bárbara, uma amiga próxima, percebeu e comentou:
— Você precisa resolver isso logo, pode ficar pior. Por que não procura um massoterapeuta?
— Ah, eu não acho que isso vai ajudar. Esse povo só quer o nosso dinheiro — Lorenzo disse.
— Não acho. Às vezes eu faço e gosto muito. Dá uma olhada na internet.
A ideia pareceu inofensiva no começo. Uma massagem, talvez alguma sessão de relaxamento. Lorenzo não resistiu: marcou horário numa clínica discreta no centro da cidade.
Chegou alguns minutos antes do horário. O prédio era simples, mas bem cuidado, com cheiro de óleos no ar e música ambiente suave. Na recepção, deu o nome, preencheu uma ficha rápida e foi conduzido até a sala.
O espaço era iluminado por luz amarelada, cortinas fechadas, uma maca no centro. No canto, prateleiras com toalhas dobradas, frascos de óleos e uma poltrona confortável. André Vasconcelos o esperava ali: alto, moreno claro, braços fortes marcando por baixo da camiseta preta sob o jaleco.
— Lorenzo, né? — disse com voz calma, firme. — Pode tirar a roupa, vamos começar devagar.
Lorenzo assentiu, deixando os pertences num canto, já analisando o ambiente com aquele olhar atento e provocador de sempre.
André pediu para que ele se deitasse de bruços na maca. Colocou uma toalha sobre a cintura, aqueceu um pouco de óleo nas mãos e começou os movimentos.
Os dedos percorreram lentamente os ombros, deslizando pelo trapézio até as costas. A pressão era firme, mas a mão parecia explorar mais do que apenas músculos tensos. Lorenzo soltou um suspiro baixo.
— Tá com bastante tensão aqui… — André comentou, os dedos descendo mais. — Deve passar muito tempo na academia.
— Academia, algumas noites mal dormidas… — Lorenzo respondeu, com o rosto apoiado. — Tenho andado no limite.
— Aqui você pode soltar tudo. — André disse em tom sugestivo, pressionando mais forte.
Lorenzo abriu um sorriso de canto, escondido pelo apoio da maca. Já tinha percebido o jeito que o massoterapeuta deixava os dedos roçarem além do necessário, tocando no limite da toalha.
André continuou massageando a coxa de Lorenzo, que arfava com uma mistura de dor e alívio. O massoterapeuta tentava se concentrar no trabalho, mas seus olhos inevitavelmente deslizavam para a cena diante dele: a bunda empinada, a cintura fina, os ombros largos. O cheiro de perfume doce da pele de Lorenzo misturado ao aroma floral do óleo só aumentava a tentação.
A respiração de André ficou mais pesada. O volume crescia, pressionando contra a cueca, a ponto de doer. Babava em silêncio, lutando contra a vontade de ir além. André já tinha visto muitos homens e mulheres com corpos lindos, mas, de alguma forma, Lorenzo o atiçava demais.
Seus dedos começaram a explorar mais, descendo das coxas para a curva da bunda. A massagem já não era apenas técnica. Um toque deslizou pela lateral, depois outro, cada vez mais ousado, até roçar discretamente o centro.
Lorenzo reagiu de imediato: arqueou as costas, empinando ainda mais. Um suspiro escapou, carregado de malícia.
André engoliu seco. A mão firme agora pressionava a polpa com vontade, e o polegar ousou deslizar até o cuzinho. Lorenzo gemeu baixo, se movendo contra o toque.
Cada vez que o dedo de André deslizava entre as nádegas e o cu, Lorenzo gemia devagar, relaxado, como se o ambiente da sala fosse feito pra aquilo. O óleo aquecido, a luz baixa e a música ambiente só deixavam tudo mais envolvente.
André já não se controlava. Enquanto a mão explorava a bunda empinada de Lorenzo, a outra apertava a própria ereção latejante por baixo da calça. Pensou por um instante que deveria parar — que aquilo era loucura. Mas o desejo já era maior que qualquer racionalidade.
Num movimento rápido, ele tirou o jaleco, a camiseta e a calça, ficando nu atrás do loiro. O pau, duro, pressionava contra o corpo dele. André subiu sobre a maca, posicionando-se por trás, o corpo pesado colado ao de Lorenzo.
O encaixe foi lento, cuidadoso no início. A rola lubrificada pelo óleo e pelo próprio tesão, deslizou devagar, arrancando de Lorenzo um gemido arrastado.
— Isso… vai devagar… — Lorenzo sussurrou, o rosto colado no apoio da maca.
André começou num ritmo suave, cadenciado, cada estocada acompanhada de carícias firmes nas costas e tapas leves na cintura. A respiração dos dois enchia a sala, abafada pela música ambiente que parecia se perder no fundo.
— Puta merda… que delícia... — André gemia, apoiado sobre ele.
— Continua… tá gostoso assim… — Lorenzo respondia, rebolando de leve, provocando ainda mais.
Após alguns minutos nesse vai e vem lento, André saiu de cima, suado e ofegante. Segurou Lorenzo pela cintura e o fez levantar. O loiro se ergueu, o corpo brilhando de óleo sob a luz amarelada, e obedeceu quando André o posicionou em pé, de frente pra maca.
— Apoia a perna aqui. — André ordenou, firme, guiando o movimento.
Lorenzo apoiou uma das pernas sobre a maca, o corpo curvado, deixando o quadril ainda mais exposto. André se posicionou atrás, encaixando de novo. Agora, cada estocada era mais profunda, ritmada, os gemidos de Lorenzo ecoando pela sala.
— Caralho… assim… mete fundo — Lorenzo arfava, com o sorriso de canto mesmo entre os gemidos.
André segurava firme sua cintura, os olhos vidrados na cena.
— Cuzinho delicioso
O som de pele contra pele e os gemidos se misturavam, até que a batida seca de uma porta próxima ecoou pelo corredor. O barulho fez André parar por um segundo, os dois respirando pesados, como se tivessem sido flagrados.
— André, precisa de algo? O próximo cliente já está na recepção — a voz da recepcionista soou, abafada, do outro lado da porta.
Ele engoliu seco, controlando a respiração.
— Não, tá tudo certo, já estou finalizando aqui. — respondeu rápido, sem tirar as mãos da cintura de Lorenzo.
O loiro riu baixo, malicioso, ainda na posição provocativa:
— Quase pegos no flagra.
André respirou fundo, tentando retomar a postura profissional, mas o desejo estampado no corpo suado dizia o contrário. Não saiu de dentro dele. Segurou firme na cintura de Lorenzo e o guiou até uma cadeira próxima.
— Ajoelha aqui… de quatro. — ordenou, a voz rouca, quase perdendo o controle.
Lorenzo obedeceu, apoiando as mãos no encosto da cadeira, o corpo arqueado, a bunda empinada. André encaixou de novo, entrando fundo, e um gemido grave escapou dos dois ao mesmo tempo.
— Caralho… assim você me mata… — André arfava, segurando forte no quadril.
— Vai, safado… mete sem dó… me usa que está gostoso. — Lorenzo respondeu, provocativo, rebolando contra ele.
O ritmo foi ficando mais intenso, André guiando os movimentos com força contida, como se o desejo pedisse tapas, mas a razão lembrasse que ainda estavam numa clínica. Em vez disso, puxava os cabelos loiros de Lorenzo para trás, arqueando o pescoço dele.
— Olha pra frente, puto… quero ver você se perder pra mim.
Lorenzo obedeceu, gemendo baixo entre risadas safadas.
— Tá com vontade de bater, né? Eu sei… mas se controla… só mete mais fundo.
André rosnou, ofegante, segurando os fios de cabelo entre os dedos enquanto entrava cada vez mais forte. O som molhado do vai e vem ecoava pela sala, junto com o barulho da cadeira arrastando de leve pelo chão.
— Puta merda… você é apertado demais… que delícia. — ele gemia, sem parar.
— Então goza em mim… goza tudo… me enche, eu quero sentir. — Lorenzo provocava, mordendo o lábio, com o sorriso de canto mesmo de costas.
André não resistiu. O corpo inteiro se contraiu, o gemido grave escapou contra a nuca de Lorenzo, e ele gozou fundo, enterrando até o limite, segurando-o pelos cabelos como se não quisesse soltar nunca.
A respiração ficou pesada, os dois ainda grudados, suados, o silêncio da sala só quebrado pelas batidas aceleradas do coração.
André recostou a testa nos ombros de Lorenzo, ofegante.
— Você é uma perdição…
Lorenzo saiu da sala ajeitando a camiseta no corpo. O ar da recepção era mais fresco, o cheiro de lavanda contrastava com o perfume quente de óleo que ainda impregnava na pele dele. Na poltrona, um rapaz mexia no celular, pernas balançando de impaciência. Ao lado, uma moça folheava distraidamente uma revista de moda.
A recepcionista ergueu os olhos do computador e sorriu.
— E aí, como foi o atendimento?
Lorenzo segurou o riso, passando a mão pelo cabelo loiro ainda úmido de suor.
— Foi ótimo. Relaxei de verdade. — respondeu, com aquele sorriso de canto que só ele tinha.
— Que bom, espero que volte. — ela disse, anotando algo na ficha.
Ele assentiu, agradeceu rápido e saiu pela porta de vidro, abandonando o som baixo da música ambiente.